tag:blogger.com,1999:blog-23262406334121795532024-03-05T08:47:47.055+00:00Artista imigrante. Adeus Brasil, vou tentar a vida na EuropaParis, Amsterdã, Roma, Veneza, Zurique, cidades que povoam a mente e o imaginário de muitos jovens brasileiros.
Torre Eiffel, Coliseu Romano, Piazza de San Marco, Capela Sistina as obras do Michelangelo está ao acesso de todos é só transformar os seu sonhos em realidade. Só basta querer. Apanhei os meus pinceis e lápis e atravessei o Atlântico. Conheçam a minha historia.www.anildo-motta.comhttp://www.blogger.com/profile/05721608762847883797noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-2326240633412179553.post-27690129337640855602014-01-18T21:16:00.000+00:002014-01-18T21:16:23.926+00:00PAGINA EM MANUTENÇÃO. OBRIGADO.Olá amigo(a)s,<br />
<br />
Peço mil desculpas mais a pagina está em manutenção, logo vocês terão acesso<br />
a todo o material em um novo blog. Obrigado.<br />
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Anildo Mottawww.anildo-motta.comhttp://www.blogger.com/profile/05721608762847883797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2326240633412179553.post-9789140391613919102012-01-28T20:21:00.005+00:002014-01-18T11:05:43.018+00:00PARTE 1º. A história de um imigrante brasileiro baiano na Europa. Anildo Motta<script type="text/javascript">
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</script>Esta é a minha história e acho que devo compartilhar com vocês toda as aventuras vividas nesse espaço de 20 anos como imigrante brasileiro, baiano na Europa. Todas as aventuras, alegrias, desilusões, dificuldades, facilidades, descobertas e uma infinidade de coisas que ocorrem na vida de uma pessoa, que opta por abandonar o seu país, a sua família e ir tentar a sorte em um mundo completamente diferente em termos culturais, sociais e humano. As dúvidas que nos acompanha, um certo medo e insegurança e a incrível capacidade de ao nos encontrarmos em uma situação muito complicada, desenvolvermos capacidades que antes nos era desconhecidas, desenvolver um auto conhecimento, conhecemos a nós próprios, descobrimos capacidades em que jamais imaginávamos que possuíamos o extinto e a tendência humana de sobrevivência que nos leva a encontrar sempre uma saída para tudo, mesmo quando parece não haver. <br />
Espero que gostem de tudo que vão ler e que esse historia venha incentivar muitos os jovens...<br />
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Itália, Veneza<br />
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a tomar uma decisão nas suas vidas, decisão essa que julgo indispensável a evolução de um cidadão seja em termos humanos, social e financeiro. Acredito se todos tomassem uma decisão como essa, teríamos um mundo bem melhor e equilibrado pelo fato de experiências assim, ajudar a pessoa e ver o mundo de uma forma mais responsável e amadurecida. Quando presenciamos culturas como a alemã em que algumas famílias ao filho completar a sua maioridade, abrem a porta de casa e dizem, " já fizemos tudo que devíamos, te damos educação, conhecimento e capacidades de sobrevivência, agora vá viver a sua vida". Na nossa mentalidade latina e carregada de emotividade, consideramos um ato desumano e frio, quando no fundo analisando de forma mais pragmática e realista, concluímos que é a melhor coisa a fazer para que o jovem futuramente possa ter uma vida responsável e amadurecida, e possa ser um ser humano com boas qualidades e capacidades para enfrentar as adversidades que surgem na vida.<br />
Quando analisamos o caso de forma contrária e presenciamos jovens e até mesmo homens entre 30 a 40 anos vivendo na casa dos pais, com uma vida totalmente sem objectivos, numa dependência total que acaba por levar muitos jovens a entrar no mundo das drogas, dos vícios, da violência e de uma series de comportamento que desvirtuam o ser humano, levando-o a um caminho sem retorno e cheios de problemas. A necessidades extintivas dos pais em proteger e dar tudo o que o filho necessita com a pura sensação de que está fazendo a coisa de forma correta, dando amor, atenção, alimentado os seus caprichos, levam depois a interrogarem-se de o que fizeram de errado, quando encontram o filho perdido na vida, envolvido com drogas e violências. Todo esse excesso de protecção impede que o jovem vá buscar dentro de si as suas reais capacidades, impede que possam conhecer a si próprio e manter a mente ocupada com as suas necessidades extintivas de crescimento e evolução como ser humano. Situações como essa nos faz pensar quanto a eficiência social dessas formas de educar de determinadas culturas.<br />
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Itália, Nápoles<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIq1HpZZDcKu3QwVBvdUacKuF0Zp9SQoHmDJA7hPWyfxMb74fYKJwlwQxJTo9cdSDFl2jRGBEcHxSJAYeq9cz6c7Eu8RTol_vy5bFANRyWHC4t8oI0glxfwYCBXiYlfgsU2GUYy4z0Aaes/s1600/Digitalizar0007.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIq1HpZZDcKu3QwVBvdUacKuF0Zp9SQoHmDJA7hPWyfxMb74fYKJwlwQxJTo9cdSDFl2jRGBEcHxSJAYeq9cz6c7Eu8RTol_vy5bFANRyWHC4t8oI0glxfwYCBXiYlfgsU2GUYy4z0Aaes/s400/Digitalizar0007.jpg" width="271" /></a></div>
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Sou um simples brasileiro que residia em Salvador, Bahia, e desde a minha época de ginásio sonhava em sair pelo mundo, mim aventurar, conhecer novos povos, costumes gastronomias. Quando assistia os filmes americanos ficava maravilhado com as paisagens, com a forma civilizada e a qualidade de vida típica dos povos do considerado do 1º mundo.<br />
Único filho homem com 3 irmãs, 2 mais velhas do que eu e uma mais nova. O meu pai era aposentado da Petrobrás tínhamos uma vida simples sem muitos luxos, mais nada nos faltava, era aquela típica família de classe media brasileira, com casa própria, uma vida equilibrada e todos os filhos estudando e concluído o 2º grau. As minhas duas irmãs mais velhas ainda tentaram entrar para a faculdade mais começaram a trabalhar, e o salário suficiente para os pequenos luxos, acabou sendo responsável pelo total desinteresse em seguir uma carreira profissional, ou seja, estudar bastante e depois acabar atrás de um balcão de uma loja, como é muito comum no Brasil.<br />
<br />
Terminei o 2º grau muito cedo, aos 18 anos já estava mim formando em um curso técnico de administração de empresa, acho que esse curso só foi para completar o 2º grau, porque nunca tive nenhuma vocação para essa profissão, em termos de conhecimentos e capacidade para administrar alguma coisa, eu mal conseguia administrar o pouco que ganhava. Bem, na realidade acho que estou sendo um pouco exigente de mais, porque graça a esse curso,acredito que influenciou um pouco a minha performance em termo das exposições de arte que passei a realizar.<br />
Fui sempre um apaixonado pelas arte, Passei toda a minha infância revelando a minha ligação para com a arte, a minha paixão e a enorme necessidade de aprender, levava-me a constantes manifestações artísticas desde fazer desenhos nos cadernos e livros escolares menos indicados para os temas, como desenhar em paredes, chão, portas e onde a inspiração mim levasse.<br />
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Itália, Roma<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQOOOIcZfDopS8hGV1hEQTGbDdmqMjBNRoZKdF3cHdxWkUl0tcGalOnevjLdpM7XkfD8mX9LMREkqkmNqFCYkVuQOHdotGri2zppFIZ4tNQDn3Vb1NUqaFY-ng34H1EeoBHphDEfXypPaj/s1600/Digitalizar+-+C%25C3%25B3pia+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQOOOIcZfDopS8hGV1hEQTGbDdmqMjBNRoZKdF3cHdxWkUl0tcGalOnevjLdpM7XkfD8mX9LMREkqkmNqFCYkVuQOHdotGri2zppFIZ4tNQDn3Vb1NUqaFY-ng34H1EeoBHphDEfXypPaj/s400/Digitalizar+-+C%25C3%25B3pia+%25282%2529.jpg" width="400" /></a></div>
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.A arte e tendências artísticas são curiosas e viciantes pelo fato de nos acompanhar sempre no nosso dia a dia, mesmo nas mais pequenas coisas, ela está sempre presente. Uma pessoa que carrega estas tendências ou vícios é incapaz de ter em sua frente um lápis, uma caneta, um giz ou até mesmo uma pedra, sem cair na tentação de procurar esboçar alguma coisa. É algo que corre no sangue que anima o espírito que acalma a alma. Há muitas pessoas com essas capacidade. digamos assim, essas necessidades, que no decorrer das suas vidas acabam por ingressar em uma profissão que não está minimamente ligada as artes, por força do destino e necessidade de sobrevivencia, leva as mesmas a acreditar que a arte não possibilita uma vida equilibrada em termos financeiros, não é segura e sujeita a riquezas materiais.<br />
Quando passei a dominar a técnica da pintura a óleo, ou seja, passei a fazer um trabalho mais comercial, procurei a administração de um grande shopping em Salvador e solicitei um espaço para expor os meus trabalhos. Não foi difícil, consegui um excelente espaço que era destinado as manifestações artísticas, espaço esse que aproveitei bem. O resultado foram alguma vendas que impulsionaram-me a continuar. Depois comprei um carrinho usado uma prancha de surf e levava uma vidinha típica de filhinho da mamãe que só queria praias e namoradas.<br />
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<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Piazza San Marco, Venezia, Itália</span><br />
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Entrei também na área do mergulho submarino comprei um equipamento de mergulho, devorei varias revistas do Jacques Cousteau, para quem se não se recorda ,era um francês que dedicou toda a sua vida aos mares. Portanto uma vidinha que não podia durar muito, sabia que mais cedo ou mais tarde, ia acabar por conhecer uma garota da qual iria mim pôr uma aliança no dedo e declarar a minha escravatura para o resto da minha vida, porque todos nos sabemos que a partir dai, eu iria entrar em um sistema que não teria mais retorno, filhos, contas, dividas, responsabilidades e uma vidinha caída para o medíocre, desculpem a minha filosofia se não se encaixa bem com a de vocês, mais acredito que viajar, conhecer o mundo, passar por experiências diferentes todos os dias, conhecer mulheres de todo o mundo, é bem melhor do que esta vivendo uma vida da qual se resume em viver para trabalhar e não trabalhar para viver, portanto acho que fiz a escolha perfeita, ou melhor, não tenho a menor dúvida disto, embora tenha deixado no Brasil alguns amigos, muito poucos que optaram por constituir uma família e estão muito felizes agora, digo eu!<br />
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Itália, Veneza.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9V5LaApdlPIsX00bjXdYoziK82VfZMxOZFkn-uu_C77xAPhkhVQWX6Xg5h6JcH0i9CAjeG7LV7U6Ss2VYY75fdkaiaig2X-bnndIpQCOLxgLJNSrFOJX2ZyjwlKZE-ZxhdfNODaNPz3Jk/s1600/Digitalizar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9V5LaApdlPIsX00bjXdYoziK82VfZMxOZFkn-uu_C77xAPhkhVQWX6Xg5h6JcH0i9CAjeG7LV7U6Ss2VYY75fdkaiaig2X-bnndIpQCOLxgLJNSrFOJX2ZyjwlKZE-ZxhdfNODaNPz3Jk/s400/Digitalizar.jpg" width="400" /></a></div>
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Quando penso que se não tivesse saído do Brasil naquela altura, como seria eu hoje? Certeza que não teria a metade da experiência de vida e não teria sido tão feliz, e quanto ao nível de intelecto, certeza que não teria o nível que acho que tenho. Pode ser presunção da minha parte, mais quando chego ao Brasil, confesso não conseguir mim encaixar muito bem a maneira de ser e pensar de alguns amigos, fico com a impressão que eles pararam no tempo, chegaram a um ponto que não havia mais necessidade de evoluir, e a forma de vida que levavam também não o incentivava muito. Ou seja, a rotina e a falta de objectivos.<br />
Em um país conhecido internacionalmente como subdesenvolvido, em que o povo luta dia a dia para sobreviver e ter o mínimo de qualidade de vida, faz um cidadão pensar no que seria a vida em outro país, em um país considerado primeiro mundo. Terminado o meu 2º grau como todo jovem brasileiro, busco entrar para faculdade. Visando como sempre o sucesso financeiro, a maioria procura a área profissional que prometa dinheiro e sucesso, área profissional da qual damos grande atenção a sua facilidade de arrumar emprego e vir a se tornar um profissional realizado.<br />
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Itália, Coliseu Romano<br />
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Tudo isso, uma grande ilusão que geralmente se revela, quando se consegue esse objectivo, transformando.se em uma vida cheia de obrigações pressões, stress e muito cansaço físico. Eu como um brasileiro sonhador, buscava um outro tipo de realização, uma realização não só profissional, como também a nível social. Conhecer outros povos, outras culturas e viajar bastante, acreditava fielmente nessa possibilidade.<br />
<br />
Com uma grande paixão pela arte, tornavas se bem claro que no Brasil não iria conseguir grandes realizações, não falo em ficar famoso em ter muito dinheiro, não de forma nenhuma, o meu objetivo era poder viver da arte. Aos 17 anos procurei aprender a pintar óleo sobre tela, já possuía uma boa técnica de desenho e aliado a pintura a óleo tinha certeza que obteria bons resultado. Bem quanto ao vestibular a tentativa de entrar para a faculdade não foi muito boa. Dias depois da prova do vestibular sou acordado de manhã cedo pela a minha irmã mais velha, toda feliz com um jornal nas mão, dizendo que eu tinha sido aprovado no e embora bastante sonolento disse para ela mim deixar dormir e não mim incomodar, porque eu tinha certeza que não era possível. Mais depois de muita insistência, E sentir o jornal encostado no meu rosto, cheguei a conclusão que seria melhor acordar e verificar a autenticidade das sua palavras. Fiquei completamente pasmo, pelo fato de ter consciência da péssima prova que havia feito de matemática, mais afinal lá estava o meu nome.<br />
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Portugal, Serra da estrela.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqYYwq0GB3gHEOyKp5JStrlZDOM9gIKxAEudf3Uipdx2hqUmA60hLNosWhGqx7Y8as8z2kjgEs0b6Ub95K9-nH1Pj2PRHsvWuomyf_C-B12rau2H_0jceIqirUlncGVYZH-CV7lKt9C-yf/s1600/DSC00020.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqYYwq0GB3gHEOyKp5JStrlZDOM9gIKxAEudf3Uipdx2hqUmA60hLNosWhGqx7Y8as8z2kjgEs0b6Ub95K9-nH1Pj2PRHsvWuomyf_C-B12rau2H_0jceIqirUlncGVYZH-CV7lKt9C-yf/s400/DSC00020.JPG" width="400" /></a></div>
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É desnecessário dizer que como um bom baiano, fiz uma festa enorme junto com outros colegas que foram aprovado. Haviam amigos meus que rasparam a cabeça para pagar promessas, sem contar aqueles que foram a Igreja de senhor do Bonfim agradecer aos santos. Como disse antes, estamos no Brasil, e passado alguns dias a Universidade federal da Bahia informa, que ocorreu um erro na elaboração da lista de aprovador, bem acho que vocês já viram o resultado final disto. Todos aquelas amigos que foram aprovados inclusive eu, não saímos na lista, ou seja todos reprovados.<br />
<br />
Depois dessa desagradável situação perdi mais ainda a credibilidade no meu país. Voltando a parte do meu interesse em aprender a pintar a óleo sobre tela fui a frente com esse objectivo nessa altura como sempre o Brasil estava com sérios problema económicos, mais mesmo assim eu conseguia realizar exposições de arte em varias partes. Na altura era muito fácil conseguir autorização para expor nos Shopping Center. Naquele tempo os Shopping facilitavam bastante permitindo que ocupacemos um espaço do qual geralmente era atribuído as manifestações artísticas, já que havia uma lei qualquer criada pelo governo que facilitava a vida das empresas que patrocinavam as manifestações artística, e eu mim aproveitava bem disto.<br />
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Holanda Amsterdam<br />
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Ao todo cheguei a fazer uma media de 25 exposições s de arte individuais e participado de algumas colectivas, fui premiado em alguns salões de arte e tive por incrível que pareça a possibilidade de possuir um carro uma moto e um excelente aparelho de som que na altura era produzida pela Gradiente. Oh melhor, recordo-me que esse aparelho foi um negocio que fiz com um amante das artes que adorou o meu trabalho e possuía um bar muito agradável em salvador chamado versos e prosas. Ele queria praticamente todos as minhas pinturas e mim ofereceu o aparelho de som como parte do pagamento. Ok agora vocês imaginem, um jovem com apenas 22 anos após ter conseguido demonstrar a mim mesmo que conseguia sobreviver do meu trabalho no Brasil um pais com sérios problemas de desemprego, como seria em um país de 1º mundo, com uma taxa de desemprego baixíssima Recordo-me ao assistir os filmes americanos observava a vida o estilo daquelas pessoas embora sabendo que por trás daquelas imagens havia muita fantasia, mais tinha certeza de que se fosse ruim, de forma nenhuma seria pior que o Brasil, portanto a hipótese de eu conseguir triunfar, ou seja viver da arte seria muito maior.<br />
<br />
Imaginava passeando pelas aquela s rua magnificas, aquelas roupas típicas de países frios, os casacos de couro que eu achava fantástico, agora imaginem vivendo em Salvador com a temperatura que faz usar um casaco daqueles, impossível. Ou seja viver no estrangeiro era o sonho de todos os jovens naquela altura. Estava ocorrendo uma grande saída de pessoas para o estrangeiro, todos em busca de um sonho.<br />
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Holanda, Roterdam<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFYMyfFyH1DpIzojnvxiLakQVeXDqLIn4nhRAIb799IRpgJSYaHgcOGR-0iltqs6v6TxEGIetucK9k4bWOZQxO-Hur881MkhWyrVRNW8DRPcsqLf2UH1qOQuT9517OHV73f668EDC2_RT-/s1600/DSC00017.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFYMyfFyH1DpIzojnvxiLakQVeXDqLIn4nhRAIb799IRpgJSYaHgcOGR-0iltqs6v6TxEGIetucK9k4bWOZQxO-Hur881MkhWyrVRNW8DRPcsqLf2UH1qOQuT9517OHV73f668EDC2_RT-/s400/DSC00017.JPG" width="400" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Agora voltando a minha situação, jovem com algum equilíbrio financeiro, ou seja uma moto um carro e um aparelho de som, era muito para um brasileiro naquela altura conseguir tudo isso trabalhando no ramo das artes no Brasil, portanto essas facilidades mim levavam a acreditar que se imigrasse para um pais estrangeiro teria fortes possibilidades de triunfar. Tenho consciência de que se não tivesse saído do Brasil e até hoje vivesse lá, de forma nenhuma ira ter a cabeça que tenho hoje, a vida de um imigrante no estrangeiro, a luta para sobreviver em um pais que não é o seu, faz com que a pessoa amadureça em 1 ano o equivalente a 10 anos no Brasil na casa da mamãe. Ela não gostava da ideia de mim ouvir falar de ir morar fora do Brasil. mais eu estava sempre alertando.a quanto a essa possibilidade, o meu pai não acreditava que eu fosse capaz. achava que eu era mimado demais para conseguir enfrentar a vida sozinho longe do meu país e longe da protecção familiar. É curioso quando temos algo em mente que acreditamos, parece que a natureza conspira para que isso venha a se realizar e foi o que aconteceu comigo.<br />
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Conheci uma garota que era bem mais velha do que eu, muito determinada, que falava o tempo todo em realizar o sonho de ir viver nos estados unidos, na altura eu tinha 21 anos e ela 32, pelo menos foi o que mim disse. Era muito inteligente e nos conhecemos em uma exposição de arte que eu estava participando no Museu de Arte da Bahia em Salvador no Largo da Vitoria, já não mim. Como disse a natureza parece que conspira colocando aquela garota na minha vida. Começamos a sonhar juntos em ir para os Estados Unidos. Ela começou a trabalhar comigo nas exposições, ensinei tudo que sabia em termo de organizar exposições, de encontrar um espaço, conseguir patrocinadores para as vernissagens, preparar os convites, e tudo mais. Mais como vocês devem imaginar, as relações nessas idades não costumam durar muito, como era muito comum nas minhas relações anteriores, mais devo confessar que com ela durou muito mais do que era comum, acho que devido a sua cabeça o amadurecimento veio contribuir para isso.<br />
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Holanda, os moinhos.<br />
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Com o final do relacionamento como é muito comum o resultado não é muito agradável e com uma certa carga de decepção, ela mim fez intender que eu seria sempre o filhinho mimado da mamãe e que nunca seria capaz de deixar a minha família e ir morar no estrangeiro. Confesso que isso contribuiu de forma pesada, e decisiva na minha atitude porque sabia que em parte ela estava certa, eu vivia com os meus pais e levava uma vida com uma certa dependência, embora ganhasse o meu dinheiro com os meus trabalhos. Como disse antes eu já carregava essa necessidade de deixar o Brasil e só bastou a natureza provocar-me com essa situação e eu imediatamente mim pus a prova.<br />
<br />
Fiquei um bom tempo sem ter noticias da dela, até que um dia recebi um cartão postal de Washington Estado unidos, finalmente ela tinha realizado o seu sonho e estava morando nos States.<br />
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Eu fiquei feliz por ela ter conseguido o que tanto sonhava e sabia que eu também teria que lutar para conseguir o mesmo, caso contrário, iria acabar passando toda a minha vida no Brasil.<br />
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Portugal, Serra da Estrela.<br />
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Passado pouco tempo vendi tudo que tinha, a moto, o carro, e o meu aparelho de som Gradiente que tanto gostava. Esqueci de dizer também que possuía um equipamento de mergulho que mim rendeu algum dinheiro,. Atenção quando me refiro a moto, carro, vocês devem imaginar que se tratava de verdadeiras maquinas, mais não era bem o caso, tratava se de um carro velho e a moto razoavelmente nova. Portanto não pensem que fiz uma fortuna que iria me dar segurança e facilidades ao chegar no estrangeiro, não foi bem assim.<br />
<br />
O dinheiro que eu possuía permitia comprar a passagem ida e volta e sobravam mais mil dolares para eu sobreviver, como a passagem era ida e volta, eu tinha a segurança de que se a coisa ficasse preta, eu apanharia o primeiro voou de volta. A passagem tinha 2 meses de validade para retorna ao Brasil.<br />
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Então tirei o passaporte e enviei par o Rio de Janeiro, já que em Salvador não havia consulado americano e o visto tinha que ser pedido no consulado do Rio. passado algum tempo recebo o passaporte com o visto negado. Era muito difícil entrar nos Estados unidos naquela época, como acredito que ainda hoje seja difícil para um jovem brasileiro. Quando se tratava de um jovem, eles sabiam que a possibilidade desse jovem se tornar um imigrante ilegal era grande, pelo fato de ser novo e ter garra para trabalhar e viver nos Estados Unido. Para um jovem conseguir o visto tinha que provar ao consulado americano que havia razões de sobra para retornar ao Brasil. ou seja, era necessário ter um bom emprego e uma vida profissionalmente equilibrada. Bem, com relação ao bom emprego, embora para mim fosse, mais para eles não, eu tinha tudo para ser um imigrante ilegal, na altura não revelei que era artista plástico, se o tivesse feito teria piorado mais ainda a situação. <br />
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Portugal, Serra da estrela.<br />
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O visto que o consulado dava era apenas turístico, ou seja, todo turista volta sempre ao seu país e provavelmente isso não aconteceria comigo. Visto de trabalho era completamente impossível. Resultado, fiquei com um passport com visto negado, e tive que reformular o meu projecto.<br />
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Não pensem que desanimei, decidi mudar de planos e apontei para Europa. Eu tinha um grande mapa, um atlas, que mantinha no meu guarda roupa, tinha sempre o habito de apanha-lo abria-lo em cima da mesa e ficava visitando o mundo através dele, acho que deve haver muita gente com esse hábito, ou melhor, havia, porque hoje em dia com a Internet já é possível fazer isso com muito mais realismo,. Naquela altura não havia Internet e nem os computadores eram tão acessíveis como são hoje., era tudo mais complicado, mais mesmo assim foi curtido, ficava horas olhando aquele mapa e criando trajectos de viagem.<br />
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Holanda, Amsterdam em miniatura.<br />
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Pois é, a Europa passou a ser o meu destino. Mais havia um problema do qual me fazia pensar um pouco, que era a língua. Tinha alguma noção do inglês, muito pouco, mais era capaz de formar algumas frases que aprendi devido a um curso de inglês que fiz através de uma colecção de livros e fitas cassete que adquiri na altura. Cheguei a uma conclusão muito mais simples, escolhi Portugal para ser o meu país de destino, por se tratar de um país que fala o mesmo idioma, e sabia que depois de mim adaptar aos hábitos de um pais europeu, ficaria bem mais fácil viajar para o resto da Europa, e Portugal serviria de porta de entrada para os outros países.<br />
<br />
Próximo a minha casa havia e há um grande Shopping Center, e eu passei a ir la quase todos os dias´visitar uma livraria que possibilitava ler-mos os livro confortavelmente sem ser necessário compra-los, como já é muito comum hoje em dia, Tinha uma sala grande, com cadeiras e sofás, e eu passava horas lá estudando e mim informando de tudo relativo a Portugal e Europa. Ficava fascinado com a França, Paris era um local de sonho, já que representava o berço das arte mundiais, e eu acreditava que conseguiria sobreviver lá sem problemas. Uma coisa tenho que afirmar, eu era muito ingénuo, quando escolhi ir para Portugal, os seja, para Europa escolhi o pior período do ano, finais de Fevereiro uma altura do ano em que a temperatura costuma ser muito baixa. Não mim passou pela cabeça que o inverno Europeu nessa altura fosse tão rigoroso. mais para um baianinho criado em beira de praia, que nunca soube o que era frio, viajar para um país justamente nesse período, mim fez descobrir que o inferno afinal era frio.<br />
<br />
Bem, finalmente chegou o dia em que comprei a passagem, era para Lisboa, foi pela companhia air América, curioso o continente que eu pretendia conhecer no inicio e que mim foi negado o visto. <br />
<br />
Os amigos mim perguntavam, e ai, o que você vai fazer quando chegar la? qual é o seu plano? Eu praticamente não tinha plano nenhum, e evitava pensar muito nestas coisas, acreditava que se começasse a mim interrogar, ia ser pior, porque acabaria por realizar uma a viagem sobre uma pressão maior, então a melhor maneira era não pensar. Não é que houvesse a hipótese de desistir, não, de jeito nenhum, eu estava mesmo decidido, era algo no meu intimo, mim impulsionava, algo profundo, uma voz que dizia vai, não pense, mesmo tendo em volta toda a pressão e dúvidas de quem vai para um mundo totalmente desconhecido, com hábitos totalmente diferentes, eu encarnava um personagem meio suicida, disposto a encarar o que aparecesse, e acreditem apareceu muita coisa. A noite quando eu ia dormir e já tinha a passagem comigo, passava um bom tempo olhando para ela e sabendo que os dias estavam passando e em breve eu teria que usa-la, era fantástico, depois de estar na cama, e quando começava a aparecer as perguntas em minha mente, eu simplesmente evitava pensar. <br />
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Espanha, Madrid<br />
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Uma coisa eu tinha certeza, era o meu único plano, imaginava ao chegar em Lisboa só depois de esta no aeroporto é que iria mim entregar aos pensamento e deixar o extinto me conduzir.<br />
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Acho que uma pessoa para se enfiar numa aventura dessa, tem que ter um enorme senso de aventura, eu simplesmente não tinha ninguém que esperasse por mim em Lisboa, nem se quer no Brasil não havia nenhum amigo que pudesse mim dar uma força para que eu enfrentasse essa hipotética loucura com mais tranquilidade, muito pelo contrário, o que eles diziam era, você tá louco cara! você vai morrer lá longe da sua família! Engraçado que isso ao invés de mim assustar, até dava mais adrenalina, eu acho que eu era mesmo doido, hoje quando mim imagino naquela situação, sem conhecimento nenhum, um garoto que sempre viveu sobre a protecção dos pais, não sabia fazer nada, nunca tinha lavado uma roupa, nunca tinha feito nem se quer um café, não sabia se quer dobrar uma roupa, e estava mim atirando em um mundo totalmente desconhecido do qual iria mim exigir muita coisa que eu não sabia, e olha que exigiu! Foi de doido.<br />
<br />
Finalmente chegou o dia da viagem, era um mês de Fevereiro, ou seja estava a minha espera um frio de lascar em Portugal, e eu nem fazia ideia do que mim esperava, acho que naquela altura eu acreditava que depois de Dezembro e Janeiro o tempo não seria assim tão frio, já que costumava ler nas revistas e nos livros do shopping, que Portugal não era um país com temperaturas muito baixas no inverno, em relação ao resto da Europa, mais para um baiano era muito frio.<br />
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Madrid.<br />
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A minha mãe ficou muito triste com a minha viagem, não queria que eu fosse, evidente uma mãe nunca que o seu único filho homem tão longe de casa, mais ela admirava a minha coragem e dava-me força mesmo sofrendo com a minha ausência. O curioso é que as pessoas geralmente quando se sentem só, entram em estado melancólico, em estado de auto comiseração que só serve para piorar mais ainda a situação, considerando-se uma pessoa infeliz e magoada pela vida. Eu não, era o contrário, ao deixar o Brasil e entrar naquele avião, realmente me sentia só, sabia que dependia de mim mesmo, iria atravessar o atlântico pela primeira vez, iria está longe da minha família pela 1ª vez, e sabia que se acontecesse algo de mal, a hipótese de socorro por parte da família seria impossível pelo fato de mim encontrar do outro lado do mundo, não é o mesmo que está numa cidade qualquer do Brasil, portanto essa situação toda imposta a minha pessoa, ao invés de me enfraquecer, funcionava de forma contrária, mim sentia como um filhote de leão que passa o tempo necessário ao lado da sua mãe, que lhe dar toda protecção, mais ao mesmo tempo o ensina a caçar para sobreviver e finalmente chega o dia em que ele tem que seguir a sua vida enfrentado todas as adversidades sozinho. Eu estava disposto, disse para mim mesmo, é para ser assim, assim será, ou você vence essa batalha ou volta para o Brasil de cabeça baixa. Mas não ia ser assim tão fácil acontecer. Justamente na altura que estava para deixar o Brasil, a televisão noticiava actos de violência contra imigrantes turcos na Alemanha e que levou a morte de uma das vitimas. Vocês imaginem para um garoto de 22 anos que nunca soube o que era discriminação, nunca presenciou situação semelhante, estava indo para um continente em que actos dessa natureza eram comuns. No Brasil a discriminação é mais social do que racial, mais na Europa é diferente, quando se trata de xenofobismo, eles são imbatíveis, há de tudo, coisas positivas e coisa negativas, e quando são negativas ao ponto extremo, assusta qualquer pessoa que nunca presenciou cenas dessa natureza. Lisboa tô chegando.<br />
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Espanha, Madrid<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQyfYBhAPZfsUIRwz_-Cc_h69-_uaQCy6YmO0f3gRIRZN6RT_fW1n2CdZvNwXyWtCDTSd3NKdHK6MupzDeqEirSIHe8EyZmlOv9zcXZoJNL0Fmt72TmJf0fUSu9A6pdiQmO12KvGkQmZZh/s1600/madrid.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQyfYBhAPZfsUIRwz_-Cc_h69-_uaQCy6YmO0f3gRIRZN6RT_fW1n2CdZvNwXyWtCDTSd3NKdHK6MupzDeqEirSIHe8EyZmlOv9zcXZoJNL0Fmt72TmJf0fUSu9A6pdiQmO12KvGkQmZZh/s400/madrid.jpg" width="400" /></a></div>
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<b><span style="font-size: large;"><a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010/01/brasil-adeus-vou-tentar-vida-na-europa.html">PRÓXIMA PÁGINA: PAGINA 2</a></span></b><br />
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<b>....</b>www.anildo-motta.comhttp://www.blogger.com/profile/05721608762847883797noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2326240633412179553.post-56046519861153179432010-04-24T09:00:00.000+01:002013-04-30T19:17:24.480+01:0015º Parte. A historia de um brasileiro imigrante na Europa<script type="text/javascript">
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<strong>ATENÇÃO! </strong><a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010_01_17_archive.html"><strong>CLIQUE AQUI PARA COMEÇAR</strong> <b>(1º PARTE)</b></a><br />
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Todos os anos em Portugal e Europa há enormes concentrações de motos, um ambiente de muita alegria e doideiras e eu estava curtindo muito essa nova vida. Essa paixão pelas motos já era antiga, mesmo antes de deixar o Brasil. Houve um período em que comprava e revendia motos mais eram todas de baixa cilindrada e da categoria cross todo terreno, muito diferente das que passei a utilizar aqui na Europa. As motos de altas cilindradas no Brasil eram muito caras e eu não tinha hipótese de fazer um investimento tão alto, enquanto aqui conseguia ganhar o bastante para manter determinados luxos. Conheci um brasileiro que era o Arnaldo, era imigrante vindo do sul do Brasil, que também se lançou nessas aventuras, comprou uma moto e saiamos acelerando estrada a fora em busca de aventuras e festas. Há em Portugal uma das consideradas maiores concentrações de motards da Europa, é realizada na ilha de Faro todos os anos no período de Julho, descem motards de toda parte da Europa, muitos vem mesmo de motos, aqueles mais aventureiros, outros vem de avião e despacham as motos por comboio ou avião, esses costumamos dizer que são imitações de motards.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfey6dmzFMtkjmAbMFo1MrXD2ZN6OMMgZHfxwpNEZjvO4ZNTLRDthd-FC607fqeRhDQUKSf6MaNmeV1LyPNHcqS6MyKXrCxSnxYuYXAf81YpHB8zEpEaSQ8yzFCbD0xCaWu7PSeMR7pDuL/s1600/DSC00610.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfey6dmzFMtkjmAbMFo1MrXD2ZN6OMMgZHfxwpNEZjvO4ZNTLRDthd-FC607fqeRhDQUKSf6MaNmeV1LyPNHcqS6MyKXrCxSnxYuYXAf81YpHB8zEpEaSQ8yzFCbD0xCaWu7PSeMR7pDuL/s400/DSC00610.JPG" width="400" /></a></div>
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Nessa concentração encontra-se pessoas, ou melhor, motads de todas as idades, desde os 10 aos 100 anos, é um ambiente de total descontracção. É agradável ver aquelas senhoras com os seu 50 a 60 anos todas tatuadas em cima de grandes motões deixando bem claro nas suas tatuagens e maneira de ser, que tiveram uma juventude carregada de emoções e alegrias e que mesmo depois de se encontrar com uma idade avançada não perderam essa necessidade de ser feliz.<br />
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Mais atenção, essas pessoas que me refiro na maioria dos casos são estrangeiras, inglesas, alemães, holandesas. As portuguesas não são assim tão aventureiras, quando muito encontram-se em casa fazendo croché, ou nos cafés falando da vida dos outros e trocando receitas de remédios para as suas intermináveis doenças. Mais as estrangeiras curtem a vida e motos como se tivessem 18 anos. Um ambiente que só estando lá para perceber bem o que quero dizer.<br />
São 4 dias de festas com concertos e grandes bandas que são convidadas para tocar, temos toda a espécie de atracções dentro do recinto, enormes feiras vendendo tudo que há de equipamentos para motards, é um verdadeiro mar de tendas montadas de todas as cores e nacionalidades, quando chegamos na quinta ainda está tudo muito vazio por se tratar do 1º dia e ai conseguimos montar a nossa tenda sem problemas, mais quando chega o sábado é muito comum passamos um bom tempo <br />
tentando encontrar as nossas tendas naquele mundo de tendas e motos por todo lado. A noite os concertos vão a noite dentro com muitas bebedeiras e festas, a poeira criada no ar pelas potentes motos nos cobre por completo chegando ao ponto de não mais incomodar e já fazer parte da pele, é de louco aquela festa, depois ainda temos a praia de Faro que também fica completamente lotada de motos e turistas disputando mesas nos bares e espaços na praia para apanhar um bronze. A temperatura costuma ser quente nessa altura e faz-nos lembrar o nosso país.<br />
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Se você nunca teve a sorte nem a oportunidade de ir a um lugar desse, experiente, certeza que vai se apaixonar com esse ambiente, torna-se banal situações que embora perigosa mais é feita com a maior naturalidade por nós motards dentro de uma determinada e hipotética segurança e experiência que é voar acima dos 300km/h em cima dessas maquinas, evidentemente infringindo todas as regras de transito existentes nas auto estradas, mais quem não o faz? <br />
Revolta-me aqueles moralistas recalcados que condenam aqueles que excedem o limita de velocidade e compram carros potentes e caros deixando entender que é para manter os 120km/h permitidos nas auto estradas. Pura mentira. Acredito que mais de 90/% dessas pessoas em Portugal que possuem os seus potentes automóveis que na maioria das vezes é para alimentar uma disputa de vaidade com os seus vizinhos, não respeitam os limites estabelecidos e são esses que condenarem os motards quando passamos voando em cima das nossas paixões e fazemos os automóveis deles que custaram tão caro parecerem carroças.<br />
Se é para cumprir os limites de velocidade estabelecido deveria sim o próprio governo deixar de hipocrisia e falsidades e proibir a venda de motos e automóveis velozes e esses mesmos carros e motos saíssem das fabricas com as suas prestações em termo de velocidade, controladas e limitadas. Resultado, muitos não se interessariam mais em comprar carros e motos caras quando as mesmas iriam ter o mesmo desempenho de um simples carocha, sendo assim não geraria receitas e não interessaria a esses governos hipócritas, portanto não o fazem. É como permitir a venda de drogas para aumentar as receitas do estado e querer obrigar as pessoas a usarem só o que eles estabelecem. É uma sociedade de fingidos e hipócritas, pois se permitem que vendam motos que passam dos 300 km/h para aumentarem as receitas e ganharem mais com os impostos de circulação que são mais caros que muitos carros, então aguentem com o barulho das nossas meninas quando passamos por vocês criando um vácuo que abana até as vossas consciências. <br />
Eu e o Arnaldo passamos momentos simplesmente loucos nessas aventuras, conhecíamos motads com imenso senso de aventura. É um ambiente muito fácil de fazer amigos, recordo-me uma vez estávamos parados em um semáforo e de repente para ao nosso lado um motard com a sua maquina, a partir desse momento só bastou um elogio a moto do outro para que surgisse um convite para tomarmos um copo e de repente dair surgiu uma nova amizade. <br />
É um meio muito unido, é impossível um motard ficar muito tempo parado com a sua moto na estrada sem parar outros perguntando se está tudo em ordem, é uma verdadeira legião de amantes das 2 rodas, como diz a letra da música do AC DC Highway to hell:<br />
“ Estou na auto-estrada para o inferno<br />
Sem sinais de "pare", limites de velocidade<br />
Ninguém vai me fazer reduzir a velocidade<br />
Como uma roda, vou rodar<br />
Ninguém mais vai mexer comigo<br />
Ei Satã, paguei meus pecados<br />
Tocando em uma banda de rock<br />
Ei mamãe, olhe para mim<br />
Estou no caminho para a terra prometida.”<br />
Quem não conhece essa música só basta ir a uma concentração de motards.<br />
É um ambiente mágico de muita animação e companheirismo ao contrário de que muitos pensam ao atribuir a esses encontros muita droga e actos de vandalismo, não, não é assim, há pessoas de todas as classes sociais que buscam se divertir nesse mundo dos motards.<br />
Passei a morar praticamente no centro da cidade mais <br />
essa proximidade não mim proibia de andar de motos todos os dias. Acabei por comprar uma das motos consideradas na altura como a mais potente moto de serie já construída, era uma Kawasaki Ninja zx12r, um verdadeiro míssil que ultrapassava os 300km/h com uma facilidade enorme.<br />
Passei a fazer muitos amigos em Coimbra principalmente um casal de artesãos que já trabalhavam a muitos anos no centro de Coimbra. O Rapaz era egipicio chamava-se Mamede, lembra dos problemas que tive com os arábes anteriormente, essas lembranças negativas mim levou durante algum tempo a evitar manter relação com os egípcio, foi uma experiência muito negativa que aqueles arábes tinha plantado em mim, desenvolvendo um certo preconceito com as pessoas oriundas desses países.<br />
Mais felizmente esse egipicio não tinha nada a ver com aqueles arábes da rua de Cascais, era uma pessoa estrema-mente amiga e capaz de correr o risco de se prejudicar com o intuito de ajudar uma pessoa. Foi uma relação de amizade que foi se construindo aos poucos. A mulher dele era a Dores, uma pessoa muito prestativo e sensível e também disponível para ajudar as pessoas, isso era uma caracteristica típica da família a qual tinha uma filha chamada Soraya da qual criamos um laço de amizade muito forte, estava sempre disponível para mim ajudar nas minhas invenções e projectos malucos que criava para ganhar dinheiro.<br />
Trabalhávamos todos na rua principal de Coimbra a Ferreira Borges. O Mamede era uma pessoa muito aventureira, tinha imigrado para Portugal e na altura que chegou começou a trabalhar na venda de artesanatos vindo depois a comprar uma carrinha e sair participando de feiras por várias cidades portuguesas e também fora do país acompanhado sempre das Dores. <br />
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Levava uma vida de trabalho e aventuras assim como eu, com a diferença que constituiu família e se acomodou em Coimbra montando todos os dias a sua banca que se localizava exactamente a frente da sua casa. Todos tínhamos um trabalho tranquilo e divertido, isso é, se podemos chamar isso de trabalho porque para mim sempre foi uma diversão, há pessoas que gostam de feriados e fim de semanas para poder descansar e se divertir um pouco, comigo era ao contrário eu descansava e mim divertia todos os dias, portanto para mim não fazia diferença se era fim de semana, feriado ou qualquer coisa que fosse.<br />
<br />
Marrocos<br />
Como vocês já mim conhessem sabe da minha atracão para viagens e aventuras e conhecer o Mamede foi como juntar a fome e a necessidade de comer.<br />
Um dia estávamos conversando quando no meio da conversa entrou Marrocos, ele dizia que era um excelente local para comprar artesanato para vender, que os preços lá eram muito baratos. Embora não fosse o meu objectivo comprar artesanato mais era conhecer Marrocos e mim divertir mais um pouco e ele também, portanto perguntei a ele porque não apanhávamos a estrada em direcção a Marrocos. O Mamede não levava muito tempo a decidir alguma coisa e de imediato disse, boa ideia, quando saímos?<br />
<br />
Marcamos a viagem para um dia da semana que era exactamente 1º de Abril, portanto quando falávamos que íamos para Marrocos nesse dia os amigos achavam que era uma brincadeira, que não íamos a lado nenhum.<br />
Mais na verdade quando foi o dia 1 de Abril nos encontramos todos na rua Ferreira borges para por as bagagens no carro e seguirmos viaje. Como as mulheres são meio enroladas no sentido de estarem prontas para sair, eu achava que iríamos ter que esperar pela Soraya já que era de praxe demorar sempre para estar pronta, uma caracteristica tipica das mulheres, mais afinal não, estávamos todos prontos quando de repente mim dei conta de que não estava com o meu passaporte e para entrar em Marrocos era necessário, resultado eu é que acabei atrasando toda a viagem.<br />
Corri até em casa em busca do passaporte não conseguia encontrar, revirei tudo e estava começando a ficar passado com a situação, finalmente o Mamede teve a feliz ideia de irmos a garagem para ver se por acaso eu não havia deixado por lá, e foi o que fizemos. Chegando a garagem começamos a vasculha-la e finalmente lá estava o passaport e de imediato nos enfiamos no carro e Marrocos ai vamos nós!<br />
Decidimos ir com a carrinha do Mamede que era mais espaçosa e não tinha na bagageira ocupada pelo o enorme tanque de gás que era caso da minha. Partimos em direcção ao Algarve, Faro onde pretendíamos parar para almoçar antes de seguirmos viagem. Até Faro iríamos cumprir cerca de 500 quilometro. Do Algarve a Marrocos seria bem mais próximo, chegando em Tarifa na Espanha só bastava apanharmos o barco para atravessar o estreito de Gibraltar.<br />
Ao chegarmos a Tarifa já não havia barcos para Ceuta, que é um conclave pertencente a Espanha que já se encontra em África e faz fronteira com Marrocos. Sendo assim teríamos que ir para Algeciras que ficava mais um pouco a norte na qual fomos informados que seria mais fácil e prático apanharmos o Ferry boat nessa cidade.<br />
Ao chegarmos em Algecira já não havia barcos para Ceuta nesse dia portanto teríamos que nos instalar em uma pensão local para no outro dia embarcarmos para Ceuta.<br />
Nos estalamos em uma pensão que fica próximo ao porto onde deveríamos embarcar, só não tínhamos dado conta direito do nível da pensão que havia nos instalados, embora parecesse uma pensão familiar, limpa e bem organizada, mais pelo visto era a pensão das prostitutas locais, porque durante a noite tentávamos dormir com os típicos sons criados pelas profissionais no exercer de suas funções, aquilo era sacanagem a noite toda e riamos muito com toda aquela maluquisse.<br />
No outro dia nos dirigimos para o porto e apanhamos o ferry para Ceuta. Foi uma travessia meio esquisita, eu já estava mais ou menos habituado a andar de ferry boats no Brasil, porque costumava sempre ir a uma ilha paradisíaca chamada Itaparica, próximo a Salvador passar os fins de semanas só que o mar não era assim tão agitado, ao contrário do estreito de Gibraltar encontro entre o oceano atlântico e o mediterrâneo era um verdadeiro inferno nesse dia e o ferry agitava muito causando varias situações de enjoous e vómitos em muita gente, não cheguei a esse ponto mail confesso que o meu estômago parecia dar voltas na barriga. Bem mais finalmente chegamos a Ceuta.<br />
Uma cidade comum pertencente a Espanha em que não se via muitos sinais da cultura Marroquina que se encontrava tão próximo. Há um controle fortíssimo para a entrada dos marroquinos na Europa, e Ceuta era o ponto principal passando assim por um forte controlo alfandegá-rio.<br />
Depois de descermos em Ceuta seguimos em direcção a fronteira com Marrocos. Quando lá chegamos a sensação que tínhamos era que havia um click imediato de cultura económica europeia para 3º mundo, mais era de forma mesmo marcante. Enquanto estávamos na fronteira observava há um 200 metros a frente o movimento de pessoas subindo e descendo uma montanha carregando sacos nas costas, puxando animais, burros, cabras era uma visão mesmo de feira em um país subdesenvolvido.<br />
Essas pessoas costumavam ir para a fronteira para procurar trabalhar na venda de artigos e alimentos para os turistas. Era curioso no meio daquela montanha o contraste que criava daquelas pessoas com aquelas roupas grande e coloridas se locomovendo por uma área que aparentemente não havia nada a não ser deserto, e desapareciam naquele areal como se vivessem debaixo da areia. Uma cultura curiosíssima, costumes e hábitos completamente diferentes do europeu e no entanto tão próximo.<br />
<br />
Já para conseguir o visto na fronteira foi bastante complicado, eles aparecem com uma serie de actos burocráticos que só se resume em sacar o máximo de dinheiro possível do visitante, sem contar com os despachantes a procura de fazer o mesmo. Por fim conseguimos entrar e começamos a viagem pelo interior de Marrocos, as estradas eram simplesmente terríveis, se é possível chamar aquilo de estradas, o terreno em grande parte era de terra batida e aqueles que não eram, era preferível que fosse assim não teríamos tantas surpresas com as crateras que apareciam de repente. <br />
Conduzir todo o tempo dentro de Marrocos, haviam locais em que se errássemos a estrada encontrávamos a nossa espera um despenhadeiro e portanto não confiava deixar o Mamede conduzir o carro com receio que ele se distraísse por algum momento e assim ele poderia ficar a vontade para tentar descobrir através do mapa a nossa localização, coisa que não era fácil já que parecia que o mapa que tínhamos era de outro país era impossível se orientar com ele pelo facto de não haver sinalização praticamente nenhuma e as que apareciam pareciam ter sido da época dos dinossauros, indecifraveis.<br />
Enquanto andávamos perdidos pelas aquelas montanhas no interior de Marrocos podíamos admirar a beleza natural daquele país, a paisagem era simplesmente magnifica, as montanhas que surgiam uma longa distancia possuíam cores variadas era impressionante, desde ao castanho ao amarelo, violeta era um verdadeiro capricho da natureza que com o seu pincel natural brincava com aquela paisagem criando tons e efeitos visuais simplesmente fantásticos. O interior de Marrocos vale apenas se perder por lá, pelo menos por alguns instantes nos sentimos em sintonia com a natureza.<br />
Escolhemos um trajecto muito complicado em direcção a Fes que era o nosso objectivo inicial. Fes ou Fez é a 3ºmaior cidade de Marrocos depois de Casa blanca e Rabat. É composto por três partes distintas, Fes el Bali (a murada, a cidade velha), Fes-Jdid (Fes nova casa do Mellah ) e Nouvelle Ville (os franceses criaram o mais novo ponto de Fes). Na altura estava passando uma novela brasileira em Portugal em que foi filmada nessa cidade portanto estávamos curiosos para visita-la já que na novela mostravam cenas muitos bonitas da cidade e muito pitorescas. <br />
Estava já dirigindo a horas no meio de montanhas e areais que parecia não ir a lugar nenhum, estava com uma fome enorme, não via a hora de encontrar um restaurante e devorar tudo que tivessem, mais naquele local parecia não haver nada. Recordo-me de alguns ditos restaurantes que passamos logo quando entramos em Marrocos depois que passamos por Tetouan, aquilo podia se chamar de tudo, menos restaurantes. Ao passar eu olhava para o interior dos ditos restaurantes fazendo um rápido rastreio do interior para conhecer um pouco da decoração e produtos oferecido e o que conseguia ver na maioria das vezes eram balcões e prateleiras completamente vazios sendo decorado com meia dúzia de garrafas de coca cola solitárias no meio do nada, não entendia bem o que e como eles faziam negócios quando não havia nada a oferecer.<br />
Depois de umas boas horas naquele fim de mundo finalmente detecto há alguns metros um restaurante perdido no meu do nada e pensei comigo, custe o que custar o almoço estou disposto a pagar, com a fome que eu estava o preço já não me preocupava nem um pouco precisava era comer imediatamente. Tenho uma caracteristica que quem me conhece sabe, quando estou com fome fico simplesmente insuportável enquanto não sacia-la fico mesmo chato. Portanto aquela visão de um restaurante no meio daquele deserto era simplesmente um alivio.<br />
Ao chegarmos ao restaurante o interior era como o descrito anteriormente, não havia nada lá dentro, o típico cheiro de comida que é comum em ambientes como esse era simplesmente inexistente. O que tínhamos eram 4 marroquinos que nos olhavam e carregavam nos olhos a ideia de que iriam procurar ganhar o dia com aqueles turistas perdidos naquela área e portanto eu já estava preparado para ser explorado ao máximo mais como disse antes não estava muito preocupado com isso, só queria era comer o mais rápido possível antes que tivesse um pirepaque.<br />
Perguntamos o que havia para comer, ou melhor, o Mamede que falava árabe perguntou e pelo que entendi era alguma coisa que levava carne e como era comestível acredito eu, podia descer de imediato. Descer de imediato é que não era possível, pelo que pude perceber, depois de efectuarmos o pedido um dos rapazes saiu e foi a procura de um talho ou coisa parecida para comprar a carne, no restaurante não havia nada, como disse antes, só havia espaço. <br />
Antes resolvemos evidentemente tomar conhecimento do preço do almoço, eu estava certo depois de presenciar os marroquinos olharem um para o outro que iriam explorar ao máximo tirando proveito do fato de sermos turistas perdidos naquele fim de mundo. <br />
Após alguns segundos de silencio e falarem uma língua bem esquisita entre eles, disseram-nos o preço. Eu com a fome que estava seria capaz de pagar até 30 euros por o almoço mesmo sabendo que era um valor absurdo para um pais como Marrocos, um valor extremamente alto, mais era capaz de permitir esse roubo para poder matar a fome.<br />
Quando nos disse o preço, com o roubo incluído, o valor era 5 euros, ou seja uma micharia que acreditavam eles que era o bastante. De imediato disse para trazer o almoço que o preço estava em conta. A Partir desse momento cheguei a conclusão que iríamos ter umas boas ferias em Marrocos gastando bem pouco dinheiro.<br />
Finalmente o rapaz chegou do talho e prepararam o almoço que por sinal estava fantástico, um sabor formidável, sem levar em conta o nível de higiene daquele lugar onde agua parecia ser coisa rara, mais o melhor era não pensar muito nisso.<br />
Depois do almoço pagamos a conta o Mamede resolveu comprar um maço de cigarro deixando o rapaz meio insatisfeito pelo fato do Mamede querer o maço inteiro e eles ganhavam dinheiro só vendendo os cigarros a unidade e não era comum naquela área comprarem o maço inteiro, mais depois demos uma boa gorjeta e eles ficaram felizes da vida.<br />
Apanhamos de novo a estrada, ou melhor, o que parecia ser uma estrada e seguimos viagem. Finalmente chegamos a Fes, uma cidade muito bonita, dentro do conceito árabe evidentemente, havia muita pobreza mais também muitos turistas e uma cultura interessante e cheias de curiosidades.<br />
Ao chegarmos a cidade procuramos encontrar o local onde se concentrava as lojas e as famosas Medinas mais ficamos totalmente perdidos em um bairro que mais parecia um labirinto, andamos um bom tempo pela aquelas ruas estreitas e praticamente todas iguais e nunca chegávamos a lado nenhum. Finalmente encontramos uns rapazes conversando e perguntamos como poderíamos ir até a zona das lojas e Medinas. O rapaz se prontificou de imediato a nos levar até as Medinas ficando eu o tempo todo em estado de alerta derivado a fama negativa que é atribuída aos Marroquinos no ocidente fama essa que se desfez por completo passado algum tempo, principalmente depois de chegarmos as Medinas.<br />
O rapaz nos acompanhou todo o tempo servindo-se de guia turístico e sabíamos que depois teríamos que compensa-lo com algum dinheiro mais com a experiência do restaurante sabíamos que não seria muito.<br />
Estivemos em uma loja para comprar algumas bijuterias para vender em Coimbra, o mais curioso é que o rapaz que se encontrava na loja pediu licença e saiu para e buscar menta para fazer chá para nós, um habito comum por parte deles pelo que concluir depois, e nos deixou completamente sozinhos dentro da loja dando-nos total confiança.<br />
Conclui que o preconceito e a desconfiança por parte dos europeus a essa gente seja totalmente injustificavel e que é muito mais provável haver roubos na Europa do que em Marrocos mesmo porque o resultado de um acto dessa natureza nesse país possa levar ao infeliz assaltante ter as mão amputadas como forma de punição.<br />
Depois de terminarmos as compras lá estava eu de novo com uma fome enorme e só queria encontrar um outro restaurante. Mais naquela Medina era impossível imaginar almoçar por ali derivado ao mau cheiro constante das peles que eram transportadas pelos burros por entre aquelas estreitas Medinas, e tínhamos que está constantemente em alerta pelo facto de que quando passavam eram rápidos e não estavam muito preocupados com as pessoas que lá se encontravam portanto tínhamos que ter cuidado para não ser atropelado por um burro transportando peles recens tiradas dos animais, peles essas que eram utilizadas para fazer os famosos casacos marroquinos e a área em que era efectuada a curtição da pele se encontrava justamente no centro das medinas portanto aquela área tinha um cheiro mesmo desagradável mais com o passar do tempo o nosso olfato acaba por se habituar e já não damos conta.<br />
Procuramos deixar as medinas para procurar um restaurante, no caminho vi o que chamamos no Brasil de televisão de cachorro que é aquelas maquinas que assam frangos que ficam rodando dentro de uma caixa em que a porta é de vidro possibilitando ver os frangos sendo preparados. Fiquei morrendo de vontade de devorar um fraguito daqueles inteiro mais o cheiro das peles eram muito forte e dona dores não estava disposta a comer ali, sinceramente com a fome que eu estava comia ali mesmo.<br />
Encontramos um restaurante em condições fora das medinas e eu a primeira coisa que pedi foi uma boa garrafa de vinho para acompanhar o almoço, eu estava com uma saudade enorme de um bom vinho e pensei que conseguiria naquele restaurante pelo fato de ser turístico.<br />
Impossível disse o garçom, álcool em Marrocos é proibido por ir contra as leis islâmicas ou seja contra o Alcorão o livro sagrado dos muçulmanos, ou seja, tô frito! O único jeito foi me contentar com uma coca cola.<br />
No outro dia fomos para Rabat a capital de Marrocos.<br />
Como em outras capitais no mundo, o povo é menos receptivo e atencioso, menos simpático, mais apressado, impessoal. Todas as cidades marroquinas têm sua cor própria nas construções, que a personaliza e identifica: Marrakech é a cidade vermelha, Meknés é verde; Fez é amarela. Rabat, a cidade branca do litoral do Oceano Atlântico<br />
Em Rabat os principais pontos turísticos são a Torre Hassan, o Palácio Real, a Mesquita Real, o Chellah, o Portão de Oudaïa, a Kasbah des Oudaïas, o Mausoléu de Mohamed V e a Medina. <br />
Uma das partes mais memoráveis de Chellah é o seu portão, com 800 anos, de arquitetura merenida. <br />
Tivemos uma passagem muito rápida por Rabat. Uma situação que mim impressionou foi com relação a mulher marroquina ou muçulmana. Embora a religião seja extremamente fundamentalista com relação as mulheres proibindo-as de muitos comportamentos tão comuns no ocidente relativo a sua liberdade em relação com os homens, as marroquinas demonstraram serem bem mais receptivas e abertas que as portuguesas no que se refere aos homens mesmo tendo por trás de si a religião e todas as suas tradições. Mesmo utilizando os famosos véus quando cruzava com elas nas ruas simplesmente olhavam nos olhos como se estivessem mergulhando em nosso cérebro demonstrando uma total a vontade para nos aproximarmos e isso mim deixou muito curioso e que vontade de ficar mais tempo em Marrocos. <br />
Me recordo de estarmos em uma praça do centro da cidade e haver um típico vendedor de algo que não percebi de imediato. Consistia em um homem trajando uma indumentaria típica, com muita decoração e apetrechos. Veio em minha direcção e resolvi participar. Ele me deu um copo e colocou algo lá para dentro, era um liquido amarelo com um sabor esquisito que depois de bebe-lo perguntei do que se tratava. Pensei que se tratava de um chá típico da região, como é muito comum estarem constantemente bebendo chá dai veio o meu raciocínio. <br />
Fiquei surpreso e ligeiramente assustado quando ele me disse do que se tratava. Era agua! Com aquela cor e aquele gosto esquisito fiquei imaginando onde ele teria ido buscar aquilo que chamava de agua. A partir desse momento aprendi que agua em Marrocos só em garrafa e de preferência importada.<br />
Deixamos Rabat ainda com um enorme vontade de irmos para Casa Blanca e Marraquech mais já estávamos a uma semana fora e achamos que era momento de retorna. Deixaríamos Casa Blanca e Marraquech para a próxima viagem que tudo indicaria que seria em breve.<br />
Chegamos a Coimbra, foi uma viagem tranquila embora chegamos um pouco cansados mais era natural depois de tantas horas de viagem. <br />
<br />
Fico por aqui, quem sabe volto a escrever os próximos capitulos que espero que sejam formidáveis. Agradeço a atenção de vocês e peço que visitem o meu site <a href="http://www.anildo-motta.com/">http://www.anildo-motta.com/</a> e o meu blog <a href="http://www.anildomotta.blogspot.com/">http://www.anildomotta.blogspot.com/</a> Obrigado, até a próxima!<br />
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Fimwww.anildo-motta.comhttp://www.blogger.com/profile/05721608762847883797noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2326240633412179553.post-84203597565762784622010-03-18T09:02:00.001+00:002013-04-30T19:13:33.877+01:00Parte 14º. A historia de um imigrante brasileiro baiano na Europa. Anildo Motta<script type="text/javascript">
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Coimbra<br />
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Pela manhã ao acordar resolvi sai para tomar o café da manhã e conhecer a cidade dos doutores a qual na minha época de estudante já tinha ouvido falar.<br />
È uma cidade muito bonita, com as suas ruas estreitas, pátios, escadinhas, arcos medievais e as suas famosas Universidades, é banhada pelo rio Mondego do qual nos fins de semana podemos depois de nos associarmos ao clube local, alugar uma canoa e navegar pelo rio contemplando a beleza da cidade.<br />
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Podemos passear também no famoso barco que veio de França construído exclusivamente para navegar nas águas do Mondego o famoso bazófia.<br />
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Depois de passar pela a rua principal a Ferreira Borges onde se concentra uma grande quantidade de bancos, lojas e esplanadas deduzi que seria um bom lugar para procurar ganhar algum dinheiro antes de voltar para Lisboa. Havia uma grande esplanada de um café e resolvi nesse dia trazer o meu material e expor enfrente a mesma.<br />
<br />
Fui a pensão apanhei o meu cavalete e retratos já realizados de figuras celebres do cinema americano para expor e usar como mostras para as pessoas poderem avaliar a qualidade do trabalho como fiz na Ilha do Açores. Coloquei os quadros e passado pouco tempo começou a parar pessoas e fazerem perguntas quanto ao preço dos retratos. O resultado foi que nesse dia acabei recebendo varias encomendas e cheguei a conclusão que ficaria mais algum tempo até cansar da cidade.<br />
<br />
Estava gostando do ambiente, era semelhante a Braga, uma cidade calma e sem muita agitação, a cerca de 40 quilómetros havia uma cidade praiana chamada Figueira da Foz da qual eu estava pronto para visita-la no fim de semana depois que preparasse as encomendas que mim foram feitas. O detalhe é que a medida que ia fazendo ia entrando mais até que acabei de chegar a conclusão que iria ficar mais tempo.<br />
<br />
Um dia estava trabalhando quando se aproximou uma garota querendo saber o preço dos retratos o nome dela era Paula, uma menina bonita, educada e bem sorridente, fiquei encantado com a maneira simples e alegre daquela menina e de imediato procurei criar um ambiente mais aberto e amigo. Ela queria fazer o retratos do namorado e eu sugeri que trouxesse a fotografia dele e eu teria o prazer de fazer-la, embora o prazer seria bem maior se fosse o retrato dela, já que era uma menina muito bonita e para mim seria mais prazeroso desenhar. Ela sorriu da minha maneira de ser e se despediu ficando de no outro dia trazer a fotografia.<br />
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Coimbra<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzz9x0B9LXfLLNmqpwnh0WHZulqZljq2Y9hbJ31pMFFsG48eRcdm51osNFlMIP0O__Eqssi1zcBWzS-pnr5MBmc3rsnE3LsFz5kvGfoF4pao-ieA6CV2fmKIPOqqDzsp4YmHVI0HXe472o/s1600/Coimbra1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzz9x0B9LXfLLNmqpwnh0WHZulqZljq2Y9hbJ31pMFFsG48eRcdm51osNFlMIP0O__Eqssi1zcBWzS-pnr5MBmc3rsnE3LsFz5kvGfoF4pao-ieA6CV2fmKIPOqqDzsp4YmHVI0HXe472o/s400/Coimbra1.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Passado um tempo apareceu com a foto e eu de imediato deixei claro que estava curioso que ela aparecesse, mais não pela foto e sim para pode ve-la novamente.<br />
<br />
Bem, não vou aqui começar a descrever de maneira minuciosa todo o ritual que mais tarde nos levou a ficar juntos, seria desnecessário, mais o importante é que embora ela tivesse um namorado, as coisas não andavam muito bem e ela não estava nada satisfeita com o relacionamento, era um namoro longo e antigo que já tinha se transformado mais em uma rotina, um hábito, do que um sentimento mais profundo, o que passado um tempo acabaram por se separarem e foi a partir dai que começamos a namorar.<br />
<br />
Ela tinha uma mentalidade bem madura para a idade e gostava muito de se divertir e a minha maneira típica de um brasileiro alegre e brincalhão fazia com que tivéssemos muito em comum. Começamos o nosso namoro sem problemas nem empercilhos até que um dia a família dela ficou sabendo do nosso relacionamento e pelo visto entrou em um verdadeiro desespero e declarou estado de guerra contra a minha pessoa. O rapaz que ela namorava antes era um estudante universitário, estava terminando o curso e seria um futuro engenheiro, o que era para a família da Paula o casamento ideal, não um imigrante brasileiro artista que fazia retratos na rua. Ou seja, aquela velha historia que eu já havia passado por diversas vezes resultado da ignorância e discriminação que assola essa sociedade tão atrasada e desprovida de inteligencia. <br />
<br />
Só que com essa menina eu não estava disposto a fazer como as anteriores que no final depois de algum tempo de namoro sobre a pressão dos país, acabávamos por nos separar e eu saia pelo mundo nas minhas aventuras e nunca mais aparecia. Eu gostava dela e não estava disposto a permitir que uma sociedade atrasada e desprovida de educação fosse afectar a felicidade dela e a minha tentando estabelecer para ela com quem deveria se relacionar e casar, ou seja, querer mandar na vida dela.<br />
<br />
Um dia ligo para casa dela, tínhamos combinado jantar-mos fora e uma voz atende o telefone, voz essa que era idêntica a da Paula. Então perguntei a que horas poderia passar para apanha-la. Foi incrível, em toda minha vida nunca tinha ouvido tanto desaforo, tantas palavras grossas e vulgares saído da boca de uma pessoa dirigidas a mim, e ainda mais se tratando de uma senhora que pela idade que possuía já tinha por obrigação ter aprendido alguma coisa na vida, não ela simplesmente se comportava como uma pessoa desprovida de educação.<br />
<br />
Eu fiquei tão impressionado que não consegui dizer nada e nem ela permitiria se fosse o caso, porque nem se quer respirava para falar, ou melhor, para dizer asneiras. Mim chamou de tantos nomes vulgares, palavrões e expressões simplesmente tristes para uma pessoa daquela idade. Simplesmente pedi licença e desliguei o telefone. Fiquei completamente chocado com tantas grosserias.<br />
<br />
Mais não ficou só pela mãe, o pai também demonstrou que educação e boas maneiras passaram longe da vida deles e começou uma verdadeira caça ao homem, ou melhor, ao brasileiro. A falta de inteligencia e coragem dele era tanta, que durante todo este triste episódio nunca teve coragem de parar em minha frente e conversar comigo, e procurar saber se esse rapaz afinal possuía ou não qualidades para estar com a filha dele, não, ele simplesmente utilizava os conhecimentos que possuía com a policia para tentar mim arrumar problemas.<br />
<br />
Colocou os amigos policiais para investigar a minha vida, e tentou por esse meio correr comigo da rua para que eu não pudesse trabalhar e tivesse que ir embora da cidade. È mais do que lógico que se eu fosse um empregado em algum estabelecimento em Coimbra sem sombras de dúvidas seria demitido devido a influencia deles, mais como se pode afectar uma pessoa autónoma como eu? Tentaram de todas as maneiras. <br />
<br />
Mais a minha sorte era que os policias depois de averiguarem a minha vida e chegarem a conclusão que eu era um rapaz honesto e trabalhador, e não mim envolvia com drogas e nem problemas, deduziram que a atitude daquele senhor era desnecessária e não procedia.<br />
<br />
Deixando de lado a perseguição que mim faziam e alguns deles até ficaram meus amigos. Era um comportamento completamente lamentável e triste por parte daquela família. <br />
<br />
Alguns defensores poderiam alegar que atitudes dessas por parte da família era derivado ao amor e preocupação para o sua filha, e que justificaria esse tipo de comportamento. Esse tipo de argumento só serve para provar de forma mais clara e evidente a falta de inteligencia que acabei de citar anteriormente, porque pessoas inteligente não agiriam dessa forma, pelo fato de ser a forma mais estúpida e ineficaz que só irá criará uma união de forças por parte do casal oprimido para enfrentar a pressão da família e consequentemente criará atitudes precipitadas como na maioria das vezes. Mais evidentemente tratasse de um nível de raciocínio muito elevado para eles.<br />
Um dia ela chegou na pensão em que eu morava e tinha acabado de ser espancada pelos pais e a partir dai não permiti mais que ela passasse por uma situação como essa mesmo porque era perigoso nunca se sabe o que pode surgir na cabeça de pessoas com esse nível de raciocínio.<br />
<br />
A partir desse momentos passamos a morar juntos sobre constantes ataques da família e perseguições. Ela era assistente social e trabalhava em um lar de idosos em Coimbra. Os pais utilizaram dos conhecimentos que possuíam para que lhe tirassem o emprego, e foi o que acabou por acontecer, mais uma prova de ignorância extrema.<br />
<br />
Nesse meio tempo ela tentava arrumar outro trabalho mais não era fácil quando tinha por trás uma família daquela com muitos amigos em Coimbra e que alguns demonstravam o mesmo nível de atraso quando apoiavam eles nesse sentido. A prova de ignorância era tão grande que a mãe chegou a gastar uma fortuna contratando o que chamam em Portugal de “Bruxos”, ou seja, charlatães que tiram dinheiro de gente com pouco nível de instrução alegando que através de feitiços irá separar o casal.<br />
<br />
Diante de uma situação como essa não restou outra alternativa a não ser deixarmos Coimbra. Ela conseguiu um emprego em um infantário exercendo a sua profissão de assistente social em uma cidade no norte de Portugal e foi onde passamos a morar. Passado um longo tempo eles descobriram onde ela estava trabalhando e deu novamente inicio as tentativas de nos criar o máximo de problemas. <br />
<br />
A Paula conheceu uma garota que era repórter e se interessou no assunto e resolveu fazer uma matéria e por no jornal, e foi o que acabou por acontecer. Foi praticamente mais da metade de um a folha no principal jornal da cidade contando a historia que mais parecia o Romeu e Julieta dos tempos modernos, só a partir desse momento que tornamos público esse comportamento infeliz por parte da família dela é que as coisas mudaram e deixaram de nos criar problemas porque toda a cidade ficou sabendo.<br />
<br />
Moramos algum tempo no Norte de Portugal até que resolvemos voltar a Coimbra, ela gostava de Coimbra e sentia saudades dos amigos e achávamos que já não iria haver mais problemas. As coisas correram bem durante um certo tempo até que um dia resolvi ir ao Brasil visitar a minha família e ela ficou sozinha, tinha arrumado um trabalho em um super mercado e as coisas estavam equilibradas e eu pretendia ficar bem pouco tempo no Brasil em visita a minha família, só que uma semana antes ligo para a agência de viagem para confirmar o meu retorno para Portugal e fui informado que a passagem de retorno tinha sido cancelada, mais uma tentativas dos espertinhos. A Paula depois de contactar a empresa em Portugal e esclarecer que só o próprio passageiro é que pode cancelar uma passagem e ninguém mais possui esse direito a não ser através da autorização do mesmo. Só a partir desse momento é que a empresa procurou rectificar a situação e acabei por retornar a Portugal para infelicidade dos pais dela.<br />
<br />
Vivemos uns bons anos juntos, alugamos um bom apartamento bem próximo ao centro de Coimbra e tivemos a oportunidade de convivemos em paz e sermos felizes.<br />
<br />
Passado cerca de quatro anos vivendo juntos as adversidades típicas na vida de um casal nos levou a separação. Foi um período muito bonito embora os problemas que a família nos ofertou no inicio, mais tivemos óptimos momentos juntos.<br />
<br />
Espero que a família dela tenha aprendido que cada pessoa tem o direito e liberdade de escolher o seu caminho, deve ter orientação da família evidentemente para não sofrer na vida nem cometer erros, mais não devem interferir e ainda mais de forma ditatorial e perversa na vida dos seus filhos, porque se eles não foram felizes nas suas escolhas não que dizer que devam tentar viver a vida dos seus filhos. <br />
<br />
Hoje em dia eu e a Paula somos grandes amigos, coisa que na maioria dos fins de relações não costuma ser possível, mais entre nós sempre ouve um grande respeito e admiração, quanto a família não pensem que aprenderam porque continuam tentando governar a vida dela, mais pelo menos ela aprendeu a ser independente e se defender melhor desses tipos de atitudes coisa que na altura que a conheci não tinha qualquer capacidade psicológica para lidar com uma situação como essa. As vezes não é o mundo a ensinar através das suas maldades e friezas a sermos fortes, as vezes este papel fica a cargo da nossa a própria família, é uma enorme pena vivermos em um mundo assim, mais infelizmente é esse que temos e devemos aprender.<br />
<br />
Depois desse período de conveviencia com a Paula mudei muito a minha maneira de ser, deixei de tantas aventuras, pelo menos fora do país e continuei morando em Coimbra. Procurei desenvolver mais o meu trabalho, comecei a trabalhar com a internet divulgando o meu trabalho e colocando publicidades das quais ao serem visitadas atribuem-me um pequeno valor sem ter nenhum custo ao visitante. Resolvi voltar a um hobby antigo do qual durante a minha adolecencia fez parte da minha vida que foram as motos. Quando cheguei a Europa e tive um maior contacto com essas maquinas japonesas, procurei fugir um pouco delas e não deixar-me atrair, devido ao fato de está longe da minha familia e esse desporto oferecer um certo perigo. Mais a paixão foi mais forte e passado todos esses anos resolvi retornar a elas, comprei uma potente moto e entrei no mundo dos Motards.<br />
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A morte do Patricy<br />
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Cheguei em Portugal pela estrada IP5 e fui directo para Braga, estava afim de rever os amigos que lá tinha deixado. Contactei com o Patricy que estava em Lisboa e o chamei para vir a Braga, que era um excelente mercado para as aquarelas dele e eu ficaria centrado só nos retratos portanto não haveria concorrencia.<br />
Patricy chegou a Braga falei com a senhora responsável pelo apartamento em que eu estava morando e ela permitiu que o Patricy fosse morar lá com agente. O quarto era enorme e tinha duas camas portanto o Patricy podia ocupar uma das camas. Nesse dia fomos almoçar em um bom restaurante que havia na cidade, era caro mais a comida era excelente, evidentemente tinha que compensar o preço.<br />
Durante a tarde fui com o patricy para a rua principal onde eu trabalhava mostrar para ele onde seria o seu novo local de trabalho. Ele estava muito feliz e radiante, tinha ganho um bom dinheiro em Lisboa fazendo uma colecção de aquarelas para uma galeria em Cascais que havia encomendado. Nesse dia não fizemos nada, apenas curtir a cidade, e a noite fomos a uma simpática casa nocturna recentemente aberta chamada Barberini, um ambiente agradavel o qual tinha uma mesa de bilhar e passamos a noite toda jogando sinuca.<br />
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<br />
No outro dia pela manhã chegou a altura de encarar o trabalho, apanhamos o material e nos dirigimos para a rua direita onde começaríamos o trabalho. Montei o meu cavalete e comecei a desenhar um retrato resultado de uma encomenda que tinha sido feita no dia anterior.<br />
<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/qP2utiV68gI&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/qP2utiV68gI&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br />
O Patricy colocou o material dele a uns 10 metros de onde eu estava e começou a pintar uma aquarela. Naquele dia ele estava muito feliz com a vida que levava, tínhamos tido um dia bem animado na noite anterior, ele sempre com aquela velha mania de gastar dinheiro com luxos e coisas finas, era uma caracteristica muito marcante no Patricy, eu achava que o fato de ter nascido em França, na cidade de Paris e aquele comportamento ser caracteristico na mentalidade daquele povo fazer com que o luxo e a boa etiqueta fizesse parte das suas vidas.<br />
Passado algumas horas eu estava quase finalizando o retrato que estava fazendo quando ouvi o Patricy mim chamar, virei e respondi, só um minuto já estou quase acabando o desenho, e ele voltou a chamar por mim novamente, virei-me e fui em direcção a ele. Ao chegar perto do Patricy ele estava muito estranho, cheguei a pensar que durante o tempo que estive desenhando ele teria ido ao café abusar um pouco do vinho e que a aparência que ele carregava era resultado disto. Mais depois que ele mim pediu para tentar levanta-lo e coloca-lo de pé senti que a coisa afinal não era derivado ao vinho, se passava alguma coisa errada e o Patricy não estava nada bem.<br />
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Todo o lado esquerdo do Patricy estava praticamente paralisado, ele já não conseguia exprimir uma frase em condições e de imediato cheguei a conclusão que deveria chamar uma ambulância. E foi oque fiz, apanhei o telemóvel e liguei de imediato para o 112, uma linha de urgência. Disse para ele ficar calmo que a ambulância chegaria rápido e depois de umas injecções ele retornaria a ordem. Ele riu e disse-me que não tinha tanta certeza assim. O aspecto dele não era nada bom, mais estava consciente e conversávamos naturalmente, até que chegou a um ponto em que o Patricy manteve um silencio melancólico e ficou olhando para o nada durante algum tempo. Perguntei se ele sentia alguma coisa, dores, desconforto… e ele respondeu que não, não sentia nada, apenas o lado esquerdo sem movimento.<br />
As pessoas todas paravam para saber o que se passava com o pintor e eu disse-lhes que era apenas um mal estar e a ambulância já estava chegando. Passado uns 15 minutos a ambulância entrou na rua direita e parou a nossa frente, desceram três rapazes carregando uma mala grande com material de socorro. Pediram espaço para o analisar melhor e de imediato pediu ao os outros dois que trouxessem a maca, ele deveria ser levado para o hospital para ser melhor assistido. Colocaram o Patricy na maca e o puseram na ambulância, antes do enfermeiro fechar a porta da ambulância o Patricy olhou para mim deu um ligeiro sorriso e fez um sinal de adeus. <br />
O hospital era perto do local em que eu estava trabalhando, então pensei, já não tenho espírito para trabalhar depois disso, fechei o material e levei.os para casa, para depois ir ao hospital saber como estava o Patricy.<br />
Quando cheguei ao hospital eles disseram que naquele momento não tinha ainda nenhuma noticia, que o Patricy ainda estava sendo observado e que eu voltasse depois.<br />
Ok, eu pensei que talvez os excessos da noite anterior tivesse feito mal ao Patricy e isso resultou naquele mal estar e que amanhã já estaríamos de novo jogando sinuca no Barberine e tomando uns copos.<br />
E a noite foi o que acabei de fazer fui para o Barberine ter com umas amigas e acabei ficando lá até muito tarde. Quando deixei o Barberine já era por volta da 3 da madrugada, cheguei em casa já com uma boa quantidade de álcool resultado das cervejas que havia bebido, lembrei-me do Patricy e pensei, amanhã pela manhã assim que acordar vou ter com ele no hospital.<br />
Cheguei tão cansado ao apartamento que tombei de imediato na cama, já passado algumas horas viro-me para o lado e vejo o Patricy sentado na cama dele olhando para mim com aquela cara de tranquilidade que ele carregava e o ar de que não havia se passado nada, e eu sonolento disse para ele, porra já está de volta! E virei-me para o lado dominado pelo álcool e o sono. Pela manhã acordo com os gritos da senhora que entrou no meu quarto gritando que o meu amigo tinha morrido e que haviam ligado do hospital dando a noticia.<br />
Eu disse, deve haver algum engano, eu vi o Patricy ontem a noite, e ela perguntou-me você o viu? Eu de imediato achei melhor não aprofundar a conversa e disse que tinha tido a impressão que o tinha visto e na realidade foi o que aconteceu.<br />
Coloquei uma roupa e mim dirigi até ao hospital para ter noticias mais concretas sobre o que havia acontecido. Ao chegar ao hospital mim dirigi a sector de atendimento e dei o nome do patricy e pedi informaçoes quanto ao estado dele. A senhora que estava no atendimento pediu licença e saiu para chamar o médico. Passado alguns minutos chegou uma doutora que perguntou-me qual era o meu grau de parentesco com o Patricy, disse-lhe que éramos apenas amigos que ele era francês e a família morava em Paris. Ela mim chamou a um canto e disse-me: Olha, lamento informar mais o seu amigo faleceu ontem a noite. Não mim recordo exactamente a causa da morte mais parece que foi resultado de uma espécie de acidente vascular cerebral.<br />
Não sei exatamente que tipo de sentimento tive naquela hora, foi esquisito, muito esquisito. Como disse antes quando estive em visita ao Vaticano. Não sou nada religioso, não acredito em religiões, acredito apenas que o ser humano na sua busca desesperada de encontrar uma resposta para a sua existência, desde a origem das cavernas sempre procuraram criar religiões e Deuses para fugir ao medo e portanto para mim a religião não tinha significado algum a não ser desespero e medo.<br />
Mais a sensação que fiquei com a morte do Patricy foi por incrível que pareça, de tranquilidade e paz. Sei que parece esquisito afinal eu e o Patricy éramos grandes amigos, ele era o maior amigo que eu tinha em Portugal, tínhamos passado por tantos momentos bons e maus tínhamos uma afinidade muito grande e eu havia aprendido tanto com ele, e agora eu estava com aquela senssação de paz e tranquilidade.<br />
Mais eu sabia que havia uma forte razão para isso, como disse não tenho uma explicação lógica para isso, o que sei foi que naquela noite, na noite da morte do Patricy eu o vi sentado na cama dele a minha frente com aquele ar de tranquilidade que ele costumava carregar um ligeiro sorriso no rosto como se tivesse gozando com a situação, eu nunca vou mim esquecer daquele momento. Procuro Buscar evidentemente uma explicação lógica e cientifica para aquela situação, naquela noite eu havia bebido muito estava completamente bêbado e com toda aquela sonolência é normal que o cérebro entre em alucinações e fantasias e aquela cena do Patricy foi resultado disso, mais porque eu mim sentia tão tranquilo, tão bem, tão sereno? tanto é que depois que deixei o hospital apanhei o meu material e fui para rua trabalhar.<br />
Cheguei na rua montei o meu material e comecei a trabalhar naturalmente. Lembro-me quando parou ao meu lado 3 senhores reformados que costumavam ficar na esplanada conversando e observando-nos a trabalhar e mim perguntou. O seu amigo está melhor? E eu respondi com a maior naturalidade. Não, faleceu ontem a noite. Um dos senhores se segurou no colega que estava ao lado e ficou simplesmente petrificado, ele que costumava ver o Patricy tão bem, animado e apresentando uma excelente saúde e depois recebe uma noticia daquela. E o outro exclamou, morreu? Mais como ele parecia está tão bem. Eu fiz um sinal com os ombros como se tivesse dizendo. Olha, é a vida! Os três senhores ficaram completamente espantado com a minha tranquilidade e devem ter pensado, aquele brasileiro é mesmo frio e insensível.<br />
Mais uma coisa eu garanto a vocês, se não fosse aquela visão maluca que tive do Patricy naquela noite as coisas seriam bem mais diferentes, eu iria sentir muito a morte dele, não sou nenhum choramimgão mais iria precisar de algum tempo para mim recompor, de forma nenhuma iria trabalhar no outro dia, impossível, as vezes só por um simples acontecimento como partir algum objecto que eu goste ou acontecer alguma coisa que não mim agradasse já seria motivo o suficiente para eu não fazer nada nesse dia, eu simplesmente perdia toda a inspiração, e no entanto naquela caso do Patricy, lá estava eu na rua trabalhando como se nada tivesse acontecido.<br />
Cheguei no quarto e fui nas coisas do Patricy em busca do contacto da família dele em Paris para dar essa lastimável noticia. Acabei por encontrar o numero do telefone do irmão dele. Apanhei o número fui até a uma cabine telefónica e consegui falar com o irmão dele o qual acabou recebendo a noticia. Ele disse-me que iria descer para Portugal com a mãe e ao chegar a Braga entraria em contacto comigo.<br />
Fui ao hospital e disse que a família estava vindo de França para cuidar do funeral e tudo que correspondesse ao acontecido.<br />
Depois de uns 3 dias estava em casa quando recebo a ligação do irmão dele. Eles estavam em Braga e fui mim encontrar com eles. Quando vi a mãe do Patricy fiquei com muita pena dela, carregava nos olhos as dores de uma mãe que acabou de perder o seu filho, o irmão também notavasse a dor mais ele procurava manter o controle e transmitir um ar de dureza. Quando eu havia estado em França com o Patricy tinha conhecido a irmã e a mãe quanto ao irmão na altura não estava em França e acho também que a relação deles não era muito boa já que o Patricy nunca tinha falado dele. Abracei a mãe do Patricy e dei os meus pêsames.<br />
<br />
Eles demoraram mais para chegar porque o irmão achou melhor fazer a viagem de carro para que ela pudesse durante a viagem ir se recompondo do choque e se tivessem vindo de avião seria mais difícil.<br />
Procurei cuidar de toda a papelada referente a cremação do Patricy, que foi o mais indicado no caso e a família queria assim, levar para a França as cinzas do Patricy.<br />
Estive com o irmão dele na câmara mortuária para nos despedirmos do Patricy, ele estava deitado nu em cima de uma cama de mármore, havia sido autopsiado e carregava uma grande costura em todo o tronco. Aquele que estava naquela mesa parecia com tudo menos com o Patricy.<br />
Depois de tudo resolvido o irmão e a mãe sentiram-se muito gratos pelo o que eu havia feito no sentido de ajudar na papelada e resolução dos problemas referentes a cremação do Patricy, nos despedimos e seguiram viagem para França e disseram que se caso precisasse de alguma coisa deles deveria contactar de imediato já que a mãe sabia do quanto éramos amigos.<br />
Depois de todos esses acontecimentos resolvi deixar Braga e fui para Coimbra.<br />
<br />
<span style="font-size: x-large;"><a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010/03/parte-14-historia-de-um-imigrante.html">PRÓXIMA PÁGINA</a></span>www.anildo-motta.comhttp://www.blogger.com/profile/05721608762847883797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2326240633412179553.post-12793554119176621312010-03-02T20:43:00.001+00:002013-04-30T19:09:40.007+01:00Parte 12º. A vida de um imigrante brasileiro baiano na Europa. Anildo Motta<script type="text/javascript">
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Holanda, amsterdam.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh93a-0gQmB0GMsxnm_eol47hF6veJULHNIId1Dy5h1PyLEqeZLby3_5OOj8yPIngup_Omf5rVqUbYL-REsPWmV7r1yb2K_Hb3nf56gXRi6sV-RhdKz7xYxczxMlR3iC8KosSI9Mba49wGK/s1600/holanda_amsterdam_bicicletas1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh93a-0gQmB0GMsxnm_eol47hF6veJULHNIId1Dy5h1PyLEqeZLby3_5OOj8yPIngup_Omf5rVqUbYL-REsPWmV7r1yb2K_Hb3nf56gXRi6sV-RhdKz7xYxczxMlR3iC8KosSI9Mba49wGK/s400/holanda_amsterdam_bicicletas1.jpg" width="400" /></a></div>
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A casa do Fernando era muito agradável, tinha um quintal com mais ou menos uns 15 metros do qual ele mim revelou mais tarde que tinha como objectivo criar um jardim em estilo chineses ao fundo e montar um ginásio para treinar, depois que virou europeu começou a criar manias, disse eu para ele. É natural que o meu amigo estivesse diante da nova vida descobrindo coisas novas e procurando dar um ar de evolução social e adaptação ao sistema Holandês, e mim agradava esse sinal de realização que ele transmitia. A Marenca trabalhava em uma espécie de clínica que dava apoio a crianças que sofriam de Tricemia 21, não sei se é o termo correto, mais foi o que mim veio a cabeça para definir pessoas que sofrem de mongolismo, e ela parecia gostar muito do seu trabalho.<br />
Fui muito bem recebido pela Marenca e conheci também a filhinha deles, não tinha dito antes mais o Fernando já era pai e já tinha realizado o sonho dele de ter um filho europeu. Depois de conhecer a casa e mim instalar apanhamos umas bicicletas que ele tinha na garagem e fomos da um passeio. Como vocês todos sabem a Holanda é um país estremamente plano, foi um país criado pelos homens. Há uma frase que conheci na Holanda que dizia: “Deus criou o mundo e os holandeses criaram a Holanda.”<br />
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Um factor extremamente interessante é que o país é todo plano, por isso o uso da bicicleta é considerado um meio de transporte fácil, eficiente e barato, é um verdadeiro mar de bicicleta que encontramos próximo a locais de trabalho e estações, como por exemplo a Central Station. Ao você estacionar a sua bicicleta fique bem atento quanto a localização por que ao você retornar pode encontrar centenas de bicicletas ao lado da sua tornando uma odisseia descobrir qual é a sua.<br />
O uso da bicicleta é tão grande e normal que temos até semáforos para bicicletas assim como temos para os carros no resto do mundo, e ao virar para esquerda ou direita devemos fazer a sinalização com as mão. Evidentemente que esses detalhes nós praticamente esquecíamos e andávamos da maneira tradicional esquecendo que estávamos em um país que as leis existem e são cumpridas. <br />
Aproximadamente a metade do território holandez fica abaixo do nível do mar, muitas área são protegidas por diques e barragens. Parte dos países baixos inclusive quase toda província da Flevolândia foram conquistada ao mar, estas áreas são conhecidas como Polderes.<br />
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Os Países Baixos são um país densamente povoado. É conhecido por seus moinhos de ventos, tulipas, tamancos, queijo de gouda, artistas visuais, e bicicletas e, além disso, pelos valores tradicionais e virtudes civis, tais como a sua tolerância social. O país, mais recentemente, tornou-se conhecido por sua política liberal em relação a homossesualidade, drogas, prostituição, eutanasia e aborto.<br />
É interessante conhecer também os enormes moinhos de vento construídos pelos holandês usados para moer grãos e na produção industrial de óleo. Na Holanda foram desenvolvidos moinhos especiais para serrar madeira que era usada na indústria náutica.<br />
Chegamos a famosa Central Station em Amsterdam que tinha sua frente uma enorme avenida que ia em direcção a famosa praça do Dam. Deixamos as bicicletas na estação para fazermos o resto da caminhada a pé, queria ter mais um pouco de liberdade.<br />
Fomos conhecer as famosa Red Line onde fica as vitrines com as famosas prostitutas holandesas, uma visão simplesmente espetacular e liberal. São varias pequenas lojas com uma grande vidraça da qual podíamos ver lá dentro uma cama ou simplesmente um quarto apresentando o máximo conforto, e em frente na vitrine ficavam a meretriz a espera de um cliente mais excitado. No quanto da cama víamos o relógio para controlar o tempo referente ao serviço da profissional que cobrava por cada 15 minutos de serviço ficando o cliente o tempo que desejasse.<br />
Era uma visão fantástica mesmo porque as prostitutas que lá trabalhavam em sua grande maioria eram mulheres bonitas e bem cuidadas não tinha nada a ver com aqueles verdadeiros “Jaburus” que havia em Portugal, e como se trata de uma profissão considerada normal pelo governo holandês e tendo os mesmos direitos sociais que qualquer outra profissão era muito bem controlada em termo de higiene e controle sanitário.<br />
O Fernando mim contou uma situação bem engraçada que foi um brasileiro que ele conheceu que tinha uma irmã trabalhando em Amsterdam vendendo flores enquanto ele estava no Brasil, e esse irmão resolveu fazer uma surpresa a irmã. Depois de juntar um bom dinheiro no Brasil resolveu imigrar também para a Holanda e ir visita-la, só que não disse nada porque queria fazer-lhes uma surpresa. Quando chegou a Amsterdam foi passear na Red Line com uns brasileiros que havia conhecido e geralmente esse era o primeiro passo que todo os brasileiros davam quando chegavam a Amsterdam, conhecer a Red Line. Quando passeava com os amigos visitando as famosas vitrines, quem ele acabava por encontrar exposta em uma das vitrines? Exactamente quem vocês estão pensando, a irmã dele. Foi uma situação bem complicada para o rapaz que ficou atónito olhando para a irmã usando roupas interiores exposta a venda naquela vitrine. Para uma pessoa mais informada e liberal a situação pode não ser assim tão grave, mais para um rapaz vindo do interior do Brasil e membro de uma família pacata e humilde, aquilo foi um verdadeiro tiro no peito, bem quanto ao resto vocês devem imaginar.<br />
Saindo da Red Line resolvi entrar em um dos diversos coffee shop que havia para ver de perto os produtos que eram possíveis encontrar nesses espaços sendo vendidos de forma normal e também sobre o controlo do governo holandês. Se tratava de drogas como. Haxixe. Marijuana… e diversas outras das quais não sou especialista e nem usuário, mais entrei para matar a curiosidade.<br />
Já no interior do coffee shop pedi uma cerveja e durante o tempo que bebia observava na normalidade que se vivia ali dentro com os clientes consumindo drogas. Pedi o cardápio das ditas drogas para verificar as sua procedências. Havia drogas de varias parte do mundo. No cardápio alem da informação quanto a origem da droga havia também uma pequena amostra dela colada ao cardápio.<br />
Depois de beber a minha cerveja em companhia do Fernando pagamos e fomos continuar a nossa visita, ou melhor, a minha visita já que para o Fernando já havia vasculhado todo o centro de Amsterdam e arredores. Ao deixar o coffeshop quando caminhava sentia uma sensação de leveza e relaxamento sem igual e atribui a qualidade da cerveja, dizendo ao Fernando que a cerveja holandesa era realmente boa e relaxante, eu estava mim sentindo como meio drogado. O Fernando disse o mesmo, só que ele não havia bebido cerveja e sim uma bebida sem álcool, portanto a conclusão final é que não era o álcool e sim o ar envolvido com a fumaça das drogas consumidas pelos clientes que lá se encontravam e como não estávamos acostumados com aquele ambiente era o suficiente para nos deixar tontos.<br />
Rimos muito da situação e mais a frente entrei em outro coffee shop para tomar mais uma cerveja e o Fernando um outro refrigerante e procuramos respirar profundamente durante esse tempo. Eu e o Fernando riamos tanto com a situação, nos divertíamos tantos que as pessoas que olhavam para gente podia chegar a conclusão que estávamos consumindo muita droga e que a mesma estava nos pondo bem alegre. Mais era só a bebida acompanhada do cheiros das drogas e era o suficiente para ficarmos completamente doidões.<br />
Sem dúvida os meu momento na Holanda em Amsterdam e Roterdam foram simplesmente marcantes, jamais irei esquecer aqueles momentos de muitos risos e curtições.<br />
Estive cerca de 1 semana em Amsterdam, antes de deixar Amsterdam liguei para o Andreias, aquele alemão que conheci no Algarve, lembram? Quando disse que mim encontrava na Holanda ele de imediato disse-me que antes de voltar para Portugal deveria passar primeiro pela Alemanha para visita-lo e que iria ter o maior prazer em mim hospedar e mim apresentar a Stuttgart a cidade em que ele morava. Para mim a ideia era excelente, mesmo porque era isso que eu previa, e como havia dito antes, depois de estarmos no centro da Europa, tudo se torna mais perto inclusive a Alemanha.<br />
Durante o tempo que estive na casa do Fernando procurei resolver o problema com relação ao adaptador para poder abastecer o carro com gpl, recordam-se que ao chegar a Bélgica de madrugada não consegui abastecer pelo fato do adaptador da bomba de combustível ser diferente do usado no meu carro, então contactei com uma amiga em Portugal e pedi-lhe que fosse ao local onde eu havia instalado o GPL e solicitasse ao responsável esse mesmo equipamento. Passado algum tempo recebo esse adaptador na casa do Fernando, mim disperso dele e da Marenca e sigo viagem em direcção a Stuttgart.<br />
A viagem foi agradável, apanhei a estrada em direcção a Luxemburgo um pequeno país enfiado entre a Alemanha, Bélgica e a França e antes de chegar lá fiz o desvio apanhando em direcção a Stuttgart. Quando já mim encontrava em território alemão apanhei com uma chuva que nunca na minha vida tinha presenciado tal violência. Fui obrigado a parar o carro na estrada derivado a força com que a agua caia impossibilitando o carro a continuar. Mesmo com o limpador do parabrisa ligado ao máximo, não era possível enxergar nada com a quantidade de agua, o o limpador não dava conta, todos os carros na estrada estavam parado na berma aguardando que aquele mal tempo passasse, foi um sinal de boas vindas nada agradável por parte da Alemanha.<br />
Mais estava curtindo muito a viagem, depois dessa forte queda d'agua o tempo limpou de repente e o céu voltou a mostrar a sua cor azul. O que eu achava interessante era o fato de tentar gravar na memoria o nome das cidades que via no mapa e que servia de orientação para chegar a Stuttgart, não era nada fácil, os nomes das cidades alemãs eram bem complicados e as vezes tinha que olhar varias vezes o mapa para não esquecer aqueles nomes complicados dos quais eu usava como referencia, mais correu tudo bem e finalmente lá estava eu chegando ao aeroporto de Stuttgart. Sim aeroporto porque foi o único lugar que mim veio a cabeça de onde poderia marcar para mim encontrar com o Andreias sem haver risco de nos perdermos.<br />
Depois de mim encontrar no aeroporto liguei para ele informando quanto a minha localização, foi fácil passado pouco tempo aparece o Andreias guiando um Mercedes com um enorme sorriso estampado no rosto. Depois de nos comprimentar-mos entrei no meu carro e procurei segui-lo. Evidentemente conhecendo o Andrieas sabia que ele iria querer mim apresentar a capacidade mecânica daquela bomba que ele tinha e ia acelerar a fundo, e eu para não ficar para trás, desliguei o sistema GPL e accionei o de gasolina, sistema esse que daria bem mais a potencia ao carro e evitaria assim que o Andreias mim fizesse passar vergonha com o seu Mercedão. Mais não adiantou muito, o Mercedes corria que se fartava, era realmente uma bomba alemã e o meu bravinha italiano não conseguia apanha-lo.<br />
<br />
Depois dessa brincadeirinha para animar a situação finalmente chegamos a sua casa, ou melhor apartamento. Era um prédio pequeno de 8 apartamentos no qual o andreias morava logo na entrada. O vantajoso disso é que tinha um pequeno quintal do qual havia uma mesa de camping, cadeiras e um barbecue, onde fazíamos uns bons churrascos acompanhado de uma boa cerveja alemã.<br />
A noite fui jantar na casa da mãe do Andreias que ele queria que eu conhecesse. Uma senhora extremamente simpática e educada, ela tinha em casa um salão de beleza do qual trabalhava cuidando da beleza das alemãs portanto não precisava sair de casa para ir ao trabalho.<br />
Ela tinha se separado do pai do Andreias e tinha se casado com um outro alemão, era um cara tipicamente germany, ou seja, um comportamento frio e afastado, agia de forma educada mais mantendo sempre uma distancia. Quanto a mãe do Andreias era diferente, lembro-me que quando ele mim apresentou a ela eu de imediato mim aproximei e a cumprimentei com o típico beijinhos na face, como é comum na nossa sociedade, mais na Alemanha não é tão comum assim, notei que ela ficou meia inibida mais sempre sorrindo e amável.<br />
Preparou para gente um belo jantar regado de um bom vinho que ficou a cargo do padrasto do Andreias. Ele era um grande apreciador de vinhos, o andreias já havia mim dito, ele tinha uma cave na casa da qual tinha uma variedade de vinhos alemãs e estrangeiros, mais ele precisava mesmo era o vinho alemão, dizia ser o melhor vinho do mundo, e vim concordar com ele depois.<br />
Na hora do jantar estava criada uma mesa por parte da mãe do Andreias simplesmente magnifica. O padrasto do Andreia com o ar muito serio e fechado tipicamente alemão, sentou-se na ponta mesa e eu fiquei a sua esquerda, a direita ficou a mãe do Andreias e ao lado dela o Andreias. O pai tinha ido a sua adega e trouxe duas garrafas de vinho para acompanhar o jantar, o Andreias abriu-a e serviu a todos. Eu não percebo lá grande coisa de vinho, mais resolvi fazer o meu teatro. Cheirei o vinho na taça, analisei a cor do mesmo e depois bebi um gole, enquanto isso o pai do Andreias mim observava. Depois virei-me para o Andreias e disse: É o vinho alemão não é tão mal! O Andreias sorriu e de imediato o pai dele perguntou em alemão o que eu havia achado do vinho, e o Andreia traduziu a letra as minhas palavras. O Padrasto se levantou apanhou as duas garrafas e saiu, eu percebi que o meu teatro tinha surtido efeito mais não sabia se positivo ou negativo. O Alemão foi a cave e voltou com mais duas garrafas de vinho, afinal o meu teatro tinha surtido um efeito positivo. Ele abriu uma nova garrafa, apanhei ao lado uma bolachas para tirar o sabor do vinho anterior e logo depois sobre o olhar atento do alemão experimentei o novo vinho e evidente que para ficar bem no filme larguei um enorme elogio ao vinho, traduzindo o Andreias para o Padrasto de imediato causando um sorriso enorme na cara dele o qual mim deu um tapinha nas costas e apartir dai o cara se tornou meu amigão e bebemos durante e depois do jantar a ponto do velho não querer que eu fosse mais embora. O engraçado é que eu usava o inglês para mim comunicar com o Andreias já que ele não falava português, e o padrasto dele não falava inglés muito bem, mais com todo aquele vinho nos entendiamos que era uma maravilha.<br />
O padrasto dele gostou tanto de mim que mim convidou para no outro dia ir com ele para uma local turistico que ele gostava de frequentar na Black florest, mais o Andreias sabia que eu iria ficar pouco tempo na Alemanha e portanto tinhamos muito para ver.<br />
No outro dia pela manhã fomos para o centro de Sttutigart para eu conhecer a cidade. Gostei muito da Alemanha, pelo menos a cidade de sttutigart, é curioso um continente tão pequeno e povos tão diferentes em lingua, comportamentos, culturas, é realmente uma experiencia singular conhecer vários paises e costumes que nos leva a entender mais o nosso e a valoriza-lo também, embora acabamos por descobrir a quantidade muito grande de problemas que o Brasil possui derivado ao seu problema economico.<br />
Depois de passar uma semana fantastica na Alemanha em companhia do Andreias chegou a hora de voltar a realidade.<br />
Portugal ai vou eu de novo.<br />
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Portugal Braga<br />
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<br />
Trabalhei mais algum tempo, encarei o pior inverno da minha vida em Braga, durante o mês de Dezembro no Natal, ganhei um bom dinheiro. Trabalho não faltava, mais o problema era o frio que fazia, era terrível, o frio em Braga era extremamente húmido e penetrava na roupa deixando-nos com a sensação constante de humidade, e trabalhando na rua nessa temperatura era mesmo mal.<br />
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Depois desse período resolvi voltar a Lisboa, fui matar saudades do pessoal que já pensavam que já não me veriam mais, que eu tinha ido para o outro lado do planeta, mais estava eu de volta e no outro dia fui para a rua Augusta trabalhar fazendo os meus retratos e novos clientes.<br />
Procurei deixar um pouco de aventuras, trabalhar e levar uma vida normal, entrei em um ginásio “Academia” para começar a malhar e cuidar da saúde e do aspecto físico, foi uma excelente atitude, comecei a levar a sério os treinos e procurei manter uma alimentação sadia e diminui as farras e as cervejas. Arrumei uma namorada maluca que era stripes em uma casa nocturna de luxo para o lado de Marques de Pombal chamava-se Susana, fazia strip tise e ganhava muito dinheiro, era uma gata autentica, só fiquei sabendo que ela era striper passado algumas semanas depois de estarmos juntos, ela tinha receio quanto a minha reacção, mais não mim importei, era divertida e não consumia drogas portanto o resto para mim não mim preocupava, mais até o momento as coisas corriam bem e aquele avião tava sendo uma nova aventura.<br />
Procurei trabalhar com os retratos e as aquarela, eu gostava de pintar aquarelas e esse estilo funcionava como uma forma de fugir da rotina. Era incrível a necessidade que sempre tive de mudar, não só a titulo de cidades, de locais, mais até com relação ao próprio trabalho.<br />
Tinha uma boa quantidade de aquarelas prontas e resolvi ir para a rua Augusta fazer uma boa exposição com aquarelas e retratos.<br />
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Nessa manhã resolvi ir para a Rua Augusta, sabia que em poucos minutos poderia levantar mais uma boa grana, e foi o que fiz. Depois das últimas aventuras, consegui fazer uma nova colecção de aquarelas e já estava com o dedo no gatilho para vende-las.<br />
Cheguei a rua Augusta como sempre e coloquei o meu cavalete próximo ao Banco de Portugal, era o local usual, enquanto colocava as aquarelas no expositor paravam pessoas para admirar, como sempre, sentei peguei o meu material de pintura e comecei a pintar uma aquarela da Rua Santa Helena, era uma pequena e estreita rua da alfama muito conhecida e muito bonita, se apresentava como sempre, com as suas típicas janelinhas com uma gaiola para um pássaro, canteiros nas varandas cheios de flores, várias roupas penduradas para secar e um majestoso gato dormindo ao lado da gaiola como se fosse o anjo protector do pássaro.<br />
Eu gostava muito de pintar essa vista pelo fato de se vender muito rápido, a aquarela da rua de Santa Helena nunca passava muito tempo no expositor era interessante a forma como que ela hipnotizava as pessoas.<br />
Depois de algumas horas se aproximou um senhor ficou olhando os meus trabalhos e eu disse para mim mesmo, esse não sai daqui sem uma aquarela. Quando trabalhamos com vendas adquirimos uma capacidade de persuasão que não é comum nas pessoas de outras profissões, isso é natural já que o nosso trabalho nos obriga a isso, e criamos artimanhas que muitas vezes faz com que a pessoa efectue uma compra sem nem mesmo está contando com isso, só pela simpatia do vendedor e a sua forma eloquente de falar essa pessoa se ver inclinada a comprar, e era o que eu pretendia fazer com aquele homem, com um aspecto bem cuidado elegante e demonstrando interesse nas minhas obras, tinha todas as caracteristica para ser um potencial comprador.<br />
Mais depois que comecei a bombardia-lo com as minhas técnicas de vendas, cheguei a conclusão que afinal não era isso que ele queria, disse-me que era presidente de uma junta de freguesia na cidade de Angra do Heroísmo, era a principal e única cidade em uma pequena ilha dos Açores, um local dito extremamente turístico e muito bonito por sinal. <br />
Ele disse-me que todos os meses de Agosto era comemorado na ilha uma famosa festa, as festas de Sanjoaninas, e ele gostaria que fosse realizada na praça principal da ilha uma manifestação artística, ou seja, gostaria que eu realizasse uma exposição lá durante as festas e que a Câmara de Angra do Heroísmo pagaria a <br />
passagem aérea de ida e volta e quanto a hospedagem eu não precisava mim preocupar que eles se responsabilizavam.<br />
Gostei da ideia, vi ai uma boa possibilidade de conhecer essa ilha, e como tinha praticamente tudo pago, era imperdivel a oferta, e aceitei de imediato. Ele pediu o meu contacto e ficou de ligar para confirmar a viagem e enviar o bilhete aéreo, a principio fiquei meio em dúvida que isso fosse ocorrer, embora ele parecia uma pessoa muito séria mais imaginei que provavelmente ele poderia encontrar um outro tipo de manifestação artística e se interessar já que haviam tantas na rua Augusta, principalmente o Tó “ O homen estátua”. Mais felizmente isso não ocorreu, passado algumas semanas recebi uma ligação da secretaria dele que pedia o endereço para que fosse enviada as passagens, foi muito bom esse dia, contei ao Patricy e ele gostou da ideia pelo fato de saber que durante esse tempo eu mim manteria ocupado com o meu provável turismo nos Açores e não iria mim lançar em direcção a Itália.<br />
Recebi a passagem e finalmente chega o dia da viagem, a Susana mim levou até ao aeroporto nos despedimos e embarquei para ilha era uma viagem rápida e por sinal divertida, o avião estava cheio de pessoas que estavam indo curtir essa festa, eram todos portugueses que apois o avião descolar, se levantaram e apartir desse momento era só beber e jogar conversa fora, e muita animação.<br />
Conheci no aviaõ duas açorianas que pelo jeito se achavam muito inteligentes e viajadas, eram simpáticas e comunicativa, muito mais que as garotas do continente, o que mim surpreendeu porque pelo fato de acreditar que as meninas das ilhas fossem muito mais provincianas na sua maneira de ser do que as lisboetas, mais estava completamente enganado, a situação era completamente contrária como quase tudo em Portugal.<br />
Nos divertimos muito durante a viagem e uma delas queria mim convencer que no verão com dia de sol e céu limpo era possível da ilha ver a estátua da liberdade no Estados Unidos, eu ri muito e perguntei se os portugueses que elas estavam acostumadas a se relacionar acreditavam naquele tipo de conversa e se fosse o caso elas estavam precisando mudar urgentemente de amigos.<br />
Finalmente chegamos no aeroporto dos Açores, Ilha Terceira era assim que se chamava a ilha, tinha apenas 80 km de extensão, o aeroporto era minúsculo evidentemente, foi o menor aeroporto que desembarquei na minha vida.<br />
Angra do heroismo. Açores<br />
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Conheci também no avião uma rapaz chamado Pedro, também era retratista mais tinha a mania de ser o bonzão então pensei comigo, deixa o cara sonhar você não perde nada com isso.<br />
Para ir a cidade apanhamos um táxi junto, o motorista muito simpático e conversador, fez um pequeno desvio para nos mostrar uma paisagem da ilha realmente fascinante, mais disse para não nos preocuparmos que esse desvio não iria alterar o preço da corrida, o cara era mesmo simpático.<br />
Chegando a Angra do Heroísmo pagamos a corrida e pela simpatia ainda levou uma boa gorjeta. Acho que ele já contava com isso, a simpatia também gera rendimentos é o que aprendemos no mundo das vendas.<br />
A cidade era pequena, evidentemente estamos em uma ilha, e pensei de forma bastante errónea, que essa minha passagem por aqui seria só a turismo porque se tratando de encomendas de retratos provavelmente não iria haver grande coisa. Pois é, não levei aquarelas. Como ele queria apenas uma manifestação artística era o que eu iria fazer, ira montar o meu cavalete, colocar alguns retratos prontos de celebridades internacionais para servi de modelo, e iria aguardar as encomendas.<br />
Perguntamos onde ficava o clube ao qual ficaríamos hospedado assim como havia dito o responsável pelo o convite e fomos lá ter com ele.<br />
A cidade embora pequena mais estava muito movimentada, havia muito turismo. Depois de nos instalarmos fui dar um passeio pela cidade, havia um vulcão extinto de nome, Monte Brasil e de imediato parti em direcção a ele e comecei a subir, era uma vista muito bonita da cidade, cheguei ao alto fiquei algum tempo e depois voltei a cidade, era bonito mais não havia nada assim de tão extraordinario o tal do vulcão extinto.<br />
Tinha comprado um excelente livro para lê, porque acreditava que fosse ter tempo o bastante para isso e passei um longo tempo sentado a beira mar relaxando e lendo o meu livro.<br />
A noite fui jantar em um restaurante com comidas típicas e fui para cama mais cedo. No outro dia quando acordei e sai do clube, reparei que varias lojas estavam protegidas com placas de madeiras, comecei a andar pelas ruas e reparei que também estava meio deserta e pensei que provavelmente iria haver algum desfile comemorativo e a rua tinha sido interditada a passagem de pessoas e carros, de repente reparo uns rapazes em cima de uma árvore como se estivesse fugindo de alguma coisa, viro-me para o lado direito e vejo muitas pessoas sentadas em uma pequena arquibancada, e reparei que elas olhavam para mim de forma não muito comum, quando olho para trás apanho um enorme susto, havia 4 touros enorme soltos e correndo pelas ruas. Isso fazia parte da festa que era soltar os touros dentro da cidade e alguns malucos correrem a frente deles provocando-os.<br />
De imediato procurei mim proteger mais aonde, havia protecção de madeiras por todo o lado que impedia a passagem para fora daquela confusão, quanto as árvores da praça estavam todas ocupadas a minha única hipótese era mim esconder atrás da árvore, situação que não era nada segura porque acabei mim encontrando no meio deles.<br />
Resultado, a minha sorte foi que um dos rapazes mais atrevidos puxou o rabo de um dos touros que acabou por atrai-los em direcção contrária levando os outros 3 juntos, nesse momento aproveitei para corre em direcção a uma das placas de madeira e consegui saltar para o outro lado da barreira, foi um bom susto para eu despertar. <br />
Fiquei assistindo aquela tourada a moda dos Açores e tirando fotos, nesse dia também com relação ao trabalho não fiz nada e cheguei a acreditar que a qualquer momento o Açoriano que mim convidou para a festa ia começar a reclamar então desci para a praça com o intuito de estudar o espaço, ao chegar lá já estava o Pedro desenhando e muita gente em volta dele, e isso mim inspirou a ir buscar o meu material e trabalhar também, já que agora eu tinha companhia.<br />
Fui ao clube apanhei o material e desci para praça. A cidade estava enchendo de turistas de uma forma muito rápida, pelo visto era um avião atrás do outro e depois acabei por saber que nessa altura há uma grande enchente de turistas americanos e imigrantes açorianos que lá vivem, e que vem todos os anos passarem as ferias.<br />
Montei o material e comecei a desenhar e de repente estava cheio de pessoas em minha volta assistindo o meu trabalho, e a partir dai começou a entrar encomendas, e quando ocorria não era apenas uma foto, as vezes apareciam pessoas com o álbum de família e eu acabava tendo que pintar quase toda a família. Nunca pensei que aquela ilha fosse um local tão bom nesse aspecto, e eu que pensei que não haveria trabalho.<br />
Para quem ir curtir acabei passando os últimos dias trabalhando mais valeu a pena, quando voltei a Lisboa trazia um bom dinheiro no bolso, coisa que geralmente ocorria de forma contrária quando eu voltava das minhas viagens, portanto correu bem essa aventuras e trouxe boas lembranças dos Açores.<br />
Ao chegar em Lisboa voltei ao trabalho e a vida dita normal, a essa altura a doidinha da Susana já não queria saber de mim, no fundo ela estava era a procura de um marido e eu definitivamente não nascí para viver trocando fraldas de crianças e nem levar uma vidinha de maridinho comportado, a liberdade para mim é mais importante.<br />
Depois de algum tempo recebo noticias do Fernando, estava curioso como estaria sendo a vida dele na Holanda, ele estava muito feliz e quando eu perguntava se ele não sentia saudades de Portugal, ele dizia que Portugal jamais iria voltar a ve-lo, estava muito satisfeito com a vida na Holanda. Ele morava em uma cidade chamada Gouda que ficava a poucos quilómetros de Amsterdam e gostaria imenso que eu fosse visita-lo, percebi que embora a nível profissional ele estivesse bem, mais em termo de amigos e pessoas para conversar ele não tinha ninguém, evidentemente só a Marenca, ainda estava na fase de adaptação e o idioma era um sério problema, falar holandes não é nada fácil e ele costumava dizer que nunca iria aprender, que era muito difícil, mais eu sempre o animei no sentido de faze-lo entender que o fato de morar no país e conviver diariamente com pessoas que fala outro idioma, simultaneamente aos poucos ele iria acabar por apreender, mais ele não acreditava muito.<br />
Então depois de equilibrar as contas resolvi e ter com o Fernando e conhecer esse país tão famoso pela a sua forma liberal de viver e a sua enorme hospitalidade. Quanto ao carro estava preparado para uma aventura dessa, como tinha instalado o sistema gpl viajem seria bem mais barata em termo de combustível, e também tinha mandado instalar um radio com leitor de cd que naquela época era um luxo possuir tal equipamento no carro, portanto enfiei lá a minha bagagem e apanhei a estrada em direçaõ a Amsterdam. <br />
Já havia planeado no mapa todo o trajecto da viagem, o meu objectivo era passar a 1º noite em Burgos, Espanha, e atravessar a Espanha era o trajeto mais longo embora as estrada nacional sejam formidáveis não havia comparação possível com Portugal, só em entrarmos em Espanha já sentíamos a diferença, essa viagem desnecessário dizer que sempre foi um dos meus milhões de sonho, atravessar a Europa de carro e estava realizando mais um sonho. <br />
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Espanha. Salamanca.<br />
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Tenho agora pela frente a IP5 que liga Portugal a Espanha, isso será rápido, depois duas grandes cidades espanholas como Ciudad Rodrigo, Salamanca e Valladolid. Quando estava próximo a Valladolid começa a anunciar o primeiro problema, problema esse que consistia no combustível, precisei abastecer e parei em <br />
uma bomba na estrada e para a minha surpresa a bomba não possuía GPL ou seja, o sistema de abastecimento a gás o qual a pessoa da empresa em Portugal que mim instalou o equipamento havia mim dito que era comum em todos os postos na Europa Bombas com abastecimento GPL e que cheguei a conclusão que não era verdade.<br />
Depois de algum tempo de conversa com o funcionário do posto, ele deixou bem claro que os postos em Espanha não vendiam esse tipo de combustível para carros e que ele tinha conhecimento de que o único meio de transporte em Espanha que usava tal combustível era os ónibus de transporte público, que se eu fosse a uma estação de ónibus talvez conseguisse abastecer. E foi o que fiz sai a procura da estação onde eles efectuavam manutenção e abastecimento dos ónibus de transporte público para tentar abastecer, e cada vez mais o combustível no fim.<br />
Depois de algum tempo rodando pela aquelas ruas em busca da tal estação, cheguei a conclusão que se encontrasse iria ter problema na mesma por causa do adaptador que liga a mangueira a tampa de combustível do meu carro, já que provavelmente a tampa de encaixe que liga aos ónibus seria diferente do adaptador do meu carro, portanto resolvi ir em direcção a um posto de abastecimento normal e encher o tanque com gasolina. Pois é, o vantajoso desse sistema era que mantinha-se sempre o tanque de gasolina no carro e o sistema de alimentação para o caso de não haver gás. Possibilitava voltar a tradicional gasolina, só que o gasto em combustível ficaria o dobro, mais eu não tinha outra escolha, só torcia que ao chegar a França, Bélgica e Holanda os postos utilizassem o mesmo sistema de Portugal e eu pudesse fazer toda a viagem usando o gás como combustível, alguns quilometros depois, parei em uma simpática cidade chamada Tordesilhas, o que mim fez recorda o velho tratado de Tordesilhas que foi assinado entre Portugal e Espanha na altura dos descobrimento, tratado esse que dividia a América latina entre os dois colonizadores.<br />
Parei para descansar um pouco e esticar as pernas, embora a viagem seja confortável de carro ouvindo radio e procurando sintonizar as rádios espanholas, não deixar de se tornar cansativa pelo fato de mantermos um estado de alerta constante e na mesma posição o tempo todo.<br />
Já próximo de Burgos encontrei uma área de serviço a qual resolvi passar a noite, fui ao restaurante tomar um café e ver um pouco de televisão até o sono mim apanhar por completo o que mim faria retornar ao carro e seria o local em que eu iria dormir.<br />
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Tinha comigo o saco cama que havia comprado naquele verão em Paris, portanto não iria ter frio algum já que ele era bem quente e quanto ao carro era bem espaçoso portanto conseguiria dormir sem problemas, sem problema digo eu, porque durante a noite com os movimentos acabei arrancando alguns botões do radio, sistema de usuflagem e mais algumas coisinha pontiagudas que não deveria está ali nesse momento, mais pronto nada de tão grave.<br />
Pela manhã depois do café da manhã apanho a estrada em direção a Irum, fronteira de Espanha e França. Se a Espanha as estradas já eram boas França melhor ainda. Evitava apanhar as autoestradas com portagens porque nesse caso teria de pagar, por isso procurava fazer a viagem sempre pela nacional embora havia situações em que acabava por lá ir parar mais não permanecia por muito tempo, a primeira saída que encontrava retornava a nacional.<br />
Depois que entrei em França fiquei atento aos postos de abastecimento para ver se encontrava bombas a GPL e encher o tanque. O tanque que possuía instalado na bagageira do meu carro era enorme a ponto de ocupar toda a bagageira que por si já era grande, portanto ao encher esse tanque tinha combustível para muitos quilómetros. De repente vejo uma placa de sinalização alertando quanto a aproximação de um posto, e ao chegar curioso e correndo o olhar pelas bombas todas para ver se via o símbolo GPL que era usual nos postos que trabalhavam com ele e finalmente para a minha felicidade lá estava uma área muito bem preparada só para os automóveis movidos a GPL, fiquei extremamente tranquilo, porque se não fosse o sistema GPL eu iria gastar o dobro do dinheiro com combustível. Enchi o tanque e segui viagem. A uma pequena diferença no comportamento do carro quando estamos usando o GPL, é como se ocorresse uma pequena perda de potencia, mais valia a pena sem dúvida o uso desse combustível, evidentemente se fosse para um uso mais desportivo, mais de que interessa quem está viajando e passeando não tem essa necessidade, pelo menos eu não nesse momento.<br />
Era bem agradável parar nas pequenas cidades que havia pelo interior de França para tomar um café e relaxar um pouco, era um atmosfera a interessante e as pessoas como sempre muito simpáticas atravessar a França foi bem interessante.<br />
Cidades como Bordeaux, cidade essa que conhecia e já tinha ouvido diversas vezes a falar por causa do bom vinho que eles produziam. Procurava sempre seguir em direção a Paris para manter sempre a trajetória e pelo fato da sinalização ser muito boa.<br />
Quando estava chegando a Paris evidentemente teria que evitar entrar na cidade e procurar passar ao lado fugindo do transito infernal de Paris, mais a coisa não saiu como eu queria, quando <br />
dei conta estava preso no meio de centenas de carros seguindo uma rota que não era a bem pretendida, resultado, lá estava eu dentro da cidade com carros em toda a minha volta, um ritmo típico das grandes cidades e cada vez mais eu mim enfiava no meio da confusão do transito sem conseguir encontrar uma saída, mais de repente vi uma placa sinalizando Aeroporto e foi o que fiz de imediato, apanhei em direcção ao aeroporto porque sabia que uma vez estando lá próximo, encontraria muitas opções para seguir em direcção a Bélgica e foi o que aconteceu na primeira indicação que apareceu.<br />
A noite eu já estava atravessando a Bélgica, a auto estrada belga era espetacular, grande parte dela toda iluminada, a pista era larguíssima a ponto de nos convidar a dar uma aceleradazinhas mantendo o ritmo da viagem um pouco mais rápido, evidentemente sem abusar muito. Precisava abastecer e parei no primeiro posto que surgiu e havia bombas GPL para abastecimento a automóveis dei um sorriso de satisfação parei o carro e fui proceder o abastecimento. Foi ai que mim deparei com uma outra surpresa, havia GPL, óptimo, mais o adaptador da bomba era diferente do adaptador do meu carro, portanto não encaixava, ou seja não tinha hipótese de abastecer, portanto a única solução era voltar a colocar gasolina e seguir para a Holanda.<br />
Carreguei o tanque de gasolina paguei e fui continuar a viagem, ou melhor, tentar continuar porque depois de ter andado tanto a <br />
GPL e ainda com umas aceleradas forte que andei dando o sistema já não queria aceitar a gasolina, simplesmente o carro não pegava a gasolina. Pronto tô ferrado, de madrugada em uma autoestrada no meio da Belgica com o carro sem querer funcionar, ok, depois de dar alguns chutes no carro cheguei a conclusão que o melhor seria relaxar, empurrar o carro até uma área mais segura e passar a noite no posto, pela manhã iria ver o que seria possível fazer. Depois de empurrar o carro até uma área mais segura, resolvi mim armar em mecânico, sabia que um sistema eletronico controlava todo o sistema no carro relativo ao sistema de injecção e pensei, se eu desligar a bateria e voltar a ligar passado alguns minutos isso pode resultar em um reset no sistema que teria que começar tudo de novo e assim poderia voltar a funcionar com a gasolina.<br />
Pois foi o que fiz, retirei a bateria e passado uns 10 minutos resolvi voltar a ligar, resultado, o carro funcionou perfeitamente, foi uma vitória bem agradável para mim, resolvi um problema do qual se não tivesse feito, seria uma perda de tempo e dinheiro que atrasaria bem a viagem, embora tempo não era problema, era o que eu mais tinha.<br />
Peguei a minha maquina e acelerei em direcção a Holanda. Quando estava para passar ao lado de Antuérpia, ocorreu o mesmo que em Paris, embora não havia tantos motivos já que era noite e não havia transito, mais por incrível que pareça mim enfiei para o centro da Antuérpia. Uma cidade maravilhosamente linda, mais não era minha intenção visita-la, portanto tinha que sair dali.<br />
Só que não estava fácil, por duas vezes sai e entrei na Antuerpia sempre pela mesma entrada, e ia parar sempre no mesmo lugar, resolvi ter mais atenção na 3º vez para não repetir, e por incrivel que pareça fui parar no mesmo local e quase que entro pela 3º vez, mais consegui corrigir o erro que estava cometendo e apontei de novo em direcção a Holanda.<br />
Eu já estava muito cansado por isso que estava cometendo alguns erros e cheguei a conclusão que deveria parar e dormir um pouco e pela manhã chegaria a Holanda mais tranquilo e descansado, não havia necessidade de forçar a barra, então arrumei uma área de serviço e passei a noite.<br />
Pela manhã cedo estava entrando nesse país simplesmente maravilhoso. A Holanda para mim é o país mais simpático e liberal que já estive, sem levar em conta a quantidade de mulheres bonitas que cruzávamos nas rua, eu mim apaixonava a cada esquina, era fantástica a genética holandesa a estrutura física das mulheres, eram altas e fisicamente perfeitas, via-se mulherões de 1.80 a 1.90 e quando olhava no rosto via que se tratava de meninas ainda novinhas mais já possuía um físico admirável. Confesso Holanda mexeu muito comigo o Fernando tanto falava ao telefone a respeito de lá, afinal era verdade.<br />
Como tudo na vida a sempre tem um porem, e no caso da Holanda era o inverno extremamente forte, o clima era muito duro e levava-me sempre como nos países anteriores a retornar a Portugal, portanto a hipótese de viver em um país desse era muito complicado, como faria eu para ganhar dinheiro no inverno, uma coisa eu sabia, seria possível sim viver na Holanda como artista, porque é evidente que há artista lá que vivem assim, mais uma coisa eu tinha certeza, não iria ganhar dinheiro tão fácil como o que ganho em Portugal, em Portugal aquilo chegava a virar piada, as vezes eu ganhava dinheiro até sem está trabalhando, as vezes estava em um café a noite curtindo com os amigos quando se aproximava uma pessoa que mim perguntava se era o rapaz que fazia retratos na baixa e depois disso acabavam por puxar umas fotografias e fazer umas encomendas, encomendas essas que muitas vezes equivalia a mais de uma semana de trabalho dos colegas nas obras, trabalhando muito duro e recebendo ordens. Por causa disso Portugal mim tinha sempre de volta, na verdade eu mim deixava vender pelas facilidades que o país mim oferecia em temos financeiros, mais em termos humanos e relações sociais o pouco tempo que eu levava quando estava fora de Portugal, em relações sociais e humanas equivalia a meses vivendo lá.<br />
Mais pronto, tudo na vida tem o seu preço, uma coisa também eu tinha certeza, se tivesse morando em um país desse principalmente Holanda, muito cedo acabaria mim apaixonando por um anjinho daqueles e acabaria mim casando e mim enchendo de filhos, compromissos, e muitas responsabilidades assim como i´ra se passar com o Fernando e no fundo isso mim assustava um pouco, por isso acho que como costuma-se dizer, Há males que vem para o bem!<br />
Já mim encontrava no centro de Gouda, era uma cidade pequena e foi muito fácil encontrar a casa do Fernando. Haviam dois policiais na rua quando parei e fui ter com eles para pedir informação, os dois policiais eram ambos da mesma altura que eu, e eu conversava com eles sem ter que olhar para baixo para pode olhar nos olhos, o que eu quero dizer com isso, em Portugal era impossível, era raríssimo conversar com um português sem ter que olhar para baixo, impossível conversar mantendo uma postura recta olhando de forma horizontal, pelo simples fato da genética portuguesa não permitir que crescessem a não ser para os lados, e eu com os meus 1.90cm tinha sempre que conversar olhando para baixo, para vocês isso não deve fazer muita diferença porque sei também que nem todos tem 1.90, mais é agradável conversar com pessoas que possuem uma estatura física evoluída, sei que como se diz na linguagem popular, tamanho não é documento, mais é presença e sempre será, por isso eu mim sentia em casa estando na Holanda, é um povo que em termo de estrutura física assim como os alemães são bem desenvolvida e isso dava mais seriedade ao filme.<br />
Depois de falar com os policiais, agradeci e fui até uma cabine pública ligar para o Fernando, disse-lhe para mim aguardar na porta da casa já que a rua eu já sabia qual era. E foi o que aconteceu assim que entrei na tal rua que os policiais mim indicaram vi o Fernando acenando do outro lado com um enorme sorriso estampado no rosto.<br />
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Espanha Barcelona<br />
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Chego a Lisboa Lisboa completamente moído da viagem, mais com uma sensação de missão cumprida, missão essa já a muito planeada e que foi muito bem executada embora o dinheiro que deixei de parte para a viagem não fosse muito, mais consegui visitar e conhecer os vários lugares que já viviam no meu imaginário.<br />
No outro dia chego a Praça da figueira onde o Patricy costumava ficar quando tinha preguiça de subir para o Castelo e não o encontrei, provavelmente amanheceu com mais disposição e foi para o Castelo vender.<br />
Encontrei o doido do Fernando e acabamos por ir tomar um copo, ou melhor, eu tomar um copo e o Fernando um sumol já que ele não bebia álcool, pelo menos por enquanto até conhecer uma maluca sueca que o pois no caminho da bebedeira.<br />
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O Fernando muito contente disse-me que encontrou uma discoteca africana que nos fins de semana ficava lotada de gringas, ou seja mulheres vinda do norte da Europa e elas adoravam homens de cor escura, e como o Fernando era negro, aquele era o ambiente perfeito para ele.<br />
O Fernando não tinha muita sorte com as portuguesas, dizia que eram muito racistas e eu sei bem disso porque já havia presenciado situações bem desagradáveis nesse aspecto e sabia que o que ele estava dizendo era real. Quando não era a portuguesa racista, essa péssima qualidade ficava para os país dela, conheci muitos brasileiros de cor escura que tinha o maior problema com a família da garota, quando descobriam que ela estava namorando um imigrante brasileiro que além disso era de descendencia negra a coisa complicava.<br />
Passei eu mesmo por diversas situações semelhante embora seja moreno mais não ficava atrás desse tipo de discriminação. As vezes quando não era a família que criticava a filha por está andando com um negro passava essa triste caracteristica para os próprios amigos dela e amigas.<br />
O Fernando trabalhava na construção e sentia de forma muito forte esse tipo de discriminação, quando se tratava de algum trabalho menos desejável, os portugueses diziam sempre. Manda o preto! Lembro-me do Fernando mim contar que as vezes estava dentro da carrinha com os colegas portugueses indo para o trabalho e quando passava um africano, eles gritavam do carro, volta para sua terra preto! Com o Fernando ao lado deles e eles nem se incomodavam. É curioso um país que teve como colónia durante vários anos, roubando e explorando um povo, que naquela altura para a realidade que se vivia era considerado normal, infelizmente tenham uma relação tão discrimanatória com os africanos. <br />
<br />
Uma frase que houve-se frequentemente dita pelos português que procuram criar a ideia de que não são racista é: Não sou racista, só não quero a minha filha namorando um preto! <br />
Ouvi esse tipo de justificativa muitas vezes e infelizmente tínhamos que conviver com uma cultura com essa mentalidade, e assim era a vida de um imigrante negro em Portugal. Achava curioso e estúpido as vezes na televisão comentando esse tipo de assunto no qual os apresentadores e entrevistados que geralmente eram pessoas famosas diziam com toda convicção que Portugal não era um país racista, eu achava isso uma prova de estupidez enorme, porque só quem pode responder a essa pergunta é um imigrante negro, e não uma pessoa famosa que é tratada com a maior atenção pelos portugueses quando as encontram na rua e enche-as de carinhos e mimos, mais meus amigos, os imigrantes africanos que vem trabalhar em Portugal não são tratados assim de maneira nenhuma, acreditem! Bem mais a frente irei contar para vocês uma situação que passei quando fui morar em Coimbra e conheci uma garota a qual começamos um relacionamento sério. <br />
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O resultado foi uma guerra declarada por parte da família que alegava que eu não fazia parte do extracto social da mesma, o curioso de tudo é que o extracto social dessa família era bem pequeno, extracto esse que no que se referia a educação, princípios e inteligencia era zero, não passavam de pessoas com um nível de instrução muito pequeno, vindo de uma aldeia, que no virar da boa situação económica portuguesa, conseguiram algum equilíbrio financeiro, que o faziam a acreditar que eram pessoas de alta classe social. O que eu achava engraçado em tudo isso, e até hoje acho, é que há pessoas que podem não ter dinheiro, podem não serem ricas, mais avaliando pelo aspecto físico, postura, educação, atitude e maneira de ser, podemos as vezes avaliar de forma contrária acreditando que se trata de uma pessoa rica e bem informada. Mais no caso de muitos portugueses que <br />
conheci que tinham alguma dinheiro, principalmente a família dessa garota, se fosse levar em conta o aspecto que acabei de evidenciar, imediatamente seriam classificadas como pessoas vindas da roça, verdadeiros “ labregos” como se diz em Portugal, e no Brasil chamamos “Caipira” Porque por mais dinheiro que tenham, parece que a natureza estampou na testa o ar de roceiros e caipira da qual o dinheiro não consegue apagar e aparentam na sua maneira de ser um ar de roceiram no seu lado mais negativo de ser, porque há muitos labregos ou caipira que tem educação, mais essa família simplesmente não sabia o que era isso, e mim espantava na garota que conheci, viver em um meio como este e ser totalmente diferente da família, era extremamente educada, gentil e sensível, e atitudes negativas como discriminação não fazia de jeito nenhum parte da sua natureza.<br />
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Alguns defensores poderiam alegar que atitudes dessas por parte da família era derivado ao amor e preocupação para o sua filha, e que justificaria esse tipo de comportamento. Esse tipo de argumento só serve para provar de forma mais clara e evidente a falta de inteligencia que acabei de citar anteriormente, porque pessoas inteligente não agiriam dessa forma, pelo fato de ser a forma mais estúpida e ineficaz que só irá criará uma união de forças por parte do casal para enfrentar a opressão da família e consequentemente resultará em atitudes precipitadas como na maioria das vezes. Deixamos mais para frente essa historia e vocês ficaram espantados com a quantidade de actos simplesmente inacreditáveis.<br />
Bem voltando para o Fernando combinamos a noite damos um pulo <br />
a essa discoteca que chamava-se, Hits. Depois de conversarmos fui para o Castelo e lá encontrei o Patricy que como sempre sorrindo e cantando as músicas francesas que ele gostava. Contei-lhe toda a minha aventura em Roma e como foi interessante os momento que tive com uma alemansinha em em Firenze, perguntei se ele percebia um pouco de alemão para traduzir a carta que ela havia mim dado, mais ele não sabia nada em alemão, a não ser as frases básicas que costumamos aprender quando nos interessamos em um idioma.<br />
Fomos almoçar no restaurante da abelhinha, nesse dia as vendas não correram tão bem, mais não fazia diferença sabíamos que podia ser mal um dia mais no outro compensávamos.<br />
A noite depois de jantar fui ter com o Fernando que estava empolgadissimo para ir ao Hits e foi o que acabamos por fazer por volta das 11 horas da noite. Ao chegarmos a porta do Hits já nos deparamos com uma grande briga entre 2 africanos por causa de uma alemã, então percebi que aquele lugar realmente era um ponto de caça, os angolanos todos já conheciam e lá o que mais se via eram africanos e garotas dos países nórdicos que gostavam de uma pelezinha escura, e lá fomos nós para a festa.<br />
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Confesso que não gostei nada do lugar, a maioria das estrangeiras tinham cada pancada naquelas cabeças e a droga era o prato do dia, muitas se envolviam com agente só para ter acesso a drogas, e essa não era a minha praia, resolvi ir embora e deixei o Fernando em companhia de outros brasileiros que haviam acabado de chegar.<br />
No outro dia encontro o Fernando na rua Augusta todo feliz que tinha conhecido uma sueca muito bonita e que ela o convidou para ir ao Algarve passar um fim de semana na casa que a mãe dela tinha em Boliqueime, e o Fernando queria que eu fosse junto. Ok, disse para ele, só que poderei ir só a semana que vem, preciso recuperar o dinheiro que gastei na viagem que fiz a Itália, e assim foi, quando chegou o fim de semana, chamei o ernane e descemos para o Algarve.<br />
Chegando lá encontramos o Fernando e fomos para a casa da mãe dela em boliqueime. A casa era muito curtida, era afastada da praia mais tinha uma excelente piscina e passávamos o dia inteiro esticado apanhando banho de sol e bebendo caipirinhas, quanto a sueca namorada do Fernando, era uma completa maluca, bebia feito uma desequilibrada, chegou a confessar que nunca bebia agua, era muito difícil, para conseguir beber teria que ter pelo o menos a metade do copo com vinho e assim a agua tinha um melhor sabor.<br />
O nome dela era Eurica, está escrito em Português porque não sei como se escreve em sueco. Foi um fim de semana muito louco, quando deixamos o Algarve eu e o Ernane, o Fernado ficou morando por lá com a doida da Eurica. Passado umas boas semanas encontrei o Fernando em Lisboa que mim contou as aventuras com a doida da sueca. O Fernando era muito doido também, mim recordo dele mim contar que as vezes quando chegava a casa da Eurica, costumava passar uma vassora por baixo da cama e abria todos os armários. A principio não percebi bem, só depois é que entendi que a Eurica era doida por africanos e quanto mais escuro melhor e como estava <br />
constantemente com os copos ele tinha receio dela levar um africano para casa, por isso é que ele passava a vassoura por baixo da cama e abria os armários era para ver se encontrava um africano. Era uma vida de doidos, mais acho que a solidão é que levava o meu amigo Fernando a viver em um ambiente assim.<br />
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Ele foi morar com ela na Costa da Caparica que fica do outro lado do rio Tejo, e mim contou como foi que terminou o relacionamento com a Eurica.<br />
Um dia estava em casa quando a Eurica disse que estava para chegar uns amigos e amigas suecas para lhe fazer uma visita, o Fernando muito hospitaleiro se preocupou em ir comprar algumas bebidas como não poderia faltar, álcool era uma coisa que jamais estaria ausente onde se encontrasse a Eurica portanto o Fernando foi providenciar.<br />
A noite chegaram os amigos suecos que se tratava de uma casal muito simpático e educados o que costuma ser natural nesse povo, mais as vezes possuem uma forma de vida bem diferente.<br />
O Fernando precisou sair para ir encontrar um amigo para falar a respeito de um trabalho, só que acabou por chegar muito cedo, e ao entrar em casa não encontrou a Eurica e o casal, então resolveu ir ao quarto quando teve uma enorme surpresa, estava a Eurica transando com a amiga sueca na cama, ele tomou um susto enorme e começou a discutir com a Eurica.<br />
Eu ri tanto com essa historia que só faltei chorar, e perguntei para ele o que ele esperava de uma pessoa como aquela, com tais atitudes e dependência ao álcool, só deixava claro que tinha muitos problemas a nível psicológico, mais não é que eu fosse contra,<br />
O que disse para ele é que se estivesse no lugar dele aproveitava as duas, mais ele não gostou nada de ouvir, ele gostava mesmo daquela maluca mais teve a inteligencia de sair fora enquanto estava vivo. Continuou frequentando o Hits a procura da sua princesa e acabou por encontrar, chamavas-se Marenca, uma garota muito simpática e equilibrada, era o total oposto da Eurica e fiquei muito feliz com o Fernando, o sonho dele era casar na Europa com uma estrangeira e ir morar bem longe de Portugal já que aqui ele era constantemente discriminado e não gostava nada disso, afinal quem é que gosta!<br />
<br />
A Marenca era holandesa, e passado as férias em Portugal retornou a Holanda mais sempre em contacto com o Fernando, ele dizia sempre para mim; “Miguinho, ainda vou morar na Holanda e vou ter muitos filhinhos holandeses, mais não vou querer que eles aprendam a falar português” O meu amigo Fernando sofreu muito em Portugal e eu a torcia que tudo desse certo para ele, e que realizasse os seus sonhos, ele era um bom rapaz, honesto e incapaz de fazer mal a alguém, acho que de todos que conheci o Fernando foi a única pessoa realmente equilibrada, por isso eu tinha certeza que ele iria ser feliz.<br />
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Passado alguns meses estava o Fernando indo morar na Holanda, a Mareca providenciou toda a papelada no goveno holandes para que ele pudesse morar e trabalhar na Holanda, e lá foi o meu amigo, e disse para ele preparar tudo por lá que em breve eu estaria chegando para lhe fazer uma visita.<br />
O Patricy tinha recebido um dinheiro que a mãe enviou, e mim de Paris para ele convidou para ir visita-la com ele em Paris, aceitei de imediato evidente, tinha já ganho um bom dinheiro e estava preparado para outra aventura. Apanhamos comboio e fomos para Paris.<br />
Quando cheguei a Paris não imaginava que o retorno seria tão rápido, apanhamos o metro e fomos para casa da mãe dele, o Patricy estava muito feliz, sentia que ele tinha saudades de Paris, afinal viveu lá toda a sua vida. Ao chegarmos a casa da mãe dele, fiquei realmente impressionado, ele tinha uma excelente vida em Paris, pelo menos a casa da mãe era muito bem localizada e apresentava um bom nível de vida, da janela da casa da mãe dele tinha a frente a torre Eiffel portanto imaginem a qualidade da mesma. Eu estava curioso para conhecer a mãe dele, mais ela não estava em Paris.<br />
Ela já não trabalhava evidentemente, tinha por volta dos seus 65 a 70 anos, era reformada e estava em uma cidade da Normandia descansando e passando um tempo. Deixou o contacto dela com a irmã do Patricy que acabei por conhece-la, era muito parecida com ele, fumava feito uma louca e era muito magra.<br />
<br />
Ela apanhou o carro e arrancamos para Normandia para uma cidade chamada, Bagnoles-de-l´Orne. Foi uma viagem interessante passávamos por vária pequenas cidades Francesas, tínhamos paisagens magnificas, eu estava adorando aquela aventura, o que mim assustava mais era o fato da irmã do Patricy não parar de fumar e tinha crises de tosse o tempo inteiro, e o problema maior é que gostava de andar rápido com o carro, era uma acelera de primeira e diante daquelas crises de tosse, tinha o receio que ela perdesse o controle do carro, ai acabava as minhas aventuras e eu ainda tinha muitas pela frente.<br />
Bagnoles-de-l´Orne era um sonho de cidade, agora percebia o que a mãe do Patricy foi fazer a essa cidade. A cidade é famosa pelas suas termas Hydrotherapicas, que era conhecidissima pelo os seus poderes de cura, para problemas reumáticos, ginecologicos e circulatórios. As origens da atividade témicas diziam que remontava á idade média. Conta a historia que um senhor na idade média deixou o seu cavalo que estava moribundo, para morrer na floresta e seguiu viagem. Passado alguns dias o cavalo aparece na casa desse senhor que ficava muito longe, totalmente restabelecido e saudavel, vindo depois o cavaleiro descobri que foram as aguas de Bagnoles que o salvou e ele acabou por beber tambem dessa agua tendo como resultado um enorme rejuvenessimento. Uma cidade espetacular, um luxo e uma qualidade de vida que eu nunca tinha visto.<br />
<br />
Passamos uns 3 dias hospedados em um hotel que mais parecia um palácio, com tudo pago pela a mãe do Patricy, ela se simpatizou muito comigo e na hora dos almoços e jantares ela fazia questão que eu mim sentasse ao lado dela. Eu mim sentia uma verdadeira estrela naquele lugar, eu era o único estrangeiro de pele morena naquela cidade e pelo visto eles não estavam acostumados a ver e onde eu chegava tinha uma recepção extremamente agradável, quando eu passava enfrente a uma loja, as pessoas saiam para mim observar, sem levar em conta que uma das donas do hotel em que estávamos hospedado não parava de se meter comigo a ponto da mãe do Patricy ter percebido. Ela era um mulherão com os seu 40 a 45 anos, eu só tinha na época uns 24 anos e ela não estava muito incomodada com isso. O patricy chegou a mim dizer que o meu futuro estaria garantido com ela e que eu só precisa deixar a coisa correr, pensei no assunto era interessante a ideia mais eu não queria terminar por ali, havia ainda muitas coisas para fazer, muitas aventuras a minha espera e eu não queria acabar vivendo com uma mulher que tinha quase o dobro da minha idade e eu iria acabar sendo empregado dela no hotel, se bem que hoje já com a idade que tenho já vejo a coisa de forma diferente, quando mim lembro daquele mulherão. Deixei a coisa rolar só para encher o meu ego, mais depois de passado 3 dias mim despedi dela e retornamos a Portugal.<br />
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Depois de tantas aventuras resolvi mim dedicar mais ao trabalho e procurar juntar mais algum dinheiro. Comecei a explorar os retratos resultado da ida a Ibiza e ter conhecido aqueles trabalhos fantásticos feitos pelos artistas que viviam lá durante o verão. Comecei a praticar, nunca esqueço o meu primeiro retrato, foi do actor americano Robert Mitchum que depois de o fazer, fui mostrar as pessoas e perguntar se sabiam quem era, essa é a atitude típica de quem começa a desenhar retratos, e todas as pessoas em eu mostrava diziam sempre, é o Robert Mitchum! Era o incentivo que eu esperava, a partir dai não parei mais, comecei a desenhar retratos e deixei de lado as aquarelas.<br />
Quando Havia apanhado o jeito com os retratos, trabalho não mim faltava, tive que comprar uma agenda para anotar as encomendas, era incrível, eu tinha a agenda cheia por 1 a 2 meses colocando uma média de 2 retratos por dia, eu ganhava tanto dinheiro que nem acreditava, tive a oportunidade de arrumar a minha vida se tivesse sido mais esperto, mais a minha sede de aventuras mim proibia. <br />
Comprei um carrão na altura, era um Fiat Brava que tinha sido lançado recentemente, todo equipado, mandei instalar um sistema que na altura era novidade em Portugal e que era muito comum na Europa chamado GPL, é um equipamento controlado e aprovado pela Europa para o uso de gás como combustível, a economia era maior do que um carro a gasóleo, ou melhor, diesel, já com o objectivo de sair pela Europa a fora com ela.<br />
<br />
Deixei Lisboa e fui para uma cidade que fica a norte de Portugal chamada Braga, fui encontrar com o Roberto que havia mim dito que era um excelente lugar para viver e as pessoas eram muito simpaticas e eu estava afim de ir fazer retratos por lá, estava meio cansado de Lisboa e aquele bichinho dentro de mim que mim obrigava sempre a mudar em busca de aventuras.<br />
Chegando lá aluguei um quarto na casa de uma senhora muito simpática e assanhada, tinha os seus 35 a 40 anos e só mim chamava de jóia, passei a morar na casa dela e ia todas as manhãs para a rua principal de Braga desenhar retratos, de imediato já minha via cheio de encomendas. Braga era uma cidade muito simpática e as pessoas como são do norte são completamente diferentes de Lisboa, são mais comunicativas e alegres e um detalhe que percebi ao chegar no norte de Portugal, é como o povo dessa região gosta de dizer palavrões, em cada frase dita por um nortenho vai sempre um palavrão no meio, é sem maldade, é simplesmente a maneira deles falarem e quem é português sabe dessa caracteristica e isso os torna muito abertos e despachados.<br />
De imediato para mim adaptar melhor comecei um relacionamento com uma garota da qual os país já queriam mim matar, não aceitavam a filhinha rica namorando um artista de rua e além disso brasileiro. É como tinha falado antes a respeito da descriminação e falta de respeito dos portugueses que tem dinheiro e acham que quem não tem não vale nada e consideram-nos simplesmente marginais. Foram assim em praticamente todas as relações que tive em Portugal, no Brasil nunca tinha conhecido esse tipo de comportamento mais em Portugal muitos foram as famílias que queriam mim ver morto. Mais olha, ia levando assim mesmo.<br />
França Renne<br />
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Conheci um casal de brasileiros que vendiam artesanatos na mesma rua que eu e nos identificamos de imediato, trabalhávamos juntos todos os dias e nos divertíamos muito, a garota tinha uma filha que morava na França em Renne, e como não poderia deixar de ser acabamos por combinar uma viagem até lá para tentarmos fazer negócio e passearmos um pouco. Bem não vou contar em detalhes a viagem senão nunca acabo esse livro e estou sendo obrigado a deixar para trás muita coisa, caso contrário esse livro iria ter mais de 1000 paginas e não quero cansar vocês com tanta aventuras.<br />
O que posso dizer em resumo é que acabamos indo para Rene, acabei retornando a Normandia, ficamos lá umas 2 semanas, fomos visitar locais paradisíacos tipo Mont saint Michel. O Mont-Saint-Michel é uma ilhota rochosa, na foz do rio Couesnon, costa da Normandia. Centro turístico e um santuário onde fica uma abadia beneditina, em estilo gótico (séc. XII-XVI). Desde 1979, é um Patrimônio da Humanidade na lista da Unesco, um local completamente louco de uma beleza fulminante.<br />
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As primeiras imagens que vi daquele lugar foi em um calendário da air france há muitos anos atrás quando ainda era criança, aquela fortaleza medieval que se encontrava no meio da agua completamente inacessível mim fascinava, se vocês não conhecem ou nunca ouviram falar, procurem se informar e certeza que ficaram fascinado assim como um fiquei.<br />
Depois de vasculhar toda aquela área e sentir que já estava na hora de voltar para Portugal, o aviso surgia sempre do meu bolso quando começava a ficar vazio e mim lembrava que estava na hora de dizer adeus aquele paraíso e voltar para a terrinha do bacalhau.<br />
O casal de amigos queriam que eu ficasse mais um pouco, eles tinham preparado muito material para vender as lojas em Renne, mais não conseguiram fazer negocio algum, eu nem se quer procurei trabalhar, como vocês já devem mim conhecer um pouco, eu só queria curtir.<br />
Eles estavam mais teso do que eu, e achavam que se eu ficasse mais um pouco poderíamos fazer bons negócios, mais eu não queria arriscar, não queria mim encontrar em uma situação sem dinheiro e dependendo de alguém, coisa que já estava acontecendo com eles e eu não queria arriscar, portanto os chamei mais eles disseram que ficariam na casa da filha da garota que estava com agente e só voltariam a Portugal depois de vender as coisas que haviam levado.<br />
Resultado, voltei a Braga e comecei de novo o trabalho na rua Direita, passado algumas semanas eles apareceram mais pelo visto a coisa correu bem mal e conseguiram chegar só Deus sabe como.<br />
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A travessia pela Espanha era longa, já mim recordava desse detalhe quando fui a Paris, mais procurávamos dentro do comboio passarmos o tempo de uma forma ou de outra.<br />
Saímos a noite em direcção a Madrid, chegaríamos no dia seguinte pela manhã, a viagem nocturna era mais agradável já que podíamos descansar. A nossa cabine possuía uma cama para cada pessoa, era necessário monta-las já que eram presas a parede da cabine transformando-as em poltronas.<br />
Tínhamos o vagão café restaurante onde era agradável está lendo um livro ou curtindo uma música, quanto a paisagem não havia nada para ver já que era noite, e ficamos um bom tempo no restaurante para depois irmos descansar, não é nada fácil dormir com o barulho dos trilhos do comboio por isso era melhor antes de ir para cama apanhar um bom incentivo para dormir que era uns bons copos, e foi o que ocorreu. Pela manhã estávamos chegando a estação de Chamartim onde deveríamos apanhar um outro comboio em direcção a Barcelona.<br />
Não demorou muito e estávamos embarcando para Barcelona em direcção a Estação Barcelona Sants o qual chega riamos bem mais rápido, a medida que vamos entrando na Europa a distancia começa a ficar menor já que os países europeus são pequenos e portanto mais próximo um do outro e caímos sempre na tentação quando olhamos um mapa e verificamos que logo ao lado já está Alemanha,Suíça… e ai ficamos na tentação de desviarmos a trajetoria, só que seguindo esse raciocínio acabamos no leste europeu.<br />
Já em Barcelona ficamos mais algum tempo curtindo a estação, fomos comer alguma coisa e comprar uma boa garrafa de vinho já que já era bem mais barato do que os preços praticados dentro do comboio. Quando dei conta do horário cheguei a conclusão que íamos perder o comboio, já estava em cima da hora e saímos correndo em direcção a linha, quando chegamos, ou melhor, quando cheguei, porque o Patricy ainda vinha bem atrás correndo com a garrafa debaixo do braço, o comboio estava começando a andar e de imediato subi no vagão e coloquei o pé bloqueando a porta que já estava para fechar enquanto o patricy tentava superar a pequena velocidade de saída do comboio, finalmente chegou até a porta, dei a mão a ele e o puxei para dentro, faltou pouco para ficarmos na estação, embora eu já mim encontrava no comboio, mais se chegasse a conclusão que ele não conseguiria evidentemente eu saltaria.<br />
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<br />
Estávamos indo em direcção a Portbou que faz fronteira entre Espanha e França, ao chegarmos lá o controle alfandegário como sempre naquela altura extremamente exigente, recolhendo os passaport de todos para averiguações, como sempre eu estava tranquilo com relação a isso e o Patricy muito mais como era Francês.<br />
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Finalmente entramos em França, agora íamos apanhar todo o litoral em direçaõ a Ventimiglia, Italia. Passamos por locais fantásticos onde a ostentação imperava, casas magnificas no litoral francês, perpegnam, Monpellier, Marseille, e famoso Circuito Paul Ricard, em Le Castellet, encontrava-se a 30 quilómetros de Marselha.<br />
Resolvemos fazer uma visita relâmpago a Marselha antes de apanhar o comboio, e fomos a uma magnifica marina que havia lotada de turistas e um enorme calçadão o qual era um excelente local para trabalhar, porque não vimos policiais e tínhamos encontrado um rapaz vendendo umas pinturas de paisagens pintadas sobre pedras de seixo, um trabalho engraçado, mais também era a única coisa possível vender ali pelo fato de haver um enorme inconveniente que era uma ventania de assustar, acho que foi falta de sorte nossa chegar em um dia com tanto vento, o rapaz que vendia as pedras pintadas disse que não era comum aquela ventania, mais quando chegava era sempre forte, e esse não era o motivo pelo qual ele pintava sobre pedras, porque com uma base como aquela o vento não tinha hipótese, mais se fosse aquarelas, seria impossível.<br />
<br />
Alemanha, Stuttigart.<br />
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Voltamos para estação e nos enfiamos em um comboio em direção a Toulon, mais uma cidade costeira que possui a nona maior densidade demografica da França a sua população é a decima quinta entra as cidades francesas, os habitantes são chamados de Touloneses(as). Mais não descemos em Toulon, partimos directo em direcção a Nice, Cannes, e Mónaco, um espetaculo de paisagem.<br />
Resolvemos fazer algumas hora em Nice. Como os franceses gostam de navegar, marinas é a coisa mais comum de se encontrar, enormes marinas por onde passávamos, principalmente em Mónaco, o Luxo, a ostentação reinava em todos os lados, as vezes pensava será que esse pessoal faz ideia do que seja dificuldades, porque só víamos espetaculos de luxo e riquezas, evidente que de repente para eles dificuldade seria não consegui trocar no ano novo o seu Ferrari por um lamborghini. Pois é, cada um tem o seu tipo de dificuldades. <br />
Ao sair de Mónaco partimos em direcção a fronteira de França e Itália, já era de madrugada quando chegamos em Ventimiglia, ouviamos o barulho dos policiais entrando no comboio levando como companhia enormes cães policiais que cheiravam tudo e todos tentando detectar drogas.<br />
Os policiais eram jovens e pelo o comportamento deles pareciam muito excitados como se tivessem acabado de fumar alguma coisa mais estimulante, e levando em conta o horário que já era muito tarde e o teor do trabalho que faziam era de se considerar o comportamento, mesmo porque disse o Patricy que alguns deles quando encontravam pequenas doses de raxixe com jovens mochileiros, muitas vezes liberavam o garoto e ficavam com o produto para consumirem mais tarde. Se dirigiram a mim e ao Patricy, e um deles pediu ao patricy o passaport só que de forma bem dura e áspera e pensei, se estão tratando assim um Françes que dirá um brasileiro. <br />
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Quando o outro policial apresentando uns 25 a 30 anos e segurando o cão, se aproximou de mim e antes de perguntar pelo passaport eu já o tinha na mão, ele apanhou abriu e perguntou, siete brasilieni? és brasileiro? E fiz um movimento positivo com a cabeça. Ele começou a fazer pergunta sobre futebol, jogadores brasileiros, Carnaval e como eu não percebia nada do assunto referente ao futebol, mais procurava animar a conversa, e depois de verificar os passapot saiu cantando “Aquarela do Brasil” uma famosa musica brasileira internacionalmente conhecida.<br />
Olhei para o Patricy e com o ar de ironia perguntei, Reparou que a moral dos brasileiro é bem mais elevada do que as dos franceses? Ele riu e disse. Estão todos drogados!<br />
Depois desse episódio seguimos em direcção a Génova e Veneza. Ao chegar a Veneza fiquei completamente bestificado com a maravilha daquele lugar: Veneza era simplesmente um espetaculo a céu aberto, algo inacreditável, uma cidade que foi invadida pelo mar adriático, não circulam carros e sim barcos, e gondolas, uma cena cinematografica, eu tinha a impressão que aquilo não era real, e que se tratava de uma montagem para um filme, era magnifica.<br />
Poucas cidades do mundo possuem esse encanto e são tão amadas, há uma personalidade marcante e incomparável e são capazes de inspirar pessoas vindo de todos os lados. A cidade é o símbolo do romantismo e vem sendo a mesma desde o período da idade média. Veneza tem o poder de atrair as pessoas de todos os cantos do mundo, pessoas que durante anos sonham em um dia poder conhece-la e ao chegar mal conseguem conter a emoção.<br />
Canais cortados por pontes e arcos, gondolas deslizando em silencio pelas águas, palácios medievais formam um conjunto sem igual transformando esse lugar em um sonho que merece ser realizado.<br />
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Estivemos na famosa Piazza San Marco, confesso não ter palavras para definir a beleza de um lugar como aquele, é indescritível a beleza, a magia, o encanto de um lugar assim, fiquei impressionado com tanta magia, a maravilhosa vista do invasor adriático a nossa frente, no calçadão encontrava-se artistas italianos e estrangeiros por todo lado mim fazendo lembrar a Montmartre em Paris, mais aqui havia um outra áurea um estilo completamente diferente.<br />
A noite fomos a procura de uma pensão para passar a noite e descansarmos depois de uma viagem tão cansativa, encontramos uma pensão da qual o preço não era tão alto e mim fazia lembrar as situações anteriores como em Ibiza que foi preferivel dormir na varanda do quarto do que dentro dele e fiquei imaginando qual seria a razão para aquele quarto custar tão barato, quando buscavamos uma pensão o objetivo primordial da procura consistia que fosse barata, portanto estavamos sujeitos a surpresas desse tipo que depois acabamos por descobrir, mais o motivo não era assim tão grave, a principio achei magnifico essa razão.<br />
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A janela do quarto dava para um dos canais que era passagem das gondolas com os casais de namorados passeando durante a noite e toda a madrugada. A frente ia o casal e atrás do casal um homem tocando violino e mais atrás o gondoleiro que conduzia a gondola, e aquilo era a noite inteira, e o que tornava o quarto barato era o factor desse presumível barulho. Fiquei um longo tempo naquela janela observando aquela cena típica de um filme de James Bond, depois o cansaço começou a bater mais forte e fui dormir com o acompanhamento do barulho das gondolas.<br />
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Pela manhã saímos para continuar o nosso passeio turísticos e desvendar todos ou quase todos os encantos de uma cidade como aquela dentro de um prazo de tempo extremamente curto. Depois de um dia inteiro resolvi que estava na hora de partirmos para Roma,o dinheiro estava cada vez mais se encurtando e eu tinha em mente conhecer a Capela Sistina e ver de perto a obra de Michelangelo e sabia que se continuasse prolongando muito as estadias o dinheiro não iria dar, foi ai que tive uma surpresa por parte do Patricy, como ele tem aquela mania de curtir sem se precaver para o amanhã, já tinha gasto praticamente tudo o que tinha e precisava apanhar o comboio de volta para Portugal por que o dinheiro que restava não dava para continuar e o que eu tinha também mal daria para mim, que dirá para os dois.<br />
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Foi chato essa situação e eu não podia fazer nada, o dinheiro que eu tinha só iria possibilitar chegar a Roma e ficar no máximo 2 dias sem abusar minimamente. Foi ai que nos despedimos na estação, ele apanhou o comboio para Portugal e passado algumas horas embarquei para Roma.<br />
Entrei no comboio e procurei uma cabine que não estivesse tão cheia, porque aquele vagão estava completamente lotado, depois de passar por alguns encontrei uma cabine que só havia uma garota e por sinal muito bonita, era uma alemã de Berlim que estava indo para Firenze, sentei ao lado dela e imediatamente pus o meu Inglês a funcionar, Ela além de bonita era muito simpática e ficou bem a vontade comigo, saquei um pequeno dicionário que tinha de bolso e ela riu muito com a situação, e quando havia alguma frase que eu não sabia em inglês, corria para o pequeno dicionário para buscar a resposta, e evidente que a maioria das expressões consistia em elogia-la e procurar animar um pouco a viagem.<br />
Fomos ao vagão restaurante, convidei-a para bebermos alguma coisa, ela também estava fazendo turismo, pretendia conhecer Firenze e visitar alguns museus, conversamos muito sobre arte e pintura e cheguei a mostrar para ela alguns dos meus trabalhos, ela gostou muito e mim perguntou porque eu não faria o mesmo e iria com ela visitar o Museu Uffize onde se encontrava o maior espaço gótico e renascentista da Itália. Resultado disso tudo é que acabei de ficar em Firenze com ela e já estava começando a prever o fim do filme que consistiria em retornar a Portugal sem conhecer Roma, que era o objectivo inicial da viagem.<br />
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Olha, não resisti a alemansinha e acabei indo fazer alguma visitas a locais simplesmente fantásticos que não fazia ideia, como por exemplo a Piazza della Signoria, uma praça que foi durante muito tempo o coração politico e social da cidade. Naquele local a escultura original de Michelangelo ficou exposta até 1873, hoje se encontra uma cópia da estátua no local. A original podia ser vista na Galeria dell’Accademia e fiz a besteira de ir lá visitar, quando a que estava na praça era uma cópia perfeita. Brincadeira, nunca é a mesma coisa, só em saber que o Michelangelo andou dando martelada nela há cerca de 4 séculos atrás já dava outro astral. <br />
Também fomos visitar a Galeria Degli Uffizi é o maior acervo de obras primas de Itália como por exemplo o esplêndido nascimento de Vênus, de Botticelli, a Adoração dos Magos de Leonardo da Vinci, a Sagrada família de Michelangelo.<br />
Resultado, fiquei uma noite em Firenze e no outro dia mim despedi da Alemansinha e corri para estação de comboio, se ficasse mais um minuto seria um estrago. Ela pediu que eu ficasse, tínhamos ainda muitas coisas para ver, mais eu não podia de jeito nenhum, fiquei com o contacto dela e ela com o meu, nos despedimos, ela mim entregou uma carta toda escrita em Alemão, e disse que era para eu fazer a tradução e aproveitar para aprender a falar alemão para ir visita-la em Berlim. Ok, nos despedimos e fui embora com a cartinha dela para traduzir ao chegar em Lisboa. <br />
Finalmente Roma. A cidade eterna com as suas setes colinas segundo o mito romano a cidade foi fundada a 753 a.c por Rómulo e Remo, 2 irmãos criado por uma loba que hoje é o símbolo da cidade.<br />
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No interior da cidade está o celebre Vaticano, um local de visitação obrigatória. Senti uma hospitalidade enorme ao chegar a estação, fui em direcção a um ponto de ónibus onde havia 4 italianas e fui armado em turista perguntar como podia fazer para chegar a famosa Fonte de Trevi, eu tinha o mapa e sabia como chegar mais queria sentir a atitude daquelas italianas, se seriam muito amáveis, e como foram. Quando mim dirigia em direcção a elas, uma delas antes de que eu falasse alguma coisa percebeu logo que eu queria uma informação e se antecipou com uma extrema e delicada atenção, as outras de imediato se envolveram na conversa e começaram a mim indicar o caminho mais rápido para lá chegar, embora haja uma grande semelhança no idioma português e italiano, saõ ambos proveniente do latim, eu não percebia quase nada e pelo que pressenti, elas gostavam de mim ouvir falar português, chegou um momento em que uma delas já tinha o mapa fechado debaixo do braço e continuava puxando conversa, fiquei apaixonado pelas italianas a partir desse momento. Mas precisava ir, e fui embora.<br />
Uma coisa curiosa que ocorreu quando estava fora da estação é que via homens passeando de mão dadas, e pensei, será que há aqui um encontro gay ou coisa parecida, mais depois de observar com mais atenção, cheguei a conclusão que se tratava de povos oriundo de países arábes, não sei se Irão, Iraque, Tunísia, o que sei é que compreendi que nos países deles era natural homens andarem de mão dadas, esse povo é mesmo maluco pensei eu, por um lado vivem explodindo bombas em nome de Alá, e por outro andam de mãozinhas dadas feitos namorados.<br />
Como havia dito antes, os italianos são pessoas bastante alegres e com boa disposição, quanto a cidade mim fez lembrar um pouco algumas rua de Madrid.<br />
Finalmente chego a famosa Fontana de travi que tem cerca de 26 metros de altura e 20 de largura, era uma fantástica construção barroca italiana.<br />
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Estava cheia de turistas e era possível ver dentro da fonte uma enorme quantidade de moedas que as pessoas atiravam apois fazer um pedido e dizia a historia que os nossos pedidos seriam concretizados. Não acredito muito nessas tretas mais não custa nada tentar, e lá se foi uma moeda para a fontana. Por falar em moeda, uma coisa interessante que descobrir foi quando fui trocar escudos por liras, pois é, naquela altura não existia o euro como havia dito antes, e quando fui troca os escudos lembro-me de receber em valores uma quantia extremamente alta, ou seja, a cada 1000 escudos recebia uma média de 12 mil liras e depois de trocar várias notas fiquei surpreso com as milhares de liras que tinha recebido, mais todas essas liras eram muito ilusória pois afinal não valia nada, por exemplo uma simples refeição deixava lá 30.000 liras. Toda essa diferença era pelo fato da Itália nunca ter reduzido ou pelo menos a muito tempo não havia reduzido a quantidade de zeros da moeda nacional por isso eram tantos milhares de liras para poucos escudos, mais na prática a lira era mais forte.<br />
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Deixei a Fontana de Trevi e segue em direcção ao famoso Coliseu Romano.<br />
Magnifica aquela vista, uma vista que já tinha visto por várias vezes em livros e revistas e na televisão e não pensei que tão cedo mim encontrasse enfrente a ela, uma excelente sensação.<br />
O coliseu foi construído durante o império romano entre os anos 70 a 80 da nossa era durante os governos dos imperadores Vespasiano e Domiciano. Este anfiteatro era utilizado como palco de lutas de gladiadores, espectáculos com feras e muita violência. Tinha a capacidade de receber até 90 mil pessoas, na sua construção foram usados mármore ladrilos, tufo e pedra travertina. Foi danificado por um terremoto no começo do século V e restauro foi realizado posteriormente. No século XIII, foi usado como fortaleza militar. Entre os séculos XV e XVI foi alvo de saqueadores, que levaram boa parte dos materiais valiosos da construção. Em 2007, foi eleito como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo. <br />
Mais ao lado estava o Forum romano, magnificas ruínas do que era a principal zona comercial da Roma imperial e bem próximo O Monte Palatino é uma das sete colinas de Roma. Tem 70 m de altura e nas suas encostas foram construídos, de um lado, o Fórum Romano.<br />
Fiquei algum tempo naquela área tirando algumas fotografias até que comecei a ouvir o meu estômago alertando-me quanto ao fato de está com fome, e fui a procura de um restaurante para almoçar.<br />
Entrei em um restaurante e que não podia deixar de ser o almoço foi Pizza, e realmente estava muito boa, durante a minha estadia em Roma era o que eu comia todos os dias, só variava no conteúdo da pizza.<br />
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Passei o dia inteiro passeando e conhecendo vários locais e várias grandes praças entre ela recordo-me da Piazza de Popolo. A Piazza del Popolo (Praça do Povo) é uma das praças mais conhecidas de Roma. Trata-se de um imenso espaço oval, presidido por um grande obelisco egípcio no centro. Esse obelisco, de 24 metros de altura, está dedicado a Ramses II e em 1589 foi levado do Circo Massimo (onde esteve desde o ano 10 a.C.) <br />
A praça que mais gostei foi a piazza Navona, era tipo a Monmartre em Paris, a praça dos artistas, é fantastico como todas as grandes cidades europeias apoiam e dão aos artistas hipótese de desenvolver o seus trabalhso e venderem nas ruas de forma digna e respeitada e enquanto em Lisboa vivemos fugindo da policia que recebe ordens dos responsáveis pela cidade de reprimir as manifestações artisticas como se tratasse de uma atividade marginal, que mim desculpem os portugueses mais como pode um país ser tão atrasado.<br />
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Alguns devem se questionar, então porque não fica nesses países já que apoiam tanto assim as arte? E respondo pelo simples fato do inverno severo que existe nesses países, não possibilita trabalharmos todo o ano na rua, e sim só durante o verão, é por isso que Portugal tornasse um local escolhido só derivado a sua posição geográfica possibilitando a hipótese de um artista trabalhar o ano inteiro, só que em compensação temos que lidar com essas caracteristicas culturais que acabei de citar.<br />
Bem, já é noite e vou procurar uma pensão para passar a noite, estava em uma área chamada Via Ottaviano onde encontrei uma pensão e acabei por alugar um quarto. A sra dona dessa pensão era extremamente simpática comigo e mim fez sentir bem a vontade.<br />
Pela manhã ao acordar o objectivo era conhecer o Vaticano seria a ultima visita e fiquei surpreso quando dei conta que estava hospedado exatamente atrás do Vaticano, ou seja, a poucos metros. Então paguei a pensão e a senhora nem se quer aceitou todo o dinheiro devido, mim fez um bom desconto, agradeci e fui embora. Em toda a minha vida pela Europa nunca havia acontecido uma situação como essa, foi mesmo surpreendente a atitude daquela senhora, foi muito espontânea e eu nem se quer imaginava essa possibilidade. Fiquei com uma excelente impressão do povo italiano e principalmente das mulheres que eram sempre simpáticas e atenciosa, se Portugal fosse assim seria um paraliso na face da terra, mais infelizmente nem tudo pode ser perfeito.<br />
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Depois de andar alguns metros chego ao Vaticano. Logo ao chegar fiquei decepcionado pela demonstração capitalista logo na entrada, como era verão havia muitas pessoas que estavam a vontade, de short ou bermuda, vestida a verão, e o que ocorria logo na entrada é que eles alugavam uma espécie de batina para que as pessoas pudesse visitar a parte interna do Vaticano que caso contrário não seria possível. Ok, cheguei a conclusão que assim como em Fátima Portugal, ali seria mais um local de exploração da fé humana. Já que era proibida a entrada com trajes de verão, seria mais fácil e simples divulgarem essa proibição principalmente nos livros turísticos, do que criar uma forma de negócio diante dessa situação.<br />
Bem a minha visita ao Vaticano mim fez conhecer objectos e luxos que nunca tinha visto, o incrível é que a igreja representa de uma certa forma a humildade e adoração a Deus, e eu nunca tinha visto castiçais em ouro, objectos valiosos e tudo que pode representar a ostentação humana, que em muitos casos teve origem na exploração, roubo e trabalho escravo, sem falar na própria historia da igreja no seu período podre da inquisição que levou muita gente inocente a serem queimadas vivas nas fogueiras.<br />
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Bem vocês devem ter percebido a minha forte decepção nessa instituição, sem levar em conta os vários escândalos de pedofilia por parte dos padres e funcionários da igreja, mim entristece ver pessoas sendo exploradas pela a sua fé. Fé essa que acompanha o ser humano desde a época em que vivíamos em cavernas, a necessidade humana em querer encontrar uma resposta para a sua existência solitária, acaba por leva-las a um mundo de ilusões e fantasias resultando no aparecimento de religiões e instituições como essas. <br />
Nos interrogamos que se não fosse a religião como seria a vida no planeta, será que seria um caos, que as pessoas sem se sentir ameaçadas pelo castigo divino fossem levar uma vida desprovida de moral e dignidade? Ou será que teríamos um mundo melhor, sem explorações e guerras? Uma coisa eu sei, não acredito em religiões, nem em santos e nem nessa palhaçada toda, mais nem por isso sou uma pessoa desonesta e sem moral, muito pelo contrário, acredito que a dignidade humana o respeito ao próximo e uma vida honesta e correta são os ingredientes indispensáveis na vida do ser humano ao encontro da sua felicidade.<br />
Acho que o ser humano na sua essência é um animal racional com qualidades positivas inseridas no seu DNA pela natureza, e que actos reprováveis, desumanos, selvagens, saõ geneticamente punidos no seu interior quer de uma forma ou de outra. Talvez seja uma teoria estúpida e tão fantasiosa quanto as religiões, mais acho que seria bem mais aceitável esse tipo de filosofia se nos baseássemos nas experiências das pessoas que nos rodeiam, nos seus estados de espírito derivado as suas formas de vida, honestas e desonestas, morais ou imorais, sempre acabamos por colher os frutos resultado do nosso meio de vida e da nossa forma de viver. já estou mim esticando demais, não sou politico e nem mim interessa querer ensinar como as pessoas devem se comportar, portanto é melhor eu ir apanhar o comboio e voltar para Portugal. Lisboa tô chegando.<br />
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Lisboa<br />
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Eu estava morrendo de vontade de arrancar para Itália, essa ideia já andava mim consumindo, mais precisava esperar pelo Patricy, e ele estava dando sinais claro de mim acompanhar nessa viagem, não estava queimando dinheiro em restaurantes finos e caros como costumava fazer, e começava a ter mais cuidados com os gastos e era tudo uma questão de sorte, a qualquer momento parava na frente dele um dono de uma galeria, loja ou simplesmente amante da arte, e comprava-lhe todo o material assim como se passou comigo, portanto resolvi esperar, mesmo porque gostaria que ele fosse comigo derivado ao longo conhecimento que já possuía de Europa e também já havia estado na Italia várias vezes.<br />
Uma noite enquanto nos encontrávamos todos conversando a porta do Prédio de escritório na Escadinha Marques Ponte de Lima conheci um rapas Goiano que havia acabado de chegar do Brasil, era o Ernane, tinha mais ou menos a mesma idade que eu na altura, como todo recém chegado estava procurando trabalho e a única hipótese que se apresentava era o trabalho nas obras assim como a maioria dos brasileiros. Ele já tinha visto os meus trabalhos na baixa e havia gostado muito e mim perguntou se eu não poderia fazer para ele algumas aquarelas para ele vender na rua, disse que sim, iria preparar alguns trabalhos para ele vender e daria uma comissão em cada venda, comissão essa que era de 30%. <br />
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Era um excelente negócio para ele para mim, porque no eu caso eu ia mim dedicar mais sabendo que havia uma outra pessoa dependendo do meu trabalho e para ele seria um trabalho tranquilo e sem stress e seria uma boa forma dele ir se adaptando ao sistema em Portugal sem ter que começar pela construção civil, que se tratava de um trabalho extremamente pesado.<br />
Preparei par o Ernane uma colecção de 10 aquarelas em tamanhos variados, entreguei-lhes e lá foi o Ernani para as vendas, como ele ainda não tinha experiência nenhuma no negócio, fiquei com receio de ser apanhado pela policia, o que seria tinha certeza disso, a primeira vez que ocorria e ele podia ficar assustado e desanimado, por isso sugeri que fosse para os Restauradores, se tratava de uma grande praça acima da Praça do Rossio, onde dava inicio a Avenida da Liberdade, era o local onde ficava o bar Pirata onde apanhei aquela paulada com a bebida deles em companhia do Tó e do Roberto logo que cheguei a Portugal, Lembram? <br />
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Acreditava que nos Restauradores seria mais seguro para ele já que ali muito raramente os policias incomodavam, mesmo tendo bem próximo dali uma esquadra que se encontrava na Praça da Alegria a coisa de 100 metros dali. Mais lá foi o Ernani, levava um cavalete que eu havia comprado para ele e uma larga placa de madeira fina dúplex na qual ele iria prender as aquarelas e expo-las no cavalete.<br />
Nesse meio tempo enquanto o Ernani estava trabalhando fui dar uns passeios, liguei para uma amiga portuguesa e fomos almoçar no Centro Comercial Amoreira, passamos praticamente o dia inteiro por lá, eu não estava começando muito bem essa vida de empresário já que devia era está produzindo mais aquarelas para mim e o Ernani mais naquele dia eu queria descansar um pouco e não pensar em trabalho.<br />
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Quando cheguei a noite em casa fui ter com o Ernani, como um bom Goiano se encontrava assistindo televisão ao mesmo tempo que ouvia musica no volume máximo. Quando abri a porta e olhei para ele, vi um sorriso de felicidade que brotou na cara do Ernani e ele fez com os dedos o sinal de quantas aquarelas tinha vendido, e mostrou-me seis dedos, ou seja ganhamos um bom dinheiro já que as aquarelas mais baratas era de 15 euros, tudo isso no 1º dia de trabalho foi uma estreia excelente e ele estava bem animado para continuar e eu tinha chegado a conclusão que realmente teria que trabalhar mais e deixar a preguiça de lado.<br />
Fizemos as contas, foram 4 pequenas e 2 grandes no total de 120 euros, e dei ao Ernani pelo o seu excelente trabalho 36 euros, se ele tivesse trabalhado 8 horas no pesado serviço que é a construção civil durante todo dia, teria ganho 32 euros, e ele sabia disso por isso estava determinado a continuar trabalhando comigo e eu sabia que estando ele depositando essa confiança em mim eu teria que trabalhar muito mais, sabia que seria difícil porque não estava acostumado a trabalhar pressionado por nenhum tipo de situação a não ser a que naturalmente nos acompanhar toda a vida que é a necessidade de sobrevivencia que para mim já era o suficiente e agora havia outra que era manter uma pessoas trabalhando para mim.<br />
Ok, mais iria procurar fazer o máximo possível para que tudo desse certo e naquela noite foram todos para o café se diverti e tomar uns copos e fiquei eu no escritório trabalhando aquilo não mim cheirou nada bem, e o Ernani antes de sair ainda mim cobrou serviço, dizendo que esperava para amanhã uma boa quantidade de aquarelas para vender, mim sentir meio sem liberdade e achando que afinal o empregado ali era eu e não o Ernani.<br />
Mais pensei no dinheiro que poderia render diante desse novo projecto e que deveria mim preocupar mais era com isso e deixar de lado as festas e curtições com os amigos, mesmo porque já tinha mim divertido com a portuguesinha no centro comercial Amoreiras portanto deveria agora fazer a minha parte, mais confesso que não era fácil.<br />
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Produzir alguns trabalhos para o Ernani depois sai para ir tomar um copo e relaxar um pouco dessa sessão de trabalho e enquanto estava indo em direcção ao café o pessoal estava voltando, como tinham trabalho no outro dia cedo não podia se esticar muito durante o meio de semana caso contrário não conseguiriam acordar no dia seguinte.<br />
Mais encontrei o Ernani que de imediato perguntou-me, então, preparou muitas aquarelas para mim? E eu disse, fique tranquilo amanhã voce já terá o que vender, e ele foi comigo para o café já que não precisava acorda tão cedo no outro dia como o resto da rapaziada.<br />
No outro dia pela manhã quando acordei o Ernani já havia saído, ele estava mesmo animado para o trabalho e eu cada vez mais preguiçoso e não estava afim de fazer nada, então fui para a Costa do Castelo ter com o Patricy para tomarmos uns copos e jogarmos conversa fora. E foi o que fiz e depois no fim da manhã fomos almoçar no restaurante a abelhinha.<br />
Então o Patricy mim perguntou porque não iríamos de novo ao Algarve para mudar um pouco de ar e ganhar um pouco mais de dinheiro, achei uma boa ideia mais mim lembrei de como ficaria o Ernani a não ser que ele alinhasse com agente e fiquei de lhe perguntar.<br />
Depois do almoço fomos ter com o Ernani, quando lhe falei da hipótese de irmos para o Algarve vender aquarelas ele amou a ideia e concordou de imediato. Eu já esperava esse tipo de atitude porque a maioria dessa rapaziada o que queriam mesmo era aventuras e doideira.<br />
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No dia seguinte apanhamos a minha carrinha e corremos para o Algarve. Ao chegar lá como sempre o dia estava fantástico, Albufeira estava cheia de turistas e fomos directo para a entrada do túnel onde havia ficado da última vez e montamos o cavalete expondo as aquarelas.<br />
Deixei o Ernani cuidando do trabalho em companhia do Patricy e fui a procura de umas inglesinhas para mim diverti um pouco, o Algaarve para mim é um verdadeiro inferninho, até mim assustava um pouco esta de volta ali, porque da ultima vez mim entreguei a farra e acabei queimando muito dinheiro e não poderia deixar o Ernani sem trabalho.<br />
As coisas corriam maravilhosamente bem até o Patricy aparecer com um ar preocupado dizendo que precisava voltar a Lisboa porque tinha um assunto familiar para resolver. O assunto era a mulher dele que estava preza e havia tentado suicídio de novo e estava muito mal, ele se despediu da gente e voltou as pressas para Lisboa, naquele dia fiquei mesmo com pena do Patricy, porque outra pessoa provavelmente não iria querer saber mais da situação e iria se preocupar bem menos, mais as vezes mim perguntava se o Patricy não teve alguma parcela de culpa nessa historia dela trazer cocaína para Europa, nas conversas que tive com ele fiz esse comentário e ele jurou que não sabia de nada, que essa foi uma ideia dela que queria ganhar um dinheiro rápido e mostrar para ele que era capaz de se virar sozinha já que ela se sentia muito dependente dele, pelo menos foi a historia que ele mim contou.<br />
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Fiquei trabalhando com o Ernani, enquanto ele vendia eu pintava aquarelas as coisas estavam indo a mil maravilhas. Durante os meus passeios por Albufeira depois de deixar o Ernani sozinho, encontrei um artista croata que desenhava retratos, o nome dele era Mirco Visic, era uma figura engraçadissima tinha um senso de humor fantástico nos demos muito bem desde o inicio e eu reparava que ele não tinha problemas com a falta de trabalho em Albufeira, a pequena vila com os seus turistas compensavam todos os artistas que queriam trabalhar e ele tinha sempre retratos para desenhar, e confesso que fiquei atraído pela aquela técnica artística, já havia feito alguns retratos no Brasil mais nunca tinha levado a serio essa área, foi o Mirco que acabou por mim incentivar e comecei a ponderar sobre essa hipótese.<br />
A noite levei o Ernanir para conhecer o Mirco e acabamos por trabalhar todos na mesma rua para que pudéssemos fazer companhia uns aos outros tomando uns copos e brincando com as inglesas.<br />
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Pelo visto as aventuras ainda não eram o suficiente quando o Mirco sugeriu que alugássemos um carro e fossemos para Espanha trabalhar nas praias e conhecer algumas espanholas. Achei a ideia formidavel, poderia ir com a minha carrinha, mais ela chegou em Albufeira com problemas no disco de embrenhagem e não acreditava que ela aguentasse uma viagem dessa, portanto a ideia de alugar um carro era muito boa, e foi o que fizemos.<br />
O Mirco gostava da nossa companhia dizia que os brasileiros tinham uma maneira alegre de viver a vida e o mundo em que ele pertencia era muito fechado e as pessoas muito frias. Ele morava na Alemanha e todos os anos durante o verão costumava deixar a Alemanha e ir trabalhar nas praias em e Espanha ou Portugal.<br />
Ele dizia que éramos malucos e brincalhões o certo é que durante a viagem não sei se foi a péssima companhia que ele tinha de 2 brasileiros malucos que estavam o tempo todo brincando que acabou por o influenciar e chegou um momento em que o Mirco já não era aquele típico europeu sério e introspectivo, tinha se transformado em uma verdadeira crianças brincando e fazendo maluquices o tempo todo.<br />
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Foi uma viagem muito divertida, passamos por Alicante e Benidorm e resolvemos subir mais um pouco para o Norte e fomos parar em uma cidade chamada Dénia, foi ai que mim deparei com a hipótese de apanhar um barco e ir conhecer a famosa ilha de Ibiza, é uma ilha do arquipélago e comunidade autónoma das Ilhas Baleares. Fica localizada a leste da Espanha e sua maior cidade tem o mesmo nome da ilha.<br />
É conhecida por seus festivais de música eletrônica e lançar tendências neste estilo. Os festivais acontecem durante o verão nos meses Junho e Julho. Tem vida noturna agitada e recebe grande número de turistas todos os anos em busca de diversão<br />
Um local extremamente turístico das ilhas e que eu já havia muito ouvido falar, perguntei ao Mirco se ele não queria nos acompanhar mais ele disse que não que iria esperar por nós em uma cidadezinha próxima chamada Javea.<br />
Muito depois é que percebi porque ele não queria vir conosco, é que em Ibiza havia dezenas de artistas que trabalhavam com retratos e seria uma enorme concorrencia para ele e não valeria a pena, enquanto em Javea era um local perfeito para o trabalho dele, eu sinceramente não estava preocupado com o trabalho o que eu queria mesmo era passear e visitar Ibiza. O Ernani alinhou de imediato tinhamos os dois a mesma necesidade, curtir e passear.<br />
Quando deixamos Albufeira uma das bagagens do Mirco era uma mala tipo equipamento de fotografo, e perguntei do que se tratava ele mim disse-me que carregava ali varios duendes que faziam os retratos para ele, depois de algum tempo acabei descobrindo que esses duendes era nada mais nada menos que um projetor de fotografias que ele usava para fazer os retratos. Ele colocava a foto do cliente no projetor lançava sobre a folha de papel que pretendia desenhar e assim fazia o esboço do retrato com muito mais facilidade tornando assim o trabalho bem mais fácil.<br />
Compramos o bilhete para atravessar o mediterranio e apanhamos uma lança rápida que nos levou até Ibiza e deixamos o Mirco com o carro e que iria depois se encontrar com agente em Jávea.<br />
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Quando chegamos em Ibiza percebi de imediato porque o Mirco não quis vir com agente, havia dezenas de artistas fazendo retratos, e eram todos excelentes profissionais, os trabalhos deles eram de uma qualidade fenomenal e fiquei mesmo encantado com aquela áreas do desenho a ponto de decidir que ao chegar em Lisboa iria começar a explorar esse campo e mim aprefeiçoar nessa área. A diferença do retrato para a aquarela é que o retrato quando começamos já temos o dinheiro garantido por parte do cliente e a aquarela depois de terminar-mos temos que coloca-la a venda e aguarda o clinte, ou seja, resumindo, estou é procurando a forma mais fácil de ganhar dinheiro sem ter que trabalhar muito. <br />
Não, na realidade a coisa não chega a tanto, o retrato mim inspira a querer desenvolve-lo e tendo em minha frente trabalhos com essa qualidade só poderia resultar nisso, portanto tenho um bom projeto pela frente.<br />
Sol, praia, festa. Se o seu forte é agitação, bem-vindo ao paraíso. Ibiza é sinônimo de praias paradisíacas e muita música. A ilha completa o arquipélago Baleares, formado pelas ilhotas Maiorca, Menorca e Formenteira, banhadas pelo Mar Mediterrâneo.<br />
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São 572 km de extensão ocupados por 56 praias, e os mais diversos turistas. Isso mesmo! Nem todo mundo é apaixonado pela noite o tempo inteiro. Praias mais sossegadas como Cala Bassa e Playas de Comte, com água clara e areia fina. Outras mais indicadas para quem procura algum tipo de lazer, e encontra aluguel de jet-ski, passeio de banana-boat, espaço para esportes e compras como em Port de Sés Caletes. <br />
Praias reservadas ao nudismo, como a Es Bol Nou, e outras que são verdadeiros pontos de encontro para as baladas, como a Ses Salines.<br />
Sim, diversidade, seu lugar também é aqui.<br />
Se na época da Antiguidade, quando fenícios transformaram o local em rota comercial, a ilha recebia todo tipo de gente (inclusive guerreiros vândalos); hoje seus 100 mil habitantes recebem mais de 2 milhões de turistas todo ano. <br />
Lá nos idos dos anos 60 e 70, a ilha era um refúgio de mochileiros hippies que levavam seu mantra "paz e amor" junto às figuras como Janis Joplin e Jimi Hendrix. E começava a festa. Sem fim.<br />
Hoje eles estão presentes (bem presentes) no Mercadito dos Hippies, e os sons da ilha foram substituídos pela música eletrônica, e hoje é elemento obrigatório nos clubs, pre-parties e after-hours. <br />
Não é a toda que Ibiza é considerada o lugar da melhor festa do mundo.<br />
A noite estavamos muito cansados da viagem e de tantas festas e fomo aprocura de uma pensão para passarmos a noite. Eram todas muito caras por se tratar de um lugar tão turistico e por incrivel que pareça acabamos por encontrar um pensão com o preço bem acessivel, desconfiei do porque estava tão barato aquele quarto e resolvemos aluga-lo e não demorraria muito ficariamos sabendo,e foi o que aconteceu, para conseguir dormir naquele quarto so com muiito cansaço e alcool, o quarto possuia uma varanda e essa varanda dava para um pub que era música ao máximo, agitação total toda a noite um verdadeiro inferninho e que tinhamos estado lá, portanto a única hipótese eramos deixar a janela fechada para não ouvir o barulho, o problema que Ibiza no verão faz um calor enorme e o quarto parecia uma sauna, era impossivel manter a janela fechada, chegamos a tentar mais o calor era enorme. O resultado final é que fomos dormir no chão da varanda, era a única hipótese, era preferivel o barulho ensurdecedor da discoteca do que o calor que fazia naquele quarto, tudo uma questão de opção.<br />
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A nossa sorte é que o cansaço e a bebida nos fez adormecer, acordei pela manhã já com uma brisa um pouco melhor e o barulho tambem havia diminuido já que todos os bebedolas já tinham apagado.<br />
Depois de sairmos da pensão fomos contiunuar a nossa excução turistica a Ibiza, sem dúvida um local formidavel para quem gosta de se divertir e tem bastante dinheiro para isso. Resultado é que não trabalhamos coisa nenhuma, aquele periodo em Ibiza era ´so para curtir, e aproveitamos bastante.<br />
Nesse dia já a noite resolvemos apanhar um barco e voltar para o continente e se encontrar com o Mirco. Chegamos em Dénia a noite, fomos a um restaurante jantar e depois procurariamos um jeito de encontrar o Mirco.<br />
Já estava muito tarde e precisavamos dormir para no outro dia ir a procura do Mirco, mais não queriamos mais uma vez gastarmos dinheiro em uma pensão e passarmos a noite na varanda como ocorreu em Ibiza, por isso resolvemos fazer diferente, irmos dormir na praia, já que o calor era tanto seria o único lugar possivel naquele momento.<br />
Começamos a andar pela praia aprocura de um areial macio para transformamos em cama só que por incrivel que pareça as praias em Dénia pelo menos onde nos encontravarmos não havia areia e sim pedras, eram pedras para todo o lado e começamos a andar em busca de areia e nada. Era impressionante, depois de uma boas caminhadas por aquelas pedras resolvemos apagar por ali mesmo, chegamos a conclusão que aquela área não existia areia e que iamos ter que dormir no chão duro e foi o que ocorreu. <br />
Quando acordamos pela manhã por incrivel que pareça sentia-me bem e recuperado, quando de repente o Ernani chama a minha atenção para um detalhe, a um pouco mais de 10 metros havia um enorme areial mais na escuridão daquela noite não tinhamos visto e acabamos por encarar o chão duro, olha, pelo menos é muito bom para coluna, assim dizem os médico terapeutas, como digo sempre, há sempre algo de positivo, eheheh.<br />
Depois de apanharmos o café da manhã fomos a procura do Mirco, apanhamos um taxis para nos conduzir até essa cidadezinha de nome Jávea, era um local extremante turistico assim como todos os outros nessa época. Ao chegarmos lá acabamos por encontrar o Mirco na companhia de um espanhol também retratista e que trabalhava em Jávea já há um longo tempo. <br />
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Ele nos apresentou e ficamos conversando durante um longo tempo, contei ao Mirco das nossas aventuras em Ibiza e quanto a ilha era bonita, e também a qualidade dos trabalhos dos artistas retratistas que trabalhavam na ilha, eram trabalhos com um grau de profissionalismo muito grande e pelo jeito ele sabia disso porque fez um ligeiro silencio, os trabalhos do Mirco não eram assim tão bons, por isso não tinham mim inspirado nada quando os conheci, mais aqueles artistas em Ibiza realmente mim deram uma enorme injeção de animo e inspiração e eu estava disposto a aprender a fazer retratos a partir de fotografias e desenvolver ao máximo, e olha que quando resolvo aprender algo relacionado a arte geralmente o resultado é sempre bom.<br />
O interessante desse amigo do Mirco era o local em que ele morava, ele nos convidou para passar a noite em sua casa antes de retornarmos a Portugal, foi ai que o interroguei se ele morava em Jávea, a resposta foi a minha casa é ali, e apontou para o alto de uma enorme montanha que circundava Jávea, e no alto dessa montanha havia dois enormes moinhos de vento que decoravam aquela paisagem magnifica. E eu perguntei, naquele moinho? Ele sim, é ali que moro e vamos lá para vocês conhecerem de perto.<br />
Ele tinha uma carrinho velho caindo aos pedaços mais era o suficiente, andava e bem e era o que importava, e fomos até a sua casa. Quando chegamos lá fiquei pasmo com a beleza daquele local tínhamos uma vista fantástica de todas as praias que circundavam Jávea e do mar mediterrâneo, era realmente um lugar de sonhos.<br />
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Os dois moinhos que se encontravam lá eram enormes, um deles estava em muito estado estado e precisando de uma grande reforma, quanto ao que o rapaz morava estava perfeito, ele tinha restaurado todo o moinho já que foi o acordo feito com a câmara municipal da região que cedeu o moinho para ele residir tendo ele como obrigação cuidar da restauração do mesmo já que se tratava de um monumento turístico, e assim vivia aquele artista, ele tinha uma vida muito tranquila só com um pequeno e infeliz problema, era dependente da heroína, descobri isso ao ver em cima da mesa uma colher torcida e varias cascas de limões que tinham sido espremidos, portanto como era macaco velho nesse campo deduzi logo e mostrei ao Ernani que inocentemente pensava que o cara gostava de limonada.<br />
Foi mais uma experiência fascinante aquele local, a noite a paisagem se tornava muito mais interessante com as luzes da pequena cidade de Jávea brilhando no meio daquela escuridão e um vento tranquilo e sereno mesmo estando a uma altitude como aquela, pela manhã retornamos a Jávea, estivemos mais algum tempo curtindo a praia e depois nos despedimos do Espanhol e retornamos a Portugal.<br />
Ao chegar a Albufeira o Ernani voltou ao trabalho e eu também, comecei a pintar mais aquarelas para que ele pudesse vende e o Mirco voltou aos retratos.<br />
Em uma dessas noites de festa em Albufeira conheci um alemão de nome Andreas, era uma cara gente fina, não falava portugues e para mim foi muito bom que assim pude ir aperfeiçoando o meu inglês.<br />
Ele morava em Stuttgart e costumava ir ao Algarve passar o verão, gostava muito de está com agente pelo fato de nos considerar alegres e divertido, ele tinha a mesma idade que eu e mim convidou para conhecer a sua cidade e mim mostrar as melhores cervejas do mundo como dizia ele, e realmente estava certo que acabei por ir a Alemanha e conhecer uma parte desse maravilhoso país graças ao Andreas.<br />
Foram muitas noitadas e muita diversão até chegar o dia em que decidimos voltar a Lisboa, por que o Algarve era lindo maravilhoso ganhavasse muito dinheiro, mais no final estava sempre na mesma porque queimávamos tudo nas festas e nas doideira, era impressionante mais também era inevitável vivíamos como se fossemos morrer para semana e sem contar com a filosofia que eu tinha herdado do Patricy, aquilo é que era doideiras.<br />
Nos despedimos todos, o Mirco voltou para Alemanha e o Andréas também, ficou combinado voltar mos a nos encontrar para o ano e eu havia prometido ao Andreas Que iria visita-lo na Alemanha e foi o que acabei por fazer mais a frente.<br />
Chegando a Lisboa voltamos a normalidade, já tínhamos curtido tanto passado por tantos momentos loucos que agora era nos concentrar no trabalho e começar a ganhar dinheiro mesmo porque o patricy já estava com tudo organizado para irmos a Itália e eu já estava doidinho para ir.<br />
Passado coisa de um mês eu e o Patricy fomos até a estação de Comboio de Santa Polónia e compramos uma passagem para Roma, essa passagem nos dava a hipótese de ir parando onde quiséssemos desde quando fosse em direcção a Roma e assim possibilitaria conhecer vária cidades no caminho e foi o que fizemos, iríamos apanhar todo o litoral Françes o que seria óptimo e porque poderia conhecer a famosa cort d azul francesa. Itália ai vou eu!<br />
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Ao chegar a Lisboa já era de madrugada, foi uma viagem cansativa, como não havia a companhia da ansiedade e a curiosidade de conhecer um país e nem uma aventura nova pela frente, sentimos mais o retorno do que a ida. Pela manhã fui vender no Castelo de São Jorge, onde se encontrava o Patricy, ao mim ver de longe chegando soltou um sorriso de boas vindas, e feliz por eu ter ido conhecer o país dele, e estava curioso para saber a minha opinião. Evidente que era as melhores possíveis, Paris mim fez sentir outro, sentia que tinha tido um desenvolvimento a nível profissional muito bom ao examinar todas aquelas obras de arte, estava constantemente desenvolvendo ideias referente ao meu trabalho e procurando entender as técnicas de claro e escuro utilizadas pelos grandes artistas, o jogo de luzes por eles utilizados e sem contar a enorme magia transmitida pelo Loure.<br />
Quando cheguei ao lado dele o cumprimentei com um sorridente bom dia, coloquei o meu material ao lado dele, e ele exclamou, antes de começar o trabalho vamos tomar um copo, quero saber das novidades. Contei-lhe sobre a extraordinária estação que era a Montparnasse e a noite que passei lá, deixando de lado a ideia de ir para uma pensão ou hotel, falei do encontro com o maluco do Bruno, que mim convenceu de comprar um saco cama e ir dormir para a estação, e sem deixar de lado evidentemente a loucura que era o Louvre, e toda Paris, a Eiffel, a MontMartre, contei-lhe de ter sido apanhado pela policia e não ter conseguido ficar nem uma hora antes que isso acontecesse, ele rio muito e disse que isso já era esperado, já que há uma grande máfia que controla os negócios na Montmartre, e chegam a negociar autorizações já que podem ser transferidas de um artista para outro numa espécie de repasse de negócio, e que foram eles os artistas, que chamaram a policia para mim, isso eu já desconfiava disse para ele.<br />
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Mais tirando esse pequeno infortúnio, as coisas correram extremamente bem, mim perguntou se tive algum problema com o idioma e disse que não. O Patricy vivia mim enchendo a cabeça para aprender françes, evidentemente nacionalista como ele era, vivia anunciando aos 4 ventos que era uma das línguas mais bonitas do mundo, e eu concordava com ele, é realmente um idioma fantástico, mais o meu interesse era desenvolver o inglês já que sabia que com ele eu poderia ir a qualquer parte do mundo já que nos países de 1º mundo o inglês era tido como 2º idioma e era possível sempre encontrar alguém que falasse, ou melhor fora aquele françes que encontrei em Paris, o qual tinha um françes tão mal como o meu, nos casos posteriores isso não ocorreu, os françeses falavam inglês com muito a vontade, embora haja pessoas que dizem que em França os franceses não gostam de falar outro idioma a não ser o seu, mais não tive nenhum problema com isso, mais também temos que levar em conta que sempre que eu ia abordar alguém para apanhar informações, procurava primeiro fazer uma avaliação psicológica para poder detectar nessa pessoa uma certa receptividade e simpatia.<br />
Nessa manhã houve muitos turistas no Castelo, foi um excelente dia para o negócio, até parecia que os turistas queria nesse dia pagar todos os gastos que tive com a ida a Paris, para que eu fosse visitar também os paisis deles. Na hora do almoço fomos até a baixa almoçar na Abelhinha, ao chegar lá estava o maluco do Alberto Martins, o aquarelista que era realmente bom na aquarela, e a cada 10 minutos de conversa tinha que correr para a casa de banho dizendo está "aflitinho ",. Almoçamos todos juntos e perguntei ao Alberto onde ele andava que já naõ o via a muito tempo, ele disse que estava trabalhando em Cascais. Cascais é uma linda cidade que fica bem perto de Lisboa, pegávamos o comboio no Cais do Sodré qua fazia a ligação direta, passando por vários locais turísticos, como Bélem, o Mosteiro, o monumento das descobertas, o Estoril, é verdade vocês já conhecem essa linha, era a que eu apanhava todos os dia quando morava em Algés, naquela casa de drogados que os apanhei todos em volta de uma vela, estão lembrados?<br />
Pois é, o Alberto andava trabalhando lá e dizia que o movimento turístico era tão bom quanto ao do Castelo, a diferença é que tinha os moradores de Cascais que também eram bons compradores, Cascais é tida como uma cidade de quem tem dinheiro, era a cort d azur portuguesa, e um lugar muito agradável as pessoas são mais simpáticas do que em Lisboa e o curioso que há uma distancia tão próxima que não chegava a 1 hora de comboio.<br />
Resolvemos eu e o Patricy experimentar, para mim essas mudanças eram sempre boas, não é que o movimento estivesse fraco em Lisboa, mais era a vontade constante em viajar, mudar e conhecer outros lugares.<br />
Chegamos em Cascais e fiquei apaixonado de imediato pela cidade, era pequena mais muito bonita e luxuosa, lembrava mesmo as pequenas cidades em França que quando eu passava de comboio observava pela janela.<br />
Coloquei o meu material ao lado do Patricy, fomos beber alguma coisa para começar o dia e retornamos ao trabalho. Ao nosso lado havia um artesão português muito simpático, possuía uma banca e quando percebeu que eu era brasileiro estava constantemente fazendo perguntas sobre futebol, assunto que eu não domininava nem um pouco, mais procurava manter uma conversação sem ele dar por isso.<br />
Estivemos nessa rua durante muito tempo, Cascais passou para mim ter uma importância maior, não só era a questão das vendas, era a própria paisagens a maneira de ser das pessoas que lá viviam e também uma coisa muito especial que era a proximidade com o mar, ou melhor, para ir para Casacais fazíamos toda a costa do Estoril e a cidade era a beira mar, tudo isso contribuiu para escolher Cascais como o meu melhor local de trabalho.<br />
Corria tudo lindamente, a policia também de vez em quando costumava chatear, falavam mais depois iam embora e evitavam voltar para não ter que nos chatear muito, faziam a penas o papel deles mais não procuravam ser muito severos. Depois de um bom tempo já não diziam nada, afinal não havia nenhuma reclamação com relação agente, trabalhavamos apenas, não criavamos tumultos e eles de imediato perceberam que também não consumíamos drogas, e esse elemento era muito importante para que um vendedor ambulante conseguisse ficar trabalhando naquela áreas.<br />
Um belo dia estávamos trabalhando e apareceu um rapaz egípcio que humildemente se aproximou e perguntou se poderia colocar ao nosso lado o material dele para vender. O material consistia em papiros, naquela altura os papiros egípcios era moda, todo mundo comprava, ele vendia bastante. No inicio quando perguntou se podia vender ao nosso lado evidentemente fomos o mais hospitaleiros possíveis, e ele colocou o seu material que não ocupava nem se quer 2 metro quadrados, com toda a sua humildade e simplicidade. Passei a ter uma visão muito negativa com relação aos egípcios a partir desse rapaz.<br />
Naquela altura havia uma imigração muito grande e de egípcios em Portugal, e encontrava-se papiros por todo lado, e egípcios também. Quando o rapaz começou a ficar a vontade, foi aumentando o espaço em que colocava os papiros, até que um belo dia esse espaço já correspondia a mais de 8 metro quadrados, ele tomou uma grande parte da rua que por si já era estreita. Para mim e para o Patricy, estávamos pouco nos lixando, já que não nos encomodava e não afectava os nossos negócios, já que a clientela dos papiros não tinha nada a ver com as aquarela, os clientes das aquarelas não via muita graça nos papiros por se tratar de um trabalho industrializados, se não expliquei bem, nesses mesmos papiros haviam pinturas egípcias, pirâmides, faraós, e tudo relacionado ao Egípcio, só que não era pintado a mão, era impresso e em grande quantidade.<br />
<br />
Holanda, Amsterdam.<br />
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Um dia apareceram colegas desse egípcio e cada dia apareciam mais, trabalhávamos mais ou menos bem´porque comecei a sentir neles uma certa hostilidade, e quando presenciavam as nossas vendas de aquarelas não ficavam nada satisfeitos, até que um dia de manhã chego para trabalhar com o Patricy e tínhamos toda a área em que trabalhávamos ocupadas por papiros, perguntei o que se passava, estavam todos juntos nesse dia, e 2 deles se aproximou de mim e do Patricy e disse que era para procurarmos outro lugar porque a partir daquele momento só eles iriam trabalhar naquele espaço e que deveríamos e para outro lado da cidade para não incomodar as vendas deles. Olha, não sei o que se passou comigo, eu simplesmente perdi por completo a cabeça, comecei a chutar papiros para todo lado, aquilo era uma chuva de papiros que não paravam, se lançaram todos contra mim, aquilo foi uma confusão enorme naquela rua, O que mais mim deixou indignado foi o fato do rapaz quando chegou a primeira vez tão humilde e respeitador e de repente mostra uma veia canalha e prepotente, querendo juntamente com os colegas nos retirar de um local do qual já estávamos antes deles chegarem, e tentaram usar da violência para conseguir, só que não esperavam eles, que eu tivesse aquela atitude, procuro sempre ser uma pessoa gentil e educada, como acho que todos deveriam ser, e derivado a isso, acho que eles acreditavam que aquele brasileiro tão educado e gentil não iria enfrenta-los, deram provas claras de que eram ditadores e arrogantes. Geralmente nesses caso logo aparecem o pessoal do " Deixa disso" como dizemos no Brasil, e começaram a desapartar, para minha sorte, é que eles eram muitos e provavelmente eu iria levar a pior. <br />
Quando as pessoas começaram a por agua na fervura, e procurar baixar os ânimos exaltados, não demorou 15 minutos para aparecer a policia, o carro entrou na rua principal e parou justamente a nossa frente. Uma coisa eu tinha certeza, sabia que tão cedo eles não iriam aparecer na rua, e provavelmente correriam o risco de serem repatriados. Não se hoje em dia ainda é assim, mais naquela altura a entrada de imigrante egípcios em Portugal era muito controlada, não era fácil para eles conseguirem visto de entrada no pais. e derivado a essas dificuldades corriam sérios ricos de serem deportados caso se envolvessem em problemas com as autoridades portuguesas, e foi o que ocorreu.<br />
<br />
De imediato ao chegar os policias repararam que se tratava de confusão entre imigrantes e a primeira coisa a pedir foram os passaportes. Eu estava tranquilo porque sabia que comigo e o Patricy não iria haver problemas referentes a possibilidade de deportação, a relação diplomática entre o Brasil e Portugal não possibilitava um procedimento dessa natureza diante de uma simples briga de rua. Só que com os Egípcios as coisas não foram bem assim, 2 deles nem se quer tinha o passaporte, que pelo visto tinha sido retido no serviço estrangeiro e se encontrava em situação ilegal no país, foram conduzidos directamente para a esquadra de Cascais para averiguações, o que sei é que depois disso tudo, passado uma a 2 horas eu e o Patricy retornamos para o nosso local de trabalho e nunca mais vimos os egipcios.<br />
Passado alguns dias ficamos sabendo através dos colegas em Lisboa, que os egipcios ameaçavam vingança pela a extradição dos colegas, e estavam mesmo chateados com agente, ou melhor, comigo já que o Patricy não se envolveu a não ser na hora de desapartar a briga e procurar apaziguar os ânimos, mais eu estava pouco mim lixando, criei uma antipatia tão grande pelos os árabes que quando os via, provocava-os para que se metessem comigo. eles começaram a concluir que afinal esse brasileiro é maluco.<br />
Nunca em toda minha vida tive nenhum tipo de acto xenofobista, ou tendências para discriminar quem quer que fosse, era uma pessoa totalmente aberta ao mundo, as diversas crenças religiosas, e culturais, mais os árabes mim tiraram do sério, eles tinham uma tendência para procurar intimidar as pessoas através do medo, através de ameaças, mais passado um tempo cheguei a conclusão que era apenas teatro, eles faziam isso para medir até onde podiam ir, e quando concluíam que a coisa não era como pensavam, enfiavam o rabinho entre as pernas e procurava ser amigos de novo. E foi o que aconteceu, ou melhor tentaram fazer acontecer. Estava na rua Augusta com o Patricy vendendo enfrente ao banco português, quando se aproximaram 2 deles com um sorriso no rosto dizendo que era para esquecer tudo que houve, que tinha sido apenas um equivoco. Ai é que fiquei mesmo passado, empurrei um deles e ia começar outro barraco, chamei-os de covardes, pilantras, porcos e vária outras palavras bem feias. Vocês devem achar que foi um acto mal educado da minha parte, que deveria aceitar o pedido de desculpas deles, mais atrás daqueles supostos pedidos de desculpas havia um cinismo profundo eles queriam era retornar de novo para próximo da agente e de outros colegas que se indignaram com o ocorrido e não davam confiança a eles. A partir desse momento levou muito tempo até eu ver os árabes por um prisma mais positivo, mais confesso que além desses palhaços, ainda tive o azar de mim deparar com vários outros com a mesma mentalidade, tentar impor o medo para dominar.<br />
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Acho que se eu morasse em um país árabe, não sobreviveria muito tempo, porque se há uma coisa que mim enlouquece por completo, é presenciar um ser humano se aproveitar da fraqueza do outro. <br />
Fiquei sempre alternando entre, Cascais, Castelo de São Jorge, Praça da Figueira, Rua Augusta e a rua do Carmo. Um belo dia fui arriscar mais uma vez a tão temida rua Augusta, cheguei coloquei um belo cavalete que havia comprado na enorme papelaria Fernandes, coloquei uma grande placa sobre ele e expôs as minhas aquarelas. Nesse dia parecia que o mundo estava conspirando para que tudo desse certo, são aqueles dias famosos e que costumamos chamar de dia de sorte.<br />
Só enquanto estava colocando as aquarelas pressentir a aproximação de alguém, e pensei, será que bem cheguei e já dou de cara com um policia, mais afinal não, olhei sorrateiramente por baixo dos cotovelos e reparei um par de sapatos, e conclui, ou é um policia a paisana ou um provavelmente um cliente, e acertei na 2º hipótese.<br />
Ainda nem tinha colocado as aquarelas todas e lá estava o homem com um olhar curioso e demonstrado vontade em ver todas as aquarelas, retirei da minha pasta um conjunto de umas 10 e coloquei nas mãos dele, e disse, pode ficar a vontade enquanto arrumo o resto do material. Ele começou a olhar uma a uma, e depois mim perguntou o preço, disse as maiores há 30 euros e as menores a 10, ele simplesmente respondeu, e se eu levar todas quanto fica? Engoli em seco e pensei, já ganhei o dia! no total eram 220 euros e disse que faria um preço bem especial de 180 euros, o cara deu um ligeiro sorriso e com um ar despreocupado falou, Ok, aceito. Não era tão raro acontecer esse tipo de situação, muitas vezes eram donos de galerias que costumavam ir a baixa comprar trabalhos aos artista e depois colocam uma sofisticada moldura e põem em exposição nas suas galerias colocando um preço absurdo a depender da galeria, e por fim alegam aos clientes que se trata de um aguarelista que está tendo um bom reconhecimento de suas obras no mercado europeu, e acabam por fazer bons negócios, portanto quase sempre apareciam esses anjos que limpavam agente numa só compra.<br />
Para vocês terem uma ideia, a minha ida a Paris, nem se quer gastei 100 euros. Portanto olhei para aquelas notas e disse para mim mesmo, Itália, acho que vamos nos conhecer! O bem dito cliente pagou, agradeceu, desejou um bom dia e se despediu, nesse exacto momento estava chegando o Patricy que de longe já vinha filmando toda a cena e concluiu que eu tinha feito um excelente negócio, ao chegar perto de mim respondi, coloca o material ai e vamos tomar um copo para comemorar, já ganhei o dia e a semana, acabei de vender tudo o que tinha a aquele senhor, ele deu um sorriso de felicidade e disse, óptimo, vamos comemorar em um novo restaurante que abriu na rua do Ouro. E lá fomos nós.<br />
<br />
O interessante de se trabalhar na rua. É que muitas vezes deixamos todo o nosso material exposto sozinho e ninguém toca em nada, as pessoas que passam e que maldosamente tivessem essa necessidade, acabam por concluir que o responsável pudesse está a alguns metros dali observando as pinturas e resultado disso, o material estava sempre seguro. Muitas vezes os próprios lojista ou funcionários das lojas que se encontravam ao nosso lado ou principalmente a nossa frente se encarregavam de olhar o nosso material na nossa ausência, havia sempre uma boa relação entre os artistas e os lojistas, muitos gostavam da nossa presença e acreditavam que dávamos a rua um ar mais intelectual e europeu, evidentemente havia aqueles velhos problemas com os drogados, mais uma boa parte deles também sabiam como se comportar em público e as pessoas nem se quer imaginavam das suas necessidades e vícios. Portanto muitas vezes os lojistas eram nossos aliados e quando a policia aparecia para nos chatear alguns deles entravam na nossa defesa, deixando muitas vezes os policias meios constrangidos por fazer um trabalho que a maioria das pessoas não aceitavam e criticavam o fato deles obrigarem um artista a se retirar das ruas durante o tempo em que estávamos pintando uma aqurela. Por causa disso haviam muitos policias que faziam o que chamamos de vista grossa, ou seja, quando passavam fazia de conta que não nos viam, e muitos até evitavam passar pela rua Augusta para não ter esse constrangimento.<br />
Todos nós sabíamos o que fazer quando fossemos interpelado por um policia, e se ele nos mandasse sair, procurávamos sempre complicar a situação, porque quando isso acontecia automaticamente as pessoas que passavam e reparava que estávamos sendo proibido de manifestar o nosso talento, se viravam para cima dos policias e começavam a formar o maior barraco, e cada vez mais aparecia mais defensores.<br />
É muito injusto para um policial, sabemos disso, mais também tínhamos que trabalhar, não podíamos ser tão sensatos em nossos actos, quando o que está em jogo é a nossa sobrevivencia, e a câmara de Lisboa não se preocupava nada com isso e não dava licença para expor em lado nenhum, uma grande diferença entre o resto dos paísis europeus em que as arte eram incentivada e havia sempre um local para os artistas exporem as sua obras, mais Portugal nesse sentido sempre foi muito atrasado, sempre atribuíam as manifestações artísticas urbanas como uma actividade marginal e sem interesse, dificultando sempre a sua execuçaõ, a nossa sorte é que em todas as sociedades há sempre pessoas inteligentes e bem informadas e que não carregam esse tipo de opinião tão marginalizada e atrasada referente as manifestações artísticas, e quando presenciavam um acto de discriminação nessa área, demonstravam de imediato a sua indignação<br />
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Fui com o Patricy para o novo restaurante e revelei a minha intenção de ir para Itália, ele ficou morrendo de vontade de ir comigo, e pediu-me para segurar os meus ânimos um pouco. Já que ele tinha produzido um bom material e com essa ideia de ir para Itália ele estava se dedicando mais a sério em ganhar dinheiro para alinharmos juntos nessa viagem. Ok, disse-lhe que iria esperar um pouco, mesmo porque o verão ainda estava para começar, e eu sabia que ainda podia fazer bem mais dinheiro.<br />
A noite ao chegar em casa, ou melhor, no meu escritório casa, tentei começar a produzir algumas aquarelas para o dia seguinte, mais era difícil porque não resistia em está na maluquice com a rapaziada, que depois de um dia de trabalho e depois de jantar, sentávamos todos nas escadinhas Marques ponte de Lima para jogarmos conversa fora, e depois acabávamos por ir para um café que havia próximo, tomar uma cervejas e se divertir, portanto tornavas-se difícil trabalhar a sério.<br />
A única hipótese é quando estava na rua, mesmo sem ter o que vender, colocava o meu cavalete vazio, sentava ao lado e começava a desenhar, era a única forma que conseguia trabalhar, não era o único, a maioria trabalhava assim, com excepção evidentemente do Alberto Martins, que tinha uma pancada indescritivel, ele passava noites trabalhando, não se incomodava de amanhecer pintando aguarela, e resultado disso, ganhava muito dinheiro, era quem mais facturava na rua, eu admirava essa capacidade de trabalho do Alberto, mais não havia hipótese de fazer o mesmo, sabia se o fizesse em um ano ganharia por 5, mais para mim o trabalho não estava em 1º lugar, temos sempre outras necessidades, como está com os amigos, sair com uma garota, ou melhor, trabalhar para viver e não viver para trabalhar.<br />
Mais com o Alberto, ele não tinha essas necessidades, a necessidade dele era ganhar dinheiro, não sei se ele estava certo ou não, já passado todo esse tempo uma coisa é verdade, o Alberto tem hoje em dia passado esses 22 anos, uma vida financeiramente equilibrada, possui um apartamento próprio e leva uma vida desafogada, o que aparentemente parece ser o melhor caminho, mais quando estou com o Alberto conversando e trocando ideias, quanto a parte trocar ideias com ele é impossível, pelo fato de quando estamos falando com ele, não há um dialogo, e sim , um monologo, ele fala sozinho o tempo todo não permitindo que agente diga nada, acredito que isso esteja relacionado a uma solidão muito grande, um problema a nível psicológico qualquer, sem acrescentar o fato de está a cada 10, 15 minutos correndo para casa de banho dizendo está aflitinho, ou seja, o cara tem uma pancada enorme, uma pessoa minimamente inteligente depois de está conversando uns bons minutos com ele, chega facilmente a essa conclusão.<br />
Portanto acho que tudo na vida tem o seu preço, hoje em dia de forma nenhuma possuo o equilíbrio financeiro do Alberto, mais em termo de equilíbrio psicológico, acredito que não tenho nenhum problema, sou um homem extremamente feliz e bem humorado, não sei o que é stress e nem preocupações, acho que a vida que tenho levado cheia de aventuras, viagens, e maluquices, criou em mim bases que impedem-me de ver o mundo de uma forma negativa, vejo tudo sempre de forma exageradamente positiva, as vezes amigos e amigas mim perguntam se nunca vou abaixo, se nunca fiquei deprimido, se nunca sinto-me triste. A expressão nunca é muito forte, porque acho que esses tipos de sentimentos são humanos e faz parte de todas as pessoas, mais a única resposta que tenho para isso é, raramente, muito raramente, tão raro que não mim lembro quando foi a última vez.<br />
<br />
Eu tenho uma caracteristica curiosa, que os meus amigos conhecem e sabem que é eficaz, pelo menos comigo. Eu acredito na lei da ação e reacção, tudo que acontecesse em nossas vidas por pior que seja, há sempre um lado positivo, o problema é que as pessoas só se preocupam em sentir o efeito negativo impedindo-os que olhem para o lado positivo que geralmente não aparece de forma tão imediata, e sim a longo prazo. Evidente que há coisa negativas terríveis que podem acontecer a uma pessoa, como por exemplo, sofrer um acidente e acabar tetraplegico, nesses casos há de se perguntar, o que se pode tirar de positivo de uma situação como essa, acredito que nada, isso é simplesmente o fim. Mais fora situações tão trágicas, as demais são verdadeiros presentes disfarçados.<br />
Há uma frase que diz “ Os problemas são oportunidades disfarçadas” e costumo brincar com isso e sempre tirar proveitos. Vou dar um exemplo simples e que mim ocorreu a uns meses atrás, estava enfrente a câmara da cidade de Coimbra usando o sistema wi fi que eles oferecem gratuitamente já que a minha banda larga internet estava com problemas e não funcionava bem. . Já era quase meia noite, estava um frio de lascar, estávamos em pleno inverno, eu já estava com fome e cansado e cheguei a conclusaõ que estava na hora de ir embora, quando subo na moto e dou a ignição ela simplesmente não queria funcionar, tentei por varias vezes, cheguei a retirar as velas para ver se havia algum problema, e havia, elas estavam completamente encharcada de combustível, percebo um pouco de mécanica por isso cheguei a conclusão que uma das velas não estava fazendo faisca e consequentemente causava esse tipo de problema.<br />
Não se esqueçam que era inverno e para fazer toda essa operação debaixo daquele frio, eu já estava gelado, conclusão tinha que chamar o reboque para levar a moto para minha garagem, evidentemente como é natural fiquei passado na hora mais depois disse para mim mesmo, relaxa, e procura retirar algo de positivo dessa situação, vocês devem se interrogar, o que de positivo pode se tirar de uma situação dessa? Há sempre algo na minha maneira de ver as coisas, e houve. Liguei para seguradora e ficaram de mandar um reboque no máximo 40 minutos.<br />
<br />
<br />
Passaram os 40 minutos e eu tremendo de frio, e pensei vai ver que o resultado positivo que vou tirar dessa situação é saber que levo jeito para ser “pinguim”, mais felizmente não foi isso, adiantarei a vocês que o resultado disso foi conhecer uma Ucraniana que mim trouxe bons momentos. Vocês devem está pensando, será que o motorista do reboque era uma ucraniana? Não. Naõ era. Passado quase 1 hora recebo uma ligação, era uma voz de um imigrante dos paises leste responsável pelo reboque e acreditei que o cara era ucraniano, mais também não era, o cara era Búlgaro, mim ligou para perguntar onde eu estava com a moto avariada, devo salientar que já havia dado todos os detalhes a seguradora quando fiz a chamada solicitando o reboque, tive que repetir tudo de novo, disse ao búlgaro que estava enfrente a câmara de Coimbra ele simplesmente não sabia onde era, e eu perguntei, como pode uma pessoa que trabalha numa empresa de reboque em uma cidade tão pequena como Coimbra e não conhece a cidade.<br />
Depois de alguns esclarecimentos consegui fazer ele perceber onde ficava. Ao chegar trazia um carro que não era um reboque e sim um atrelado, foi a 1º vez que vi uma coisa dessa, então perguntei, é esse o reboque? E ele preocupado e atencioso disse que era o suficiente para levar a moto por se tratar de um meio de transporte pequeno. Só que a minha moto não era tão pequena, tratava se de uma kawasaki zx12r ninja com 260 quilos e necessitando de conhecimento para coloca-la em um atrelado, pelo fato dela ter muita carenagem, e pouco local considerado seguro para prender as correias, e ele simplesmente não sabia como, e começou a colocar-la por cima do para-lama dianteiro, que sem sombras de dúvidas iria partir depois de submetido a pressão.<br />
<br />
Cheguei a conclusão que eu tinha que tomar a frente e ficar responsável por essa operação, as peças para essa moto eram caríssima e se houvesse algum problema ia pesar no salário dele, tinha certeza disso. Como imigrante dos paises de leste, eram sempre explorado pelos patrões e não levavam uma vida fácil. Ele mim disse que já estava em casa com a mulher e o filho quando o patrão o ligou dando ordem para que fosse rebocar a moto, e que o fato de está trabalhando até aquela hora não iria acrescentar nada no salário dele, iria receber o mesmo como sempre.<br />
Durante esse período mim contou a vida dele quase toda, tudo que já tinha passado em Portugal nos últimos 10 anos, ele era um cara extremamente bem humorado, contava os seus problemas sempre com um sorriso no rosto, e não com um ar de sofredor típico da maioria dos portugueses, e olha que a vida dele não foi nada fácil. Eu pensava que ele era ucraniano por causa do sotaque que praticamente era igual, mais ele procurou de imediato retificar, e super valorizar os búlgaros diante dos ucranianos.<br />
Chegamos a a minha garagem, descarregamos a moto com muito cuidado, agradeci, nos despedimos, foi um momento diferente, original, foi interessante o bate papo com aquele búlgaro, ele tinha praticamente a mesma idade que eu.<br />
Passado uns bons meses estava em uma concentração de motos em Faro, uma magnifica concentração, que passei a ser um fiel frequentado, e todos os anos não perdia, eram mais de 40 mil motos, depois contarei sobre as minhas aventuras sobre 2 rodas e quando adquiri uma maquina verdadeiramente potentes e passei a fazer verdadeiras loucuras como por exemplo, conduzir voando pelas as auto estradas portuguesa e alemãs acima do 300 km/h, sensações absolutamente fantásticas e perigosas, mais marcou muito um período da minha vida. Faro possuía uma atmosfera fantástica, e quem acabo encontrando lá? O búlgaro, que estava acompanhado da mulher e de uma amiga ucraniana, a qual ele mim apresentou e acabamos por passar momentos fantásticos nessa festa que durou 4 dias. <br />
Como disse antes, o retorno do lado positivo de uma situação que as vezes acreditamos ser negativas e péssima, acaba se revelando a longo prazo o seu lado positivo, o problema de muita gente é que as vezes nem dar por isso, passa o tempo todo lamentado a falta de sorte e se esquece do que pode vir de positivo desses supostos problemas, como disse antes; Os problemas são oportunidades disfarçadas.<br />
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Paris<br />
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Gare de Montparnasse<br />
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Oh melhor, estação de trem, uma enorme estação que fica situada na zona de montparnasse e que faz a ligação entre a parte oeste e sudeste do país, aqui é possível ter transporte para todos os lados de todas as maneiras, seja de, metro, táxis, ónibus. Agora sim posso dizer que me encontro no centro do mundo, no berço da civilização cultural e artísticas, estou com uma ansiedade enorme de conhecer o Louvre, As vezes criamos tantas expectativas quanto a algo que desconhecemos e quando passamos a vivência-lo ficamos espantado com a sua simplicidade, me refiro ao fato de pensarmos as vezes nas dificuldades que possivelmente poderíamos ter ao ir visitar uma terra longiquoa, problemas com o idioma , com o sistema, com as pessoas, e quando nos deparamos com essa situação, que é o meu caso aqui em França, sozinho sem dominar o idioma, chego a conclusão que afinal não há problema nenhum, não há dificuldade nenhuma. <br />
Assim que desci do trem, segui na mesma direção que as demais pessoas como se soubesse para onde estava indo, saber não sabia, mais podia perguntar, e como diz aquela velha frase, quem tem boca vai a Roma! Mesmo sem falar o idioma como disse antes. Eu tinha comigo o mapa de Paris, e nele bem acentuado com um circulo feito com uma caneta o Museu do Louvre, havia um rapaz encostado a uma parede folheando uma revista que parecia relacionada a automóveis topo de gama, altas maquinas de quatro rodas, e pensei, está ali o meu orientador turístico.<br />
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O francês até parecia está a minha espera, me dirigi a ele e falando um inglês desastroso, perguntei-lhe como poderia fazer para ir até o Museu do Louvre. O rapaz de imediato fechou a revista, tirou o cigarro da boca e demostrando boa vontade começou a me dar a informação, o curioso é que percebi que ele também não falava bem o inglês e justamente para dar o ar de que sabia ele tentava, aumentava mais ainda o interesse em me dar a informação usando uma língua que não era a sua. Me indicou qual o metro a apanhar e varias outras coisas que eu não percebia, o importante é que quanto ao metro e o local que deveria descer ficou bem esclarecida.<br />
Agradeci ao garoto e me dirigi ao metro, era uma sensação de boas vindas de que como tinha dito antes, todas as expectativas são exageradas, as vezes as coisas são mais simples do que imaginamos. Depois comecei a me pergunta, depois do Louvre qual seria a próxima etapa, e lembrei-me do bairro em que o patricy costumava muito falar, Montmartre, o bairro onde se encontra artista do mundo todo, a séculos atrás era o ponto de encontro de grandes artistas como Degas, Cézzane, Monet, Van gogh e vários outros mestre da pintura que naquela altura evidentemente não tinham a fama que tem hoje.<br />
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A minha passagem aqui não será muito longa, vai ser uma visita relâmpago, vou tentar visitar o máximo de locais turísticos possíveis e amanhã tenho que retornar, o dinheiro não vai dar para mais, é uma pena porque pretendia trabalhar e tentar ficar por aqui, mais para isso teria que chegar com um bom dinheiro para que eu pudesse ir me orientando até conseguir entrar no ritmo e isso não seria agora, mais pronto, o importante é que vou realizar embora de forma rápida um sonho que sempre tive que é conhecer Paris, pelos os meu cálculos posso ficar no máximo 2 dias. <br />
De acordo com o françes eu deveria me deslocar até o metro e apanhar em direção a Palais Royal/Musée du Louvre, já no metro percebi que duas linhas se cruzavam nessa estação.<br />
O acesso direto ao Louvre se encontra na plataforma direção La Defense. Aqueles que chegam a esta estação vindos pela linha número 7 não devem sair e sim procurar a direção La Defense<br />
Aí se encontrava a saída para o Carrousel du Louvre, onde se encontra a pirâmide invertida e as entradas do museu.<br />
Mas para aqueles que nunca foram ao Louvre, melhor entrar pela Pirâmide, fica mais fácil encontrar o caminho para chegarem até as obras de arte consideradas como as principais.<br />
Realmente o Louvre é um verdadeiro banho de historia da arte, de civilizações, ciência, um mundo alucinante que nos faz sentir um vazio no estômago como se estivessemos a espera de nos surpreender a cada minuto diante de uma obra de arte, diante de uma descoberta. <br />
Pelo tamanho daquilo tudo e pelo ritmo que eu mantinha acreditava que não seria possivel poder desfrutar de tudo aquilo em poucas horas, precisaria de dias para poder degludir aos poucos e desfrutar de toda aquela maravilha, mais não era possivel, ainda tinha muita coisa para ver e eu não podia levar mais que uma 3 horas lá dentro, como disse antes, que para me significa muito pouco tempo.<br />
Finalmente parei em frente da Mona lisa também conhecida como " A Gioconda" pintada pelo extraordinário Leonardo da Vince, mostra uma mulher com uma expressão introspectitiva com um ligeiro sorriso, é provalvemente o retrato mais famoso na historia da arte, constantemente reproduzida em todo o mundo de diversas formas, é um dos raros trabalhos na historia da arte com uma visão tão internacional. <br />
Esse quadro foi trazido pelo próprio Leonardo em 1516 quando foi convidado pelo rei francês que não me recordo o nome no momento, para que vinhesse trabalhar em sua corte. O rei comprou a pintura para que fosse exposta no Fontainebleau e depois no palacio de Verssalles. <br />
Apois a revolução francesa o quadro foi levado para o Louvre. O imperador Napoleão Bonaparte era apaixonado pelo quadro e chegou a decorar os seu aposentos com a Mona Lisa e durante a guerra da Prússia a Mona Lisa bem como varias peças da colecção do Louvre foram escondidas em um lugar seguro.<br />
Em 22 de Agosto de 1911 a Mona Lisa foi roubada. Foi preso e posto na prisão um poeta francês suspeito do roubo, o próprio Pablo picasso foi preso e interrogado mais ambos foram soltos mais tarde, acreditava se que a pintura estava perdidad para sempre, o quadro foi recuperado quando o empregado, ou ex empregado do Louvre tentou vende-la, ele acreditava que o quadro de Leonardo deveria ficar em Italia, o seu país de origem, roubou-a da forma mais simples possível, ao sair do trabalho enfiou ela no casaco e deixou o Louvre.<br />
A quantidade de obras exposta no Louvre é impressionante, são mais de 35000 obras expostas permanentemente, numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens. Os trabalhos do Rubens foi os quais levei mais tempo contemplando, quando garoto ganhei uma revista de pinturas clássicas das quais havia muitos trabalhos do Rubens, e quando comecei a pintar óleo sobre tela, foram muitas horas que levei pesquisando e estudando os efeitos de claro e escuro do Rubens e do Rembrandt, tiveram uma influencia muito grande no meu trabalho, embora eu tivesse uma queda muito forte pelo surrealismo.<br />
Mais independente dos artistas de fama tão extra ordinária como o Leonardo, encontrei vários outros, ou melhor as obras de vários outros que continha uma capacidade de informação simplesmente avassaladora e no entanto não eram tão famosos e tão divulgado. <br />
O mundo das artes é assim. Passado já umas boas horas lá dentro a fome já me chateava e me incentivava a ir embora e também havia muita coisa para fazer e uma coisa eu tinha certeza, é que não iria demorar muito para eu retornar a Paris e ao Louvre evidentemente, acho que o Louvre está para os artistas como Meca esta para os muçulmanos.<br />
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Deixei o Louvre e fui em direção a avenida mais conhecida de Paris,Champs-Élysées uma avenida enorme, o luxo está por todo lado, aqui é que temos uma prova da força do dinheiro do capitalismo, do que o dinheiro é capaz de fazer, e nos sentimos seduzidos por ele, as ruas das lojas mais caras e com uma explosão de glamour que vai desde o Arco de Triunfo até à Praça da Concórdia. Tem 1880 metros de longitude. <br />
O nome Campos Elísios vem da mitologia grega, onde designava a moradia dos mortos reservada às almas virtuosas; o equivalente do paraíso cristão. Não foi necessário apanhar o metro, fui andando e afinal não era tão longe, mais também, quando estamos passeando nada nos parece tão longe. Aqui não adianta procurar um local simples e aparentemente mais barato para comer, não, não há nada simples e barato, é tudo caro e entrar em um restaurante, pedir o menu e almoçar naturalmente é um suicídio para quem está com pouca grana, então uso sempre a velha técnica que consiste em procurar super mercados e procurar me abastecer, embora não havia nenhum próximo, pelo menos se havia eu não sabia e nem constava no mapa, então vi um restaurante que possuía refeições ligeiras, comprei uma enorme baguete, como não poderia deixar de ser, cheia de atum e salada, acompanhada de uma cerveja, fiquei impec, mais de qualquer maneira tinha que encontrar um super mercado, esse sanduiche de atum e salada, no super mercado ficaria 1/4 do preço mais barato.<br />
Na minha frente encontro uma enorme praça que é onde se começa a famosa avenida de Champs- Élisées, essa praça é a Praça da concórdia, que em francês seria Place de la concord, é a segunda maior praça da França, qual é a 1º? Não faço ideia, daqui tenho a visão da grande reta de 1880 metros que vai até ao majestoso Arco do Triunfo.<br />
A avenida tem 71 metros de largura por 1,9 km de comprimento, iniciando-se na place de la Concord , junto ao Museu do Louvre e ao Jardim da Tulheiria, segue a orientação sudeste-noroeste e termina na praça Charles de Gaulle, onde está o Arco do Triunfo.<br />
Todos os anos, o Tour de France, a mais famosa corrida ciclística do mundo, consagra seu vencedor numa última etapa que termina nos Champs-Élysées. Cada ano, na festa nacional francesa, no dia 14 de julho, o principal desfile militar da França, terrestre e aéreo, acontece nos Champs Elysées. As tropas do Exército, Marinha Nacional, Força Aérea, Gendarmerie (um tipo polícia federal militar), Polícia e os Bombeiros passam pelo presidente da República, os principais governantes e os embaixadores estrangeiros juntos em uma tribuna oficial, montada à frente da Place da la Concord.<br />
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Depois de uma boa caminhada chego ao arco do triunfo, nas fotos não parece taõ grande mais diante dele é que descobrimos a sua opulencia o seu estilo construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1920). .<br />
Iniciado em 1806, após a vitória napoleônica em Austerlitz, o Arc de Triomphe representa, em verdade, o enaltecimento das glórias e conquistas francesas, sob a liderança de Napoleão Bonaparte: seja este oficial das forças armadas, esteja ele dotado da eminente insígnia imperial. A obra, no entanto, foi somente finalizada em 1836, dada a interrupção propiciada pela derrocada do Império (1815). Com 50 metros de altura, o monumental arco tornou-se, desde então, ponto de partida ou passagem das principais paradas militares, manifestações e, claro, visitas turísticas.<br />
A praça estava cheia de turistas nesse dia, como deve ser comum em todos os outros, já que no verão a quantidade de turistas que invadem Paris é enorme. Enquanto estou admirando o arco há um casal que me pede para fazer uma foto deles tendo como fundo o arco, foi ai que raparei que eram brasileiros do sul do Brasil, tirei as fotos e conversamos um pouco, estavam de ferias e passaram os últimos 2 anos juntando dinheiro para essa viagem, estão evidentemente encantados com tudo que já haviam visto e ainda iriam ver.<br />
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O rapaz além da maquina fotográfica carregava um binóculo e aproveitei para ver em mais detalhes o Arco, e ai é que se consegui analizar e admirar a quantidade de estatuas e detalhes artisitcos que compõe a base mais alta do arco, aquilo é uma verdadeira exposição de esculturas.<br />
Depois da visita ao arco chegou a hora de partir para a próxima visita, abri o mapa e advinhe quem seria? A majestosa Torre Eiffel, a dama de ferro, que é possivel ve-la de qualquer lado da cidade, e eu já estava visualizando-a a um bom tempo, é possivel chegar a ela até sem mapa, mais o consultei para saber qual o intinerario mais rápido, e o encontrei, era a avenida D´Léna que ia diretinho em direção a Torre.<br />
Quando cheguei a frente dela antes de atravessar a ponte que curiosamente tem o mesmo nome da avenida, Ponte D ´Léna, permaneci alguns momentos contemplando aquela maravilha de construção. Haviam artistas por todo lado, artistas vindo de varias partes do mundo, chineses, sul americanos, ingleses, africanos era uma explosão de arte por todo lado, senti uma vontade grande de puxar o meu material e começar a pintar sentado na entrada da ponte de D´Eléna mais ainda havia muita coisa que eu queria ver e explorar, a maioria dos artistas trabalhavam com aquarelas e retratos, haviam trabalhos magnificos, artistas com enormes talentos, eu parava sempre a frente deles para admirar as obras e ver se aprendia alguma coisa, mais estava na hora de atravessar a ponte, atravessar aquele rio fenomenal, o Sena. O Sena (la Seine, em francês) ele banha Paris, e vai desaguar no Oceano Atlântico. Possui uma extensão de 776 km.O rio Sena é conhecido como o rio dos namorados. Me fez lembrar o Rio Tejo em Lisboa que tambem trata-se de uma paisagem muito bonita e que eu costumava levar as portuguesinhas que conhecia para namorarmos a beira do rio, e fique imaginando fazendo o mesmo aqui em Paris, levar uma Francesinha a noite para beira do Sena para bebemos um bom vinho e ficarmos namorando, sem dúvida, Paris, Sena, Francesinhas faz bem mais o meu gosto. Além disso as francesas são bem mais evoluidas, receptiveis e hospitaleira do que a portuguesas.<br />
Quando passamos por uma francesinha e lançamos um olhar acompanhado de um sorriso, a possibilidade de haver um retorno é simplesmente 10 vezes mais que uma portuguesa, já estou um bom tempo em Portugal, e ainda não consegui entender por que elas são tão provicianas e quando temos um gesto tão normal de aproximação como esse, a maioria age como se quisessemos assalta-la, essa não é uma opinião apenas minha, é de todos os brasileiros que conheço, fazem sempre o mesmo comentário, Portugal está tão proximo da Espanha e quanto as espanholas tambem são extramamentes simpáticas e de fácil aproximação, muitas vezes elas é que vem ter com agente.<br />
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Pelo que tenho observado as portuguesas tem medo de demostrar os seu sentimentos, e quando está interessada em um rapaz ao invés de procurar faze-lo perceber utilizando o charme e todo aquele ritual feminino de atração, elas simplimente torna-se hotil e mal educada, essa é uma caracteristica tipica do mundo animal, em que uma femea quando tem interesse em um macho, agridiu e em algumas especies depois do acasalamento chega a mata-los e a come-los, pois as portuguesas agem mais o menos assim no que se refere a hostilidade, evidentemente devo salientar que isso ocorria a 22 anos atrás, hoje em dia depois de tantas novelas brasileiras na televisão portuguesa, tantas informações que chegaram, houve uma mudança muito grande, os jovens agora não tem absolutamente nada a ver com os jovens daquela altura, mais o que me intrigava era porque havia tantas diferencas e ainda há diferenças. Recordo-me de uma portuguesa que conheci e começamos a sair, ela mim revelou que já a mais de 4 meses me observava e tinha interesse em está comigo e no entanto eu não dava oportunidades, eu achei isso fantastico, porque todas as vezes que tentava uma aproximação, ela tinha um comportamento totalmente hóstil e mal educado, o que me levava a acreditar que não queria nada comigo, ou seja, elas possuiam e ainda possuem uma caracteristica em termo de relacionamento simplemente atrasado. <br />
Quando estava com os amigos em Lisboa e comentavamos sobre esses assuntos, eles não acreditavam que fosse possivel uma mulher se comportar assim, porque não é normal, e realmente tambem acho que não, mais tive varias experiencias e comentava com eles usando como exemplo a minha teoria, é que as vezes saia com uma garota que já tinha um namorado ou um relacionamento sério, iamos a um cinema ou um restaurante, quando ela começava a falar demais do namorado, o tempo inteiro o namorado, em uma situação normal o cara desistia e a levava para casa depois do encontro, mais com eu já conhecia esse fenomeno esquisito, saltava para o pescoço dela e o resultado é que muitas vezes acabavamos na cama, e não era de estranhar quando acabacemos de transar, ela voltasse a falar do namorado, essa cultura é simplesmente fenomenal.<br />
Vamos voltar para o Sena, nasce a 470 metros de altitude, na Meseta de Langres, em Côte-d'Or. O seu curso tem uma orientação geral de sudoeste a noroeste. Deságua no canal da Mancha, perto de Le Havre. A superfície que ocupa é aproximadamente 75.000 km².<br />
O entulho proveniente das demolições, assim como o transporte de materiais para construção, areia, pedra, cimento e concreto, além de terra de escavação, são produtos que navegam pelas águas do Sena.O carvão que abastece as usinas termoelétricas também é transportado por esse meio, para evitar congestionamento e poluição ambiental e sonora causada pelos caminhões, assim como o transporte de peças volumosas.O trigo, da famosa baguette francesa, também utiliza a hidrovia, pois os importantes moinhos estão localizados nas margens do Sena.<br />
O transporte turístico de passageiros, pelo Rio Sena, é uma atividade tradicional em Paris, com seus famosos Bateaux Mouches, barcos moscas.O número de turistas na França supera os 80 milhões, e a grande maioria visita Paris. Como as principais atrações turísticas de Paris estão localizadas junto as margens do Rio Sena ou nas suas proximidades, de 200 a 500 metros, a Prefeitura de Paris está elaborando um projeto de interligação dos diversos trechos das margens do rio.<br />
Finalmente depois de atravessar a Ponte D´Léna, estou diante da dama de ferro. A Torre Eiffel foi construída por Gustave Eiffel para a Exibição Universal de 1889, em Paris, realizada na data do centenário da Revolução Francesa. Uma estrutura revolucionária para a época. Ainda hoje, é um dos principais símbolos de Paris e da França. <br />
A Torre levou dois anos para ser concluída e foi inaugurada pelo Príncipe de Gales que, posteriormente, tornou-se o Rei Eduardo VII do Reino Unido. <br />
Até a época da construção da Torre Eiffel, a edificação mais alta erguida por seres humanos era a Grande Pirâmide de Quéops, no Egito, com 138 metros de altura e quase cinco mil anos de idade. A Torre Eiffel permaneceu como a construção mais alta do mundo até 1930<br />
A Torre tem 300 metros de altura. Somando-se a extensão da antena, a altura total da Torre é de 320,75 metros. Seu peso total é de sete mil toneladas, incluindo 40 toneladas de tinta. Possui 15 mil peças de aço e 1652 degraus até o topo. Felizmente, um sistema de elevadores também foi instalado.<br />
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A Torre possui três plataformas. Do topo, o ponto mais alto de Paris, tem-se uma vista panorâmica da cidade. De tirar o fôlego quando existem poucas nuvens<br />
Apesar de sua estrutura colossal, a Torre Eiffel foi construída apenas para a Exibição Universal de 1889 e previa-se sua demolição após a Exibição. Seu uso para estudos meteorológicos e o bom senso dos parisienses evitaram que tal bobagem ocorresse.<br />
A primeira plataforma possui um bom restaurante. Se você que desfrutar de uma excelente cozinha francesa e jantar observando uma fantástica vista de Paris, é absolutamente necessário fazer reserva com antecedência. Quando a conta chegar, não se assuste: não é o preço da Torre é apenas o da refeição.<br />
Como não podia deixar de ser, comprei o ticket e subi até o alto da torre, fiquei durante um longo tempo lá em cima admirando aquela vista espetacular e depois me veio uma sensação de realização por saber que tanto fiz e acabei por realizar um sonho que tanto almejava, que era subir na Torre Eiffel e admirar Paris, e acredito que é o sonho de muita gente, e se naõ for, espero que esse livro crie essa necessidade e que um dia venham confirmar, vale a pena o esforço.<br />
Depois de vistoriar Paris de uma ponta a outra comecei a fazer uma retrospectiva de tudo que tinha se passado até aquele momento, que afinal não foi nada difícil, muitas vezes exageramos nas nossas conclusões e quando as coisas se realizam é que percebemos a simplicidade. Apenas com o auxilio da arte, uma área profissional que muitas pessoas consideram tão duvidosa no sentido de trazer benefícios financeiros, ela me levou para conhecer o mundo em um espaço de tempo tão curto, e acredito que ela ainda vai me presentear com muito mais.<br />
Já está ficando tarde tenho que descer e começar a pensar em arrumar um hotel ou pensão se houver, para passar a noite.<br />
Apanhei o elevado e desci da torre, ao chegar na base, havia filas de gente tentando entrar, aquele movimento de turista parecia nunca acabar, porque estava sempre chegando mais, havia um banco a minha frente e resolvi sentar e descasar um pouco enquanto observava aquele movimento.<br />
De repente aproximasse de mim um rapaz com a idade entre 20 a 25 anos com um cigarro apagado entre os dedos e uma mochila enorme nas costas, parecia um caracol gigante e me pergunta em português bem claro, se tenho lume, lume em Portugal é isqueiro ou fogo para o cigarro. Eu respondo que não, e o interrogo quanto ao fato dele deduzir que eu falava português. <br />
Eu havia comprado em Portugal uma mochila em uma grande loja chamada " Polux" e ele respondeu que sabia que eu era português, ou vinha de lá, pelo simples fato de conhecer a mochila que era um produto exclusivo dessa loja e que ele tinha uma igual, e ai foi fácil. Sentou ao meu lado e começamos a conversar. <br />
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O cara era um verdadeiro aventureiro, o nome dele era Bruno, fazia o que uma grande parte dos jovens europeus com o espirito de aventura fazem durante o verão, compram um bilhete de trem chamado InterPass, bilhete esse que tem a validade de 30 dias e nesse meio tempo ele pode apanhar qualquer trem dentro da Europa para qualquer lado sem pagar nada, só paga o valor fixo do bilhete apenas 1 vez. <br />
Carregava consigo uma grande mochila na qual transportava uma tenda de campismo,saco cama, colchonete, até um copo de alumínio pendurado do lado da mochila havia, e assim ele visitava varios paísis e a noite ia dormir a um parque de campismo. Ele possuia além do bilhete InterPass um cartão internacional de campista e a cada cidade que chegava, a noite ia ao parque montava a sua tenda tomava um bom banho, jantava e pela manhã desmontava a tenda e partia em viagem novamente, ou seja, não gastava dinheiro nenhum com pensões ou hotéis, era um processo bem vantajoso para conhecer a Europa.<br />
Depois de um bom bate papo, disse para ele que precisava ir a procura de um hotel ou pensão para passar a noite já que na manhã seguinte pretendia voltar a Portugal, ele disse, "Esse gajo pá ta cheio do dinheiro" e eu disse para ele, que cheio de dinheiro, vim para cá com pouca grana, sou tão turista quanto você, ele tirou o cigarro da boca olhou para mim com as sobrancelhas levantadas e disse, você faz ideia do valor que vai pagar por uma noite em um hotel em Paris, que é o suficiente para você passar 1 semana almoçando em um restaurante simples? Eu disse que sim mais não havia outra forma, eu não tinha cartão de campista e nem tenda e saco cama para ir para o camping.<br />
E perguntei ao Bruno que sugestão ele mim dava, ele disse que naquela tarde esteve em uma loja de material de campismo que estava em saldos, e que encontrou sacos cama de excelente qualidade, sacos para temperaturas abaixo dos 5ºgraus, o que não era necessário já que estávamos no verão e a noite não estava assim taõ fria, mais os preços desses sacos eram muito baixos, chegou a ponderar em comprar um, mais antes de sair de Portugal havia investido na compra de um saco e não precisava. Então eu perguntei, mais se eu for comprar um saco cama, uma tenda e for para o campismo vou acabar gastando quase o mesmo que um hotel, ele respondeu, não você não precisa comprar uma tenda nem ir para o campismo, há um local onde você poderá passar a noite sem problema so com o saco cama, e perguntei onde? Fiquei com receio dele dizer, debaixo daquela ponte!<br />
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O local era a Gare d Mont Parnasse, que durante o verão muitos jovens que estão viajando utilizando o IntePass, passam a noite, já que muitos tem trem para apanhar de madrugada ou no outro dia como era o meu caso, e que com o saco cama eu iria mim sentir no Sheraton hotel. Ok, adorei a ideia, ficamos mais um tempo trocando ideias e falando sobre vários países e chegou a hora de nos despedirmos, mais antes ele mim mostrou no mapa onde ficava essa loja, depois disso seguiu viagem e sabia que nunca mais ia ver aquele maluco, ou quem sabe, pensei o mesmo do Mário e acabei tombando com ele dentro de um avião em direção a Venezuela.<br />
Fui a procura da loja e não foi difícil encontra-la, estava quase na hora de fechar, havia tudo o que era material para os amantes do campismo e lá estava os sacos camas que ele havia falado, havia varias cores, vários modelos, escolhi uma com uma cor esverdeada tipo equipamento do exercito, tinha 2 metros de comprimento, era grosso e bastante quente, podia mim enfiar e ficava parecendo uma múmia, e por acaso o nome do saco era justamente, saco múmia. Paguei e sai para continuar o meu passeio.<br />
Foi interessante aquela sensação, já naõ tinha que mim preocupar com hotel, já estava garantida a minha dormida, embora tinha um pequeno receio de como seria, mais estava gostando da ideia, como se tratava de aventura aquilo só veio acalhar. Abri o mapa para ver qual seria a próxima parada e ai é que dei conta do erro de trajeto que havia feito, quando sai do Louvre podia ter seguido direto para a Catedral de Notridame que estava mesmo próxima, mais não havia crise, agora eu tinha tempo bastante de mim dirigi em direção a Ile de la Cité onde se encontra a Catedral.<br />
A Catedral de Notre-Dame de Paris (ou de Nossa Senhora de Paris), considerada por Victor Hugo como o paradigma das catedrais francesas, estabeleceu o modelo ideal do templo gótico, constituindo um dos exemplos mais equilibrados e coerentes deste período. Foi erguida na Ile de la Cité, no centro do rio Sena, sobre os restos de duas antigas igrejas, por iniciativa do bispo Maurice de Sully. <br />
À planta, inicialmente rectangular e extremamente compacta, foi acrescentado o transepto que a tornou cruciforme. Apresenta cinco naves que se prolongam pela dupla charola da profunda cabeceira.<br />
A forma final do templo resultou de um conjunto de modificações, ampliações e restauros que abrangem uma larga diacronia. Iniciada pelo coro em 1163 (no reinado de Luís VII, tendo o Papa Alexandre III, na altura refugiado em Paris, assistido à cerimónia), só na terceira década de duzentos se terminou a nave e grande parte das torres. Por volta de 1230 iniciou-se a construção das capelas entre os contrafortes das naves e aumentou-se a dimensão do transepto. Na mesma altura o alçado poente foi alterado para melhorar a iluminação da nave central.<br />
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A fachada principal apresenta o mesmo modelo da igreja de Saint-Denis, precursora da arquitectura gótica. Divide-se em três sectores por grandes contrafortes e é rematada lateralmente por duas torres de 70 metros de altura. No nível inferior tem três grandes pórticos profusamente esculpidos sobre os quais assenta a famosa galeria dos reis. Em cima, a grande rosácea é rematada por uma galeria de traçaria coroada balaustrada.<br />
No interior, um vasto espaço com 130 metros de comprimento e 48 de largura, são ainda evidentes as ascendências românicas normandas deste edifício, denunciadas nomeadamente pelas grossas colunas das arcadas da nave e do coro. Os pilares mais recentes, localizados junto da fachada poente e estruturados por colunelos assim como as grandes janelas do clerestório e a verticalidade do espaço interior acentuam o efeito gótico. Com 35 metros de altura, a relação entre a largura e altura da nave central é de 1 para 2,75.<br />
A França, principalmente Paris está de parabéns, essa cidade é uma explosão de história e arte que faz uma pessoa sair do seu mundo e viajar num ambiente mágico do qual gostaríamos de fazer parte, mais a vida nos reserva situações que não podemos imaginar, mais podemos criar bases para que os resultados venham a ter a nosso favor.<br />
Agora está na hora de ir para o meu hotel estação, depois de um dia tão agitado e de tantas descobertas começo a sentir vontade de relaxar um pouco. Chegando a estação de Mont Parnasse é que fui da conta da sua dimensão, quando cheguei a Paris estava direcionado a ir para o Louvre e não reparei bem nesse mundo que é esta estação. Comecei a passear e observar o movimento, havia "Mochileiros por todo lado, Caracóis gigantes de tudo que era parte do mundo, havia rapazes que dormiam nos bancos nem se quer davam ao trabalho de arrumar um saco cama, outros utilizavam a mochila como travesseiro, se enfiavam em um canto e ali ficava, continuei a minha caminhada, sabia que ia encontrar algo de especial e encontrei, tive a minha frente uma visão fantástica que mim fez sorrir de alegria, um pouco fora da estação longe de todo aquele barulho e confusão havia uma área reservada muito bem protegida da qual havia um verdadeiro mar de sacos camas espalhados por todos os lados, de todas as cores, eram jovens de todo o mundo que optaram passar a noite naquele espaço. <br />
Do meu lado direito havia um grupo, ou eram chineses ou japoneses, sei lá, só sei que tinham todos os olhos esticados, comiam os seus grandes sanduiches acompanhado de coca-cola, uns deitados lendo um livro, outros ouvindo musica, mais a frente havia um grupo de espanhóis, esses não bebiam coca-cola, e sim vinho, e um deles tocava musica flamenga com um violão, era uma atmosfera mesmo animada.<br />
Um dos rapazes olhou para mim e com um gesto com os olhos que dizia mais ou menos " coloca o seu saco ai! " e foi o que fiz, abri o meu saco cama que cheirava a novo, pensei até que pudesse ficar mal, ia parecer um marinheiro de 1º viagem no mundo dos mochileiros, coloquei a minha mochila numa posição de encosto e fiquei observando aquela animação. <br />
Não tardou muito e um dos espanhois mim mostrou uma garrafa de vinho em um gesto de " Vais um copo? " e evidentemente aceitei para não parecer mal, apanhou um copo plástico que havia do lado dele, que aparentemente já tinha sido até usado, mais não fazia mal, a rapaziada pareciam saudáveis e limpos, e me deu o copo cheio de vinho, agradeci e comecei a bebe-lo, e o vinho parecia ser de boa qualidade, porque desceu bem. <br />
Começamos a conversar, eles eram de Sevilha, estavam dando uma volta pela Europa, iam apanhar um trem de manhã cedo para Alemanha e depois iam tentar ir até a Russia " Moscou". Era uma turma mesmo curtida, o vinho terminou rápido evidentemente, e um dele foi comprar uma outra garrafa.<br />
Disse-lhes que morava em Portugal, mais era brasileiro, um deles me disse que um dos sonhos dele era ir visitar o Brasil, Rio de janeiro, costumava assistir todos os anos o carnaval do Rio e achava as mulheres brasileira incrivelmente belas, e eu disse o mesmo das espanholas, havia duas garotas espanholas com eles, uma parecia muito triste, pelo que fiquei sabendo havia rompido com o namorado antes da viagem, mais depois começou a alinhar no vinho e foi ficando mais animada, por fim mim vi na obrigação de ir buscar mais uma garrafa, e foi o que fiz.<br />
Quando voltei já trazia 2 garrafas, fizeram a maior festa, eu nunca vou esquecer aqueles momentos com aquela rapaziada, todos jovens com os seus 20, 25 anos, todos querendo viajar e conhecer o mundo, ali não havia nenhum sentimento negativo, nenhuma pretensão nenhum acto de egoísmo, estávamos todos querendo se diverti. Entramos toda a noite bebendo e jogando conversa fora, e cada vez ia um buscar uma nova garrafa.<br />
Quando a noite foi caindo e o cansaço batendo, cada vez mais surgia o silencio naquela área, como eles iam apanhar o comboio pela manhã cedo nos despedimos e desejamos boa viagem, as duas meninas já tinham apagado dentro dos sacos delas, e resolvi mim enfiar no meu assim como o resto da rapaziada, passado algumas horas todos já dormiam, ouvias se apenas o som dos microfones da estação anunciando a a saída ou chegada de um comboio, depois chegou um ponto que já não ouvia nada e quando abri os olhos já era de manhã, dormi feito uma pedra, quando acordei olhei para o lado os meus amigos espanhóis já lá não estavam, um deles tinha riscado em uma folha de papel a frase "Brasil bon voyage". Levantei-me, arrumei o meu saco cama e fui ao sanitário escovar os dentes e lavar o rosto, pelo visto o vinho era mesmo bom porque acordei inteirinho.<br />
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<b>MontMartre<b></b></b><br />
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Agora vou para a minha útima visita que deixei reservado para a Montmartre, uma das maiores concentrações de artistas por metro quadrado da Europa e provalvemente do mundo. Apanhei o metro e lá vou eu.<br />
No alto da Montmartre encontrasse a Basilica do Sagrado Coração que em françes fica mais chique dizer Basílica de Sacré Cœur, é uma Basílica fantastica toda construida em marmore, para chegar a Monmartre não é nada complicado, alías se deslocar em Paris não é nada complicado a cidade é dividida por linhas de metro por todo o lado só bastava apanhar o metro até a estação de Pigalle e depois e andando até a basílica.<br />
Imaginar a vida boémia que possuíam, a convivência diária com as artes, com pessoas gozando do mesmo pensamento, da mesma sensibilidade relacionada as arte, e ai me veio uma coisa a cabeça. Temos o habito de ter uma visão muito romântica das coisas, que as vezes não são taõ reais assim, quando falamos desses grandes artistas, dos encontros no Moulin rouge. <br />
O Moulin Rouge para quem não sabe era um cabaré construído naquela altura, e que era uma moda em Paris, onde podia assistir aos espetaculos que lá se realizavam com a famosa dança do cancã, dança essa em que as bailarinas levantavam as pernas para o ar deixando a mostra a roupa interior, tentava os emprezarios dono do cabaré com esse tipo de espaculo atrair a fina sociedade parisiense pra o Molulin Rouge que segnifica Moinho vermelho.<br />
A área de Montmartre era considerada na altura como um local de bebados e prostitutas, e éra realmente, a forma de vida liberal e extrovertida dos artistas possibilitam a criação de ambientes assim. Quando me referi a visão muito romantica que fazemos sobre determinada situação ou historia como dos aritstas em França naquele seculo, é que me interoguei de qual seria a diferença da vida dos artistas que conheci em Lisboa, ou seja um ambiente de drogas, prostitutas e ladrões, portanto a conclusão que cheguei é que tudo depende da maneira que olhamos pra as coisas que nos rodeia, ter uma visão critica, discriminosa, ofendida, despresada ou uma visão positiva, com espirito cultural e informativo, porque essa é a visão que o mundo tem dos artistas franceses daquela época do Molin Rouge, com as suas bailarinas com a dança do cancã, que comparado hoje em dia é nada mais nada menos que um clube cheio de prostitutas dançando, e frequentada por muitos bebados e pessoas com sérios problemas existenciais, que diferenca teria do mundo dos artistas que encontrei ao chegar a Lisboa.<br />
Na verdade a vida que eu levava no meio daqueles artistas da baixa, poderia ser exatamente igual a que os artistas francêces levavam quando frequentavam as ruas naquele tempo e curtiam as sua noitadass no Moulin Rouge, portanto a vida pode se resumir dentro de uma visão positiva, não como a vivemos e sim como a sentimos, podemos transformar qualquer situação trágica e infeliz que éra a vida dos artistas que encontrei ao chegar em Lisboa, uma vida agarrada em drogas, mentiras e bebidas, transformar em algo romantico e lirico assim como se faz com as historia do Moulin Rouge e da vida dos artistas na Monmartre. Pode parecer um certo ato renegado da minha parte, mais no fundo sei que no meio daqueles bebados todos do Moulin Rouge, daqueles artistas da Monmarte, existim no meio deles pessoas com o mesmo espirito que eu, pessoas que levavam a vida de forma controlada sem exageros destrutivos e amava a arte usufluindo de tudo que ha de positivo nela. Portanto vejo mais o Moulin Rouge a Monmartre por esse prisma mais equilibrado e não pelas loucuras esquisofrenicas de muitos artistas famosos daquela época. <br />
Realmente era paisagem deslumbrante, artistas trabalhando de vários lados, muitos usando aquelas tipicas vestimenta atribuidas aos artistas, tais como, uma Boina, pinceis enfiados nos grandes bolsos das suas grandes batas, toda marcadas por tintas em diversos tons, um cachimbo pendurado na boca, e um ar sereno e concentrado, realmente há uma diferença muito grande com relação aos artistas portugueses, aqui ha mais profissionalismo, embora tenho certeza que há muitos dependentes de drogas e que vem aqui procurar ganhar dinheiro para manter o vicio.<br />
Mais a grande quantidade de artista e uma grande concorrencia, embora haja milhares de turistas chegando e saindo, isso obriga a maioria dos artistas manterem um padrão mais profissional para assim conseguir a confiança dos turistas.<br />
Me vejo em uma grande tentação para encontrar um espaço, sentar, puxar o meu material e começar a pintar e vender pela 1º vez<br />
um trabalho meu em Paris. Com relação ao material, trouxe de Portugal um caderno de desenho tamanho A3, algumas pequenas aquarelas de Lisboa e uma caixa de aquarelas de 12 corês, lápis borracha e X-ato, tudo isso já era o suficiente para trabalhar e ganhar algum dinheiro. Pois não aguentei a tentação, no meio de todo aquele concentrado de artista, foquei um pequeno espaço próximo a uma caixa de correio, me dirigi até lá sentei no chão, como naõ havia levadouma cadiera, mais contava se caso ganhasse algum dinheiro iria correndo comprar uma, portanto naquele momento teria que ser improvisado. <br />
Coloquei no chão uma folha de embrulho, castanho escuro chamado papel craft, de mais ou manos 1 metro quadrado, e sobre a folha coloquei 3 aquarelas de Lisboa e uma de um tipico barco pesqueiro do alguarve, a minha ideia era que algum turista confundisse a imagem de Lisboa como se fosse alguma rua de Paris, e com relação aos barcos poderiam se passar por barcos pesqueiros tipicamente franceses, evidente que só quem percebe muito bem de barcos de pescas é que conseguiria perceber a diferença caso contrário ia assim mesmo. Sei que não era uma acto muito honesto da minha parte, mais naquela altura era muito novo, era um jovem buscando viver da arte em Paris, e portanto não achava que por causa daquele comportamento fosse está cometendo algum crime.<br />
Os turistas iam passando e olhavam os trabalhos, alguns faziam comentários um com o outro em françes, eu não percebia nada apenas dava um ligeiro sorriso o qual era correspondido de imediato, estava começando a apanhar o ritmo quando de repente 2 policias se aproximaram de mim, e perguntaram-me em françês alguma coisa que não percebi mais já imaginava, eles depois tentaram em inglês assim ficando bem mais claro o que eles queriam, queriam ver a minha autorização emitida pela câmara de Paris para está expondo e vendendo os meus trabalhos naquele espaço.<br />
Procurei explicar com o meu inglês enferrujado, que havia acabado de chegar e só pensava em ficar algumas horas porque a tarde iria deixar Paris. Com um ar muito simpático disse-me que não poderia está ale vendendo sem autorização e portanto tinha que tirar o material, porque assim faltaria com respeito aos outros artistas que tem as suas documentações em ordem. Concordei evidentemente, não havia outra alternativa, portanto tive que tirar o material, não pensava em usar o sistema que usava em Portugal, que era deixar os policiais irem embora, voltar a colocar em um outro lugar, e ficar atento enquanto vendo para a possível chegada deles, podendo retirar assim que detectasse a aproximação. Não, sabia que não seria possível, porque deduzi que a visita deles de repente em um lugar com tanto movimento, foi nada mais nada menos, resultado de uma chamada efectuada por um dos artistas que não aceitam a aproximação de outros artistas sem autorização, e pelo fato de essa autorização pelo que fiquei sabendo, ser praticamente impossível, naquela área, era extremamente controlada e uma autorização dessa natureza era muito difícil já que a câmara havia suspenso a entrega de licenças.<br />
Fiquei sabendo disso depois de puxar uma conversa com um dos artistas que se encontrava na praça, e mim aconselhou a ir para o Trocadero ou até mesmo a beira do Sena próximo a Torre Eiffel, disse-me que lá já não haveria problemas.<br />
Bem, não era o meu propósito chegar em Paris para trabalhar de imediato como havia dito antes, apenas foi a tentação de expor na Montmatre e ver se conseguia estrear pela 1º vez.<br />
Desci a MonMartre e fui conhecer de perto o famoso Moinho Vermelho " O Moulin Rouge " Realmente muito bonito, uma atmosfera interessante está em um lugar daquele.<br />
Bem, estava na hora de deixar Paris, sabia que ia sentir saudades daquele lugar, mais tinha certeza que voltaria mais vezes, e quem sabe um dia passava a morar aqui. Fui apanhar o metro para MontParnasse e retornar a Portugal. Portugal ai vou eu!<br />
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Paris Champs Elysees<br />
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Resultado, aquilo era uma verdadeira republica desorganizada, onde segurança não havia nenhuma, as divisórias ou paredes dos ditos escritórios eram feitas de madeira, e saída só tinha uma que era a porta de entrada, aquilo era um verdadeiro buraco, se ocorresse um incêndio, ia ser uma tragédia total, a possibilidade disto ocorrer era grande, porque toda a rapaziada que morava nesses pseudos escritórios faziam comida lá dentro, ou seja, aquilo era uma verdadeira loucura, mais era extremamente divertido, morava lá gente de tudo que é parte do Brasil, eram mineiros, goianos, capixabas, baiano, carioca, imaginem uma turma dessa convivendo todos juntos, era uma doideira completa, fazíamos festa todos os dias. Me recordo de um dia juntarmos todos e resolvemos comprar todos os ingredientes necessário para fazer uma feijoada brasileira, compramos tudo, e muita cerveja para acompanhar, o responsável pela cozinha, o escolhido cozinheiro, era um goiano o qual chamávamos de hamburguinha, era uma peça incrível, eu ria com ele o tempo todo, era um jovem com os seus 19 a 20 anos com pouca cultura, vindo de uma área do interior do Brasil e tinha um senso de humor fantástico.<br />
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Deixamos o Hamburguinha preparando a feijoada e fomos todos para fora do prédio, porque lá dentro se tornava irrespirável como não havia janelas se concentrava no corredor toda aquela fumaça. Tínhamos comprado para o Hamburguinha uma panela de pressão para que a coisa corressem lindamente, mais não ocorreu, enquanto ele cozinhava e ouvia as músicas típicas do interior de Goiania no volume máximo, estávamos todos aguardando do lado de fora do prédio tomando a nossa cervejinha e batendo um papo, sentados na escadaria qual dava ao prédio, estávamos todos com uma fome danada, e reclamavam pelo fato da feijoada não esta pronta, e chegávamos o Hamburguinha o tempo todo. De repente ouvimos uma forte explosão e os gritos do Hamburguinha, largamos as garrafas de cervejas e corremos para o acudir, ou melhor, havia que não larga-se a cerveja de jeito nenhum e foi com ela bebendo. O hamburguinha só gritava "estou cego! estou cego! Entramos de imediato no quarto e a cena era impressionante, havia feijão e carne da feijoada por todo lado, tinhamos comprado a panela para o hamburguinha em uma loja dos chineses que tinha aberta recentemente na Mouraria, ou melhor, qualidade zero! e pelo visto a panela não aguentou o poderio da feijoada e explodiu. O hamburguina estava sentado no canto da parede gritando "tô cêgo! tô cêgo! e corremos para ajuda-lo, enquanto uns ajudavam o Hamburguinha outros comiam a carne que conseguiam encontrar pelo chão, cheguei ouvir comentários do tipo, que pena a feijoada tava mesmo boa, aquilo era de loucos. Estava preocupado com o hamburguinha, mais felizmente ele não sofreu nada, não estava cego como dizia, o que aconteceu é que tinha feijão por toda a cara, e com o susto que levou se transformou em uma criança, levamos o Hamburguinha para fora para que pudesse respirar, e depois de tudo está mais calmo e chegarmos a conclusão que ninguém se machucou, apenas ficamos sem a feijoada, a partir dai desse momento não fazíamos outra coisa a não ser rir do Hamburguinha, nunca mim diverti tanto, aquele período que passei morando na escadinha Marque Ponte de Lima mim marcou pela positiva, era sempre festa.<br />
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Lisboa, costa do Castelo.<br />
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Foi morar lá um rapaz também mineirinho que era o maior barato, o cara tinha um senso de humor inigualável, o nome dele era Fernando, uma personalidade fantástica, muito organizado e cuidadoso, chegou na companhia de um velho amigo dele chamado Ulisses, o que tinha o Fernando de ponderado tinha o Ulisses de irresponsável, eles eram como unha e carne, mais viviam o tempo todo brigando.<br />
Formamos um grupo equilibrado e passamos a andar juntos nos metendo em algumas confusões e se divertindo muito. <br />
<br />
Estava com um bom dinheiro e resolvi comprar um carro, uma "Carrinha" Furgão, era da marca Toyota, era usado, mais estava em perfeitas condições. O inverno havia chegado e resolvemos fazer uma viagem juntos a serra da estrela, para conhecermos pela primeira vez a neve, nunca tínhamos visto, já que no Brasil era impossível, portanto um ambiente desse para um brasileiro era uma verdadeira Disneyland. Neve era o sonho de todos os brasileiros conhecerem. Eu tinha equipado a carrinha para usa-la como auto caravana como se diz aqui, ou sleep car, é um carro equipado com cama, um pequeno espaço onde se encontrava um fogão para cozinhar, ou seja uma casa improvisada que iria possibilitar fazer grandes viagens pela Europa, sem gastar dinheiro com pensões, e podia também fazer comida no carro já que estava todo equipado para isso, tinha até um aquecedor a gás para fugir ao frio do inverno, e era possível está dentro do carro sem sentir frio algum, e sem levar em conta que é um enorme perigo o uso desse tipo de equipamento em ambientes fechados, se houver uma diminuição muito grande de oxigénio em uma área fechada com um aquecedor ligado as pessoas podem morrer enquanto estão dormindo, sem se quê dá por isso, tivemos algumas pistas desta possibilidades e quase descobrimos isso na prática, contarei mais a frente.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoqm_aTlNYSfaZIiIyKcjWF5vYmHBwTYePLCXgjRokNjNO0hCg2umtIGkHhp1RZTHlviMbH_dEmu9gsxGgxjSPrmHdWhhY2HHrWlCAV4DoEJx8Y1i2ip53OZt_9R900UwwxG87D0RtaxT4/s1600/toyota.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoqm_aTlNYSfaZIiIyKcjWF5vYmHBwTYePLCXgjRokNjNO0hCg2umtIGkHhp1RZTHlviMbH_dEmu9gsxGgxjSPrmHdWhhY2HHrWlCAV4DoEJx8Y1i2ip53OZt_9R900UwwxG87D0RtaxT4/s400/toyota.jpg" width="400" /></a></div>
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<a href="http://www.anildo-motta.com/" target="_blank"><img alt="!" border="0" src="http://i.imgur.com/U2LBD.gif" /></a><br />
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Éramos 5 no total, eu o Fernando, Ulisses, Nildo e o Marcelo, esses dois últimos eram irmãos, também imigrantes vindo de Vitória do Espírito Santos, todos 2 excelentes rapazes e como o Fernando e o Ulisses trabalhavam também na construção civil, que era o trabalho da maioria dos brasileiros imigrantes.<br />
<br />
Apanhamos a estrada em direcção a serra da estrela, a serra da estrela é a parte mais alta de Portugal, onde se encontra aldeias fantásticas, possui um queijo maravilhoso produzido com o leite de cabra, acompanhado de um bom vinho e um bom pão português, no caso a broa é uma refeição fantástica. Por ser uma zona muito alta no inverno as temperaturas são baixíssima e toda a serra fica coberta de gelo, hoje há um estância de esqui muito bem equipada, em que vão muitos esquiadores praticar esse tipo de desporto, é um lugar muito bonito. A viajem foi extremamente divertida, eu ria demais com essa rapaziada, estávamos sempre na gozação. No caminho já próximo a serra da estrela paramos em um café para beber alguma coisa, e em conversa com um dos Portugueses, havia nos dito que era muito cedo e ainda não havia neve na serra, que este ano ela estava demorando a chegar, ficamos meio desanimainados pelo fato dessa viagem ter com principal objetivo conhecer a neve, mais como já estávamos ali íamos seguir viagem, nos despedimos dos portugueses e seguimos o nosso caminho.<br />
<br />
Começamos subir a serra era um frio de rachar mesmo dentro da carrinha, ao meu lado na frente do carro ia o Ulisse e o Marcelo, e atrás o Fernando e o Nildo, estávamos todos conversando quando de repente começamos a sentir um cheiro algo que esquisito, de alguma coisa queimando, de imediato entramos em alerta para descobrir o que se passava, afinal acabamos por descobrir, o Fernando era muito friento estava todo tempo reclamando do frio, assim como eu no inicio quando cheguei a Portugal. Portanto o responsável pôr aquele cheiro esquisito´era nada mais nada menos do que o Fernando, que para fugir do frio, acendeu o fogão que tinha na carrinha e e estava procurando esquentar as mãos e o rosto na chama do fogão sem dar conta que os longos cabelos rastafari dele, estava próximo as chamas e estavam pegando fogo, ele estava com tanto frio que nem dava por isso, gritei com ele para apagar o fogão antes que acontecesse um acidente, aquilo é que foi rir, diante daquela situação o Fernando com fumaça saindo do cabelo e a tremer de frio, eu chorava de tanto rir, foram momentos para ficar na memória, tanto é que enquanto estou escrevendo esse livro chego até a sentir o cheiro do cabelo do Fernando pegando fogo. Foi uma aventura fantástica.<br />
Quando começamos a subir a serra, nos deparamos com o primeiro sinal de neve, um manto branco ao lado da carrinha que nos fez descer de imediato e ir lá brincar com aquela pouca neve, fizemos alguma fotos depois retornamos ao carro já que o frio parecia ficar cada vez mais forte. Continuamos a subida, quando de repente a medida que subíamos ia aparecendo mais e mais neve, até que entramos em uma área que estava tudo branco e coberto de neve, afinal os Português do café em que paramos, estavam gozando com agente quando disse que era muito cedo e ainda não havia neve na serra, pois havia e muita.<br />
Chegamos ao alto da serra onde fica a Torre, um local magnifico com vistas espetaculares havia muita gente, muitos carros era uma confusão enorme de pessoas transportando os seus equipamentos de esqui, as longas e pesadas botas, óculos, gorros na cabeça para fugir ao frio, do nosso lado crianças atiravam neve uma nos outra, coisa que não demorou muito para acontecer com agente, o Fernando levou com uma bola de neve na cabeça que foi disparada pelo Nildo que teve resposta imediata do Fernando, entrei na guerra e de repente parecíamos uma s crianças brincando, foi fantástico. A fome começou a bater e fomos a um restaurante que se encontrava na torre, além do restaurante havia muitas lojas vendendo de tudo que é de lembranças, muitos casacos de pele produzidos na serra, botas, luvas, cachecol toda a parafernália para se proteger do frio, muitas lojas vendendo queijos típicos da região, o queijo da serra tem uma caracteristica amanteigado que eu adorava e que passou a ser praticamente o meu almoço.<br />
<br />
<br />
Comprei uma garrafa de um bom vinho, queijo da serra e broa, depois de todos já fornecidos de comidas fomos para uma área aberta com uma paisagens cinematografica fantástica, sentamos no chão, ou melhor, na neve e começamos a fazer um picnique, foi o melhor piquenique que já fiz na minha vida, sentado no meio daquela neve toda, saboreando um bom queijo da serra acompanhado de um bom vinho, era um paraíso.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf5-_kcYuO6fXNt56IXGEXlOXqf-EBNU6fgz1zbcFddT338O12mhvm27RcDelNdUv1dz3ZyJ2-LIZ4gY0Q5VFvYDnVFzB9uLZxjLJXeaBQQCpPYwxz3jzWGxoUdjv55Yk9Wiww_noLdANh/s1600/Serra_da_Estrela_II_Portugal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf5-_kcYuO6fXNt56IXGEXlOXqf-EBNU6fgz1zbcFddT338O12mhvm27RcDelNdUv1dz3ZyJ2-LIZ4gY0Q5VFvYDnVFzB9uLZxjLJXeaBQQCpPYwxz3jzWGxoUdjv55Yk9Wiww_noLdANh/s400/Serra_da_Estrela_II_Portugal.jpg" width="400" /></a></div>
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<a href="http://www.anildo-motta.com/" target="_blank"><img alt="!" border="0" src="http://i.imgur.com/RPYr4.gif" /></a><br />
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Depois de almoçarmos fomos brincar na neve, parecíamos criança arrumamos um saco plástico preto e grande, sentávamos nele e com um pequeno movimento começávamos a descer aquela montanha escorregando sem nenhum controle já que não havia freios, como diz em Portugal "Travões" o resultado muitas vezes era uma grande queda no final, porque apanhávamos uma velocidade tal que na tentativa de parar ocorriam sempre grandes tombos, a cara do Fernando enfiada na neve com aquele cabelo rastafari, era um espectáculo, eu ria todo tempo, como disse antes parecíamos crianças no jardim infantil. <br />
<br />
Levamos uma maquina fotográfica para documentar-mos tudo, evidentemente como bons turistas não deixávamos passar nada, o problema era na hora de fazer a foto, quem se candidatava, evidentemente nessa hora ninguém queria fazer o papel de fotografo, porque para isso era necessário tirar as luvas para fotografar por que eram muito grossas, e não havia sensibilidade para fazer uma foto em condições, e o frio era enorme e nesse meio tempo era possível sentir as mãos congelarem, portanto a técnica era, depois de estarem todos na posição exacta, ai o suicida fotografo retirava as luvas rapidamente e tirava a foto voltando imediatamente a po-las. Para muitos que estão habituados a isso, não é nada, mais para nós, brasileiros criados em beira de praia, aquilo não era nada simples.<br />
<br />
Depois de todas as maluquices, resolvemos ir para Covilhã, era a cidade mais próxima que havia, o nosso objectivo era comprar algo para nos proteger do frio, como disse, havia muitas coisas para comprar na torre, tudo que era necessário para se proteger do frio em curtir a neve, o problema é que tudo era muito caro por se tratar de uma área de um cariz turístico muito grande, portanto esperávamos na cidade mais próxima comprar algumas coisas e revelar algumas fotografia das nossas aventuras, todos estávamos muito curiosos em ver o resultado.<br />
<br />
<br />
Chegamos a Covilhã, uma cidadezinha simpática e tão fria quanto a torre, deixamos as fotos para revelar em um laborátorio, depois entramos em uma loja para comprar um carrinho para brincar na neve, parecíamos mesmo crianças, achávamos que o saco plástico improvisado para esquiar sentado não era o suficiente, então entramos em uma de comprar um carrinho apropriado para essas loucuras. O problema é que era muito caro e achamos que seria um desperdício, poderíamos nos contentar apenas com os sacos plásticos.<br />
<br />
Já estava muito tarde e eu achava que não seria boa ideia irmos para a torre porque a temperatura estava baixando muito e a policia estava aconselhando a não subir, tornava-se perigoso irmos para lá naquela hora, a policia já alertava quanto a possível queda de temperatura mais o Fernando insistia em subirmos, pelo visto queríamos voltar a ser crianças de novo. Resultado, subimos a serra e fomos curtir mais uma vez as escorregadelas. Enquanto subíamos a serra os carros desciam, as pessoas olhavam para gente como se estivesse pensando, será que esse malucos sabem o que estão fazendo. Realmente não sabíamos, a vontade de curtir a neve não nos deixava medir as prováveis consequência de uma queda de temperatura. E foi o que ocorreu, começou a fazer um frio de lascar, quando o Fernando tremendo feito vara verde, olhou para mim e disse, Anildo é melhor pirar-mos daqui, isso tá ficando esquisito, e estava mesmo. <br />
<br />
A temperatura além de baixar muito, uma neblina fortíssima tomou toda a área em que nos encontrava-mos, era impossível enxergar além de 5 metros e o vento fortíssimo piorava mais a situação, decidimos sair dali imediatamente. Ai surgiu uma boa novidade, a minha carrinha não funcionava, pelo visto os tubos de transmissão de combustível havia congelado, ou qualquer outra coisa, o que sei é que o carro não funcionava, e a bateria também já não ajudava nada, de tanto manter o sistema de arrefecimento ligado para aquecer o carro a bateria começou a dar sinal de que ia abaixo. Ok e agora? <br />
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Como estávamos em uma área muito alta imaginei que havia a hipótese de fazer a carrinha funcionar no tombo, ou seja, fazer descer a montanha, engatar uma 2º e tentar faze-la pegar. Mais antes de expor essa possibilidade, aproveitei para meter um susto na rapaziada. Assustei-os dizendo que deviam começar a rezar porque só teríamos algumas horas antes de entrar-mos em estado de hipotermia e depois disso teríamos uma morte lenta. Foi fantástico ver o desespero na cara deles, mais uma coisa é real, se não houvesse essa possibilidade de sairmos de lá, íamos ter sérios problemas.<br />
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A rapaziada ficou apavorada, o Nildo já queria tocar fogo em um lençol e por debaixo do motor para aquecer, disse que tinha visto isso em um filme, certeza que no outro dia sairia no jornal, carro de imigrantes brasileiros incendeia-se na serra da estrela, depois de curtir bastante com a situação, foi que apresentei a ideia de empurramos a carrinha até a pista principal onde se encontrava um grande declive e tentar fazer pegar no tombo. E foi o que procuramos fazer, mais afinal não foi tão simples assim, a carrinha pesava muito e cheguei a acreditar que não conseguiríamos, mais acho que o desespero deles era tanto que conseguiram ir buscar forças que nem sabiam que tinham, finalmente colocamos a carrinha na pista, mim enfiei nela, com o grande declive ela começou a andar e quando apanhou uma boa velocidade engatei a 2 macha e soltei a embreagem, ela deu varias engasgadelas e afinal acabou por funcionar, foi uma festa se enfiaram dentro da carrinha e o Fernando gritou logo, "vamos embora daqui! Foi um espectáculo aquela situação que mim divertiu muito e ainda bem que correu tudo como esperávamos.<br />
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Resolvemos passar a noite na aldeia da Covilhã para no outro dia retornar-mos a Lisboa, encontramos uma discoteca que foi montada em uma antiga fabrica, já não mim recordo de que, e o nome da discoteca era justamente "Fabrica" era um lugar bem original com uma decoração bem criativa, curtimos a noite toda nessa discoteca. Depois saímos muito tarde e fomos descansar um pouco, tirar uma soneca para recuperar a forma para o dia seguinte.<br />
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Eu tinha um aquecedor a gás na carrinha que possuía 5 níveis de temperatura, ou seja, no nível 2 já era o suficiente para aquecer a carrinha por completo, mais o frio era tanto que chegamos a colocar o nível máximo, numa total ignorância do risco que estávamos correndo, como no Brasil não se faz uso desse tipo de material, não estávamos muito bem informado quanto aos riscos. Éramos 5 dormindo dentro do furgão, havia um beliche do qual eu dormia na cama de cima, mais próximo ao tecto, e em baixo o Fernando, quanto ao Ulisses o Nildo e o Marcelo Dividiam um colchão que ficava no chã da carrinha. Agora imaginem 5 pessoas respirando o mesmo ar que era consumido pelo aquecedor, ou melhor, o aquecedor diminuía de forma violenta a quantidade de oxigénio do ar, e o que poderia ocorrer? era morrermos todos dormindo sem dar conta de nada.<br />
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Durante o inverno em Portugal e também na Europa, há muitas mortes resultantes de aquecedores pelo fato das pessoas usarem em locais fechado resultando no consumo do pouco oxigénio existente, levando a morte dessas pessoas durante o sono. O que é que nos salvou? Durante a noite quando estávamos dormindo de repente acordávamos com um frio enorme tomando conta da carrinha, e ai reparávamos que o aquecedor tinha desligado, e derivado a muita ignorância de nossa parte, íamos lá e ligávamos de novo, passado um tempo ele voltava a desligar, chegamos ao ponto de revezar para ver quem ia ligar, porque só o fato de sair de debaixo dos cobertores já custava muito, e o Fernando sempre dizia, ver se joga essa porcaria fora e compra um aquecedor melhor! <br />
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Eu não entendia porque ele desligava constantemente, lembro-me que quando chegou a minha vez de ir ligar, como eu estava na parte mais alta da carrinha, estava mais sujeito ao ar quente e ao pouco oxigénio existente no ar, e eu sentia um cansaço enorme quando tentava mim levantar para ir liga-lo, sentia um cansaço muito esquisito que eu atribuía a viagem, ao frio, e a bebedeira na discoteca. O que nos salvou, só depois passado muito tempo é que cheguei a essa conclusão, foi um sistema de segurança que havia no aquecedor, que quando a atmosfera se tornava irrespirável esse sistema de segurança era activado automaticamente, se não fosse isso, morreríamos todos dormindo dentro daquela carrinha, durante esse processo não é possível perceber a ponto de acordar, porque os sintomas de cansaço que apanha a vitima e a escassez de oxigénio faz a pessoa entrar em um sono profundo nunca mais acordando. Resumindo, fomos salvo graças aquele sistema de segurança.<br />
Depois dessa aventura voltamos para Lisboa trazendo boas lembranças da serra e muitas histórias para contar. <br />
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Voltei para a Praça da Figueira e encontrei-me com o Patricy, ele tinha andado fora, disse-me que tinha ido a Paris ver a mãe, não sei ao certo se foi verdade, mais também não mim importava, fomos tomar um copo para por a conversa em dia e contei-lhe da experiencia com os brasileiros na serra da estrela.<br />
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Ok, meu objectivo era conhecer a Europa e achei que já estava na hora, tinha ganho algum dinheiro e resolvi conhecer a Espanha já que estava tão próximo.<br />
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Optei por Madrid, mais não queria ir com a minha carrinha, não nessa viagem, depois da ida a serra ela estava muito estranha e não tinha tanta segurança, acreditava que a minha bichinha podia acabar ficando na estrada e também não queria gastar dinheiro com ela fazendo a revisão necessária nessa altura, estava doido para ir até Madrid, conhecer a Guernica de Picasso que se encontrava no Museu do Prado e ter as minhas primeiras impressões de outro país europeu.<br />
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Em Portugal e Europa viajar de comboio é sempre mais barato e divertido porque atravessamos zonas bucólicas, atravessamos pequenas cidades e temos a possibilidade de curtir mais a natureza, enquanto de Ónibus, ficávamos restringidos a paisagem das auto estradas que se resumia a muito asfalto pela frente, e a paisagem parecia ser sempre a mesma. Então comprei uma passagem para Madrid e mim enfiei no comboio. Era confortável e interessante, varias cabines das quais as poltronas tranformavam-se em cama sendo possível fazer dias de viagem dentro de um certo conforto. A ida para Madrid não era tão demorada, tínhamos apenas cerca de 700 quilometro pela frente e aquilo se fazia bem.<br />
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E lá estava eu em Madrid, a cidade era muito bonita, os Madrilenos não pareciam ser muito simpáticos, talvez pela grande quantidade de imigrantes latino americanos que estavam invadindo a cidade, embora depois de conhecer outras cidades como Barcelona e todo litoral espanhol descobri que afinal os espanhóis são povos alegre, brincalhões e aventureiros, principalmente as espanholas, eu mim apaixonava a cada esquina.<br />
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Entrei em uma agência de turismo e consegui um mapa da cidade que era distribuído gratuitamente. Fui directo para o Museu do Prado, considerado um dos museus mais importantes da Europa, com uma das melhores colecções de arte do mundo, obras de El Greco, Velásquez, Goya, pintores holandeses como Rubens, Van dick, italianos como Botticelli em vários outros pintores que de momento não me recordo. <br />
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Durante a guerra peninsular serviu de quartel para a cavalaria do exercito de Napoleaõ, o local era histórico e eu estava curioso para ver de perto o quadro de pablo picasso "Guernica" que foi pintado como forma de repugnância ao bombardeamento nazista em 1937 durante a guerra civil espanhola.<br />
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Lembro-me de uma historia em que um oficial nazista perguntou ao Picasso, foi você que fez isso? E o Picasso respondeu, não quem fez foram vocês, eu apenas o pintei! Era uma obra fantástica, levei horas analizando-a e tentando captar ao máximo de informação que a obra continha, o terror e a estupidez humana. Confesso que aquele momento valeu por tudo que eu tinha passado até ali, aquelas obras, aquela magia e atmosfera me fazia delirar em um mundo que se tentasse explicar não seria possível com palavras e nem textos, o que sei é que valeu muito a pena. Agora imaginem quando eu visitar o Louvre em Paris, acho que vou precisar me prepara bastante mentalmente para esse choque, sei que tudo isso pode parecer uma estupidez para vocês, mais para quem gosta de arte como eu e como muitos outros, isso representa uma das coisas mais importantes do mundo, não há dinheiro, não há fama, não há nada que possa substituir ou até mesmo comprar esse tipo de sentimento, acho melhor eu parar por aqui, como dizem os portugueses, "estou me esticando muito,"<br />
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passei boas hora lá dentro admirando outras obras, saindo de lá mim desloquei em direcção a gran via uma zona muito movimentada, central em que se ver de tudo, e eu estava a procura dos artistas de rua para ver se começava a trabalhar lá, e quem sabe não voltar tão cedo a Portugal. Depois de usar o meu espanhol fajuto conversando com um artista que tocava harmónica em uma esquina, fiquei sabendo que na Plaza Maior, uma grande praça, consideradas uma das mais importantes praças de Madrid onde iria encontrar alguns artistas. Me dirigi para lá e realmente havia muitos artistas trabalhando lá.<br />
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Mais para conseguir trabalhar naquele espaço não era tão simples, era necessário licença para trabalhar na Praça e não adiantava usar o velho sistema da rua Augusta, começar a trabalhar e contar com a demora da policia e nesse meio tempo procurar ganhar dinheiro, não era possível porque os próprios artistas que possuíam licença com receio da concorrência era quem chamava a policia, portanto não se conseguia ficar muito tempo. Estava anoitecendo e fui em busca de uma pensão para passar a noite, acabei por encontrar uma e bem cara, já que o nível de vida em Espanha era maior que em Portugal, portanto era tudo mais caro.<br />
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No outro dia acordei e fui continuar com os meus passeios turísticos, a grana estava curta por isso sabia que não podia ficar muito tempo, e quanto a hipótese de trabalhar, não poderia me dar esse luxo por enquanto, cheguei a conclusão que para tentar teria que planear tudo primeiro, como por exemplo, pintar paisagem e temas relativos a Espanha, não poderia ir vender lá imagens de ruas Portuguesas nem temas portugueses. Portanto comecei a fazer muitas fotos de áreas turísticas, para na próxima vez que retornar, já chegava com material para vender, e como a grana estava curta não poderia me dar o luxo de gastar dinheiro durante o tempo de preparação do material. "Lisboa tô voltando."<br />
De volta a Portugal fui para a rua Augusta e estive com o Patricy contei tudo sobre a minha visita a Madrid e como fiquei completamente maluco pelo Museu do Prado. Senti que o Patricy por questão de nacionalismo e de certa forma estava muito certo no que estava falando, fez questão de procurar minimizar a importância do Museu do Prado e colocar no nível superior o Museu do seu país, ou seja, o Louvre. Evidente que o Louvre é uma verdadeira explosão de arte e historia e seria a minha próxima parada.<br />
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Voltei a rotina do trabalho, como disse antes e volto a repetir, nessa área não existe rotina é só maneira de falar. Comecei a desenvolver mais ainda as aquarelas e cada vez fazia mais dinheiro, rápido e mais fácil. O problema do ganhar dinheiro fácil é que praticamente entramos também em um gastar fácil, criamos vícios de consumo que só o dinheiro fácil pode criar, gastava muito, mais acho que essa era a forma de compensar o fato de está longe do meu país, de está vivendo em um ambiente muito pesado, as vezes encontrava nesse meio verdadeiros artistas, pessoas que realmente gostavam da arte, e trabalhavam por paixão e não para suprir necessidades estúpidas de vícios e drogas. Mais infelizmente essas mesmas pessoas desapareciam, não ficava muito tempo na rua, as vezes era a necessidade de sobrevivência de fazer parte desse sistema social capitalista, o qual obriga o cidadão a trabalhar com o simples objectivo financeiro e não humano, e que acaba por fazer muitos desses grandes artistas que não conseguem sobreviver do seu trabalho por esse não ser tão comercial, no final se ver obrigado a exercer uma profissão da qual não lhe diz nada, e muitas vezes pelo fato de ter caido na grande besteira de formar uma família sem ter capacidades financeiras para isso, acaba por não encontrar outra saída a não ser entrar nessa vida miserável de trabalhar 8, 10, 12 horas por dia para pagar dividas que nunca acabam, e passam a ser um escravo do sistema. É uma grande pena<br />
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Depois da minha ida ao Prado e ter feito tantos elogios ao museu, acabei por criar no patricy uma necessidade grande de mim apresentar o Louvre, eu estava sempre picando ele para que não queimasse tanto dinheiro com luxos desnecessários, e que juntasse dinheiro para irmos até Paris. Ele dizia que sim ia começar a juntar algum dinheiro, o detalhe é que também não era necessário tanto, já como ele tinha família em Paris já facilitava bastante nas despesas. Bem o que sei é que passado um tempo eu comecei a dizer a mim mesmo, a qualquer momento quando entrar um dinheirinho a mais corro directo para estação de comboio (Trem) e vou sozinho para França, não falo francês mais que se dane, vou usar o meu "IGRESS" fajuto mais já dava para dizer boas frases. Portanto, "França me aguarde".<br />
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Deixa-me contar uma pequena situação mais muito curiosa que ocorre no meio dos imigrantes, principalmente brasileiros. Vocês sabem da necessidade de comunicação que temos para com as nossas famílias, e as vezes chegamos a gastar muito dinheiro com ligações telefónicas, naquela altura os telefones públicos possuía um sistema de colocação de moedas diferentes dos de hoje. Vou apresentar para vocês algumas das mais variadas técnicas que os brasileiros usavam para fazer ligações gratuitas para o Brasil, ou quase gratuitas. Descobriram um desenho técnico de um telefone público, ou seja, tinha acesso através do desenho, ao funcionamento interno do mesmo e sabiam que ao colocar a moeda de 50 escudos, naquela altura eram os escudos como eu tinha dito antes, ao coloca-la para efectuar uma ligação para o Brasil o tempo que essa moeda permitia de ligação era curta, portanto aqueles antigos telefones públicos tinham um sistema tipo cascata da qual colocávamos varias moedas e a medida que o tempo de uma se esgotava, automaticamente um dispositivo semelhante a um gancho que possuía no interior, largava a moeda para dentro da caixa do telefone, retornando de imediato a sua posição inicial recebendo outra moeda.<br />
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Solução, a rapaziada colocava super bond, essas colas super forte, em torno da moeda e fazia uma ligação para Portugal, como durava mais tempo a moeda acabava por colar no gancho que tinha o trabalho de solta-la para dentro da caixa assim que terminasse o tempo permitido, só que ao acabar o tempo, a moeda permanecia sempre no mesmo lugar deixando a ligação sempre em aberto. Ou seja, passado um tempo as companhias tiveram que criar outra forma de funcionamento por que acabava por ter muitos telefones avariados. <br />
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Fora esse esquema descobriam também forma de fazer a ligação grátis usando o que na altura era uma ligação gratuita tipo 112, ligavam para policia por exemplo utilizando uma linha gratuita durante a comunicação premia determinada tecla e clicava um código que acabava por deixar a linha telefónica livre para efectuar ligações para todo lado sem pagar nada.<br />
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isso era uma verdadeira epidemia, os portugueses não entendiam o porque que as vezes haviam 4 telefones públicos lado a lado um do outro, e havia uma fila enorme de brasileiros para utilizar apenas 1, e os outro 3 sem ninguém, completamente livres. Alguns portugueses achavam que esses 3 telefones estivessem avariados e as vezes se metiam na fila, quando descobriam que afinal os telefones funcionavam, não entendiam porque os brasileiros só queriam aquele. Nos dizíamos que esse telefone era made in Brasil por isso gostávamos dele.<br />
<br />
Havia também técnicas mais profissionais do tipo comprar nos chineses telefones baratos, colocar na ponta dos fios o que chamamos de jacaré, são pequenas molas para fazer contacto e procuravam fios de telefones públicos em zonas afastadas, depois era só colocar os jacaré em contacto com o cobre dos fios e lá estava uma linha directa, assim como se ver nos filmes. Vida de imigrante não é fácil!<br />
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Bem já esperei demais que o Patricy junte algum dinheiro para irmos a Paris, eu vou arrancar é já, se não a Europa entra em guerra, explodem o Louvre e eu acabo sem conhece-lo, eheeh. França ai vou eu!!<br />
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Apanhei uma mochila, joguei umas 2 mudas de roupa e arranquei para estação de comboio. Estava bem excitado já que seria a 1º vez que eu iria a um país de língua estrangeira, ia ser uma experiência interessante, comprei um dicionariozinho inglês português, enfiei no bolso e disse para mim mesmo, vou ensinar essa gente a falar INGRÉS.<br />
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Iria ser uma viagem bem longa, cerca de 23 horas de comboio, ia ser uma verdadeira surra, portanto preparei o meu equipamento de guerra, leitor de cassete, muitas cassetes, alguns de vocês devem está se perguntando o que são essas cassetes, naquela época não havia os mp3 e se havia não me recordo, portanto as fitas cassete era o ultimo grito da tecnologia.<br />
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O Radinho fM com head fones para ir acompanhando as entradas de locutores internacionais a medida que íamos entrando em outro país, atenção naquela época a CCE não estava unificada, ou seja, quando nós chegarva-mos em Espanha tínhamos que aturar com a policia alfandegaria exigindo documentos e o maior controle policial, sem contar os cães da policia alfandegaria que vinham nos cheirar tentando detectar drogas. A entrada em França pior ainda, eles eram muito exigentes com relação ao visto de entrada, com os brasileiro não havia problemas devida a relação Brasil e França que eram boas, mais os outros imigrantes, tipos Angolanos, africanos, esse tinham sérios problemas, de qualquer maneira eu sempre tinha uma relação um pouco conflituosa com os franceses, naquela época havia muitos atentados terroristas em França, me recordo que quando estivi lá ouve uma explosão no metro de saint. Germain, e a policia andava em alerta, o problema é que quando colocavam os olhos em mim, eu tinha certeza que ia ser abordado, porque tudo indicava que eu tenho a aparência de árabes e com os meus 1.90 e uma cara nada simpática, levantava de imediato suspeita. Quando deixamos a fronteira espanhola e entramos na França, já era de madrugada e mais uma vez, cães e policiais invadem os vagões recolhendo passaporte de todo mundo, para confirmar o visto de entrada.<br />
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Esqueci de contar a vocês o que ocorreu comigo quando estava na gran via em Madrid. Na gran via se encontra assim como em Lisboa, muitos vendedores de droga abordando os jovens com a tentativa de vender drogas, eu estava caminhando pela rua, estava com uma fome danada, procurando a mac donald e eu tenho um sério problema, quando estou com fome ou com sono, fico irritadissimo, não consigo entender mais perco todo o meu humor e não consigo aturar ninguém. Pois ia a procura do MaC quando de repente um cara tipo o policialzinho da rua Augusta que queria mim prender, parou na minha frente e disse alguma coisa, já há minutos antes eu tinha sido abordado por um cigano querendo mim vender Haxixi e de repente mim aparece uma outra figurinha de 1 metro e meio mim chateando, e eu com a maior fome, foi extintivo, empurrei ele par o lado e continuei a minha caminhada, de repente sou cercado por 5 homens com o ar ameaçador só depois que fui perceber que se tratava de policiais e o "meia dose" que tentou mim parar só queria ver os meus documentos e eu pensei que ele queria mim vender drogas, a minha sorte é que um dos policias, o mais esperto julgo eu, percebeu que eu não estava entendendo o que estava se passando e mim mostrou o distintivo de policia, ok, parei e os outro se acalmaram mais e o equivoco foi resolvido. Enfiei a mão no bolso para retirar o passaport, mais procurei fazer devagar porque pelo visto alguns deles não estava bem convencido.<br />
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Naquela altura também na Espanha havia sérios problemas com os atentados terroristas realizados pela ETA, e como disse antes, o meu ar meio árabe não ajudava em nada.<br />
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Bem, depois dos policiais espanhois vistoriarem o meu passaporte e ver que eu era brasileiro de passagem, foi muito gentil e educado, pediu desculpas e mim desejou uma boa viagem, e lá fui eu atrás do Macdonalds.<br />
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Finalmente Paris, Estação de Montparnasse<br />
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Alemanha, Stuttigart<br />
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Chegando ao Brasil, ao sair pela porta do avião, recebi um abraço quente da minha terra, a temperatura como sempre muito alta, aquilo me fez um bem fantástico, adorei está em Portugal, tive experiências fantásticas, mais o meu país é realmente um paraíso. Já tinha saudades do sorriso das pessoas, do bom humor, da forma carinhosa de tratar uns aos outros, que geralmente fazem os turistas pensarem, que por trás daquele sorriso amável existe interesse, não, essa gente sabe mesmo ser simpática. Essa experiência me fez entender que todos os lugares possuem os seus bons e maus atributos, mais uma coisa é certa, tratando-se do factor humano, o Brasil e a América latina são fantásticos. Digo América latina por que retornando a Portugal acabei passando na Venezuela, mais uma aventura inesperada, já logo vos conto.<br />
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Passei um mês no Brasil e estava na hora de volta para Portugal, quando sai de lá comprei uma passagem de ida e volta só para me lembrar que deveria voltar. Confesso que já tinha saudade de Portugal, o Patricy mim enviou uma fotografia do castelo de São Jorge, do qual atrás ele escreveu. Está a sua espera! Aquilo me deu uma vontade de rever o castelo, que mim fez passar contar os minutos. O curioso é que era uma sensação esquisita, eu ao mesmo tempo que queria voltar a Portugal, havia um outro lado em mim que queria ficar no Brasil, mais ai entrava o lado racional, se eu ficar no Brasil, já não ia ter o ensino intensivo de vida que tive ao estar em Portugal, em 9 meses que estive lá, aprendi por pelo menos 10 anos, devo salientar que grande parte da aprendizagem estava relacionada a tragédia humana, ao flagelo da droga, e também evidentemente as diferenças sociais e culturais de um povo. Foi incrível o efeito colateral que surgiu em mim depois dessa experiência em Portugal. Eu já não mim sentia o mesmo, estava estranho, estava frio, já não era aquele garoto sorridente, brincalhão e com um espírito ingénuo. Perdi um pouco a fé nas pessoas, depois de ter visto tantos problemas em Portugal referentes a drogas, a tragédia humana que ela pode causar, o estado miserável que um ser humana pode chegar, as mentiras, a falta de respeito, a tendência pretensiosa de muitos, a discriminação, eu estava vacinado, já não era o mesmo. Uma noite na praia de Itapoã em Salvador, eu estava com os amigos tomando umas cervejas e se divertindo e uma menina perguntou ao meu amigo se eu era baiano, ele disse que sim, ela disse, não parece, ele carrega um ar frio. Quando o colega mim contou isso, confesso, que tive medo, senti que havia mudado, era como se tivesse uma espécie de trauma de guerra, mais sabia que era o melhor caminho, tinha que aprender a viver na selva, a vida que eu levava antes de sair do Brasil, não podia ser, a vida não é fácil, o problema na vida não é falta de dinheiro, porque isso agente dá sempre um jeito, o problema é chegar a conclusão que o ser humana pode ser podre enquanto está vivo. Bem não vou entra nessa, o mundo é o que é, e eu vou pôr ele no bolso, por isso tenho que ir.<br />
<br />
Alemanha. Stuttigart.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr0PFpzbntjgA9-yYCHmx8tSWFUML9fGhk3ZlYfKPzoM-OIe6MyS9-052ZZ_u4YljIXQByXLJktF19ez_TIZOGcS_GY36PuWPidMSBSEwlgY-yFcP78j08OykQ92m798qtRYKNvczUPGqG/s1600/4cabb13cad0f42f7a67a044324b0be0c.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr0PFpzbntjgA9-yYCHmx8tSWFUML9fGhk3ZlYfKPzoM-OIe6MyS9-052ZZ_u4YljIXQByXLJktF19ez_TIZOGcS_GY36PuWPidMSBSEwlgY-yFcP78j08OykQ92m798qtRYKNvczUPGqG/s400/4cabb13cad0f42f7a67a044324b0be0c.jpg" width="400" /></a></div>
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Comprei uma passagem para Portugal com escala na Venezuela, eu sabia que quando se trata de vôos com escala, se ocorrer algum problema causado pela empresa aérea que venha impossibitar o vôo para o país de destino, eles são obrigados a instalar todos os passageiro em um hotel com despesas pagas. Bem, desnecessário é dizer que eu contava que isso ocorresse para poder conhecer um pouco a Venezuela. O meu avião fazia duas escalas, era um vôou extremamente cansativo, mais era muito barato por isso que mim sujeitei a ele. O vou saia de Salvador para o Rio de janeiro, do Rio para Caracas e de Caracas finalmente para Lisboa. Chegamos no Rio, desceram alguns passageiros que tinham o Rio como destino, e entraram outros com destino a Caracas e possivelmente Lisboa. Era uma parada de pelo menos 1 hora, eu já estava completamente saturado de está dentro daquele avião, estava sentado em uma cadeira no corredor observando as pessoas que entravam, de repente vejo um cara cabeludo, com uma camisa toda colorida, de óculos escuros parecia um terrorista árabe, e carregava uma mochila que indicava está muito pesada, afinal quem era o maluco, era o Mário, fiquei pasmo com a tanta coincidência quando ele ia passando por mim, bati no peito dele e disse, oh, manééééé! Onde você pensa que vai? Ele tomou um susto enorme, largou a mochila, e nos abraçamos, foi uma festa tremenda. A partir dai, arrumamos um jeito de trocar de poltronas com um cara que estava ao lado dele, e fizemos a viagem juntos para Venezuela, ele estava indo vender em uma feira anual que costumava ter todos os anos em Caracas. A viagem foi uma doideira, depois de almoçar entramos no wisk, aquilo era uma festa, chegamos a Venezuela em Caracas e depois de um excelente problema que ouve, ele mim deu o contacto dele e nos separamos, já vos conto o excelente problema. Ao mim dirigir ao balcão de informação da Viaza, que era a companhia aérea que eu viajava, vi uma certa concentração de turistas em volta do balcão e percebi que se passava alguma coisa, e realmente passava, para a minha sorte a garota do atendimento disse-me que ocorreu um problema técnico e que o vôo não poderia sai nesse dia, só passado 2 dias é que a Viaza iria ter condições técnicas para realizar a viagem.<br />
Foi fantástico essa situação, como disse antes sabia da possibilidade, mais não acreditava que fosse possível acontecer. Para ter certeza que as coisas iriam correr bem, ainda montei um teatro enfrente ao balcão da Viaza, interrogando as duas funcionárias quem ficaria responsável pelo prejuízo que eu iria sofrer em termos empresariais por não está em Lisboa na data prevista, evidente que eu não tinha compromisso nenhum, como disse antes era apenas teatro. Uma das funcionarias muito atenciosa mim disse que infelizmente não podiam fazer nada, a única coisa a fazer era hospedar os passageiros e se responsabilizar pela a hospedagem, eu poderia escolher entre 2 hotéis 5 estrelas, o Meliar hotel ou o Shereton hotel. Isso para mim foi formidável, por dentro eu estava soltando foguetes de tanta felicidade, acabei por escolher o Shereton hotel por achar mais chique. Melhor impossível.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBCFv0Kcufyp3UcVJmsNek-5Vj1ItNUP4gyIa9PrPoLTxFI3NjrtynD7i8-BQlNCJrig8RttrvtA-gS-DAH6XZQ8PFdXoixp0L6ygB-4bb_NSfs_AB0fA8Z-2yhBXrCTDvX4HC_WSim3Dh/s1600/images+(4).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBCFv0Kcufyp3UcVJmsNek-5Vj1ItNUP4gyIa9PrPoLTxFI3NjrtynD7i8-BQlNCJrig8RttrvtA-gS-DAH6XZQ8PFdXoixp0L6ygB-4bb_NSfs_AB0fA8Z-2yhBXrCTDvX4HC_WSim3Dh/s400/images+(4).jpg" width="400" /></a></div>
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Já havia um ónibus da companhia aérea a espera para nos conduzir até o hotel. Me senti um turistão, e resolvi deglutir cada minuto daquela situação, como disse bem no inicio do livro quando sai do Brasil e estava no avião, nessas situações ninguém sabe nada de ninguém, e pela atitude e segurança, qualquer um pode se fazer passar por um nobre, e foi o que fiz, não é um acto muito correto e bastante primário, mais não se esqueçam que na altura eu era um jovem em busca de emoção. Ao chegar ao hotel, foi entregue aos passageiro da Viaza, uma espécie de cartão de visitante que deveria ser apresentado na hora do jantar para não termos que pagar a conta, essa ficaria por conta da viaza. Cheguei no meu quarto, tomei um bom banho para relaxar e depois desci para o restaurante. O restaurante era magnifico, grande e no centro uma enorme piscina, do lado direito havia uma banda tocando musica típica venezuelana, quando eu cheguei na porta do restaurante fui recebido por um simpático garçon que provavelmente esperava receber uma boa gorjeta no fim do serviço que mim perguntou se preferia uma mesa próxima ou longe da banda, e eu com o ar meio em dúvida, respondi que poderia ser próximo, já que eu gostava da musica caribenha. Bem quanto ao cartão, vocês não acham que eu iria apresentar a ele e estragar tudo, acha? Mantive-me sereno e ao chegar a mesa apareceu um outro garçon que mim trouxe o menu, pedi-lhe uma sugestão quanto ao prato tradicional da gastronomia venezuelana, ele mim disse e foi esse que escolhi, e pedi o menu dos vinhos, escolhi tanto o prato quanto o vinho sem nem mim preocupar com o preço, afinal eu não pretendia pagar.<br />
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Hotel Sheraton<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1rAKeqPHZhZrQFuRDPn7FHwOi_jgXYmNe11D-7zENQ736Ao9KMjv4-dJr60hmtOJDgq_46i55Qvb-4cbuQu_lSkopkO5tRqBKg0vwXaM9lwRbY4J4okjwm1BVxtOd7qTeGMVdm2cz_7Uc/s1600/shereton.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1rAKeqPHZhZrQFuRDPn7FHwOi_jgXYmNe11D-7zENQ736Ao9KMjv4-dJr60hmtOJDgq_46i55Qvb-4cbuQu_lSkopkO5tRqBKg0vwXaM9lwRbY4J4okjwm1BVxtOd7qTeGMVdm2cz_7Uc/s400/shereton.jpg" width="400" /></a></div>
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Tive um jantar inesquecível depois pedi a ementa de sobremesas e devorei uns doces que eles tinham que não fazia ideia do que era, só sei que era mesmo bom. Eu estava completamente cheio, então pedi uma dose dupla de whisky JB para acelerar a digestão e fiquei observando a banda tocar e uns brasileiro que também estavam no voou só que estavam em situação diferente, evidente que apresentaram o cartão da Viaza como foi instruído, e teve provavelmente o jantar limitado. Fiquei horas naquela mesa, pedi mais uma sobremesa e mais uma dose dupla de JB, o que sei é que quando eu já estava completamente doidão senti que tava na hora de ir para cama e pedi a conta. Aparece o garçon trazendo uma bandeja toda decorada cheia de frescura e no centro da bandeja uma espécie de livrinho e dentro do livrinho um papel que era nada mais nada a menos que a bomba da conta.<br />
<br />
<br />
Com a pose e tranquilidade de um lord inglés, tirei o cartão que estava no meu bolso e coloquei em cima do livrinho. Os olhos do caribenho ficaram o dobro do tamanho, ele mim fez uma pergunta em espanhol que simplesmente não entendi nada, mais imaginei o que era, voltou a repetir e eu com o copo de wisk na mão e uma tranquilidade no rosto perguntei para ele, sorry! Ele saiu e foi chamar um outro funcionário que chegou com um ar mais tranquilo e educado e mim disse que o gasto que fiz não estava incluso no cartão, e eu disse para ele que além de ser prejudicado financeiramente por faltar a um compromisso marcado na Europa graças a Viaza, não iria ficar responsável pela a desorganização da mesma, e que não tinha sido informado de nada com relação ao limite desse cartão, porque se fosse o caso iria jantar em outro lado, e que essa conta eles apresentassem a Viaza porque eu não iria pagar nem um centavo. Criou-se ali um pequeno silencio só abafado pela musica da banda caribenha, o simpático funcionário olhou para a cara do garçon e encolheu os ombros, depois virou-se para mim pediu desculpas e desejou uma boa estadia. Eu agradeci terminei o meu JB e depois sai de mansinho, eu estava completamente doidão, cheguei a pensar que não iria achar o quarto mais finalmente lá cheguei. Dormi feito um anjo, pela manhã acordo com o telefone tocando, todo sonolento apanhei o telefone e ouvi uma voz em espanhol dizendo que havia uma chamada telefónica para mim, se eu queria atender, disse que sim, e ao ouvir uma voz do outro lado, perguntei quem era, era o Mário muito puto e perguntando se eu conhecia mais alguém em Caracas, que era lógico ser ele. Eu tava mesmo doidão, mais depois daquela farra da noite passada, o que vocês esperavam?<br />
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Hotel Sheraton<br />
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Marcamos para nos encontrar no centro da cidade, em um restaurante chamado "Cabana Grande", sai do hotel mais não apanhei um táxi lá, porque sabia que o preço seria uma bomba, mim afastei do hotel e vi uma espécie de táxis popular curioso, eles usam grandes Jipes como táxi, só que enfiam lá dentro varias pessoas e depois vão largando nos seus destinos. Perguntei a um deles se passavam pelo centro, por que eu queria ir até ao restaurante "Cabana Grande". O Mário havia me dito que esse restaurante era conhecidissimo e qualquer taxista conhecia. Ele disse-me que o táxi não passava lá, mais eu poderia descer no "Gato Negro" e apanhar o metro até o centro, e o restaurante ficava perto da saída do metro, e foi o que fiz, nos encontramos no restaurante e fomos almoçar em um outro, já que o Cabana grande era muito caro. Foi fantástico o almoço, mais eu não tinha tanta fome, o meu jantar anterior mim deixou completamente cheio, contei ao Mário o que aconteceu e rimos muito da situação. Fomos dar uma volta por Caracas e depois a noite ele mim deixou no</div>
hotel, não caímos na farra a noite porque eu precisava acorda cedo pela manhã para apanhar o avião.<br />
Não se esqueçam que tenho mais um jantar naquele lindo restaurante com banda caribenha, mais já não era possível repetir o filme, ao chegar a porta do restaurante já tinha o meu velho amigo garçon a minha espera com as mãos estendidas esperando o meu cartãozinho da Viaza. Também eu já não tinha tanta fome assim,eheh.<br />
Dessa vez tive um jantar mais modesto, fiquei pouco tempo no restaurante, ainda tive direito a um whiskysito e depois fui para o meu quarto, foi um dia muito cansativo. Portugal amanhã tô ai!<br />
Todos se informaram no hotel quanto ao horário da saída pela manhã do ónibus que nos conduziria ao aeroporto, evidentemente menos eu, embora a telefonista chegou a avisar-me quanto ao horário eu simplesmente mim esqueci e quando acordei no dia do embarque, o ónibus já havia saído, tive que apanhar um táxi na porta do hotel, o que mim custou uma grana preta, mais pelo menos cheguei no horário.<br />
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Holanda<br />
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Chegando a Lisboa ao descer do avião mim senti como um namorado que acabou de reencontrar a sua namorada, mais uma namorada nada dócil, que mim mostrava de forma realista e cruel o que era a vida.<br />
Voltei ao trabalho só que desta vez troquei de rua, fui com o Patricy trabalhar na praça da Figueira, ficava ao lado do Rossio, era uma praça muito bonita, havia uma famosa pastelaria de nome Pastelaria Nacional, e passei a vender exactamente a frente dela. Passado pouco tempo já todos da pastelaria conheciam agente e havia uma boa relação entre nós. Praticamente eu e o Patricy estávamos quase sempre trabalhando juntos, surgiu uma boa relação de amizade entre agente, a típica e tradicional desconfiança que imperar nesse meio, tinha se reduzida, era como se tivéssemos aprovado um ao outro.<br />
Um dia enquanto trabalhava na praça conheci um brasileiro muito simpático já com os seus 60 anos que estava em Portugal para participar de uma exposição de arte, o ramo de trabalho dele era completamente diferente do nosso, ele fazia quadros de brasões de família, era uma técnica realizada sobre uma espécie de folha de latão, que depois de desenhado o brasão em alto relevo era colocado um produto endurecedor e o brasão ficava parecendo uma escultura em bronze e depois era colado sobre uma grande folha de couro a qual levava uma vara no alto para mante-la imóvel e que pudesse ser exposta na parede, lembrava-me aquelas bandeiras medievais em que os cavaleiros conduziam quando ia as batalhas, ok, não perceberão nada, mais vou ver se mim lembro de pôr uma fotografia exemplificando ok. Era um bonito trabalho e ele tinha ganho um bom dinheiro nessa exposição. <br />
Era um mineirinho muito esperto, já não mim recordo do nome dele porque o chamava sempre de mineirinho. Ele mim disse que onde morava pagavasse muito pouco e valia a pena, era muito próximo da praça da Figueira, consequentenmente do centro. Eu resolvi ir lá conhecer, imaginava qual seria o porem disto tudo, embora o mineirinho mim parecia uma pessoa séria, eu já estava calejado naquela vida e sabia que toda coisa quando era boa, tinha sempre um porem. Fui lá, afinal se tratava de um prédio grande e antigo, em que o subsolo como era muito amplo, ou melhor, do tamanho do prédio, o dono resolveu fazer vários escritórios em que o mineirinho alugou um e transformou em moradia, aquele local em termo de segurança, era zero, porque só havia uma entrada, e lá dentro como era um subsolo janelas nem pensar, mais a ideia foi realmente boa embora o dono do prédio, como dizem aqui, o "senhorio", não permitia que utilizassem os escritórios como casa, mais como ele ia saber, não seria tão fácil já que raramente ele aparecia. É uma maneira de pensar estúpida da minha parte, mais infelizmente as coisas funcionam assim nesta área. Como havia uma casa de banho no fundo do corredor, já não faltava nada, mais atenção, só havia uma casa de banho.<br />
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Aluguei um escritório e fui morar para lá, o prédio ficava na costa de Castelo de São Jorge, no bairro da Mouraria, era um bairro semelhante ao da Alfama, casas velhas, roupas penduradas nas janelas, muitas roupas mesmo, as vezes a ponto de esconder a casa que na maioria das vezes eram pequenas, na parede no meio daquelas roupas todas, havia sempre uma gaiola com um passarinho enclausurado, e na base da janela, muitas flores e canteiros. Era uma paisagem romântica, uma pobreza simples e humilde e as pessoas eram felizes ali, como sempre muitas tascas distribuídas por vários lados, e também a epidemia que parecia está tomando conta de Lisboa, haviam muitos drogados, ladrões, e prostitutas. A propósito das prostitutas, eu em toda minha vida nunca tinha visto tantas putas feias, era um verdadeiro festival de terror, quando morava em Salvador e ia passear para o lado da Praça da Sê onde havia movimentos de prostitutas, ficava surpreso com a qualidade das mesmas, parece estranho falar assim, como se eu estivesse avaliando uma lata de feijão, mais elas eram mesmo bonitas a ponto de nos pôr em tentação. Mais em Portugal, principalmente naquela praça era uma verdadeira desgraça. Colocando-me no lugar de um Português iria dizer que é normal, que o Brasil por ser um pais pobre tem muitas prostitutas, mais a questão não é quantidade é mesmo qualidade. Se levarmos em conta que nas últimas estatísticas, Portugal foi considerado como um país que mais de 50% da população é obesa, oh seja, da metade que sobra vamos retirar as"gordas", porque obesa é uma coisa, gorda é outra, após retirar as gordas vamos retirar as feias o que acham que vai sobrar, portanto um país de apenas 10.000.000 milhões de habitantes, não esperem encontrar uma gata a cada esquina, mim recordo de uma velhinha que trabalhava na prostituição que devia ter pelo menos uns 90 anos, nós brasileiros nos interrogávamos de como era possível aquela vôvô está levando uma vida daquela, e se estava é porque havia clientes, que homem desse mundo teria coragem de encarar um 11 de setembro daquele na cama? O ser humano é mesmo louco.</div>
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</div>
Mudei para o prédio de escritório e comecei uma vida nova na Mouraria, como estava mais próximo do Castelo de Saõ Jorge, passava lá com frequência Mais gostava também de trabalhar na Praça da Figueira em frente a pastelaria nacional porque havia uma portuguesinha que trabalhava na pastelaria a qual começamos a dar umas voltinhas. Bem voltando ao trabalho, um dia estava pintando uma aquarela quando apareceu um brasileiro de nome Fernando, era mineiro de Belo Horizonte e deixou o Brasil com o'mesmo objectivo de todos trabalhar em Portugal e tentar ganhar a vida, ele chegou a Portugal acompanha de um amigo de infância, era o Ulisses, ambos eram 2 rapazes fantásticos, o Fernando se traduzia em uma pessoa honesta e trabalhadora, um menino de bom coração a princípio estranhei um pouco a maneira que o Ulisses o chamava que era de Negão, ele não se incomodava já que com o sorriso e uma boa disposição dizia " Eu sou mesmo negão" ele era de raça negra mais possuía os traços faciais bem delicados, não tinha o nariz largo e lábios grossos como geralmente se traduz uma pessoa de raça negra e era extremamente vaidoso. O Fernando era o maior barato, usava um cabelo rasta e toda aquela combinação dava ao Fernando um aspecto alegre e bem humorado morava em Benfica um bairro a alguns minutos do centro, estava com problemas de moradia e então sugeri o prédio de escritórios. Bem ai começou uma verdadeira invasão de brasileiros, ele foi morar lá e fez publicidade do local, resultado de um falar um para o outro, o senhorio acabou tendo todos os escritórios alugados, ele devia achar estranho de repente, tanto tempo sem conseguir alugar os escritório e de aparece um monte de brasileiros "empresários" que resolverão abrir negócio lá. <br />
<br />
<br />
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Ele não fazia ideia que o negócio consistia em morar e fazer dos escritórios casa. Se recordam que só morava lá eu e o mineirinho, fomos os desbravadores da Escadinha Marques Ponte de Lima, era assim que se chamava o nosso endereço.<br />
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<span style="font-size: x-large;"><b><a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010/01/5-parte-historia-de-um-imigrante.html">PRÓXIMA PAGINA</a></b></span><br />
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<b style="font-size: xx-large;"><a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010/01/5-parte-historia-de-um-imigrante.html">PRÓXIMA PAGINA</a></b> <br />
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Itália, Veneza.<br />
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Comecei a pintar mais aquarelas com uma qualidade bem melhor, comprei alguns livros referente a essa materia ensinando a pintar na papelaria fernandes, a grande loja que entrei a primeira vez que cheguei a Lisboa, ai então comecei a desenvolver. Para diversificar a apresentação, também comecei a pintar uns trabalhos abstractos em folhas grande tipo a do Roberto, assim podia vender um pouco mais caro e jogar com o preço. <br />
<br />
As vezes não apareciam todos na rua, principalmente o Paulo, quando havia muita gente vendendo na rua do Carmo ele ou ia para Rua Augusta vender e aturar os policias, ou ia para o castelo de são Jorge. Trabalhar no castelo era fantástico, era um sonho trabalhar em um lugar tão bonito, era o tempo todo entra e sai de turistas, tirando fotos, sorrindo, era um ambiente fantástico. <br />
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Quando havia pouco movimento eu ia para o outro lado do castelo que dava vista a toda cidade de Lisboa e ficava admirando aquela paisagem, era tão bonita. Havia antigos canhões da época das invasões apontados para o rio Tejo, eu as vezes ficava sentado em cima desses canhões desenhado e ao mesmo tempo contemplando aquela paisagem. Era possível de lá ver o grande centro comercial recentemente construído em Lisboa, que era o "Amoreiras" e que causou na altura o maior reboliço pelo fato de alguns considerarem uma obra com uma arquitetura muito moderna e arrojada não combinando com o estilo da área existente, eu sinceramente não vi nada de mais, mais pronto. Costumava ir sempre lá ao cinema e era um bom lugar para conhecer umas portuguesinhas, e mim diverti um pouco.<br />
<br />
Um dia estava na trabalhando na rua e conheci um brasileiro de uma personalidade admirável, ele se chamava Mário, era de Minas Gerais, eu o chamava de mineirinho. O Mário era vendedor de artesanato, um cara muito inteligente, o trabalho dele consistia em viajar pelo Brasil comprando artesanato em quantidade e bem barato, e trazia para vender em Portugal, ganhava muito dinheiro, tinha uma história como o da maioria das pessoas que vivem pelo mundo, simplesmente fantástica, era chegado também a um raxixizinho, mais era uma pessoa muito moderada, já tinha levado muita pancada da vida e conseguiu se equilibrar. O Mário era o que chamamos no Brasil de menino de rua, foi criado na rua, no meio de toda a malandragem e violência típicas das grandes cidades Brasileiras. A mãe do Mário possuía 2 filhos, era o Mário e um outro rapaz que já não mim lembro o nome, ela era muito pobre e não tinha condições de educa-los, por isso, o mais velho foi entregue para adopção e teve a sorte de ir viver na casa de uma família bem abastada, o Mário ficou com a mãe, e no final acabou virando menino de rua, um dia saiu de casa, e a rua passou ser a sua moradia, pelo visto era melhor. Passou por situações que deixava até o diabo assustado, sobreviveu a tudo isso, conheceu uma garota na altura que o fez escolher o bom caminho, e acabou por se transformar em um cidadão normal e trabalhador. Nunca me esqueço de uma história que ele mim contou de quando era criança, no dia de Natal ele via todos os garotos, filhos de famílias ricas com presente, bibicletas, bolas, jogos, e ele não tinha nem o que comer, quando um garoto filho de uma dessas famílias rica, parou para conversar com ele e mostrar a bicicleta que havia ganho no Natal, o Mário pediu para dar uma voltinha e nunca mais voltou, ou melhor, roubou a bicicleta do garoto riquinho, e numa cidade como o Rio de Janeiro, ninguém encontra ninguém. Era um cara simplesmente excepcional, foram muitos almoços e muitas aventuras que tivemos. Depois foi embora vender para Espanha, pensei nunca mais encontrar o Mário, mais a vida é mesmo louca, o mundo é realmente pequeno e mais a frente vocês saberão porque.<br />
<br />
Alemanha, Stuttigard<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgQGRovXGBxenLJ31ySJ77_4ZpmPHJ0QONtvQySwqwUGl0_-RATJUHd_aCsz7xOrObqL94Oy9CJZvdiy4fFrvgKAh24COCgw2jE4h8htGOFtbr1ReF_TMeM1YZtM7jm38UMIM97qZDyXmm/s1600/DSC00537_600x450.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgQGRovXGBxenLJ31ySJ77_4ZpmPHJ0QONtvQySwqwUGl0_-RATJUHd_aCsz7xOrObqL94Oy9CJZvdiy4fFrvgKAh24COCgw2jE4h8htGOFtbr1ReF_TMeM1YZtM7jm38UMIM97qZDyXmm/s400/DSC00537_600x450.jpg" width="400" /></a></div>
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Na hora do almoço gostava de descer para zona baixa da cidade para almoçar, não gostava de almoçar na Alfama, na baixa havia uma variedade maior de restaurantes e tinha um que eu gostava muito de frequentar, era o restaurante da "Abelhinha", abelhinha era o nome da portuguesinha filha do dono que trabalhava lá, era muito divertida, trabalhava feita uma doida, o pai era o típico português que só pensava em ganhar dinheiro, a mulher dele era a cozinheira, muito simpatica e eu gostava de ir sempre lá, escrevendo isso agora mim deu saudades daquela comida e do vinho do restaurante da abelhinha.<br />
<br />
Fiquei sempre alternando entre a Rua do Carmo e o Castelo de São Jorge, o fato de não ir sempre para o castelo era porque tinha que subir uma verdadeira montanha até chegar lá e por preguiça preferia ficar pela baixa, até que resolvi encarar a Rua Augusta e correr o risco de ter um contacto imediato do 3º grau com um policia,e ai lá fui eu. Dei sorte nos primeiros 2 a 3 dias, até que um belo dia estava compondo uma aquarela que estava fora do lugar, quando sinto uma pessoa parada ao meu lado bem perto de mim, só via os sapatos dele quase que colado em mim, levanto-me e de repente vejo um homenzinho de 1.50 a 155 que se dizia policia, olhando para mim de baixo para cima, já que na altura eu já media 1.90m, e com o ar arrogante virou- se para mim e disse, fora daqui imediatamente se não prendo tudo isso. Ok, que ele era policia a paisana, tudo bem, mais eu não estava habituado a ser tratado dessa maneira e não iria permitir que ele falasse assim comigo, e ainda mais se tratando de uma figurinha como aquela. Sem pensar, e com a atitude desafiadora, normal para um jovem adolescente de 22 anos que não estava habituado a esse tipo de tratamento bruto e arrogante, virei para ele e disse que para prender o meu material, primeiro ele precisava crescer e virar um homem, porque sozinho ele não era capaz. O Portuguesinho ficou fulo da vida, mexia para um lado, mexia para o outro e quando viu que eu estava decidido, e estava mesmo, puxou de um radio e chamou os seu colegas. <br />
<br />
Paris, Catedral de Notridame<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiivdrax-WdLM2WvdFF_YG3voOkauAGyoqi8JC_XbjH83XLlzOvgXjqXIiH7UGkpGwZ-kShc2t5Jv7dK2Cc_ZEkTtjfgkmUZRCdKi9iJm5EcD4YGgIpGK4zWFmwywpQ-njxMpna80KTeab/s1600/DSC00541_338x450.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiivdrax-WdLM2WvdFF_YG3voOkauAGyoqi8JC_XbjH83XLlzOvgXjqXIiH7UGkpGwZ-kShc2t5Jv7dK2Cc_ZEkTtjfgkmUZRCdKi9iJm5EcD4YGgIpGK4zWFmwywpQ-njxMpna80KTeab/s400/DSC00541_338x450.jpg" width="300" /></a></div>
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</div>
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Passado nem 10 minutos chega uma carrinha da policia com 3 policias, vieram na minha direcção e eu fazendo de conta que não percebia nada, um deles exclamou, o que se passa aqui? Quando o policialzinho muito puto disse que eu o queria agredir e negava a tirar o meu material da rua, portanto eu deveria ser detido e conduzido a esquadra. Esquadra em Portugal é delegacia e carrinha da policia era um Furgão. Então o policia mais excitado mim perguntou, Você está querendo agredir uma autoridade? E eu inocentemente disse, não de forma nenhuma, para começar não sabia que esse cara era policia, ele chegou aqui falando bruto comigo e naturalmente eu reagi, pensei que fosse um vendedor de droga. É que na rua Augusta havia sempre vendedores abordando os jovens oferendo raxixi. Raxixi é uma espécie de pasta feita a partir de uma erva tipo a maconha que eles põe no cigarro para fumar. E ai é que o policiasinho ficou passado, ele ameaçou mim agredir, como estava com os colegas podia se proteger se escondendo atrás deles. Aquilo foi uma confusão, as pessoas que iam passando paravam para ver o que estava acontecendo e cada vez mais concentravam-se gente que começavam com criticas a policia, exclamando palavras do tipo, deixem o rapaz em paz!, não ver que ele está trabalhando honestamente!, por que vocês não vão atrás dos drogado e ladrões que estão soltos por ai? Aquilo foi um verdadeiro barraco e os policias não estavam acostumados a serem desafiados dessa maneira por um vendedor de rua, não sei se devido a ditadura que deixou marcas na sociedade ou as enormes responsabilidades que possuíam e não queriam perder tempo com estes tipos de problemas. Tudo bem, compreendo que ele estava fazendo o trabalho dele, só acredito que ele deveria ter um mínimo de educação e não falar com uma pessoa que ele não conhece de lado nenhum desta maneira, tudo indicava que aquele modo grosseiro e prepotente tinha sido alimentado por muitas pessoas que ele já deveria ter desrespeitado, e baseado nisso é que reagi desta maneira<br />
Resultado, mim levaram preso. Fui conduzido até ao carro da policia e levado até a esquadra de palhavã. O policiasinho estava tão puto comigo que tentava incentivar os colegas a me agredirem, mais não teve sorte, mesmo porque um dos polícias já me conhecia e alertou o colega para que se comportasse.<br />
<br />
Mosteirio dos Jerónimos Lisboa<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihEGy-afGv769NFYOSiReUtgUJjY39BIxIIr7_RgrjfrP13HW3pt3xAoQAU_p6g1OuRyTgYqmRNgtugzskEVk98lw6wH_9IxHxmJxi1OXpUhataftVqtI1af_rd1znuZ0gYOiS5XRPkDWN/s1600/images+(2).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihEGy-afGv769NFYOSiReUtgUJjY39BIxIIr7_RgrjfrP13HW3pt3xAoQAU_p6g1OuRyTgYqmRNgtugzskEVk98lw6wH_9IxHxmJxi1OXpUhataftVqtI1af_rd1znuZ0gYOiS5XRPkDWN/s400/images+(2).jpg" width="400" /></a></div>
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</div>
Ao chegar a esquadra fui ser interrogado pelo responsável que mim perguntou se é verdade que eu queria agredir uma autoridade. Eu responde evidente que não, e dei a mesma desculpa que tinha dado anteriormente ao colega dele. Então o policia mim perguntou se eu não sabia que era proibido a venda ambulante na rua Augusta, eu respondi que não, tinha acabado de chegar a Portugal e como tinha visto algumas pessoas vendendo na rua pensei que não tivesse problema. Bem no final de tudo depois de receber um longo sermão, me alertaram que se caso quisesse recuperar o meu material, teria que pagar uma multa que era de 30 euros. Então paguei a multa já que esse valor correspondia a apenas 2 aquarelas das pequenas e como eu tinha bem mais que isso, valia a pena. Sair de lá e fui apanhar o metro para o Rossio depois mim dirigí para o Castelo de São Jorge onde consegui passado algumas horas recuperar o prejuízo. Não pensem que foi a primeira e ultima vez, isso acabou por ocorrer varias vezes porque eu acabava sempre retornando a rua Augusta e era sempre apanhado, e o engraçado de tudo é que acabei criando uma boa relação com os policias da esquadra de Palhavã pelo fato deles saberem através dos outros que eu não usava drogas e apenas procurava trabalhar honestamente, embora de forma ilegal, já que a Câmara Municipal de Lisboa, ou melhor, a prefeitura, não cedia licença a nenhum vendedor. Chegava ao ponto de eu ser alertado pelos policias de quando iria haver um operação por parte da policia municipal. Um dia estava passando pelo Rossio em direção a Rua Augusta, quando uma viatura da pólicia parou ao meu lado e de dentro um dos policias exclamou, "Ver se não aparece na rua Augusta hoje pela manhã, vamos fazer uma limpeza, eu sorri e fiz um gesto do tipo, ok, e ia para a costa do castelo.<br />
<br />
Câmara Municipal de Lisboa<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3ZKsGxvut8gE1s_Dmh3t0nRQOcaonEYhK74SWSRD4_9jAFueV7PuSmbMK17IEC7oqBL-t-AVNlhn4_jrMQJqdfE2AteU7XB6b4T1MpcSJAlNAJtpPJvkSeNklJgU4V8Jxb9BNQpjRcw8r/s1600/cml.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3ZKsGxvut8gE1s_Dmh3t0nRQOcaonEYhK74SWSRD4_9jAFueV7PuSmbMK17IEC7oqBL-t-AVNlhn4_jrMQJqdfE2AteU7XB6b4T1MpcSJAlNAJtpPJvkSeNklJgU4V8Jxb9BNQpjRcw8r/s400/cml.jpg" width="400" /></a></div>
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</div>
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Eu continuava hospedado na pensão Central, depois de ir mim adaptar ao trabalho e ao sistema, cheguei a conclusão que deveria mudar, eu pagava 10 euros por dia, e havia muitas pensões mais baratas, assim mim dizia os colegas da rua. Nesse dia aparece o John acompanhado de um rapaz chamado João, ele não era artista e nem vendedor ambulante, dizia o John que ele era professor de geografia. No fundo eu estava pouco mim linchando se era verdade ou não, de fato ele demonstra um certo nível intelectual e tínhamos boas conversas referentes a história, politica e actualidades, era diferente dos demais. O porem estava no fato de ser um viciado em heroína, assim como o John. Vou adiantando para vocês que ambos neste momento já se encontram mortos, passado 1 ano morreram de overdose.<br />
<br />
O João morava em Algés, era bem próximo de Lisboa, mim disse que havia em Algês uma senhora que alugava quartos e era bem barato, eu iria pagar bem menos. Acabamos apanhando um eléctrico que tratavasse de um bonde, e fomos para Algês falar com essa senhora. Era uma senhora muito simpática gostou de mim de imediato e disse que só havia vaga em um quarto grande que era divido por 5 pessoas, achei aquilo demais, mais o preço era simplesmente baixo, eu iria pagar apenas 50 euros por mês com roupa lavada, limpeza do quarto e as arrumações, tudo estava incluídos. Esse valor equivalia a 10 dias na pensão Central. Para terem uma ideia na pensão eu gastava 300 euros por mês, portanto iria ser uma economia muito grande, em praticamente 2 dias de trabalho eu já tinha o dinheiro para o aluguel.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
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<br />
Ok, mais antes eu queria conhecer as pessoas das quais eu iria dividir o quarto. Se tratava de 2 angolanos e 2 portugueses. Em Portugal eu como disse no inicio, tomei conhecimento de muitos actos de racismo. A senhora da pensão embora muito simpática, mais se relacionava aos angolanos de forma extremamente racista. Um chamava-se, Eduardo e o outro Jóse, ambos trabalhavam na construção civil, ao ser apresentado a eles, mim simpatizei de imediato com eles, porque com o pouco tempo de experiência em Portugal e no meio daquelas pessoa com problemas de drogas que trabalhavam na rua, eu já sabia detectar um possível viciado em drogas, e sabia que um viciado em drogas não encara um trabalho na construção civil, é um trabalho extremamente pesado e a pessoa necessita ter um bom preparo físico e tanto o Eduardo com o José o tinha. Ambos eram trabalhadores natos, e pagavam todos os meses sem nunca atrasar. Enquanto os outros 2 portugueses vim descobrir depois numa noite simplesmente pavorosa que se tratavam de viciados, atrasavam a renda da casa e nunca paravam em trabalho nenhum, no entanto a senhora da casa tinha muito mais respeito por eles do que pelos 2 angolanos. Se referiam ao angolanos como, "Os pretos pá!!<br />
Quanto a noite pavorosa que tive, ocorreu o seguinte, a 1º semana na casa com apenas os 2 angolanos tudo corria perfeitamente, eles chegavam do trabalho cansados portanto dormiam cedo e não atrapalhava em nada, as vezes eu é que chegava de madrugada depois das minhas farras no bairro alto, mais procurava ter o maior cuidado para não acorda-los. Nessa 1 semana os 2 português estavam fora, mais finalmente e infelizmente chegaram. E chegaram numa noite de madrugada enquanto eu e os angolanos dormíamos. Acordei com uma cena simplesmente surreal. O quanto era grande e comprido e a cama deles se encontrava no fundo do quarto. Acordei com o sussurros de varias pessoais, as luzes estavam apagadas, mais do fundo do quarto havia a luz de uma vela e em torno dela 5 rapazes, a luz da vela criava uma sombra sobre a parede que parecia um filme de terror. A impressão que tive de inicio é que estavam rezando todos em volta da vela, mais nas mão não tinha uma bíblia e nem um terço e sim, uma seringa, uma colher grande e espremiam um limão para cima dela, estavam preparando a herónia para se injectarem dentro do quarto. E eu comecei a chama-los utilizando daqueles palavrões bem feios demonstrando a minha raiva com relação aquela atitude. Eles acharam estranho porque tinha ouvido falar que eu era amigo do João, portanto para ser amigo do João só poderia fazer parte do mesmo clube de drogados. <br />
Quanto aos angolanos não gostavam de se meter, mim disseram que já estavam acostumado com aquela cena, mais eu não. Acabei por deixar a casa e fui morar em Lisboa em uma pensão pequena e simples mais muito acolhedora, administrada por um casal de idosos.<br />
<br />
Holanda, Amsterdam.<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Era impressionante a facilidade com que os jovens conseguiam ganhar dinheiro na rua. Me recordo de um dia está indo para casa, quando um rapaz com um aspecto muito triste, chorando e pedindo pelao o amor de Deus que o ajudasse com qualquer valor, qualquer moeda, estava completamente desesperado porque a mãe estava morrendo de câncer, e ele já não tinha dinheiro para os medicamentos dela para aliviar a dor, e era filho único e eles não tinham mais ninguém. Fiquei sensibilizado com aquela situação que foi profissionalmente muito bem encenada, acabei por dar algum dinheiro a esse rapaz, ele agradeceu e foi embora, passado alguns dias encontro ele conversando com o João, quando me viu foi fugiu, e João é que me disse que ele facturava por mês mais de 3000 euros só mendigando e usando aquela técnica, havia pessoas que passavam cheque por não ter dinheiro o suficiente na carteira, a minha vontade foi de encher ele de pancada era enorme, coitado, também já não está entre nós, já foi para junto do João e do John.<br />
<br />
Torre de Belém, Lisboa.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAL7V657ZyuQasOrICbi42wly3EkdafyNL_WTQ9m031yjQNBeTD4Kmlnxrni94uohZrUCx8dh0xF2zPQG46Ux7ffnbC-hcSj6NUG7j9DmdXKGJTnffsNe-24ZVgUtxLcXtDTmUuXkQ8AGE/s1600/images+(3).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAL7V657ZyuQasOrICbi42wly3EkdafyNL_WTQ9m031yjQNBeTD4Kmlnxrni94uohZrUCx8dh0xF2zPQG46Ux7ffnbC-hcSj6NUG7j9DmdXKGJTnffsNe-24ZVgUtxLcXtDTmUuXkQ8AGE/s400/images+(3).jpg" width="400" /></a></div>
<br />
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</div>
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Teve um repórter português que fez uma matéria interessante sobre a mendigagem em Portugal. Ele se fez passar por mendigo durante um mês na rua Augusta, preparou todo um cenário de pobreza bastante convincente, ou seja, roupas velhas e propositadamente sujas. Resultado, passado um mês fez uma matéria para o jornal revelando que conseguiu ganhar muito mais como mendigo do que como repórter no jornal. Eu presenciei por diversas vezes pseudo mendigos, sabia onde se encontravam para beber e fazer festas, eu conhecia de vista um cego que tinha uma FZR1000 Yamaha, ou melhor, uma moto topo de gama, e eu que sou apaixonado por motos fiquei delirando quando a vi. Era assim o ambiente em Portugal quando cheguei, evidente que a boa situação económica facilitava esses tipos de vigarisses, as pessoas não questionavam quanto essas possibilidades daqueles pobres coitados estarem mesmo precisando ou naõ de ajuda, apenas queriam se ver livres deles dando-lhes dinheiro e fazendo uma boa ação, como são muito religiosos e acreditam fielmente em Fátima, deviam achar que assim estarião garantindo um lugar no céu, sem saber eles que estavam alimentado uma cultura de drogaos e vigaristas.<br />
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Já passado algumas semanas, quando estava chegando a rua do Carmo pela manhã para trabalhar, havia um francês aparentado os seu 45 a 50 anos que se chamava Patricy Derieux, e acabei por conhece-lo. Ele já era muito conhecido no meio dos vendedores ambulantes e artistas plásticos , era uma pessoa muito reservada, não dava muita conversa ao pessoal, só o estritamente necessário, e tudo indicava que tinha um segredo qualquer assim como a maioria, e que na maioria das vezes não era nada bom.<br />
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Nesse dia eu estava trabalhando ao lado dele, quando mim pediu para passar o olho no material, porque ele iria ficar ausente por mais ou menos 1 hora. Tudo bem eu cuido do material vai tranquilo, passado exactamente 2 hora ele retornou, mim convidou para tomar um copo e ficamos conversando. Ele era parisiense conhecia muito bem paris, depois acabei por confirmar quando fomos visitar a família dele. As historias que ele me contava da sua vida em Paris era alucinante, mim recordo quando ele mim disse que quando jovem trabalhou em um mosteiro em Paris, era responsável por arrumar a igreja fazer as limpezas, e ajudar o padre, ou seja, o famoso coroinha, e tocar os sinos chamando os fieis para a missa, e nesse mosteiro haviam muitos padres e geralmente a noite no jantar muitos deles ia para cama completamente bêbados, o vinho era sagrado, era o sangue de Cristo, e eles gostavam muito de sangue pelo visto.<br />
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Era uma pessoa muito inteligente, mais como a maioria tinha sempre o seu porém, com relação as drogas também as usava só que de forma muito mais controlada e era raxixi.<br />
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Eu já tinha ganho trabalhando na rua um bom dinheiro, já tinha conta no banco e um cartão de credito e já estava querendo deixar Portugal, mais ouvia falar muito do Algarve, diziam os artistas que era um excelente lugar para ganhar dinheiro, acabei indo lá confirmar e era realmente verdade. As praias do Algarve me conquistaram, eu adorava o mar, portanto poder trabalhar próximo dele para me era fantástico, o Patricy foi comigo, o que pintávamos vendíamos. <br />
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O Patricy tinha uma forma de viver incrível e muito curiosa, quando ele ganhava dinheiro fazia questão de gastar frequentando lugares finos e caros, gostava de ostentar, vivia como se fosse morrer para semana, as vezes ficava completamente teso, e eu falava para ele, se não tivesse pago 40 euros em um almoço naquele restaurante tinha dinheiro o suficiente para comer uma semana, mais ele não ligava, eu contestava mais achava interessante aquela filosofia de vida e acabei por alinhar com ele várias vezes nessas doideiras, foi assim que tomei conhecimento dos melhores vinhos franceses, dos melhores scargots da Borgonha, scargots eram caracois e Borgonha uma região de França que os criavam, e que os criadores franceses antes de os preparar deixavam-os 5 dias sem se alimentar, só bebendo agua e comendo ervas aromaticas, uma maravilha da cozinha francesa, embora muitos falam mal dizendo ser mais etiqueta do que comida. Aprendi muitas coisas com o Patricy Derieuxs.<br />
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Durante o dia pintava dezenas de aquarela pequenas tipo as do Alberto Martins, com temas de barcos pesqueiros, fazia dez a quinze imagens diferente depois colocava passpatoo e a noite a partir das 21 horas íamos para a entrada de um túnel que dava para praia com muitos restaurantes em volta e aquilo era uma loucura, as vezes ficávamos menos de 1 hora e vendíamos tudo, era na praias de Albufeira. Eu começava a enfiar dinheiro nos bolsos que as vezes tinha que parar tudo e ir a casa de banho, ou melhor, ao sanitário, esvaziar os bolsos que já estavam abarrotados de notas, aquilo era um sonho. Quando já não havia o que vender eu ia para uma discoteca que havia, o nome era seven-and-haf, e lá me perdia no meio das francesas e das inglesas. Meu período de Algarve foi uma loucura total, até hoje agradeço a Deus de ter saído de lá vivo, o problema dos artistas em Lisboa eram as drogas e o meu eram as mulheres, eu me metia com muitas malucas e tive a sorte de não apanhar nenhuma doença, foi muita sorte. <br />
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A maioria das garotas que frequentam o Algarve no verão, são as inglesa, alemães e francesas, quando chegam depois de um ano trabalhando duro no país delas, chegam ao Algarve com objetivo de extravasar fazer o maior estrago e depois voltar para o seu país, retornar as suas vidinhas monotona e trabalhadoras, é um perigo. Ok , vamos mudar de assunto.<br />
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Quando terminou o verão retornei a Lisboa, comprei uma passagem aérea directo para Salvador Brasil, ia visitar a minha família e chegar de peito levantado como havia previsto, não ia chegar com tanto dinheiro, isso não, pelo fato de ter queimado boa parte dele no Algarve, e com as ostentações que participava com o Patricy, indo comer em restaurantes caros e luxuoso. A próposito, lembram quando conheci o Patricy e ele pediu para eu passar o olho no material dele enquanto ele ia resolver um probleminha durante algumas horas. Pois é, depois dessas aventuras com ele no Algarve, um dia que estava cheio do vinho, e acabou confessando que era casado com uma brasileira de Vitória do Espírito Santo, quando ela estava vindo para Portugal se encontrar com ele foi apanhada no aeroporto com 1 kilo de cocaína, e apanhou 12 anos de prisão, e naquele dia ele tinha ido visita-la por que tinha tentado na prisão se enforcar com um lençol, é mole! quer mais? acreditem, vocês ainda não viram nada! Deixa só eu voltar do Brasil.<br />
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<b style="color: blue; font-size: xx-large;"><a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010/01/anildo-motta-4-parte_29.html">PRÓXIMA PÁGINA</a></b>www.anildo-motta.comhttp://www.blogger.com/profile/05721608762847883797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2326240633412179553.post-26841335051076085442010-01-26T13:43:00.003+00:002013-04-30T15:58:11.820+01:00PARTE 2º. A história de um imigrante brasileiro baiano na Europa. Anildo Motta 2ª PARTE<script type="text/javascript">
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A viagem está muito agradável, passaremos toda a noite atravessando o atlântico, 8 horas de vôo, chegaremos em Lisboa por volta das 7 da manhã. Observo aquelas pessoas em minha volta, todas aparentando um ar feliz e ansioso. Deverá haver nesse meio algumas pessoas que tem o mesmo próposito que eu? Pessoas que estivesse buscando a sua realização profissional e financeira em outro continente? Não tinha a menor dúvida disso, pela maneira de se comportar, pela sua forma acanhada de ser, era muito fácil detectar essas pessoas. Procurar trabalhar e viver fora do seu país, naquela altura era muito comum já que havia uma grande imigração do Brasil para o exterior derivado a crise económica. O interessante é que nessas situações, ninguém sabe nada de ninguém, e nem imagina quem possa ser a pessoa ao seu lado, e passamos 8 horas a viajar juntos, jantamos juntos, e dormimos lado a lado. Fica uma sombra de curiosidade que muitas vezes se desmancha com um simples puxar de conversa, que acaba por quebrar o gelo e tornar a viagem um pouco mais agradável. Algumas delas poderiam está indo curtir umas ferias na Europa, e outras poderiam está imigrando, embora notasse sempre uma necessidade de esconder esses detalhes para poder manter uma certa aparencia turística. Foi o que senti ao puxar conversa com um rapaz que embora alegasse está indo passear na Europa, mais pelo palavreado e a maneira artificial que se comportava tentando dar um ar de importante, mim deixou certo que estava diante de um imigrante. Depois de servirem o jantar estava previsto um filme que já não me recordo qual foi, depois do filme fecharam o serviço apagaram grande parte das luzes do avião para que as pessoas podessem descansar.<br />
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A noite estava linda, eu ficava observando da janela aquele céu estrelado, tão brilhante acompanhado do som desagradável e constante das turbinas do avião, o ar frio e seco do ar-condicionado criava um ambiente artificial e aconchegante. Tentei ainda chatear um pouco a aeromoça pedindo mais uma dose de wisk para ver se funcionaria como sonífero, mais não dei sorte, educadamente disse-me que estava suspenso os serviços. Não consigo dormir bem em uma situações como essas, estou habituado a uma caminha quente e confortável, embora havia pessoas que dormiam feito uma pedra, principalmente o carioca muito "fino" que roncava feito um serrote. <br />
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Paris, Catedral de Notridame<br />
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Sei que há pessoas que adoram viajar de avião, se fosse por 1 hora 2 no máximo eu até que concordaria, mais permanecer 8 horas dentro de um avião é extremamente desagradável para mim, não gosto de mim sentir preso e limitado a um espaço e sem levar em conta o facto de estarmos atravessando o oceano atlântico, sempre fazendo pairar a hipótese de acabarmos como comida para peixe.<br />
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Finalmente ouve-se a voz do comissario de vôo, informando que dentro de minuto estaremos aterrisando no aeroporto Portela em Lisboa. Não mim recordo da temperatura anunciada, mais o que sei é que essa temperatura mim surpreendeu. Apanhei a minha bagagem de mão alinhei na fila para deixar o avião e mim dirigi a porta de saída. Ao ser aberta a porta senti de imediato uma brisa fria misturada com diversos aromas de perfumes utilizados pelos passageiros que se encontravam a minha frente.<br />
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Ao passar pela porta do avião, senti um frio gelado mim abraçar por completo, e pensei, deve ser bem complicado viver em um ambiente assim, mais vou mim acostumar. Entrei no pequeno ónibus que nos iria conduzir até a porta de desembarque, observava aquele movimento frenético de vai e vem de carros de bagagens , funcionários do aeroporto fazendo o seu trabalho e um agregado de aeromoças e comissários de vôo puxando as suas pequenas malas de rodinhas em direcção a um carro especial para os conduzir a zona de desembarque. Der repente escuto a larga porta do ónibus fechar-se e o motorista engatar a 1º macha pondo o ónibus em movimento, de repente procuro mim segurar a uma barra vertical comum nos ónibus para as pessoas se equilibrarem, e fui obrigado a larga de imediato. Aquela barra estava simplesmente gelada, fiquei apalpando-a até conseguir habituar aquela temperatura, e pensei, tô ferrado. Chegamos a zona de desembarque passei pelo sector de identificação de passaporte mim dirigi a saída a qual encontravas-se um típico português mais parecido com o John wayne que mim fez uma pergunta da qual não entendi nada. Pedi desculpas e que ele repetisse, a pergunta era, " É a 1º vez que vem a Portugal" uma frase simples mais dita por um português naquela altura, parecia "alemão".<br />
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Paris.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyhVr4eOuMtcCe00G01ACVFq_b_iqyJknQlifcC9ycoseaM-YU8x45Of3AKOgzo13S8tleDP-Oz1NgRksU2KhcoFDbF-SsXzl_EKQbyKJ6-pJ6wwZ4FLp535VMdIgQ8SDbzjDgSAB5rHA3/s1600/pre%C3%A7os+imoveis+Paris.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyhVr4eOuMtcCe00G01ACVFq_b_iqyJknQlifcC9ycoseaM-YU8x45Of3AKOgzo13S8tleDP-Oz1NgRksU2KhcoFDbF-SsXzl_EKQbyKJ6-pJ6wwZ4FLp535VMdIgQ8SDbzjDgSAB5rHA3/s400/pre%C3%A7os+imoveis+Paris.jpg" width="400" /></a></div>
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.Não estava habituado a ouvir pronuncia portuguesa, em Salvador conheci alguns mais já estavam a muito tempo no Brasil falavam evidentemente com o seu típico sotaque, mais não era tão embolado. Já os portugueses nos percebem bem, pelo facto de haver em Portugal sendo transmitido na televisão muitas novelas brasileiras, portanto fica fácil para eles. Disse que sim, e ele com um ar serio e compenetrado, apontou para uma mesa a esquerda que era para fazer o controle sobre as bagagens. Quando chega os vôos da América latina, tem uma recepção bem especial, como se trata de países pobres e com grandes produções e consumo de drogas, saõ seleccionados do grupo de passageiros uma certa parte para ter as suas bagagens vistoriadas em busca de drogas, armas ou qualquer coisa que altere a segurança do país. Fantástico, eu devia ter o aspecto típico de um traficante, mais estava eu estava adorando aquilo tudo. Evidentemente como não havia nada de ilegal, fui autorizado a ir embora. Saindo dessa área a primeira coisa que fiz sem pestanejar, foi correr em direcção aos sanitários, naõ é que tivesse as necessidades físicas que vocês estão imaginando, mais sim para abrir a minha mala e vestir quase tudo que tinha, para ver se esquentava um pouco, porque eu já mim sentia um picolé ambulante.<br />
Depois de sair do sanitário mim dirigi a porta de saída, eram muitos carros chegando outros saindo, um entra e sai de passageiros e bagagens, ou seja, um típico aeroporto de uma grande cidade. Ok! encostei o carrinho que transportava as minhas bagagens a um canto, sentei-me nas bagagens, e ai sim, mim perguntei. Então Anildo o que é que você faz agora? Depois de reflectir um pouco cheguei a conclusão. Me dirigi a um taxista e perguntei como se chamava o centro de cidade e gostaria que mim conduzisse até lá. Imediatamente ele respondeu. "Rossio". Curioso é que hoje em dia acho tão simples o nome e a pronuncia e naquele dia parecia tão complicado. Finalmente fui conduzido ao centro da cidade. Ao chegar no Rossio, fiquei maravilhado com a beleza da praça, o movimento frenético das pessoas de um lado para o outro, os pombos voando para o telhado dos prédios, uma fumaça esquisita que saia de uma espécie de caixa a qual uma senhora retirava algumas coisas de dentro, acabei por descobrir que eram as famosas castanhas muito típicas em Portugal e que são vendidas quentes e acabadas por fazer para esquentar um pouco as pessoas, o cheiro era muito agradável.<br />
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Paris.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZlwhTTPOPWD2Lubv9HAN8FinBIDfmECvdk82Sl8L275etvwyi6_Db8YmRxJJ1KUxw3nse8o1HUrcvOsUbTJOvAGeO9_zYdw9UEaYNskL9dRstq6rdNHnJaAylgknEPLu9sObiVhQNKDQF/s1600/DSC00120.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZlwhTTPOPWD2Lubv9HAN8FinBIDfmECvdk82Sl8L275etvwyi6_Db8YmRxJJ1KUxw3nse8o1HUrcvOsUbTJOvAGeO9_zYdw9UEaYNskL9dRstq6rdNHnJaAylgknEPLu9sObiVhQNKDQF/s400/DSC00120.JPG" width="300" /></a></div>
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.Depois de circular pela as ruas do Rossio, vi a uns 15 metros de distancia em uma rua sem saída uma pensão, Pensão Central que foi onde mim dirigi para saber o preço da diária. Ao chegar a portaria um senhor gordo e bigodudo, ou seja, tipicamente português mim recebeu de forma séria e desinteressada. Os Lisboetas não costumam ser muito simpáticos, ou seja, quem vai a portugal e conhece só Lisboa, fica com uma imagem nada agradável do povo português pelo fato dos lisboetas estarem sempre chateados com alguma coisa mais se vocês vão ao norte é uma diferença enorme, lembro-me quando cheguei a primeira vez na linda cidade do Porto, perguntei a um empregado de mesa do restaurante se estávamos mesmo em Portugal. Uma coisa que todos os brasileiros notam quando chegam em Portugal é que as pessoas quando se encontram na rua e perguntam uma a outra se está tudo bem, a resposta é sempre, " mais ou menos" ou "vai-se andando" ou então " Há , como Deus quer é que nunca dizem, tá tudo óptimo ou tá tudo bem, ou fantástico, e como costumamos dizer no Brasil, "Tá óptimo se melhorar estraga" Para eles as coisas nunca estão bem, quando estou na rua reparo que as pessoas depois de se cumprimentarem com o mais ou menos, quando começam a conversar o assunto é, ou problemas de saúde ou falta de dinheiro, problemas familiares ou seja, eles só vêem a vida mais pelo lado negativo, é impressionante. A velha maneira de ser do brasileiro sorridente e brincalhão podem está passando fome, "mais tá tudo beleza" não são bem entendidos por eles, mais depois fui conhecendo e cheguei a conclusão que é a maneira natural deles, mais no fundo acabava por se revela uma pessoa alegre e amiga, o problema é que são desconfiados e até não conhecer bem a pessoa eles mantenhe sempre uma distancia.<br />
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Portugal Lisboa, Ponte Salazar<br />
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Mais notei que o Brasil era muito bem publicitado aqui. Na altura que cheguei era Carnaval no Brasil e a televisão portuguesa transmitia em directo o Carnaval ,e eles adoravam ver as brasileira com aqueles biquínis dançando no sambodromo. Quando eu parava para ver algumas imagens do Carnaval alguns hospedes da pensão aproveitavam para fazer perguntas a respeito do Brasil.<br />
Depois de hospedado fui dar um passeio pelas ruas e ver se encontrava alguns artistas para que eu pudesse mim entrosar. Ao sair da pensão depois de andar uns 400 metros entrei em uma rua chamada, rua do Carmo, foi quando avistei um rapaz sentado em uma pequena cadeira com uma placa sobre os joelhos desenhando algo, quando mim aproximei descobri que se tratava de um artista pintando uma aguarela, do seu lado direito encontravas-se uma placa medindo aproximadamente 1 metro por 2 de largura onde ele colava alguns de seus trabalhos já realizados. Foi a 1º vez na minha vida que vi uma pessoa pintando aquarelas, não conhecia essa técnica a não ser pelas musicas do Toquinho e Vinicius de Morais. A Aquarela não é taõ difundida no Brasil, geralmente os artistas brasileiros preferem mais a pintura a óleo, exactamente a técnica que desenvolvi. Aquela pintura parecia tão simples, tão suave, embora o artista não tinha assim tanto talento, avaliando o trabalho em termos artísticos era muito fraco, o que mim deslumbrava era a técnica a aquarela tão simples e aparentemente fácil de trabalhar.<br />
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Portugal, Lisboa.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwctZAqYqwv976nboOUTyUu7dy6jOKPsgy28YsO6R85o9dkGntKMhFwhP6-FSRP-uMulQE6weL2oMmk_CWffuYo41dCqc2TBIUvPWwMm5sKbDpaHh_1AU0STBHugkHWdnsHZWKfT2ZS7UR/s1600/lisboa1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwctZAqYqwv976nboOUTyUu7dy6jOKPsgy28YsO6R85o9dkGntKMhFwhP6-FSRP-uMulQE6weL2oMmk_CWffuYo41dCqc2TBIUvPWwMm5sKbDpaHh_1AU0STBHugkHWdnsHZWKfT2ZS7UR/s320/lisboa1.jpg" width="320" /></a></div>
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</div>
.O nome dele era Paulo, era gordo baixinho e tinha um ar meio "Onde estou!!", mais era um cara simpático, perguntei para ele se vivia só daquele trabalho e se era possível ganhar algum dinheiro. Ele mim disse que sim, que preferia está ali pintando as suas aquarelas do que está trabalhando para um patrão. Perguntei se era necessário alguma licença para está trabalhando ali, e ele respondeu com um ar despreocupado, que não tinha licença e também não era necessário, só de vez em quando é que a policia resolvia incomodar, mais nem sempre. Resumindo precisava sim.<br />
Continuei o meu passeio e entrei em uma loja de materiais de pintura, fiquei maravilhado, era uma loja grande que havia de tudo com relação as artes plásticas, pesquisei e comprei algumas aquarelas para dar inicio a essa nova técnica.<br />
Durante o meu passeio observava a forma de vida daquela gente bem vestidas e apressadas,, as mulheres usavam botas altas, casacos de pele, cachicou no pescoço, luvas, e toda aquela parafernalia necessária para se fugir do frio. Me recordo que chegava altura que o frio era tanto, que ao passar por uma pessoa, o vento criando pelo movimento dos corpos passando um pelo outro, era o suficiente para criar um vento gelado que penetrava na roupa e chegava aos ossos. Agora imaginem quando estávamos para atravessar a rua e passava um ónibus, o vento gelado que criava mim dava a impressão que eu ia congelar e que não iria dar mais nem um paço. O baianinho acostumado a 35 a 45 graus de temperatura, tava mesmo ferrado.<br />
Os preços das coisa eram sempre altos, nem se quer me passava pela cabeça comprar alguma coisa que não fosse extremamente necessária, encontrava casacos fantásticos que mim faziam balança, mais esperava primeiro ganhar os primeiros escudos para poder comprar algumas coisas.<br />
Havia uma rua paralela a rua Augusta, chamava-se rua da prata, onde se encontrava muitas tavernas e restaurantes, havia uma taverna que eu gostava de frequentar ia as vezes ia lá tomar uma cervejinha e ficava observando os portugueses que lá frequentavam. Eram gordos, falavam alto e não paravam de beber vinho. Uma taça de vinho em Portugal chegava a ser mais barato do que uma garrafa de água um hábito que é derivado ao frio, hábito esse que acabei por adquirir também. Eles bebiam demais, nessas tavernas que eram frequentadas por uma grande maioria das pessoas que trabalhavam na rua Augusta, vendedores ambulantes e funcionários de lojas, era um ambiente engraçado, o curioso é que diante de de tanto vinho, risadas exageradamente altas derivado ao vinho, nunca se presenciava nenhum sinal de briga ou violência, bem diferente do Brasil, que geralmente nessas situações algumas pessoas tem a tendência de lembrar do que não devia, como por exemplo, "Você andou se metendo com a minha mulher?" pronto, tá feito.<br />
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Vinhos região do Douro<br />
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Retornei a rua Augusta para ver se encontrava o Paulo e convida-lo para tomar um copo, o que era muito comum, quando dois portugueses se encontram a primeira coisa a dizer é: Vamos tomar um copo! Atenção, temos que levar em conta o ambiente em que estou inserido, ou seja, povão. Embora nas classes dita elevadas também é mesma coisa.Chegando a Rua Augusta la estava o Paulo sentado pintando as suas aquarelas e conversando com um outro rapaz que acabei por conhecer. Era um brasileiro também artista que trabalhava na rua vendendo as suas obras, era uma peça simplesmente do outro mundo. O nome dele era Roberto, era também baiano e já morava em Portugal a mais de 10 anos, um tipo extremamente conversador e contador de historias, quando digo contador de historias, quero dizer com isso que era um grande mentiroso, mais era uma boa pessoa, ele tinha uma necessidade mórbida de contar mentiras, contar vantagens, mais só fui descobrir isso passado algum tempo, evidente a mentira tem pernas curtas e com o tempo acaba por se revelar.<br />
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Portugal, Porto.<br />
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.Mais com todas as manias nos dávamos muito bem, o fato de sermos da mesma região nos tornava como irmão assim dizia ele, e com o Roberto foram muitas idas a taverna tomar um copo. Eu não estava habituado a beber tanto, no Brasil a nossa bebidinha é uma cervejinha não dá para ficar doidão, mais em Portugal era vinho, muito vinho e eu tomava cuidado para não perder o rumo.<br />
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Me recordo nesse dia a noite o Roberto mim convidou para ir tomar um copo em uma taverna que um amigo dele trabalhava, ok, vamos lá disse eu, depois de ter conhecido vários colegas dele na rua, todos verdadeiro alcolatras e viciados, incrível eu nunca tinha conhecido, nem mim relacionado com pessoas que consumia drogas pesadas e em Portugal passei a conhece-los e testemunhar as loucura que a droga era capa de fazer, usavam drogas drogas pesadas, a famosa heroína. No Brasil eu já tinha ouvido falar mais como disse nunca tinha presenciado o consumo dela e os efeitos. Uma coisa boa que o Roberto tinha é que não usava drogas o negócio dele era só a bebida. Esse amigo dele que trabalhava na taverna que ele queria que eu conhecesse mim surpreendeu pelo fato de ser uma pessoa normal, ou seja não consumia drogas, era trabalhador e demonstrava ser uma pessoa inteligente, e também era brasileiro, de Goiania.<br />
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Na taverna e como sempre alguns copos e depois, fomos almoçar numa taverna baratinha em que a comida era muito boa, pelo menos para mim como era novidade a gastronomia portuguesa, tudo tornavas-se interessante. Me impressionava a quantidade de batas fritas que eles comem, associadas ao vinho ao pão e a sobremesa, era um festival de carboidratos que explica porque são tão fortes.<br />
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Já no fim da noite eles mim levaram para uma actividade a nível "cultural", ou seja, conhecer um famoso bar chamado Pirata, esse bar era especializado em duas bebidas as quais os donos não revelavam de como era feita, mais era muito boa, uma das bebidas era o" pirata" o mesmo nome da casa e a outra perna de pau. Chegando ao bar encontramos um outro amigo dele chamavas-se tô. O tô era conhecido em toda rua Augusta pelo fato de ter ganho um prémio do guinness book, ela trabalhava também na rua fazendo de "estátua" Ou seja, pintava o rosto todo de branco para dar um ar de estátua, vestia uma roupa extravagante e subia em um pequeno banco, antes colocava um aparelho se som tocando musicas do Pink Floyd o que dava um ar meio transcendental, meio pirado. Ele ganhou um prémio do guines por consegui bater o recorde de imobilidade, ficou varias horas sem se mexer fazendo-se de estátua, já não mim recordo quantas horas, mais foi o suficiente para bater o recorde mundial, era conhecido como " O homem estátua". Durante essa noite ouvia varias estorias do Tô e do Roberto, desde conflitos com skins reds na Alemanha, como centenas de viagem pela Europa trabalhando como estátua, depois de passado algum tempo acabei por chegar também a conclusão que o Tô era também um grande Loroteiro, ou seja, aquela necessidade mórbida de inventar histórias das quais eles saiam sempre como herói, era muito comum naquele meio, mais era curtida aquela atmosfera. O que sei é que chegou a hora de voltar para a pensão e eu já estava completamente tonto por "causa do perna de pau" aquela bebidinha mim apanhou de jeito, então mim despedi deles e parti em direçaõ a pensão, a minha sorte é que era perto porque no estado em que eu estava, se fosse muito longe acabava ficando no caminho.<br />
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Paris, Torre Eiffel<br />
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Quando cheguei a pensão, ainda bem que o velho não mim viu passar porque se visse ia ficar coma ideia de que eu era um bêbado incorrigível O que sei é que tombei na cama e dormi feito uma pedra, apaguei com toda a roupa que usava quando cheguei da rua, acho que tinha até esquecido o frio.Ok, mais amanhã será um novo dia e vou começar o meu trabalho, coisa que eu estava ansioso por fazer.<br />
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Acordei pela manhã com o frio que mim gelava os pés, pelo visto o tal do "perna de pau" a bebida secreta do português que não revelava a ninguém de que aquilo era feito, era realmente boa. Acordei inteirinho, ou seja, sem aquelas típicas dores de cabeça resultado de uma noite de abusos. Fui escovar os dentes e lavar o rosto e mesmo com os usuais aquecedores para a água, ou seja "esquentadores" como chamam lá, a agua no inicio assustava com a sua temperatura, tomar banho pela manhã para mim não mim atreveria, seria uma batalha que não estava afim de travar naquele momento, portanto só seria a noite.<br />
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Fui para a rua curioso de como seria o resultado em termos de vendas, e pensei vou colocar o meu material ao lado do Paulo, assim teria alguém para conversar e quebraria um pouco a minha timidez pelo fato de nunca ter feito isso antes, em Salvador trabalhava e zonas fechadas, em galerias e shopping center, e aqui em Portugal estava indo trabalhar na rua o que no Brasil chamamos vulgarmente de "Camelôs". Mais não mim incomodava muito essa ideia porque o ambiente era completamente diferente, com exceção dos drogados artistas que ia para rua com o único propósito de fazer dinheiro para manter o consumo.<br />
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Havia um outro artista chamado "John" que chegava todos os dias pela manhã cantando e dançando e no inicio eu pensava, olha ai, finalmente um português sorridente e animado, demonstrando felicidade e bom humor. Depois é que fui descobrir que era viciado na heroína e quando chegava todas as manhãs tão contente era porque já tinha recebido o incentivo da heroína. Era muito fácil para esse pessoal ganhar dinheiro na rua vendendo as suas pinturas, as pessoas compravam e era possível viver ganhando um bom dinheiro simplesmente desta maneira, ou seja, sendo um "Camelô". Portanto o pessoal da droga que sabiam pintar alguma coisa convincente, ganhavam dinheiro para manter o vicio e levar uma vida tranquila, embora a vida de um drogado não seja nada tranquila quanto mais ganhavam, mais drogas consumiam.<br />
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Itália. Piazza San Marco.<br />
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Ok, nesse dia cheguei na rua, coloquei as minhas telas ao lado do Paulo e mim pus a exercer a minha nova modalidade de vendas. As minhas telas eram grandes e consequentemente o preço também para vocês terem uma ideia o preço que eu pedia por uma tela, era uma media de 100 a 150 euros, isso equivalia no Brasil a 1 salário mínimo e meio, por se tratar de uma técnica realmente cara o óleo sobre tela, e eu não queria baixar o preço para não desvalorizar o trabalho. Estabeleci o valor em euros, mais vale apena salientar que na altura era o escudo. As pessoas adoraram as pinturas, os drogados ficaram doidos e acabei por ganhar o respeito deles como um artista de verdade, já que até antes de verem os meus trabalhos acreditavam que eu era apenas mais um querendo se armar em artista. As pessoas perguntavam o preço constantemente mais achavam caro, muitos diziam que esse tipo de trabalho não era para a rua, que eu deveria procurar algumas galerias de arte. Realmente acabei de chegar também a essa conclusão de que para se vender bem na rua tinha que ser algo barato e simples.<br />
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O Roberto tinha uma espécie de pintura interessante, era um estilo meio abstracto feito sobre papel brilhante e que fazia uns efeitos estilizados e quanto ao preço, eram baratos, ele vendia cada pintura sobre o papel a uma média de 20 a 30 euros. Era uma técnica em que em menos de uma hora ele conseguia fazer um quadro, portanto podia jogar com os preços e estava sempre ganhando. Para vocês terão uma ideia a hora de trabalho de um garçon ou empregado de mesa como dizem a qui, era de mais ou menos entre 3.50 a 4.00 euros por dia, ou seja, o Roberto ganhava mais por hora do que um empregado normal e não tinha que trabalhar feito escravo 8 a 12 horas por dia, tanto ele quantos os outros.<br />
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Resultado de tudo isso é que no fim do dia eu não tinha vendido nenhum trabalho, como havia dito derivado ao alto preço embora tenha aparecido muitas pessoas interessadas. Mais resolvi seguir o conselho daquelas pessoas que diziam que aquele tipo de trabalho não era para rua e sim para galerias, então resolvi ir a procura de galerias de arte para apresentar o meu trabalho e tentar entrar no circuito artístico português.<br />
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Destas pessoas que conheci na rua e elogiaram o meu trabalho, ouve um rapaz que chegou a mim falar sobre algumas galerias que conhecia e que acreditava que se eu fosse lá provavelmente venderia alguns trabalhos. Então foi o que fiz. Numa manhã peguei todas as minhas telas e o meu book e mim dirigi a uma destas galerias que funcionava para o lado do Saldanha em Lisboa. Eram galeria de luxo habituadas a trabalhar com artistas nominados, era muita ingenuidade minha achar que chegaria assim em Portugal e em muito pouco tempo estaria entrando no circuito europeu de arte e iria trabalhar com uma destas galerias. Mais na altura não pensei assim, fui directo a galeria contactar um dos donos. Sim um dos dono já que essa galeria pertencia a duas pessoas.<br />
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Ao chegar apresentei-me disse que era artista plástico e tinha alguns trabalhos que gostaria que eles vissem, neste momento só havia um dos donos. Um rapaz aparentando uns 30 anos, sério e não dando muita credibilidade aos meus trabalhos antes de os verem. Sim antes de os verem, porque depois que viu ficou encantado e ligou par o sócio que estava a alguns quarteirões. Então com uma boa parte das minhas telas espalhadas no chão da galeria ficava esse rapaz analizando-as. Vocês devem imaginar com é que eu transportaria tantas telas que no total eram 22 das melhores que havia. Essa telas não possuíam os aros de madeira, ou seja, o suporte que vem por trás para mante-las esticada. Eu tirei todas do suporte porque caso contrário seria impossível transporta-la. Tinha todas enroladas em forma de tubos que facilitava mais o transporte.<br />
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Finalmente chegou o sócio do rapaz, também se tratava de um homem na casa dos 35 a 40 anos. Olhou para todas aquelas tela, analisou cada uma de uma forma bem profissional. A maioria das telas eram pinturas no estilo surrealista, estilo esse que eu gostava muito de pintar, usava como tema as mulheres, dando um ar surrealista a atmosfera. O rapaz olhou todo o material elogiou e disse-me que infelizmente não estava interessado naqueles trabalhos por se tratar de uma técnica que não condizia com o estilo da galeria, que se eu pintasse alguma tela dentro do estilo da galeria ele comprava. Ora, eu com todas aquelas telas deixar de lado para satisfazer aquele cara, pintando um estilo que para mim não mim dizia nada, nem pensar. Eu não estava disposto a iniciar o meu trabalho pintado um estilo que eu achava ridículo, só pelo fato daquela galeria trabalhar só com aquele estilo. Não, agradeci ao rapaz e fui embora, tentei mais umas 2 ou 3 naquela área e a resposta foi semelhante. Ou queria que eu mudasse de estilo, ou o dono da loja mal queria mim receber por não se tratar de um artista famoso, ou tinha que marcar um horário pelo fato do dono não se encontrar na loja.<br />
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Bem desisti desse local e fui fazer uma outra tentativa no Casino Estoril, na linha de Cascais, ou seja muito atrevimento como tinha dito antes, tentar entrar no mundo das artes em Portugal assim de forma tão fácil. Me dirigi ao Casino, ao chegar a porta da galeria fui imediatamente interpelado pelo segurança que ao ver aquele rapaz novo com aquelas coisas enroladas debaixo dos braços e com pinta de imigrante perguntou o que eu desejava. Eu sabia o nome do proprietário da loja que uma das pessoas que tinha conversado na rua comigo mim falou, portanto o segurança mandou eu entrar e foi chamar o proprietário Fiquei um bom tempo a espera, aproveitei para conhecer os trabalhos exposto na galeria. Era uma galeria luxuosa, muito espaçosa e que também possuía um estilo de pintura que não tinha nada a ver comigo. Passado uma meia hora chega o proprietário um senhor aparentando ter os seu 45 a 50 anos, gordo com um ar muito sério que mim olhou de cima para baixo e que mim fez sentir de imediato que as coisas não iriam sair bem. levava comigo também o meu álbum de fotografia, era um algum grande tamanho A3 e que continha muitas fotografias de trabalhos e das exposições realizadas em Salvador. Ele passou uma vista muito rápida no álbum, mais depois de ver as fotos e os diplomas e prémio que lá constava ficou um pouco mais simpático. <br />
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O resultado foi que deixei o Estoril sem vender nada e sem convite nenhum para exposições. Então resolvi no outro dia voltar para a rua e procurar pintar outra coisa bem mais comercial e que pudesse vender por um preço bem barato. A zona do Estoril era muito bonita, fui até lá de Comboio, ou seja de trem, comboio é a a expressão portuguesa para trem. Foi a primeira vez que tinha andado de trem, já que no Brasil não é tão comum transporte ferroviário e o pouco que conhecia no Brasil desse tipo de tranporte, não tinha nada a ver com os trens usado na Europa. Eram trens confortáveis e muito agradável viajar nele. A viagem era em parte toda feita a beira mar, uma visão muito bonita, passei pela área de Belém onde fica a torre e o Mosteiro, era um espetaculo.<br />
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A noite pintei algumas aquarelas, não tinha pratica nenhuma naquilo, não conhecia a técnica e tratava as aquarelas como se fosse tinta óleo. A aquarela tem que ser trabalhada usando bastante agua e pouca tinta para que fique com um efeito bem aguado criando primeiro manchas para depois na 2º fase procurar finalizar com tons mais escuros e brilhantes, estou a mim referir a pinturas de paisagens embora no geral é assim que se deve pintar com aquarela. O tema que utilizava para pintar era o utilizado pelo Paulo e pela maioria dos artista em Lisboa que se tratava da "Alfama". A Alfama é um bairro antigo de Lisboa que serve de inspiração para os artistas, pintores, músicos e poetas. É um bairro interessante, muitas casas antigas, tascas para todo o lado, ouvia-se fado onde quer que se entre e no alto da Alfama se encontra o Castelo se São Jorge, formidável, a vista do Castelo para Lisboa é magnifica, pelo fato de ser a parte mais alta de Lisboa, evidentemente naquela época para lutar contra aos invasores Mouros,construiam os castelos nas partes mais altas para poder ter uma visão maior da cidade e naquela época também da floresta e poder detectar a aproximação do inimigo. O cheiro de sardinha assada toma conta das ruas da Alfama, é tradição deles comer sardinhas, beber vinho e usar o pão como guardanapo e depois comer. Na Alfama tínhamos a impressão que voltávamos no tempo, aquelas pessoa com um ar e aspecto de que saíram de um filme de há 200 anos atrás, mais era mágico tudo aquilo. Bem voltando para a pintura em aquarela, o Roberto e o John eram os únicos que não pintavam aquarelas, ambos tinha a mesma técnica que era aquele trabalho abstracto pintado com tinta acrílica sobre papel. Conheci também um português chamado Alberto Martins, o cara na aquarela era realmente bom, fazia trabalhos formidáveis e o mais impressionante é que pintava aquarelas em papeis do tamanho de um cartão postal, nesse pequeno espaço pintava umas ruas da Alfama, também alguns barcos típicos do sul de Portugal, o Algarve, que era aterra dele e é a principal zona turística de Portugal, vale a pena conhecer. E ele vendia as suas aquarelas com uma facilidade fantástica, ganhava muito dinheiro, o Alberto Martins era um exemplo de artista equilibrado, não fumava não bebia apenas pintava as suas pequenas aquarelas que as vendia por uma média de 5 a 8 euros as tamanho postal e as outras no tamanho de uma folha A4 já era bem mais caro chegava a pedir entre 20 a 40 euros. Mais também tinha uma pacada doida, de 15 em 15 minutos de conversa, de repente corria para o café em busca da casa de banho, devia ter um problema qualquer na prostata, mais dizia sempre que era normal, era sinal de boa saúde. E eu balançava a cabeça positivamente para não o contrariar. <br />
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Lisboa Castelo de São Jorge.<br />
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Como havia dito no inicio, o preço da hora de trabalho em Portugal numa profissão simples como, garçon, empregado em uma loja, funcionários de empresas era uma média de 3.50 euros a hora, trabalhando pelo menos 8 horas por dia ou seja, 28 euros por dia. Esse era um excelente salário na época. Fazíamos esse valor facilmente por dia trabalhando apenas algumas horas. O Alberto Martins com as sua aquarelas em tamanho postal as vezes não ficava nem 1 hora na rua vendendo, em pouco tempo vendia todas as suas aquarelas.<br />
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Havia uma rua em Lisboa em que era uma verdadeira mina, se conseguíssemos ficar pelo menos uma hora trabalhando sem ser importunado pela policia ganhávamos o dia rapidamente, havia um forte movimento de pessoas, pelo fato de haver muitos bancos e lojas, só bastava encostar uma placa de 1 metro por 2 em um canto com algumas aquarelas exposta e logo paravam pessoas e compravam tudo.<br />
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Voltando a falar nesse Alberto, era uma figura interessante, o fato de fugir por completo do típico português que gosta de se embebedar, o Alberto não, também não usava droga, dávamos muito bem pelo fato dele saber que eu também não alinhava nessas coisa. Mais depois acabei por saber que o fato dele ter esse estilo comportadozinho foi devido a um problema de sáude que teve que quase o levou para o andar de cima, ou seja, quase morreu, a partir dai passou a adoptar esse estilo de vida, era vegetariano e cheguei a ir com ele algumas vezes almoçar nesses restaurantes especializados em comida vegetariana, era interessante, era só para fugir a rotina, como se em um mundo desse que eu estava inserido existisse rotina.<br />
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Bem como havia dito antes, preparei as aquarelinhas a noite e pela manhã fui estreiar na rua do Carmo, não fui a rua Augusta pelo fato de não ter experiência nenhuma de venda na rua e também de nunca ter sido abordado por policias, aquilo para mim fazia confusão, portanto fui para onde se encontrava o Paulo o Roberto e o John.<br />
Lisboa, Rio Tejo.<br />
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Ao chegar naquela manhã, o frio era grande e as pessoas corriam de um lado para outro cheias de pressa e totalmente concentradas em suas vidas. Iria ser a primeira vez na minha vida que iria trabalhar dessa maneira, vendendo na rua como "Camelô" estava um pouco sem graça mais ao olhar as pessoas em volta era tudo tão natural, ninguém estava preocupado em observar a vida dos outros e ai fiquei mais tranquilo e fui perdendo a vergonha. Abri um plástico no chão assim como fazia o Roberto e coloquei as minhas aquarelas, passado pouco tempo vendi uma, fiquei mesmo feliz com aquilo e fui mim animando mais.<br />
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No final do dia, sendo a primeira vez, sem conhecer a técnica da aquarela e fazendo um trabalho que precisava muito melhorar, e eu sabia disso e sabia que era questão de tempo muito pouco tempo, tinha conseguido ganhar cerca de 30 euros, um dia de trabalho extremamente bem pago para um trabalhador normal e tudo isso trabalhando para mim mesmo, sentado em uma rua fantástica vendo as pessoas passarem e estando o tempo todo na conversa, aprendendo coisas, e procurando conhecer esse sistema, essa pessoas de cultura tão diferente, foi magnifico, aquilo para mim foi como um "Seja bem vindo" eu adorei Portugal ao chegar, e agora descubro que posso ficar e ganhar o meu dinheiro trabalhando para mim mesmo e fazendo o que gosto, mesmo que seja na rua como Camelô, eu estava realizado e feliz e via em minha frente não uma luz no fim do túnel, mais via o túnel todo iluminado.<br />
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Nesse dia depois do trabalho, ou seja seja depois do comercio fechar fui almoçar em bom restaurante sozinho, queria apenas a minha companhia, não mim recordo o que comi mais era algo bem português certamente, pedi um bom vinho e fiquei fazendo uma retrospectiva de tudo que havia passado e cheguei a conclusão que estava em um excelente ritmo, e se eu procurasse manter passado mais uns meses iria ao Brasil visitar a minha família. Carregava uma pochet presa a cintura onde ficava os meus documentos e dinheiro e dentro dela estava a minha passagem. Passagem de volta para o Brasil que eu pensava em caso as coisas corressem mal, iria usa-la e voltar para a minha família. Simplesmente, raguei-a, simplesmente cortei-a em vários pedaços e disse para mim mesmo, você não vai voltar ao Brasil dentro de 2 meses, você vai ficar e fazer aqui a sua vida. Foi magnifico, pensei que fosse ser tudo mais difícil ao chegar a Portugal, e agora vejo que sou capaz de mim manter sozinho, ganhar o meu dinheiro, pagar as minhas contas e curtir, curtir bastante, por que a Europa está a minha espera, e ai vou eu!<br />
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<span style="font-size: x-large;"><b>PRÓXIMA <a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010/01/brasil-adeus-vou-tentar-vida-na-europa_27.html">PÁGINA 3</a></b></span><br />
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<b style="font-size: xx-large;">PRÓXIMA <a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010/01/brasil-adeus-vou-tentar-vida-na-europa_27.html">PÁGINA 3</a></b> <br />
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<b style="font-size: xx-large;">PRÓXIMA <a href="http://vidaimigranteeuropa.blogspot.com/2010/01/brasil-adeus-vou-tentar-vida-na-europa_27.html">PÁGINA 3</a></b>www.anildo-motta.comhttp://www.blogger.com/profile/05721608762847883797noreply@blogger.com0