sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PARTE 4º. A história de um imigrante brasileiro baiano na Europa. Anildo Motta

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Alemanha, Stuttigart


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Chegando ao Brasil, ao sair pela porta do avião, recebi um abraço quente da minha terra, a temperatura como sempre muito alta, aquilo me fez um bem fantástico, adorei está em Portugal, tive experiências fantásticas, mais o meu país é realmente um paraíso. Já tinha saudades do sorriso das pessoas, do bom humor, da forma carinhosa de tratar uns aos outros, que geralmente fazem os turistas pensarem, que por trás daquele sorriso amável existe interesse, não, essa gente sabe mesmo ser simpática. Essa experiência me fez entender que todos os lugares possuem os seus bons e maus atributos, mais uma coisa é certa, tratando-se do factor humano, o Brasil e a América latina são fantásticos. Digo América latina por que retornando a Portugal acabei passando na Venezuela, mais uma aventura inesperada, já logo vos conto.
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Passei um mês no Brasil e estava na hora de volta para Portugal, quando sai de lá comprei uma passagem de ida e volta só para me lembrar que deveria voltar. Confesso que já tinha saudade de Portugal, o Patricy mim enviou uma fotografia do castelo de São Jorge, do qual atrás ele escreveu. Está a sua espera! Aquilo me deu uma vontade de rever o castelo, que mim fez passar contar os minutos. O curioso é que era uma sensação esquisita, eu ao mesmo tempo que queria voltar a Portugal, havia um outro lado em mim que queria ficar no Brasil, mais ai entrava o lado racional, se eu ficar no Brasil, já não ia ter o ensino intensivo de vida que tive ao estar em Portugal, em 9 meses que estive lá, aprendi por pelo menos 10 anos, devo salientar que grande parte da aprendizagem estava relacionada a tragédia humana, ao flagelo da droga, e também evidentemente as diferenças sociais e culturais de um povo. Foi incrível o efeito colateral que surgiu em mim depois dessa experiência em Portugal. Eu já não mim sentia o mesmo, estava estranho, estava frio, já não era aquele garoto sorridente, brincalhão e com um espírito ingénuo. Perdi um pouco a fé nas pessoas, depois de ter visto tantos problemas em Portugal referentes a drogas, a tragédia humana que ela pode causar, o estado miserável que um ser humana pode chegar, as mentiras, a falta de respeito, a tendência pretensiosa de muitos, a discriminação, eu estava vacinado, já não era o mesmo. Uma noite na praia de Itapoã em Salvador, eu estava com os amigos tomando umas cervejas e se divertindo e uma menina perguntou ao meu amigo se eu era baiano, ele disse que sim, ela disse, não parece, ele carrega um ar frio. Quando o colega mim contou isso, confesso, que tive medo, senti que havia mudado, era como se tivesse uma espécie de trauma de guerra, mais sabia que era o melhor caminho, tinha que aprender a viver na selva, a vida que eu levava antes de sair do Brasil, não podia ser, a vida não é fácil, o problema na vida não é falta de dinheiro, porque isso agente dá sempre um jeito, o problema é chegar a conclusão que o ser humana pode ser podre enquanto está vivo. Bem não vou entra nessa, o mundo é o que é, e eu vou pôr ele no bolso, por isso tenho que ir.

Alemanha. Stuttigart.

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Comprei uma passagem para Portugal com escala na Venezuela, eu sabia que quando se trata de vôos com escala, se ocorrer algum problema causado pela empresa aérea que venha impossibitar o vôo para o país de destino, eles são obrigados a instalar todos os passageiro em um hotel com despesas pagas. Bem, desnecessário é dizer que eu contava que isso ocorresse para poder conhecer um pouco a Venezuela. O meu avião fazia duas escalas, era um vôou extremamente cansativo, mais era muito barato por isso que mim sujeitei a ele. O vou saia de Salvador para o Rio de janeiro, do Rio para Caracas e de Caracas finalmente para Lisboa. Chegamos no Rio, desceram alguns passageiros que tinham o Rio como destino, e entraram outros com destino a Caracas e possivelmente Lisboa. Era uma parada de pelo menos 1 hora, eu já estava completamente saturado de está dentro daquele avião, estava sentado em uma cadeira no corredor observando as pessoas que entravam, de repente vejo um cara cabeludo, com uma camisa toda colorida, de óculos escuros parecia um terrorista árabe, e carregava uma mochila que indicava está muito pesada, afinal quem era o maluco, era o Mário, fiquei pasmo com a tanta coincidência  quando ele ia passando por mim, bati no peito dele e disse, oh, manééééé! Onde você pensa que vai? Ele tomou um susto enorme, largou a mochila, e nos abraçamos, foi uma festa tremenda. A partir dai, arrumamos um jeito de trocar de poltronas com um cara que estava ao lado dele, e fizemos a viagem juntos para Venezuela, ele estava indo vender em uma feira anual que costumava ter todos os anos em Caracas. A viagem foi uma doideira, depois de almoçar entramos no wisk, aquilo era uma festa, chegamos a Venezuela em Caracas e depois de um excelente problema que ouve, ele mim deu o contacto dele e nos separamos, já vos conto o excelente problema. Ao mim dirigir ao balcão de informação da Viaza, que era a companhia aérea que eu viajava, vi uma certa concentração de turistas em volta do balcão e percebi que se passava alguma coisa, e realmente passava, para a minha sorte a garota do atendimento disse-me que ocorreu um problema técnico e que o vôo não poderia sai nesse dia, só passado 2 dias é que a Viaza iria ter condições técnicas para realizar a viagem.
Foi fantástico essa situação, como disse antes sabia da possibilidade, mais não acreditava que fosse possível acontecer. Para ter certeza que as coisas iriam correr bem, ainda montei um teatro enfrente ao balcão da Viaza, interrogando as duas funcionárias quem ficaria responsável pelo prejuízo que eu iria sofrer em termos empresariais por não está em Lisboa na data prevista, evidente que eu não tinha compromisso nenhum, como disse antes era apenas teatro. Uma das funcionarias muito atenciosa mim disse que infelizmente não podiam fazer nada, a única coisa a fazer era hospedar os passageiros e se responsabilizar pela a hospedagem, eu poderia escolher entre 2 hotéis 5 estrelas, o Meliar hotel ou o Shereton hotel. Isso para mim foi formidável, por dentro eu estava soltando foguetes de tanta felicidade, acabei por escolher o Shereton hotel por achar mais chique. Melhor impossível.


Já havia um ónibus da companhia aérea a espera para nos conduzir até o hotel. Me senti um turistão, e resolvi deglutir cada minuto daquela situação, como disse bem no inicio do livro quando sai do Brasil e estava no avião, nessas situações ninguém sabe nada de ninguém, e pela atitude e segurança, qualquer um pode se fazer passar por um nobre, e foi o que fiz, não é um acto muito correto e bastante primário, mais não se esqueçam que na altura eu era um jovem em busca de emoção. Ao chegar ao hotel, foi entregue aos passageiro da Viaza, uma espécie de cartão de visitante que deveria ser apresentado na hora do jantar para não termos que pagar a conta, essa ficaria por conta da viaza. Cheguei no meu quarto, tomei um bom banho para relaxar e depois desci para o restaurante. O restaurante era magnifico, grande e no centro uma enorme piscina, do lado direito havia uma banda tocando musica típica venezuelana, quando eu cheguei na porta do restaurante fui recebido por um simpático garçon que provavelmente esperava receber uma boa gorjeta no fim do serviço que mim perguntou se preferia uma mesa próxima ou longe da banda, e eu com o ar meio em dúvida, respondi que poderia ser próximo, já que eu gostava da musica caribenha. Bem quanto ao cartão, vocês não acham que eu iria apresentar a ele e estragar tudo, acha? Mantive-me sereno e ao chegar a mesa apareceu um outro garçon que mim trouxe o menu, pedi-lhe uma sugestão quanto ao prato tradicional da gastronomia venezuelana, ele mim disse e foi esse que escolhi, e pedi o menu dos vinhos, escolhi tanto o prato quanto o vinho sem nem mim preocupar com o preço, afinal eu não pretendia pagar.

Hotel Sheraton


Tive um jantar inesquecível  depois pedi a ementa de sobremesas e devorei uns doces que eles tinham que não fazia ideia do que era, só sei que era mesmo bom. Eu estava completamente cheio, então pedi uma dose dupla de whisky JB para acelerar a digestão e fiquei observando a banda tocar e uns brasileiro que também estavam no voou só que estavam em situação diferente, evidente que apresentaram o cartão da Viaza como foi instruído, e teve provavelmente o jantar limitado. Fiquei horas naquela mesa, pedi mais uma sobremesa e mais uma dose dupla de JB, o que sei é que quando eu já estava completamente doidão senti que tava na hora de ir para cama e pedi a conta. Aparece o garçon trazendo uma bandeja toda decorada cheia de frescura e no centro da bandeja uma espécie de livrinho e dentro do livrinho um papel que era nada mais nada a menos que a bomba da conta.


Com a pose e tranquilidade de um lord inglés, tirei o cartão que estava no meu bolso e coloquei em cima do livrinho. Os olhos do caribenho ficaram o dobro do tamanho, ele mim fez uma pergunta em espanhol que simplesmente não entendi nada, mais imaginei o que era, voltou a repetir e eu com o copo de wisk na mão e uma tranquilidade no rosto perguntei para ele, sorry! Ele saiu e foi chamar um outro funcionário que chegou com um ar mais tranquilo e educado e mim disse que o gasto que fiz não estava incluso no cartão, e eu disse para ele que além de ser prejudicado financeiramente por faltar a um compromisso marcado na Europa graças a Viaza, não iria ficar responsável pela a desorganização da mesma, e que não tinha sido informado de nada com relação ao limite desse cartão, porque se fosse o caso iria jantar em outro lado, e que essa conta eles apresentassem a Viaza porque eu não iria pagar nem um centavo. Criou-se ali um pequeno silencio só abafado pela musica da banda caribenha, o simpático funcionário olhou para a cara do garçon e encolheu os ombros, depois virou-se para mim pediu desculpas e desejou uma boa estadia. Eu agradeci terminei o meu JB e depois sai de mansinho, eu estava completamente doidão, cheguei a pensar que não iria achar o quarto mais finalmente lá cheguei. Dormi feito um anjo, pela manhã acordo com o telefone tocando, todo sonolento apanhei o telefone e ouvi uma voz em espanhol dizendo que havia uma chamada telefónica para mim, se eu queria atender, disse que sim, e ao ouvir uma voz do outro lado, perguntei quem era, era o Mário muito puto e perguntando se eu conhecia mais alguém em Caracas, que era lógico ser ele. Eu tava mesmo doidão, mais depois daquela farra da noite passada, o que vocês esperavam?

Hotel Sheraton



Marcamos para nos encontrar no centro da cidade, em um restaurante chamado "Cabana Grande", sai do hotel mais não apanhei um táxi lá, porque sabia que o preço seria uma bomba, mim afastei do hotel e vi uma espécie de táxis popular curioso, eles usam grandes Jipes como táxi, só que enfiam lá dentro varias pessoas e depois vão largando nos seus destinos. Perguntei a um deles se passavam pelo centro, por que eu queria ir até ao restaurante "Cabana Grande". O Mário havia me dito que esse restaurante era conhecidissimo e qualquer taxista conhecia. Ele disse-me que o táxi não passava lá, mais eu poderia descer no "Gato Negro" e apanhar o metro até o centro, e o restaurante ficava perto da saída do metro, e foi o que fiz, nos encontramos no restaurante e fomos almoçar em um outro, já que o Cabana grande era muito caro. Foi fantástico o almoço, mais eu não tinha tanta fome, o meu jantar anterior mim deixou completamente cheio, contei ao Mário o que aconteceu e rimos muito da situação. Fomos dar uma volta por Caracas e depois a noite ele mim deixou no
hotel, não caímos na farra a noite porque eu precisava acorda cedo pela manhã para apanhar o avião.
Não se esqueçam que tenho mais um jantar naquele lindo restaurante com banda caribenha, mais já não era possível repetir o filme, ao chegar a porta do restaurante já tinha o meu velho amigo garçon a minha espera com as mãos estendidas esperando o meu cartãozinho da Viaza. Também eu já não tinha tanta fome assim,eheh.
Dessa vez tive um jantar mais modesto, fiquei pouco tempo no restaurante, ainda tive direito a um whiskysito e depois fui para o meu quarto, foi um dia muito cansativo. Portugal amanhã tô ai!
Todos se informaram no hotel quanto ao horário da saída pela manhã do ónibus que nos conduziria ao aeroporto, evidentemente menos eu, embora a telefonista chegou a avisar-me quanto ao horário eu simplesmente mim esqueci e quando acordei no dia do embarque, o ónibus já havia saído, tive que apanhar um táxi na porta do hotel, o que mim custou uma grana preta, mais pelo menos cheguei no horário.

Holanda


Chegando a Lisboa ao descer do avião mim senti como um namorado que acabou de reencontrar a sua namorada, mais uma namorada nada dócil, que mim mostrava de forma realista e cruel o que era a vida.
Voltei ao trabalho só que desta vez troquei de rua, fui com o Patricy trabalhar na praça da Figueira, ficava ao lado do Rossio, era uma praça muito bonita, havia uma famosa pastelaria de nome Pastelaria Nacional, e passei a vender exactamente a frente dela. Passado pouco tempo já todos da pastelaria conheciam agente e havia uma boa relação entre nós. Praticamente eu e o Patricy estávamos quase sempre trabalhando juntos, surgiu uma boa relação de amizade entre agente, a típica e tradicional desconfiança que imperar nesse meio, tinha se reduzida, era como se tivéssemos aprovado um ao outro.
Um dia enquanto trabalhava na praça conheci um brasileiro muito simpático já com os seus 60 anos que estava em Portugal para participar de uma exposição de arte, o ramo de trabalho dele era completamente diferente do nosso, ele fazia quadros de brasões de família, era uma técnica realizada sobre uma espécie de folha de latão, que depois de desenhado o brasão em alto relevo era colocado um produto endurecedor e o brasão ficava parecendo uma escultura em bronze e depois era colado sobre uma grande folha de couro a qual levava uma vara no alto para mante-la imóvel e que pudesse ser exposta na parede, lembrava-me aquelas bandeiras medievais em que os cavaleiros conduziam quando ia as batalhas, ok, não perceberão nada, mais vou ver se mim lembro de pôr uma fotografia exemplificando ok. Era um bonito trabalho e ele tinha ganho um bom dinheiro nessa exposição.
Era um mineirinho muito esperto, já não mim recordo do nome dele porque o chamava sempre de mineirinho. Ele mim disse que onde morava pagavasse muito pouco e valia a pena, era muito próximo da praça da Figueira, consequentenmente do centro. Eu resolvi ir lá conhecer, imaginava qual seria o porem disto tudo, embora o mineirinho mim parecia uma pessoa séria, eu já estava calejado naquela vida e sabia que toda coisa quando era boa, tinha sempre um porem. Fui lá, afinal se tratava de um prédio grande e antigo, em que o subsolo como era muito amplo, ou melhor, do tamanho do prédio, o dono resolveu fazer vários escritórios em que o mineirinho alugou um e transformou em moradia, aquele local em termo de segurança, era zero, porque só havia uma entrada, e lá dentro como era um subsolo janelas nem pensar, mais a ideia foi realmente boa embora o dono do prédio, como dizem aqui, o "senhorio", não permitia que utilizassem os escritórios como casa, mais como ele ia saber, não seria tão fácil já que raramente ele aparecia. É uma maneira de pensar estúpida da minha parte, mais infelizmente as coisas funcionam assim nesta área. Como havia uma casa de banho no fundo do corredor, já não faltava nada, mais atenção, só havia uma casa de banho.

Aluguei um escritório e fui morar para lá, o prédio ficava na costa de Castelo de São Jorge, no bairro da Mouraria, era um bairro semelhante ao da Alfama, casas velhas, roupas penduradas nas janelas, muitas roupas mesmo, as vezes a ponto de esconder a casa que na maioria das vezes eram pequenas, na parede no meio daquelas roupas todas, havia sempre uma gaiola com um passarinho enclausurado, e na base da janela, muitas flores e canteiros. Era uma paisagem romântica, uma pobreza simples e humilde e as pessoas eram felizes ali, como sempre muitas tascas distribuídas por vários lados, e também a epidemia que parecia está tomando conta de Lisboa, haviam muitos drogados, ladrões, e prostitutas. A propósito das prostitutas, eu em toda minha vida nunca tinha visto tantas putas feias, era um verdadeiro festival de terror, quando morava em Salvador e ia passear para o lado da Praça da Sê onde havia movimentos de prostitutas, ficava surpreso com a qualidade das mesmas, parece estranho falar assim, como se eu estivesse avaliando uma lata de feijão, mais elas eram mesmo bonitas a ponto de nos pôr em tentação. Mais em Portugal, principalmente naquela praça era uma verdadeira desgraça. Colocando-me no lugar de um Português iria dizer que é normal, que o Brasil por ser um pais pobre tem muitas prostitutas, mais a questão não é quantidade é mesmo qualidade. Se levarmos em conta que nas últimas estatísticas, Portugal foi considerado como um país que mais de 50% da população é obesa, oh seja, da metade que sobra vamos retirar as"gordas", porque obesa é uma coisa, gorda é outra, após retirar as gordas vamos retirar as feias o que acham que vai sobrar, portanto um país de apenas 10.000.000 milhões de habitantes, não esperem encontrar uma gata a cada esquina, mim recordo de uma velhinha que trabalhava na prostituição que devia ter pelo menos uns 90 anos, nós brasileiros nos interrogávamos de como era possível aquela vôvô está levando uma vida daquela, e se estava é porque havia clientes, que homem desse mundo teria coragem de encarar um 11 de setembro daquele na cama? O ser humano é mesmo louco.


Mudei para o prédio de escritório e comecei uma vida nova na Mouraria, como estava mais próximo do Castelo de Saõ Jorge, passava lá com frequência  Mais gostava também de trabalhar na Praça da Figueira em frente a pastelaria nacional porque havia uma portuguesinha que trabalhava na pastelaria a qual começamos a dar umas voltinhas. Bem voltando ao trabalho, um dia estava pintando uma aquarela quando apareceu um brasileiro de nome Fernando, era mineiro de Belo Horizonte e deixou o Brasil com o'mesmo objectivo de todos trabalhar em Portugal e tentar ganhar a vida, ele chegou a Portugal acompanha de um amigo de infância, era o Ulisses, ambos eram 2 rapazes fantásticos, o Fernando se traduzia em uma pessoa honesta e trabalhadora, um menino de bom coração a princípio estranhei um pouco a maneira que o Ulisses o chamava que era de Negão, ele não se incomodava já que com o sorriso e uma boa disposição dizia " Eu sou mesmo negão" ele era de raça negra mais possuía os traços faciais bem delicados, não tinha o nariz largo e lábios grossos como geralmente se traduz uma pessoa de raça negra e era extremamente vaidoso. O Fernando era o maior barato, usava um cabelo rasta e toda aquela combinação dava ao Fernando um aspecto alegre e bem humorado morava em Benfica um bairro a alguns minutos do centro, estava com problemas de moradia e então sugeri o prédio de escritórios. Bem ai começou uma verdadeira invasão de brasileiros, ele foi morar lá e fez publicidade do local, resultado de um falar um para o outro, o senhorio acabou tendo todos os escritórios alugados, ele devia achar estranho de repente, tanto tempo sem conseguir alugar os escritório e de aparece um monte de brasileiros "empresários" que resolverão abrir negócio lá.



    Ele não fazia ideia que o negócio consistia em morar e fazer dos escritórios casa. Se recordam que só morava lá eu e o mineirinho, fomos os desbravadores da Escadinha Marques Ponte de Lima, era assim que se chamava o nosso endereço.


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